A POLÍTICA
BRASILEIRA ESTÁ DE TAL FORMA CORROMPIDA QUE O ELEITOR SENTE QUE ERRA SEMPRE QUE
VOTA, INDEPENDENTEMENTE DO CANDIDATO ESCOLHIDO.
Conforme prometido, retomo a questão da remoção
do fundo de imagens à luz de um serviço online que oferece recursos
semelhantes aos do Photoshop, mas que não custa um tostão e é fácil de
usar ― quando se conhece o caminho das pedras, naturalmente. Aliás, trata-se de
um editor online bem completo, mas eu não vou abordar seus demais
recursos, pois isso fugiria ao escopo desta postagem. Então, vamos ao que
interessa:
Para acessar o Photoshop Online,
clique neste link (sugiro
salvar o URL nos seus favoritos para acessar a página mais facilmente sempre
que você quiser). Altere o idioma para Português (recomendável) e defina
a origem da imagem ― supondo que ela esteja no seu computador, selecione a segunda
das quatro opções disponíveis (oriente-se pela ilustração acima).
Observação: A primeira
opção permite criar uma figura a partir do zero; a terceira, carregar as
imagens a partir da URL e a quarta, importar a figura do Facebook, do Pixlr,
etc.
Com a figura na tela de edição, dê duplo
clique no pequeno cadeado da caixa Camadas para desbloquear o fundo da
imagem (talvez seja necessário alterar o tamanho da janela do navegador para
evitar que um anúncio do Google se sobreponha à caixa Camadas).
Em seguida, use a varinha mágica para delimitar as áreas que deverão
ficar transparentes. Ao final, pressione a tecla Delete e faça o
download do resultado.
O procedimento requer alguns ajustes simples,
mas que demandam um mínimo de familiaridade com o Editor. Como seria trabalhoso
criar um passo-a-passo ilustrado, clique aqui para assistir a um vídeo que explica o
processo tintim por tintim. Melhor que isso, só dois disso.
PURGANTE SUPREMO
O efeito purgativo provocado pelas recentes decisões da 2ª Turma do STF se estendeu à já desmiolada militância petista, que viu a soltura
provisória de José Dirceu como “uma
vitória a ser comemorada” ― prova cabal que o laxante esvaziou a “cabeça de
camarão” da patuleia ignara.
Em sua pretensa cruzada contra as prisões preventivas
alongadas ― que vêm se mostrando fundamentais nas negociações de colaborações premiadas ― o ministro
Gilmar Mendes iniciou seu voto
afirmando tratar-se de “um caso complexo e triste da nossa história”, dando a
impressão de que se referia ao maior escândalo de corrupção do país, mas não.
Ele aludia ao fato de o guerrilheiro de festim estar preso desde agosto de
2015 sem que as sentenças condenatórias prolatadas pelo juiz Sérgio Moro terem sido confirmadas pelo TRF-4.
Dias
Toffoli, ex-advogado do PT, também
decidiu acudir o antigo companheiro. “A prisão preventiva não pode ser
utilizada como um instrumento antecipado de punição”, afirmou sua excelência. E Ricardo Lewandowski foi além: “O
risco de reiteração é remotíssimo”, delirou. “Não se pode impor ao paciente que
aguarde preso indefinidamente eventual condenação no segundo grau de
jurisdição”.
Como bem definiu o jornalista Augusto Nunes, a decisão por três votos a dois provou que o caminho
mais curto entre uma cela e o portão de saída da cadeia começa e termina na
sala em que delibera a 2ª Turma do STF.
Na semana passada, esse atalho foi percorrido por Bumlai, o empresário vigarista que, no governo do amigo Lula, entrava sem pedir licença no
gabinete mais importante do Palácio do Planalto. Condenado por gestão
fraudulenta e corrupção passiva, o pecuarista mantém no baú dos pecados mortais
um punhado de bandalheiras de altíssima voltagem ― sobre o assassinato do
prefeito Celso Daniel, por exemplo,
ele sabe muito mais do que a imprensa publicou ―, e vai esperar livre como um
táxi a decisão em segunda instância por obra e graça da demoníaca trindade Mendes-Toffoli-Lewandowski.
No mesmo dia em que a segunda turma soltou o herói da
petralhada, a primeira devolveu à cadeia o goleiro
Bruno, condenado por assassinato triplamente qualificado, ocultação de
cadáver e sequestro de menor. Bruno deu azar. Enquanto Bumlai e Dirceu já podem
se dedicar em tempo integral a obstruir a Justiça e ocultar provas (ou destruí-las), ele terá de aguardar atrás das grades o julgamento do seu
recurso. Se tivesse sido julgado pela outra turma, certamente seria abençoado pela trinca de togas compassivas, para a qual um dia na cadeia é infinitamente mais alongado do que um ano nas
ruas. Afinal, meliante também é gente. E isto aqui é o Brasil.
Em tempo: Dirceu já foi condenado em dois processos no âmbito da Lava-Jato, cujas
penas, somadas, passam de 32 anos de prisão (a primeira ação foi julgada há cerca
de um ano e a segunda, em março passado). No mesmo dia em que o trio calafrio acolheu o
pedido de habeas corpus do guerrilheiro de merda, o MPF ofereceu mais uma
denúncia contra ele, que o juiz Moro pode aceitar a qualquer momento ― e que pode resultar ou não resultar em novo pedido de prisão preventiva do petista. A
primeira condenação (a 23 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, que foram
posteriormente reduzidos para 20 anos e 10 meses devido à idade de Dirceu, que é
septuagenário) ocorreu em junho do ano passado, de modo que o TRF-4 deve confirmá-la em breve. Tão logo isso ocorra, o petralha perderá o direito de
aguardar a decisão final da ação em liberdade e será devidamente reconduzido ao
xilindró (de onde jamais deveria ter saído).
Agora as boas notícias: Antonio
Palocci, o ex-todo-poderoso ministro dos governos petistas ― que, em
depoimento ao juiz Moro, afirmou ter informações e provas que dariam pelo menos mais um ano de trabalho
à Lava-Jato e chegou mesmo contratar o escritório de advocacia Adriano Bretas, especializado na
negociação de delações premiadas com o MPF
― parece ter desistido de colaborar com a Justiça, estimulado pela soltura de seus comparsas. Só
que Fachin negou liminarmente seu pedido de habeas corpus e enviou o julgamento não para
a 2ª Turma, mas para o plenário da
Corte. O despacho foi curto e não esclareceu o motivo dessa decisão, mas não é
difícil inferir que, diante da divergência de entendimento entre as duas turmas, o ministro preferiu apostar suas fichas no apoio dos demais magistrados, já que o trio
calafrio que integra sua turma certamente repetiria o que fez no
julgamento do pedido de Dirceu. Na
avaliação do jornalista Gerson Camarotti,
do G1, a votação do habeas corpus de Palocci será muito apertada; a tendência é de que o desempate caiba à presidente Cármen Lúcia.
Agora, meus caros, vamos realmente conhecer o Supremo que temos.
Curiosidades: Segundo o Estadão, horas antes de o STF
decidir soltar Dirceu, o petista já
dava como certa a decisão a seu favor. O placar que ele antecipou a Paulo Rocha e Wilmar Lacerda, com quem conversou na manhã da última terça-feira, acabou
se confirmando naquela tarde, incluindo os nomes dos ministros que votaram a
seu favor. (Aqui entre nós, em se tratando daqueles
ministros, eu não esperava nada diferente, embora alimentasse a esperança de estar errado). Outra: Em
seu primeiro jantar fora do Complexo Médico-Penal de Pinhais, Dirceu resolveu comer... pizza!
E como hoje é sexta-feira:
Confira minhas atualizações diárias sobre
política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/