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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

ESPAÇO NUNCA É DEMAIS — CONCLUSÃO

SE NÃO EXISTE VIDA FORA DA TERRA, ENTÃO O UNIVERSO É UM GRANDE DESPERDÍCIO DE ESPAÇO.

O Google Files está presente em aparelhos Pixel e em alguns modelos da Motorola, Nokia, Xiaomi e Realme. A Samsung oferece um aplicativo próprio — Meus Arquivos — e a Huawei deixa a escolha por conta do usuário — há diversas opções disponíveis na Google Play, incluindo o próprio Files do Google.

 

Para fazer uma faxina nas versões vetustas do Android, abríamos o Files, selecionávamos a aba Limpar, escolhíamos Remover arquivos com backup e definíamos o intervalo (30 ou 60 dias, por exemplo). A partir do Android 15, digitamos limpar na caixa de pesquisas, selecionamos a opção limpar arquivos de backup, tocamos em Data e escolhemos o período desejado. Os arquivos apagados são removidos do aparelho, mas continuam acessíveis no backup online — caso o recurso esteja ativado, naturalmente.


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Não são apenas os erros que arruinam um político, mas também o modo como ele age depois de cometê-los. O atual presidente da camarilha dos deputados aprendeu tanto com os erros cometidos no encaminhamento do projeto anti-facção do governo que exibe disposição para cometer mais alguns.

Na avaliação deHugo Motta, o debate sobre o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado é sinal de uma democracia viva. Mas o nobre deputado finge não ver que o debate foi intoxicado pelo equívoco que ele próprio cometeu ao escalar Guilherme Derrite para o posto de relator, que o cipoal de críticas que soaram após a divulgação de cada um dos quatro relatórios que Derrite produziu em apenas seis dias, e de nada adianta tentar explicar o que não se compreende, sobretudo quando se tira a conclusão errada com extraordinária segurança.

Derrite, o relator errado que derrete junto com o governador bolsonarista Tarcísio de Freitas, licenciou-se do cargo para impulsionar a candidatura presidencial do chefe e a sua própria (ao Senado) a partir da apropriação do projeto de Lula. Se o endurecimento de penas fosse solução mágica para combater o crime organizado, o Brasil seria um Éden de paz e segurança.

Num futuro próximo, quando o fracasso produzir um novo surto de insatisfação social, Hugo Motta engrossará o coro dos políticos que dirão que faltou um endurecimento de penas ainda maior.

 

Para deletar arquivos de erro criados pelo sistema — que ocupam espaço e não têm serventia — com o Files do Google, toque em Armazenamento interno e esvazie a pasta Dumpstate (ou dump). Se preferir, abra as configurações do telefone e toque em Armazenamento > Arquivos. Como cada fabricante decide onde armazenar logs, não existe um padrão; como é preciso acesso root para esvaziar essas pastas pelas configurações do Android, sugiro usar o CCleaner ou Avast Cleanup, que liberam espaço sem root, com praticidade e segurança.

 

A lixeira dos celulares Motorola exclui definitivamente os arquivos 30 dias depois que eles foram apagados. Se o armazenamento do seu aparelho estiver no limite, abra o app Fotos, toque no menu de três pontos  > Configurações, localize Lixeira e desabilite essa função — mas tenha em mente que os arquivos excluídos a partir de então não poderão mais ser recuperados.

 

Quando o Google Fotos deixa de fazer backup automático na nuvem por falta de espaço, os arquivos de mídia são salvos apenas na galeria. Para não comprometer o armazenamento interno, abra o aplicativo, toque na sua foto de perfil e, em Gerenciar armazenamento, confira as sugestões de arquivos que podem ser apagados com segurança — como capturas de tela antigas, imagens borradas, vídeos pesados e itens duplicados.

 

Para agilizar a execução dos aplicativos, a memória cache armazena temporariamente dados e instruções que acabam ocupando bastante espaço. Nos PCs, falamos geralmente do cache de CPU (L1, L2, L3), que é uma memória interna muito mais rápida do que a RAM. Há ainda o cache de disco (no SSD ou HD) e o cache de sistema, mas o cache do processador é mais crítico para o desempenho. Já os smartphones com processadores ARM modernos têm caches L1/L2 (e às vezes L3) extremamente rápidos. O cache dos aplicativos não é tão rápido, mas evita acessos repetidos ao armazenamento flash — que é mais lento que a RAM e o cache do processador. 

 

Ainda que o gerenciamento do cache tenha sido otimizado ao longo das edições do Android, convém fazer uma faxina manual ou com ferramentas de terceiros, sobretudo em aparelhos pouco armazenamento interno. Toque em Configurações > Armazenamento > Interno (ou Armazenamento interno compartilhado, caso utilize um SD Card para expandir a memória interna do seu aparelho, selecione Dados em cache, aguarde o cálculo ser concluído e, na telinha que pergunta Limpar os dados em cache?, toque em OK para confirmar a exclusão e reinicie o telefone.

 

Para apagar somente os arquivos de um app específico, toque em Configurações > Apps > Todos os aplicativos, selecione o programa desejado, toque em Armazenamento e em Limpar dados para revertê-lo às configurações originais (eliminando todas as músicas, fotos, bancos de dados, configurações, etc.) ou em Limpar cache para apagar apenas o cache desse aplicativo específico.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

ESPAÇO NUNCA É DEMAIS

O QUE ABUNDA NÃO EXCEDE.

Os celulares nasceram como telefones sem fio de longo alcance, popularizaram-se no final do século passado, tornaram-se “inteligentes”(smart) depois que a Apple lançou o iPhone (em 2007) e se transformaram em microcomputadores pessoais ultraportáteis. 


Controlados por sistemas operacionais — Android ou iOS, na maioria dos casos — e capazes de rodar aplicativos como seus irmãos maiores, os smartphones precisam de memória RAM para funcionar. 


Desktops e notebooks são passíveis de upgrade de hardware, mas os smartphones nascem, vivem e morrem com a configuração definida pelo fabricante. À luz das exigências dos softwares atuais,  recomenda-se evitar modelos com menos de 6GB de RAM e128GB de armazenamento — tecnologia equivalente aos HDD/SSD dos computadores tradicionais, mas que utiliza memórias flash eMMC ou UFS otimizadas para dispositivos móveis. 


Se o preço não for um problema, opte por um dispositivo com 12 ou 16GB de RAM e 512GB ou 1TB de armazenamento, e assegure-se de que o fabricante ofereça ao menos 5 anos de atualizações do Android e outros tantos de patches de segurança. 


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Dudu Bananinha não concretizou o sonho da anistia, mas vem realizando gradativamente todos os seus pesadelos. Convertido em réu na última sexta-feira, vê seu futuro político mudar de postulante ao Planalto para candidato ao ostracismo, enquanto o pai vive a síndrome de ser hospedado na Papuda antes do final do ano. O julgamento da denúncia em plenário virtual termina no dia 25, mas a Primeira Turma do STF deve convertê-la em ação penal muito antes disso. Como o fruto não cai longe do pé, o filho do pai se apaixonou pela irracionalidade, chegando mesmo a chamar de "caça às bruxas" a abertura da ação penal em que é acusado de coagir a Justiça para obter a impunidade do progenitor no caso do complô do golpe, atacar Alexandre de Moraes e defender a anistia:

"Não vamos parar", declarou. "Vamos vencer", acrescentou, parecendo não ter noção de que a contagem regressiva para ingressar na fase do regime fechado, de a proposta de anistia estar no freezer e de já não se falar num projeto alternativo que reduzisse o tamanho da pena do ex-presidente aspirante a golpista.

Bananinha exerceu sua influência nos subúrbios da administração Trump com a sensação de que enfiava os dedos em favos de mel. A cada nova sanção da Casa Branca, lambia os dedos como se saboreasse o néctar dos deuses. Agora, foge das abelhas enquanto aguarda a cassação de seu mandato por excesso de faltas, a expulsão dos quadros da PF e mais que provável condenação, que o impedirá, inclusive, de disputar cargos eletivos. 

Ao dizer "vamos vencer" no vídeo que postou nesta sexta-feira, Dudu esqueceu de definir "vencer", demonstrando que sua paixão pela irracionalidade é integralmente correspondida.

 

Em alguns modelos, é possível ampliar o espaço interno com um cartão microSD e emular RAM via softwareO cartão de memória oferece mais espaço para guardar fotos, vídeos, músicas e documentos, além de poder ser transferido para outros dispositivos. Por outro lado, sua velocidade de leitura e gravação costuma ser inferior à da memória interna, o que impacta na instalação e execução de aplicativos e pode apresentar falhas ou corromper arquivos. 

 

A memória virtual ajuda em situações pontuais, mas o acesso é mais lento, e o ganho, limitado. Além disso, o uso contínuo gera ciclos extras de leitura e escrita no armazenamento, acelerando seu desgaste — sobretudo em aparelhos de entrada e em alguns intermediários, que tendem a integrar chips de memória mais baratos.

 

Tenha em mente que cerca de 10GB do armazenamento interno são consumidos pelo sistema operacional e pelos aplicativos pré-instalados — a maioria dos quais não pode ser removida —, e que o desempenho despenca quando o espaço livre fica abaixo de 10% a 15% do total, já que o sistema precisa de uma folga para gerenciar arquivos temporários, caches e processos em segundo plano. Se seu celular estiver com pouco espaço, considere a possibilidade de transferir arquivos volumosos (vídeos, áudios, fotos, músicas etc.) para o Google Drive ou outro serviço de armazenamento em nuvem. Se não for suficiente, desinstale todos os apps inúteis e interrompa os que não conseguir remover (como é o caso da maior parte do crapware pré-instalado pelo fabricante). 

 

Vale também ativar o Arquivamento Automático, que coloca em hibernação os aplicativos que rodam desnecessariamente em segundo plano, liberando recursos do sistema para as tarefas que realmente importam. Para habilitá-lo, abra o Google Play, toque no ícone do seu avatar (ou foto), acesse Configurações > Geral > Arquivar apps automaticamente e arraste o botão para a direita.

 

É possível liberar bastante espaço limpando o cache dos aplicativos. Basta tocar em Configurações > Apps e notificações > Informações do app, escolher o aplicativo desejado e, em Armazenamento e cache, acionar a opção Limpar cache. Para limpar o cache do Chrome, abra o navegador, toque nos três pontinhos > Histórico > Excluir dados de navegação > Imagens e arquivos em cache > Excluir dados.

 

O Google Files está presente nos aparelhos da linha Pixel e em alguns modelos Motorola, Nokia, Xiaomi e Realme. A Samsung o substitui pelo app Meus Arquivos, ao passo que a Huawei não oferece o Files nem uma alternativa própria que lhe faça as vezes. No entanto, sempre se pode acessar a Play Store e baixar o Google Files ou outro gerenciador de arquivos confiável.

 

Continua...

sábado, 15 de novembro de 2025

O MODO CORRETO DE DESINSTALAR APLICATIVOS — CONTINUAÇÃO

O QUE ABUNDA NÃO EXCEDE, MAS QUANDO É DEMAIS ENCHE.

Os aplicativos são responsáveis pela maioria das tarefas que o computador executa, mas ocupam espaço e consomem recursos preciosos (memória, processamento, bateria e dados). 


Ainda que os HDDs e SSDs atuais sejam verdadeiros latifúndios e os smartphones intermediários contem com 128 a 256 GB de armazenamento, instalar uma miríade de apps de pouca ou nenhuma utilidade não só prejudica o desempenho como abrem as portas para apps maliciosos e cibercriminosos.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Formou-se em torno da COP-30 uma tempestade perfeita. Países em desenvolvimento, como Brasil, Índia e Indonésia, querem que as nações ricas elevem os repasses que deveriam financiar a transição climática de US$300 bilhões — jamais desembolsados — para US$1,3 trilhão. Trump e Xi Jinping, líderes dos países mais poluidores, não apareceram. A União Europeia, assediada pela guerra de Putin na Ucrânia, prioriza investimentos bélicos.

Há na praça dois tipos de perdedores ambientais: os bons perdedores e os que não conseguem fingir. Os primeiros continuam sustentando que nada pode ser mudado até ser enfrentado; os outros lamentam que nem tudo o que se enfrenta pode ser mudado. Diante da inevitabilidade do desastre, começam a considerar mais prioritário adaptar o mundo ao que está por vir.

 

Nos tempos de antanho, para instalar programas era preciso adquirir as respectivas mídias de instalação. Com a popularizado da Internet, basta baixar os apps dos sites dos respectivos desenvolvedores ou de repositórios de software, no caso dos PCs, ou,  da Google Play Store e das lojas próprias dos fabricantes, no caso de dispositivos Android, e da App Store no caso dos iPhones e iPads. Isso não assegura 100% de proteção contra malwares, mas reduz significativamente os riscos de infecção.

 

Versões vetustas do Windows ofereciam um utilitário nativo — Adicionar/Remover programas. Ele continua presente na versão atual do sistema (para acessá-lo, clique em Painel de Controle > Programas > Programas e Recursos), mas os celulares se tornaram verdadeiros microcomputadores de bolso, e a maioria das pessoas só se lembra do desktop ou do notebook quando a tarefa requer teclado e mouse físicos, telas maiores e hardware mais poderoso. Dito isso, vamos deixar os PCs de lado e focar os telefoninhos inteligentes.

 

Como vimos no capítulo anterior, os fabricantes smartphones Android engordam seus lucros pré-instalando vários aplicativos de utilidade duvidosa. Em teoria, tudo que não faz parte do sistema operacional pode ser descartado; na prática, porém, é mais fácil falar do que fazer. 

 

Para remover um app, acessamos Configurações > Apps > Mostrar todos os "x" apps (o "x" corresponde ao número de aplicativos instalados), selecionamos o item em questão e tocamos em Desinstalar. Se essa opção não estiver disponível (como ocorre com a maioria dos apps pré-instalados), tocamos em Interromper > Desativar . Isso impede que o app seja executado desnecessariamente em segundo plano e consuma recursos que fazem falta para os programinhas realmente necessários. 

 

Observação: É possível desinstalar esses apps teimosos mediante um processo conhecido como "root" (que significa raiz e foi emprestado do universo Linux). O Android é um sistema de código aberto, de modo que não existe qualquer impedimento legal. Por outro lado, fazê-lo pode anular a garantia e transformar o aparelho em "peso de papel", já que as chances de algo dar errado são consideráveis. Isso sem falar que o root potencializa o risco de arquivos importantes do sistema serem modificados ou excluídos acidentalmente, além de aumentar a vulnerabilidade a malwares.

 

Na maioria dos dispositivos Android é possível remover aplicativos instalados pelo usuário mantendo o dedo sobre o ícone e arrastando-o para a opção "Desinstalar" que é exibida na tela — o que é prático, mas pode deixar "restos" que fatalmente acabarão minando o desempenho do sistema. O mais indicado é tocar em Configurações > Apps > Mostrar todos os apps, selecionar o programinha em questão e, em Armazenamento e cache, tocar em "limpar cache", depois em "limpar dados", e então proceder à desinstalação tocando no ícone da lixeira (Desinstalar). Esse procedimento garante que nenhum arquivo temporário ou dado residual permaneça no sistema.

 

Adicionalmente, apps como o CCleaner e o Avast Cleaner, entre outros, ajudam a recuperar espaço no armazenamento e a manter o desempenho do celular "nos trinques" limpando o cache de todos os aplicativos de uma só vez e sugerindo outras medidas (como exclusão de arquivos duplicados, fotos de má qualidade, etc.). 


Fazer essa faxina manualmente é possível, mas demora e dá um bocado de trabalho quando se tem centenas de apps instalados no celular.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

COMO ESCOLHER UM SMARTPHONE

NÃO HÁ LÓGICA MAIS INARGUMENTÁVEL E LOUCA QUE A DOS FANÁTICOS OBCECADOS.

O processador sempre foi considerado o “cérebro” do computador. No alvorecer da “era PC”, as pessoas se referiam a seus aparelhos pelo modelo da CPU — acrônimo de Central Processing Unit, que designa o chip principal, e não o gabinete, como muita gente ainda parece achar. 


Assim, fulano tinha um “386” (referência ao chip Intel 80386); sicrano, um “Pentium 200” (alusão aos 200 MHz, que correspondem a 200 milhões de ciclos por segundo); beltrano, um “K6 II” (modelo da AMD que precedeu o Athlon e concorreu diretamente com o Pentium II), e assim por diante.

 

Naquela época, a diferença entre um 386 e um 486, ou entre um Pentium 100 e um Pentium 200, saltava aos olhos, e os usuários sabiam que ter mais MHz significava aplicações rodando mais rápido. Mas isso mudou quando os fabricantes introduziram inovações como coprocessador matemático, cache de memória e multiplicador de clock em seus microchips. Em tese, quanto maior o clock, melhor o desempenho; na prática, duas CPUs operando a 3 GHz realizam 3 bilhões de ciclos por segundo, mas o que cada uma é capaz de fazer em cada ciclo é outra história.

 

Hoje, raramente ouvimos alguém dizer que tem um “Core i7-13700K”, por exemplo. Mesmo quem não domina as sutilezas do hardware sabe que a quantidade de RAM, o tipo de armazenamento (SSD ou HDD) e a placa gráfica são igualmente importantes — ou até mais, pois as CPUs modernas dão conta da maioria das tarefas cotidianas. Um chip Core i3 atual, por exemplo, supera com folga os Intel Pentium III — que eram “a última bolacha do pacote” em 1999 —, mas o desempenho do aparelho como um todo pode ser limitado pelo armazenamento ou pela quantidade de memória RAM disponível.

 

Como vimos anteriormente, depois que os celulares se tornaram verdadeiros microcomputadores ultraportáteis, os desktops e notebooks foram relegados a situações que exigem telas de grandes dimensões, teclado e mouse físicos e mais “poder de fogo” do que a maioria dos smartphones medianos é capaz de oferecer. No entanto, ao escolher um celular ou tablet, as pessoas costumam se ater ao tamanho da tela, ao armazenamento interno e, em menor medida, à quantidade de memória RAM e à capacidade da bateria (lembrando que 10% dos brasileiros sofrem de nomofobia). Embora seja o "regente da orquestra, o processador raramente é lembrado, e músicos competentes podem mascarar a inépcia de um maestro chinfrim, mas nem André Rieu proporciona um bom espetáculo sem a contrapartida de cada integrante de sua orquestra.

 

No âmbito dos celulares, o chip Snapdragon 8 Gen 3 e o Snapdragon 8 Gen 3 for Galaxy estão entre os mais utilizados. Eles fazem basicamente o mesmo que as CPUs dos desktops e notebooks, mas o segundo foi desenvolvido especialmente para equipar os Samsung Galaxy S25 e Z Fold 7 (lançados no início deste ano). Já o primeiro chegou ao mercado em outubro de 2023 com foco em turbinar a inteligência artificial em smartphones e tablets premium com sistema Android, como o Galaxy Z Flip 6 e o Asus ROG Phone 8 Pro. Em meados deste ano, a Qualcomm lançou duas variantes mais modestas do Snapdragon 8 Gen 3, com apenas 6 núcleos (em vez de 8), voltadas a aparelhos intermediários.

 

Para não errar, tenha em mente que escolher um celular só pela aparência ou pelo número de câmeras é como escolher um carro pela cor. A ficha técnica está ali por um motivo, e entender pelo menos o básico sobre três itens — processador, memória RAM e armazenamento interno — pode evitar gastos desnecessários e eventuais arrependimentos. Já vimos que o processador tem impacto direto na velocidade, fluidez e capacidade de multitarefa do aparelho. 

 

Em linhas gerais, quanto mais núcleos, mais tarefas simultâneas podem ser realizadas; e quanto maior a frequência, maior tende a ser a velocidade de execução. Mas isso não quer dizer que um chip octa-core (8 núcleos) seja necessariamente melhor que um hexa-core (6 núcleos), já que geração do processador também entra na equação. Chips mais modernos tendem a ser mais potentes e eficientes, mesmo com menos núcleos ou frequência inferior à de modelos antigos, além de consumirem menos energia e, consequentemente, gerarem menos calor.

 

A memória RAM é responsável por manter os aplicativos funcionando sem engasgos. Quanto mais RAM, melhor a experiência de uso — especialmente para quem abre várias abas do navegador, usa redes sociais, jogar ou assiste a vídeos ao mesmo tempo. Para tarefas básicas (WhatsApp, navegador, YouTube, redes sociais), 4 GB ainda dão conta do recado, mas o mínimo recomendável hoje é 6 GB (se seu bolso permitir, invista num modelo com 8 GB ou mais).

 

O armazenamento interno também segue a velha regra do “quanto mais, melhor”. Prefira um aparelho com 128 GB ou 256 GB (ou mesmo 512 GB, se o orçamento permitir). Evite modelos com 64 GB, mesmo que haja suporte a cartões microSD — recurso, aliás, cada vez mais ausente. Lembre-se de que uma parte considerável do armazenamento é ocupada pelo sistema operacional e pelos aplicativos pré-instalados pelo fabricante (crapware), que só podem ser removidos por meio de um processo conhecido como "root" (mais detalhes nesta sequência). Fotos, músicas, vídeos e outros arquivos volumosos podem até ser transferidos para o PC ou para a nuvem, mas isso já é outra conversa.

 

A Black Friday está aí, e o Natal não demora a chegar. Seguindo essas dicas e consultado o preço do modelo pretendido em várias lojas (físicas ou online) você certamente fará uma boa compra. Na pior das hipóteses, torça para que Papai Noel esteja de bom humor quando receber sua cartinha. Vai que cola...

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

PORNOGRAFIA X SEGURANÇA — FINAL

METADE DE MIM É TÃO INSUPORTÁVEL QUE A OUTRA METADE NÃO AGUENTOU E FOI EMBORA.

Segurança absoluta é história da Carochinha, seja no mundo físico, seja no virtual. Na Internet, as ameaças vão desde violações de dados e marqueteiros invasivos a malwares, bisbilhoteiros e cibercriminosos que monitoram nossas atividades para os mais variados fins. 

A boa notícia, por assim dizer, é que algumas medidas simples reduzem consideravelmente os riscos. 

1) Reveja as configurações de privacidade nas redes sociais. Mantidas no modo padrão, elas expõem seus dados para Deus e o mundo (veja como alterá-las no Facebook, X, LinkedIn e Snapchat).

 

2) Google Docs, OneDrive, Dropbox e demais serviços de armazenamento em nuvem são inadequados para guardar listas de senhas, documentos e outros dados sensíveis — a menos que os arquivos sejam previamente criptografados. 


3) Histórico, cookies, cache e outras informações coletadas pelos navegadores ficam visíveis para os rastreadores online e são usadas por empresas de marketing para refinar a exibição de anúncios. O Google não só coleta dados via Search, Chrome, Gmail, YouTube e localização, como permite que empresas parceiras rastreiem os usuários.  


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Ciro Nogueira, copresidente da federação partidária União Brasil-PP e Tecelão do Centrão, disse quase tudo numa postagem de rede social: "Por mais que tenhamos divergências, não podemos ser cabo eleitoral de Lula (...) já está passando de todos os limites a falta de bom senso na direita (... ) ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez."

O senador disse quase tudo porque anotou coisas definitivas sem definir muito bem as coisas nem dar nome aos bois, embora seu desabafo seja inspirado “em dois bovinos”: as ações de Bobi Filho nos EUA e a inação de Bibo Pai, que resiste à pressão para transferir o que restou de seu espólio político para o quindim do Centrão.

Ouvindo-se Ciro nas entrelinhas, o que ele quis dizer foi o seguinte: Desde o tarifaço de Trump — articulado por Dudu — os erros da direita empurraram Lula para sua zona de conforto. Não bastasse o empenho do filho do pai contra empresas, trabalhadores e autoridades do Brasil, ele continua pegando em lanças pela anistia "ampla, geral e irrestrita" e, pior, se apresenta como contraponto ao sonho de Tarcísio de chegar ao Planalto. 

Levando o cinismo às fronteiras do paroxismo, Bobi Filho dá de ombros para o fato de que está com o mandato a prêmio na Câmara — se não for cassado pela indecorosa condição de traidor da pátria, terá o mandato passado na lâmina por excesso de faltas — e ignora a evidência de que a denúncia da PGR pelo crime de coação converteu-o numa inelegibilidade esperando na fila do Supremo para acontecer.

Tarcísio, que soava nos bastidores inconformado com os ataques que recebe de Eduardo e conformado com a relutância de Bibo Pai em lhe transferir o legado de votos da ultradireita, passou a repetir sob os refletores que está propenso a disputar em 2026 não o Planalto, mas a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes.

Cultivando a pretensão de se tornar candidato a vice-presidente da República numa chapa encabeçada por Tarcísio — daí o ímpeto repentino que levou Ciro Nogueira, que fingia que o óbvio não era o óbvio, a enxergar a obviedade de que os erros da direita livraram Lula do incômodo de lidar com os tropeços do seu governo. 

Atento à mudança dos ventos, Gilberto Kassab, o dono do PSD, leva à vitrine da sucessão os planos C e D da direita, reitera a intenção de apoiar Tarcísio se ele optar por trocar a provável reeleição em São Paulo pela incerteza das urnas federais, mas realça que as alternativas presidenciais de seu partido são os governadores  Ratinho Júnior, do Paraná, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

Observador privilegiado da cena política, Hugo Motta, o presidente da Câmara pupilo de Ciro Nogueira, profetizou na última sexta-feira: "Nós temos pela primeira vez o presidente da República três vezes eleito desde a redemocratização do país, já caminhando para a sua quarta eleição, já em processo de reeleição."

Que Deus se apiede do Brasil, já que um povo que vota nesse tipo de gente não merece misericórdia.


4) A navegação privada é útil para burlar limitações de acesso gratuito em determinados sites e fazer pesquisas sem ser soterrado por anúncios, por exemplo, mas não oculta o endereço IP nem impede que o provedor/administrador da rede saiba que a pessoa “navegou por águas pouco recomendáveis” ou buscou informações sobre um novo emprego, também por exemplo. 


5) Usar o Tor Browser combinado com um serviço de VPN no Windows, macOS, Linux e Android e Onion Browser no iOS pode ser uma boa ideia para navegar na Deep/Dark Web, já que a lentidão do "roteamento onion” lembra a jurássica internet discada. Então, se você precisa de privacidade mas não abre mão de velocidade, substitua o Chrome pelo Mozilla Firefox no PC e pelo Firefox Focus no celular (Android ou iOS) e instale um combo de segurança responsável — como o Kaspersky Internet Security.  


6) Usar senhas fracas é como trancar a porta e deixar a chave na fechadura. Para não ter de memorizar dúzias de combinações com 12 ou mais letras, números e caracteres especiais, instale um gerenciador de senhas — e decore apenas a senha-mestra.

 

7) Programas mensageiros utilizam protocolos de criptografia, mas a maioria desembaralha as mensagens que chegam ao provedor e as armazena em texto puro. No WhatsApp, no Signal e no Wire, a criptografia de ponta a ponta que somente os interlocutores tenham acesso ao conteúdo das mensagens. Esse recurso também está presente no Telegram, mas limitada aos "Chats Secretos".


8) Não revele às pessoas mais do que elas precisam saber. Noivados são rompidos, amizades desfeitas, casamentos acabam em divórcio (nem sempre de forma amigável). Se for inevitável compartilhar seu e-mail e telefone com webservices, lojas online e redes sociais, criar um endereço eletrônico descartável e usar um número de telefone separado evita toneladas de spam e ligações automáticas.

 

9) Serviços de delivery precisam saber a localização exata do telefone para entregar o pedido ao cliente, mas muitos apps solicitam essa e outras permissões para fins de marketing ou coisa pior. E mesmo se dá com extensões de navegadores. Para revisar as permissões, clique aqui se seu celular for Android e aqui se for iPhone

 

10) Utilize senha ou autenticação biométrica para bloquear seu celular e configure as notificações para que não sejam exibidas na tela quando o aparelho estiver bloqueado  (veja como fazer isso no Android e no iOS). Jamais forneça credenciais de login, senhas, dados de cartões de crédito e que tais usando uma rede Wi-Fi pública, pois qualquer pessoa mal-intencionada na mesma rede pode tentar bisbilhotar seu aparelho. 

 

Boa sorte — você vai precisar.