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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

COMO RESGUARDAR SUA PRIVACIDADE AO NAVEGAR NA WEB — OU: CAUTELA E CANJA DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM

EXISTEM DUAS POSSIBILIDADES: A DE ESTARMOS SOZINHOS NO UNIVERSO E A DE NÃO ESTARMOS. E AMBAS SÃO IGUALMENTE ASSUSTADORAS.

Escusado repetir que navegar na Web está mais para safári selvagem do que passeio no parque (ops!, agora já foi), bem como tornar a listar as medidas preventivas que você pode (e deve) adotar para não ser pego no contrapé — quem ainda não sabe que medidas são essas pode acessar meu blog, digitar “segurança digital” no campo de buscas e teclar Enter para ler as postagens que eu já publiquei sobre esse tema.

Até não muito tempo atrás, dependíamos do PC para conectar a Internet. Hoje, no entanto, permanecemos conectados 24/7, graças às facilidades de acesso providas por smartphones e tablets, mas isso fez com que os riscos de infecções virais, invasões, roubos de identidade e acessos não autorizados a informações confidenciais crescessem barbaramente. E muito embora segurança total e privacidade a toda prova sejam meras cantigas para dormitar bovinos, sempre podemos robustecer nossas defesas, e uma forma proteger nossa privacidade na Web é usar a navegação sigilosa (in-private), que é disponibilizada pelos principais navegadores de internet.

Observação: A navegação in-private não permite escapar do radar do provedor ou dos curiosos de plantão, mas descarta cookies e arquivos temporários ao final de cada sessão, inibe a gravação de históricos, dados de formulários, senhas, e por aí vai, o que já é uma mão na roda. Quem quiser navegar com total privacidade deve recorrer a uma VPN (rede virtual privada) ou — solução mais simples — a ferramentas como o TOR  ou o ANONYMIZER.

Quando navegamos na Web, nosso browser — aplicativo responsável pela exibição do conteúdo dos websites e webpages — envia, juntamente com as requisições de informações aos servidores de conteúdo, dados sobre o nosso sistema operacional, navegador, localização geográfica, e por aí afora. Essas informações são salvas no computador (no histórico de navegação do browser) e podem ser usadas para melhorar nossa experiência de navegação. Por exemplo, a partir desses dados, os sites de notícias do identificam a nossa localização geográfica para disponibilizar notícias específicas em suas páginas iniciais; os sites de e-commerce se valem dos parâmetros das pesquisas que realizamos no Google ou outros buscadores, e assim exibem anúncios relacionados com temos que sejam supostamente do nosso interesse.

Infelizmente, essas informações também podem ser usadas por pessoas inescrupulosas para finalidades pouco recomendáveis (para dizer o mínimo). Entrar nesse mérito foge ao escopo desta postagem, de modo que vou direto ao ponto, qual seja mostrar a vocês como usar a navegação privada para evitar deixar esses “rastros’.

Como eu disse linhas acima, todos os navegadores de internet (ou pelo menos os mais populares) oferecem esse recurso e permitem ajustar o nível de privacidade desejado. No velho IE, acessamos a aba Segurança e selecionamos opção Navegação InPrivate (note que o atalho de teclado Ctrl+Alt+P produz o mesmo resultado de maneira mais rápida e fácil). Já no controvertido Microsoft Edge clicamos nas reticências exibidas no canto superior direito e marcamos a opção "Nova janela InPrivate" (ou recorremos à combinação de teclas Ctrl+Shift+P).
No Mozilla Firefox, clicamos no botão que exibe três barrinhas horizontais paralelas e clicamos no ícone da máscara (Nova Janela Privada) ou o digitamos o atalho. No Google Chrome, o caminho é basicamente o mesmo, ou seja, botão com as três barrinhas paralelas, opção Nova janela anônima (nesse caso, todavia, o atalho é Ctrl+Shift+N, como no Safari).

Observação: Também é possível configurar a maioria dos navegadores para abrir a janela anônima sempre que o aplicativo for iniciado. No Chrome, que atualmente é o browser mais popular (com 54% da preferência dos usuários em nível mundial e 76% no Brasil), clicamos em Iniciar > Todos os Programas, localizamos a entrada correspondente ao browser em questão, damos um clique direito sobre ela e, no menu suspenso, escolhemos Enviar para > Área de trabalho (criar atalho). Em seguida, damos um clique direito sobre esse novo atalho, clicamos em Propriedades, na aba Atalho e, no campo Destino, no final do endereço, damos um espaço e digitamos --incógnito, de modo que a linha fique assim:  

“C:\Users\Nome\AppData\Local\Google\Chrome\Application\chrome.exe” --incognito.

Clicamos então em Aplicar > OK e reiniciamos o navegador (pelo atalho que criamos, naturalmente). 

Té+ler.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Navegação sem rastros

Por questões de segurança, é sempre bom apagar os rastros da navegação. Para tanto, se você é usuário do Internet Explorer, clique em Ferramentas > Opções da Internet > Geral e, no campo Histórico de Navegação, pressione o botão Excluir; caso seu browser seja o Firefox, tecle para abrir o painel do Histórico, selecione a página a ser deletada, dê um clique direito sobre ele e acione a opção Excluir (para excluir uma entrada diretamente da listagem no menu drop-down, basta pousar o cursor sobre o endereço web e pressionar a tecla <Delete>).
Entretanto, quem dispõe das versões mais recentes desses navegadores já conta com o recurso da navegação privada, que permite surfar pela Web sem deixar rastros. No IE8, clique no botão Segurança (no canto superior direito) selecione Navegação InPrivate e navegue através da nova janela que se abrir, com o indicador "InPrivate" na Barra de endereços. Já se você usa o Firefox 3.1, clique em Tools > Private Browsing (o browser irá salvar e fechar suas abas atuais e abrir uma nova em branco).
Vale lembrar que o Chrome também oferece suporte à navegação privada (ou modo incóginito, como queiram); para ativá-lo, basta clicar em Ferramentas e selecionar Nova Janela Incógnita. Aliás, esse navegador oferece um vasto leque de atalhos de teclado bastante práticos, que você pode conhecer em http://www.google.com/support/chrome/bin/answer.py?answer=95743.
Bom fim de semana prolongado e uma Feliz Páscoa a todos!

quinta-feira, 13 de março de 2025

CAUTELA E CANJA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM...

EM RIO QUE TEM PIRANHA, JACARÉ NADA DE COSTAS. 

A sabedoria milenar chinesa abrange diversas áreas, da medicina às estratégias militares, ao passo que a sabedoria do jacaré, expressa na frase de abertura, é uma interpretação baseada na visão antropomórfica do comportamento desse réptil pré-histórico, que nada de costas para proteger a barriga do ataque das piranhas. 
 
Por ser tão hostil quanto um rio infestado de piranhas, o universo digital nos obriga fazer como o jacaré. Ainda assim, muitos de nós usam senhas fracas, clicam em links suspeitos, ignoram as atualizações do SO e dos aplicativos e instalam softwares piratas de sites pra lá de suspeitos. Para piorar, usam a navegação anônima (ou privada, ou InPrivate) achando-se protegidos por um "manto de invisibilidade" como o de Harry Potter. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Falando em canja (e lembrando que "canja de galinha" é pleonasmo), canja lembra Janja, e Bolsonaro ecoou a primeira-dama, que tentou justificar a derrubada da isenção do "imposto das blusinhas" alegando que o tributo recairia sobre as empresas, não sobre o consumidor: "Alguém avisa ao Haddad que Trump está taxando os outros, não o próprio povo". 
Na condição de "prisoner-to-be", o ex-presidente deveria cuidar de sua defesa em vez de discursar para os convertidos, afirmando que será o candidato da direita em 2026, e de babujar as bolas de seu ídolo — falo da calopsita do penacho alaranjado. 
A exemplo do "imposto das blusinhas" — estopim da queda de popularidade de Lula — as taxas impostas por Trump para pressionar outros países recairão sobre o consumidor americano. Falando em popularidade, pesquisas indicam que a primeira-dama vem se tornando menos popular a cada dia. No final do ano passado, a Quaest apontou que 28% dos brasileiros tinham uma visão negativa sobre ela (contra 28% de avaliações positivas) — uma mudança significativa em relação ao fim de 2023, quando sua imagem positiva (28%) ainda superava a negativa (26%). 
Janja é alvo de 85 requerimentos na Câmara dos Deputados, a maioria por suas "viagens oficiais", colaborações em publicações do Ministério da Saúde no Instagram e encontros com influenciadores digitais sob a alegação de estimular o aumento de seguidores em suas redes sociais com publicações compartilhadas. Alguns foram arquivados após respostas dos órgãos responsáveis, mas a maior parte segue ativa em análise. E viva o eleitor brasileiro, que repete a cada dois anos, por imbecilidade, o que Pandora fez uma única vez por curiosidade.

 

Abrir uma janela privada evita que o histórico e as informações inseridas em formulários sejam salvas e faz com que os cookies sejam apagados ao final da sessão. No entanto, ainda que nenhum rastro da navegação fique no computador, os sites visitados, o navegador e suas extensões, o provedor de acesso de internet, o administrador da rede (se houver) e sistemas de publicidade e análise como os do Google ainda podem rastrear o usuário. E caso seu email, número de telefone ou credenciais de login sejam inseridos em um site, sua identidade será revelada, independentemente da configuração no navegador. 
 
A navegação privada é útil para burlar a limitação de artigos com acesso gratuito em determinados sites, fazer pesquisas sem receber uma enxurrada de anúncios de produtos semelhantes, evitar que o(a) parceiro(a) descubra que visitou sites "pouco recomendáveis" e por aí afora, mas não oculta o endereço IP e nem impede que o provedor e o administrador da rede (do escritório ou da escola) saibam se a pessoa acessou material pornográfico ou procurou informações sobre um novo emprego, por exemplo. Assim, a proteção que a ferramenta oferece não chega aos pés da que é fornecida pelo Tor Browser e pelas VPNs, que usam canais de dados criptografados e mantém o IP do usuário oculto dos sites visitados. 

Baseado no Firefox, o Tor roda no WindowsAndroidmacOS e Linux (para iOS, o fabricante recomenda o Onion Browser), e o buscador DuckDuckGo garante maior segurança. Como os dados trafegam através da rede Tor, a velocidade de navegação não é lá aquelas coisas, mas o Mullvad Browser — que é tipo um "clone" do Tor que não usa a Mullvad VPN — garante velocidades de conexão que não evocam lembranças do jurássico dial-up.
 
Se um navegador privado "hardcore" não for a sua praia, instale vários navegadores, defina o mais seguro como padrão — para que ele abra automaticamente qualquer link em que você clicar — e evite adicionar extensões, já que elas são comumente usadas para rastreamento. 

Boa sorte.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

DE VOLTA À NAVEGAÇÃO PRIVADA E ÀS VPNs


VISITAS SEMPRE DÃO PRAZER. SE NÃO QUANDO CHEGAM, AO MENOS QUANDO PARTEM.

VPNs são redes virtuais privadas que direcionam nosso tráfego na internet através de servidores localizados em diversos lugares do mundo. Com isso, nossos computadores ficam mais seguros contra tentativas locais de rastreamento e hacks, e os sites por onde navegamos não conseguem registrar nosso endereço de IP (protocolo de internet).

Como eu já abordei esse tema em diversas postagens ― e a mais recente foi publicada há poucos dias ―, não faz sentido tecer longas considerações conceituais a propósito, mas vale relembrar que as VPNs pagas são mais eficientes, quando mais não seja porque contam com mais servidores espalhados mundo afora e não acarretam a incomodativa lentidão que notamos quando usamos um opção gratuita.

Observação: Sem mencionar que VPNs gratuitas podem esconder armadilhas: segundo o IDG Now!, o portal TheBestVPN, que reúne reviews de usuários, testou 115 serviços populares de VPN e constatou que 26 deles não cumprem o que prometem em suas políticas de privacidade ― caso do PureVPN, HideMyAss, HotSpot Shield, VPN Unlimited e VyprVPN (clique aqui para acessar a lista completa).

Também conforme já discutimos, os principais navegadores de internet oferecem atualmente um recurso conhecido como navegação privada (ou in-private, ou anônima), cuja utilização evita que histórico de navegação, cookies e outros rastros que deixamos para trás em nossas “andanças virtuais” sejam armazenados. Mas faltou dizer que o Opera ― browser que está longe de ser tão popular quanto o Chrome, do Google, ou o Firefox, da Fundação Mozilla ― possui uma VPN embutida no próprio programa, que é facílima de ser usada. Veja como proceder:

1) Acesse o site do fabricante, faça o download e instale o Opera

2) Abra o navegador, acesse o menu principal (basta clicar no “O” que é exibido no canto superior da janela, à esquerda da barra de endereços), selecione Configurações, clique em Privacidade e segurança.

3) No campo VPN, marque a caixa de verificação ao lado de Habilitar VPN (se quiser saber mais, siga o link “saiba mais”, à direita da opção retro citada).

Você verá então um botãozinho com a inscrição VPN no canto esquerdo da barra de endereços, no topo da tela, e poderá navegar com mais privacidade, pois o Opera manterá sua conexão protegida. Para desativar a VPN, clique no botão e faça o ajuste; para reverter a configuração, desmarque a caixa de verificação que ativou o recurso. Simples assim.

Não há problema algum em utilizar dois ou mais navegadores, mas pode ser chato ficar alternando entre eles, de modo que a melhor solução é contratar um serviço pago. Antes, porém, veja se a sua suíte de segurança embute sua próprias VPNs. Mesmo que seja preciso adquirir uma licença adicional, o desembolso será menor do que ser contratar um serviço separado.

Se a sua suíte de segurança não inclui uma VPN, acesse o site ExpressVPN (mude o idioma para Português, se necessário) e clique em Assinar Agora para escolher o plano desejado e a forma de pagamento. Feito isso, você receberá um código para ativar o aplicativo.

Baixe e instale o programinha, insira o tal código no campo apropriado e escolha se você deseja que a VPN seja iniciada automaticamente com o Windows e se quer compartilhar dados de desempenho. Ao final, você verá um botão de Power que liga e desliga a VPN, e abaixo dele uma opção para especificar o país onde estará localizado o seu servidor. São mais de 140 possibilidades, de modo que, se o excesso de tráfego causar lentidão em alguns momentos, basta você mudar de servidor para acelerar a navegação. 

Observação: O fabricante promete devolver seu dinheiro em até 30 dias, caso você não fique satisfeito com o programa.

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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

VPN — EM RIO QUE TEM PIRANHA JACARÉ NADA DE COSTAS (FINAL)

NADA VAI FUNCIONAR A MENOS QUE VOCÊ FAÇA FUNCIONAR.

O mundo digital está repleto de perigos, da espionagem governamental a hackers e fraudadores. E isso vale especialmente para redes públicas — como a banda GSM ou LTE do seu provedor de serviços móveis —, de modo que usar uma VPN é uma decisão sábia e plenamente justificável.

Se o custo for um problema (o que não seria de estranhar nestes tempos bicudos), os principais navegadores de internet disponibilizam a navegação privada (ou in-private, ou anônima), que não armazena o histórico, os cookies e outros rastros que deixamos para trás em nossas “andanças virtuais” . Mas o Opera vai mais além. Ele não é tão popular quanto o Google Chrome, o Mozilla Firefox ou o Microsoft Edge Chromium, mas nem por isso deixa de ser um excelente navegador — e de embutir uma VPN nativa que é fácil de ser usada.

Depois de acessar baixar o Opera a partir do site do fabricante e proceder à instalação:

1) Abra o navegador, acesse o menu principal (basta clicar no “O” que é exibido no canto superior da janela, à esquerda da barra de endereços);

2) Selecione Configurações, clique em Privacidade e segurança

3) No campo VPN, marque a caixa de verificação ao lado de Habilitar VPN (se quiser saber mais, siga o link “saiba mais”, à direita da opção citada). 

Você verá então um botãozinho com a inscrição VPN no canto superior esquerdo da barra de endereços. Clique nele para navegar com mais privacidade (para desativar a VPN, clique no botão e faça o ajuste; para reverter a configuração, desmarque a caixa de verificação que ativou o recurso).

Par quem não abre mão do Chrome, existem extensões (plugins) que acrescentam VPNs a esse navegador. Entre as opões pagas, considere o NordVPN, o ExpressVPN e o Surfshark; no âmbito das gratuitas, o TunnelBear, o PureVPN e o ZenMate são boas opções.

Observação: O conceito da navegação privada surgiu inicialmente no Chrome e logo foi adotado por seus principais concorrentes. Mas a proteção oferecida por esse recurso não é tão eficaz quanto a de uma VPN, já que, durante uma sessão de navegação, para além do navegador, as informações passam pelo roteador e pelo sistema operacional, podendo inclusive ser gravadas pelos sites que o internauta visita. Além disso, o endereço de IP também permanece visível, o que dá margem a rastreamentos indesejáveis.

As extensões de VPN atuam de maneira semelhante à dos aplicativos de VPN (algumas chegam mesmo a ampliar os recursos dos apps que elas emulam), mas o fato é que funcionam basicamente como proxies e têm efeito apenas no tráfego de dados que passa pelo navegador. Assim, outros aplicativos que fazem uso da rede (a exemplo dos demais browsers que a gente utiliza) não são contemplados — ou seja, se instalarmos uma extensão de VPN para o Chrome e iniciarmos o Edge ou o Firefox, nossos dados não estarão protegidos.

Aplicativos VPN completos criptografam os dados que trafegam pelo sistema de cabo a rabo, protegendo o tráfego tanto no navegador quanto noutros aplicativos — e até no próprio sistema operacional. Devido a sua funcionalidade mais limitada, os proxies consomem menos recursos do sistema, e, ainda que as extensões de VPN do Chrome sejam tecnicamente extensões de proxy, a essência permanece a mesma: privacidade, segurança e velocidade.

Como diz um ditado, em situações assim é sempre melhor pingar do que secar.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

A BANDIDAGEM DIGITAL E A PORNOGRAFIA

A REALIDADE É DURA, MAS AINDA É O ÚNICO LUGAR ONDE SE PODE COMER UM BOM BIFE.

Pouca gente clicaria num link ou abriria um anexo de email se houvesse indícios claros de que se trata de maracutaia. Daí a razão de os malfeitores digitais recorrerem à engenharia social — conjunto de técnicas que exploram a ingenuidade, a confiança, a curiosidade, em muitos casos, a ganância vítimas potenciais — para levar as pessoas a fazer coisas que, em outras circunstâncias, elas não fariam. 

De emails com anexos executáveis que se fazem passar por fotos picantes desta ou daquela artista famosa a links que o destinatário é instado a seguir para descobrir por que seu título de eleitor foi cancelado ou seu nome, negativado no SPC são nossos velhos conhecidos, mas o fato é que os cibercriminosos vêm recorrendo cada vez mais ao erotismo para engabelar os incautos.

Um levantamento feito no ano passado pela Kaspersky Labs apurou mais de 12% dos internautas tupiniquins foram infectados por algum tipo de praga digital escritas para o sistema móvel Android (que é o mais utilizado em smartphones) quanto tentaram acessar sites ou baixar apps com conteúdo pornográfico. A preferência dos cibervigaristas por temas pornográficos advém do fato de que, primeiro, a demanda por esse tipo de conteúdo é grande; segundo, as vítimas, por motivos óbvios, dificilmente relatam o incidente.

A pesquisa identificou 23 famílias de programinhas maliciosos que usam esse tipo engodo para ocultar sua verdadeira funcionalidade e infectar o sistema alvo com os chamados clickers (malwares programados para clicar em links de anúncios ou tentar inscrever o usuário em uma assinatura WAP, que consome os créditos pré-pagos do smartphone). 

Cavalos de Tróia ocultos em players de vídeo pornográfico, cujo real objetivo é coletar informações bancárias, são o segundo tipo mais comum de pragas alimentadas pela pornografia, seguidos de perto pelo rooting e pelo ransomware — este último se faz passar por um aplicativo legítimo de sites de pornografia para bloquear o dispositivo da vítima, informar que conteúdo ilegal foi detectado (normalmente pornografia infantil) e pedir resgate em troca da senha de desbloqueio (note que efetuar o pagamento não garante o malfeitor cumpra sua parte no acordo).

Vai de cada um acessar ou não esse tipo de conteúdo — e eu não estou aqui para fazer juízos de valor —, mas quem aprecia uma boa putaria, se o leitor me desculpa o francês, deve tomar alguns cuidados, começando por acessar somente sites confiáveis (quando o acesso é pago, a segurança costuma ser maior, já que seus mantenedores ganham mais cobrando pelo acesso do que vendendo seus dados a terceiros). Nem é preciso dizer que os criminosos constroem páginas falsas bastante chamativas, já que seu propósito é infectar o maior número possível de vítimas.

Observação: A título de sugestão, o Señorporno é um site pornográfico projetado para navegação segura — segundo os responsáveis, não há anúncios ou links que disseminam malware ou colocam em risco a segurança dos clientes.

Jamais navegue por sites comprometedores usando o computador do trabalho ou uma máquina que você compartilha com familiares. Use o seu computador pessoal, tomando o cuidado de abrir uma janela anônima no browser (na navegação “in-private”, histórico de navegação, cookies e outros dados não são gravados), ou, alternativamente, habitue-se a apagar manualmente essas informações ao final de cada sessão (a maneira de fazer isso varia conforme o navegador; acesse esta postagem para saber mais sobre navegação privada e como realizar essa faxina nos programas mais populares).
Utilize um site de busca que não registram as suas atividades.

Note que buscadores como o Google regista tudo o que o internauta faz, de maneira a criar um perfil; portanto, se você estiver buscando putaria, ele provavelmente vai saber disso (independente se for no modo incógnito ou não). Para não ser rastreado e evitar que seu histórico de pesquisas e seus dados sejam realmente ocultados, recorra a um serviço de buscas mais confiável, como o site DuckDuckGo. Outra opção interessante é o Boodigo, que é um motor de busca que ajuda você a encontrar a pornografia que desejar (ele busca somente por isso), mas não colhe as suas informações, preservando seu anonimato.

Volto a lembrar que a melhor solução para quem não quer ser rastreado na internet é ocultar seu IP com o auxílio de uma VPN. Para saber mais sobre navegação anônima e redes virtuais privadas, reveja esta postagem.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

AINDA SOBRE NAVEGADORES E PRIVACIDADE


TODOS OS DIAS SÃO DO CAÇADOR. SÓ O ÚLTIMO É DA CAÇA.

As informações de navegação que são salvas automaticamente pelos browsers podem ser usadas para rastrear nossos hábitos e interesses, daí a importância de limparmos regularmente esse histórico ― o que não só ajuda a resguardar nossa privacidade, mas também deixa o navegador mais rápido.

No jargão da informática, cookies são fragmentos de dados enviados pelos sites e gravados em nossos computadores como pequenos arquivos de texto. Via de regra, eles são usados para direcionar publicidade, também servem para rastrear e/ou monitorar de nossos hábitos, preferências e atividades. 

Observação: É bom deixar claro que cookies não são malwares, embora possam ser identificados e utilizados por malwares (para coletar informações de login em webservices, por exemplo).

Se você usa o Chrome, clique no ícone com três traços ― na extremidade direita da janela do navegador ―, clique em Mais ferramentas... e em Limpar dados de navegação... Feito isso, defina o intervalo de tempo desejado e marque os itens que você quer apagar (se preferir, clique na aba Avançado para ter acesso a opções circunstanciadas).

No Firefox, clique no botão com os três traços, selecione Opções, clique em Privacidade e segurança (na coluna à esquerda), vá até a sessão Histórico e clique em limpar seu histórico recente. Defina então o período desejado e execute a limpeza (note que também é possível selecionar quais itens você deseja remover clicando em remover cookies individualmente, mas aí a coisa é um pouco mais complicada).

Suítes de manutenção como CCleaner e o Advanced System Care (clique aqui para saber mais sobre elas) simplificam esse trabalho. A configuração padrão é adequada para a maioria dos usuários, mas é possível fazer ajustes que tornam a limpeza mais (ou menos) abrangente.

Também é possível configurar o navegador para limpar os dados ao final de cada sessão, ou então recorrer à navegação anônima. Para abrir uma janela anônima no Chrome, o atalho de teclado é Ctrl+Shift+n. No Firefox e no Edge, pressione as teclas Ctrl+Shift+p.

Você pode configurar seu navegador para abrir a janela anônima sempre que ele for iniciado. No Chrome, pressione o botão Iniciar (da barra de tarefas do Windows), role a lista de programas até localizar a entrada correspondente a esse navegador, dê um clique direito sobre ela e, no menu suspenso, escolha a opção Enviar para > Área de trabalho (criar atalho). Feito isso, dê um clique direito sobre esse novo atalho, clique em Propriedades, depois na aba Atalho e, no campo Destino, no final do endereço, dê um espaço e digite --incógnito, de modo que a linha fique assim:

“C:\Users\Nome\AppData\Local\Google\Chrome\Application\chrome.exe” --incognito.

Clique então em Aplicar > OK e reinicie o navegador pelo atalho que você criou.

É importante ter em mente que a navegação privada não permite escapar do radar do provedor ou dos curiosos de plantão, mas descarta cookies e arquivos temporários ao final de cada sessão, inibe a gravação de históricos, dados de formulários, senhas, e por aí vai, o que já não é pouco. Quem quiser navegar com total privacidade deve recorrer a uma VPN (rede virtual privada) ou a ferramentas como o TOR  ou o ANONYMIZER.

Esses "truques" não fazem milagres, mas ajudam a navegar na Web de maneira mais segura, daí porque veremos mais dicas na próxima postagem. Até lá.

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Google

Talvez você já tenha ouvido dizer que o Google grava cada termo de busca digitado em sua caixa de pesquisa, mas provavelmente não parou pra pensar que essas informações podem representar uma séria ameaça à sua privacidade. Conforme você utiliza os diversos serviços da empresa, seus hábitos, interesses e atividades vão sendo armazenados em seus servidores, que não são exatamente inexpugnáveis (seus mecanismos de defesa são fortes o bastante para prevenir as ameaças mais comuns, mas um invasor determinado que conseguir invadir sua conta poderá acessar tudo o que você confiou à empresa). Isso sem mencionar que essas informações podem ser eventualmente requisitadas por agentes do governo, policiais ou advogados (mediante intimação judicial).


Observação: Invadir o Google pode ser difícil, mas a conta particular de um usuário que utilize senhas fracas é sopa no mel para um cracker moderadamente experiente (para mais detalhes, clique  aqui).

O Google afirma que armazena esses dados para aprimorar seus algoritmos de busca e determinar padrões mais amplos para a página Google Trends, e que os cookies e os últimos três dígitos dos endereços de IP associados às buscas são apagados regulamente. Entretanto, a prudência recomenda tomar cuidados adicionais para prevenir que informações potencialmente perigosas caiam em mãos erradas (afinal, seguro morreu de velho).
Caso você ache interessante manter o Histórico da Web associado à sua conta e apagar somente as buscas mais “delicadas”, acesse seu histórico (em Meus Produtos, na sua página de Contas), clique em "Remover Itens", selecione aqueles que você deseja apagar e clique em Remover. Se preferir, faça uma faxina em regra clicando em “Limpar o Histórico da Web inteiro”, no pé da página. Já se quiser adotar uma providência mais radical, desabilite o Histórico da Web: no canto superior direito da página do Google, clique em Configurações de Pesquisa > Configurações da Conta > Editar (à frente de Meus Produtos, no lado esquerdo da página) e em “Remover histórico da web permanentemente” (se essa opção não estiver visível, é porque você nunca ativou o Histórico da Web). Isso fará com que o serviço seja desligado e apagará todos os dados específicos ligados à sua conta.

Observação: Lembre-se sempre de fazer logoff antes de realizar suas buscas; se você estiver logado, seu endereço de e-mail será exibido no canto superior direito da página inicial da Google, das páginas de resultado ou de qualquer página da Google em que você estiver. Note, porém que o logoff evita a associação direta entre você e suas buscas, mas não a associação entre seu endereço de IP e outras informações. Para prevenir isso, torne sua navegação anônima usando ferramentas como Tor, Anonymizer, ou a extensão PhZilla para Firefox.

No que concerne aos cookies, o Google os utiliza para armazenar o status de login dos usuários para vários serviços – você não precisa se identificar no Google Agenda se já estiver usando o Gmail, por exemplo –, mas isso resulta num rastro de logins que pode ser acessado tanto pelos servidores da Google quanto no seu disco rígido. Demais disso, o serviço de anúncios Doubleclick usa os cookies para rastrear sua navegação pelos sites, e essa informação, combinada com o login, pode identificar exatamente quais sites você visitou.
Para minimizar eventuais problemas, configure seu navegador para rejeitar cookies de terceiros – isto é, cookies de outros sites além daquele que você esteja visitando –, já que esse ajuste elevará seu nível de privacidade sem provocar quaisquer efeitos colaterais na maioria dos sites que você visita. Note, porém, que essa medida não apagará os cookies já instalados, mas você pode usar as configurações de segurança do browser para eliminar todos eles ou pesquisar um a um e escolher os que deseja manter. Outra opção recomendável (embora não infalível, infelizmente) é usar a “navegação privada” oferecida pela maioria dos navegadores (tais como as versões mais recentes do IE, Firefox, Safari, Opera e Chrome), que apaga os cookies e as senhas e limpa o histórico e o cache ao final de cada sessão de navegação.

Observação: Se você ainda está usando o IE 6, atualize-o imediatamente. De acordo com a empresa de segurança Secunia, essa versão tem 24 vulnerabilidades sem solução, muito mais que qualquer outro navegador em uso atualmente. Foi uma falha no IE6 que permitiu a brecha na rede do Google, em dezembro de 2009.

Bom dia a todos e até mais ler.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

SEGURANÇA – NAVEGADORES e humor de sexta-feira


Quando a Internet começou a se popularizar no âmbito doméstico, os vírus, worms, trojans e afins passaram a utilizá-la para sua disseminação, dando origem à velha velha máxima de que computador seguro é computador desconectado.
Por outro lado, deixar de usufruir dos benefícios proporcionados pela Grande Rede seria impensável, de modo que o jeito é reforçar o arsenal de segurança e blindar o navegador.
Nosso Blog está repleto de sugestões envolvendo antivírus, firewall e suítes de segurança completas (tanto em versões pagas quanto gratuitas), de modo que basta recorrer ao campo de Busca para obter mais informações.
Se você quiser verificar se seu browser está devidamente atualizado, releia o post navegadores e atualizações; para evitar que anunciantes monitorem seus hábitos de navegação e o bombardeiem com publicidade, bloqueie os cookies de rastreamento:
  • No Chrome, clique no ícone da chave inglesa (no canto superior direito da tela) e, em Configurações > Configurações avançadas > Configurações de Conteúdo, marque a opção Bloquear cookies de terceiros e dados do site. 
  • No IE, abra o menu Ferramentas, clique em Opções da Internet > Privacidade e, em Configurações, ajuste a barra deslizante para o nível Médio.
  • No Firefox, clique no menu Firefox > Opções > Privacidade e, na opção referente ao item O Firefox deve:, selecione Usar minhas configurações e desmarque Inclusive cookies de elementos fora do site visitado.
Utilizar a navegação privada – que impede os sites visitados de gravar cookies, adicionar as páginas visitadas ao histórico e deixar outros "rastros" de navegação – também é uma boa ideia:
  • No Chrome, clique no ícone da chave inglesa – que na verdade é uma chave fixa, mas enfim – e escolha a opção Nova janela anônima
  • No IE, clique no menu Ferramentas e escolha a opção Navegação InPrivate;
  • No Firefox, clique em Tools e em Private Browsing
Por último, mas não menos importante, instale o WOT, que se vale de de um banco de dados alimentado pelo feedback dos próprios usuários para classificar os sites com um pequeno círculo na cor verde, amarela ou vermelha, conforme sua confiabilidade. Caso queira  aprimorar ainda mais sua segurança, considere o uso de uma CAIXA DE AREIA (assunto que veremos com mais detalhes na próxima postagem). 

Passemos agora ao nosso tradicional humor de sexta-feira:

Uma octogenária entra na farmácia e pergunta:
- Vocês têm analgésicos?
-Temos sim senhora - responde o farmacêutico.
-E remédio contra reumatismo?
-Também.
-Viagra? Vaselina? Pomada anti-ruga? Gel para hemorróidas? Fraldas para idosos?
-Minha senhora - interrompe o farmacêutico -, isto aqui é uma farmácia e nós temos isso tudo. Qual é o seu problema?
-É que vou me casar no fim do mês. Meu noivo tem 95 anos e a gente queria saber se podia deixar nossa lista de casamento aqui com vocês...

Casal de meia idade na cama, tarde da noite, com a luz a pagada. De repente, a mulher sente o marido apalpar levemente o seu pescoço, descer a mão pelo ombro até o braço, tocar de leve o quadril, subir pela coxa, voltar pelo ventre, passar pelo seio e retornar ao pescoço, desta feita pelo outro lado. Inopinadamente, o movimento cessa e a mulher, já "acesa", murmura:
- Continue, querido, está tão bom...
E o marido:
- Pra quê? Já encontrei o controle remoto.  

FELIZ DIA DOS PAIS e um ótimo f.d.s. a todos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

PORNOGRAFIA X SEGURANÇA — CONTINUAÇÃO

VINCIT QUI PATITUR

Recapitulando: Acessar sites “adultos” grandes e conhecidos pode ser tão seguro quanto acessar plataformas como YouTube ou Vimeo, mas existe uma miríade de páginas falsas que imitam esses portais para roubar dados, chantagear ou extorquir visitantes.

 

Mensagens que chegam por e-mail ou SMS dizendo que sua webcam foi usada para gravar vídeos comprometedores — e que o material será divulgado caso você não pague resgate — são implausíveis, mas alguns malwares podem realmente bloquear sua tela com imagens explícitas, entupir seu navegador de anúncios, monitorar sua navegação e roubar senhas, credenciais bancárias e outros dados sensíveis. 


Para reduzir os riscos, fuja de sites que prometem “conteúdo premium gratuito”, evite clicar em anúncios irresistíveis — que a bandidagem usa para espalhar aplicativos falsos —, baixe apps somente de fontes oficiais (Google Play, App Store e sites verificados) e apague regularmente cookies, cache e histórico de navegação (a maioria dos navegadores permite programar a exclusão automática; para mais informações, clique aqui se você usa o Chrome, aqui se usa o Firefoxaqui se usa o Edge).


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


A reação avassaladora à ideia dos 353 deputados que pretenderam incluir na Constituição um dispositivo protetor de malfeitorias remete à antiga constatação de Lula sobre a existência de "300 picaretas" no Congresso. Nas ruas, os protestos levaram o carimbo da esquerda, mas na sociedade e no Senado — onde o voto é majoritário e não conta com a proteção da proporcionalidade que elege deputados —, a indignidade foi amplamente compreendida: parlamentares de direita, e até bolsonaristas, se engajaram no rechaço à quebra de limite, donde é lícito supor que exista energia onde parecia vicejar a apatia.

A PEC da bandidagem foi enterrada pelo Senado, mas a Câmara insiste em ameaçar a democracia com o projeto da anistia, mesmo que no formato envergonhado da redução de penas. A preservação da desavença entre as duas Casas do Congresso virou prioridade nacional. Motta e Alcolumbre só se referem um ao outro como "Chupeta de Baleia" e "Mini-Lira". 

Mal a blindagem desceu à cova, o deputado Paulinho da Força envenenou a atmosfera com a ameaça de condicionar a votação da isenção do Imposto de Renda à aprovação de sua acanhada versão da anistia. Motta desmentiu o amigo, mas quer aprovar a redução de penas nesta terça-feira, até porque foi atropelado por um projeto análogo que chega do Senado propondo a mesma isenção. 

Alcolumbre não é flor digna de cheiro. Está preso ao interesse público por grilhões de barbante. Foi o primeiro a propor alívio para o castigo imposto aos golpistas. Mas cada democracia tem o herói da resistência que merece.

 

Usar um gerenciador de senhas evita que suas credenciais fiquem gravadas em cookies e reduz o risco de roubo de dados. Se quiser que os sites lembrem seu nome e algumas preferências, mas sem utilizar cookies de terceiros (que servem basicamente para rastreamento), consulte as páginas de suporte do ChromeFirefoxSafariOpera e Edge.

 

O Google não só coleta dados via Chrome, Gmail, YouTube, geolocalização e buscas, como também permite que empresas parceiras rastreiem nossos hábitos online. Se privacidade é prioridade para você, considere substituir o navegador da Gigante de Mountain View pelo Mozilla Firefox, que bloqueia rastreadores conhecidos no modo privado e pode ser configurado para fazer o mesmo na navegação normal. No celular, o Firefox Focus não só bloqueia os rastreadores como permite apagar todos os dados coletados com um único clique. 


O Safari limita o rastreamento de widgets de redes sociais e envia apenas informações anônimas de sistema, mas só roda no macOS e no iOS. O Tor Browser está disponível para Windows, Linux, macOS e Android (para usuários do iOS, recomenda-se o Onion Browser). Sua principal desvantagem é a lentidão da rede Tor, que lembra a velha internet discada. Use-o sem, além de anonimato, você precisa de acesso à Deep/Dark Web

 

O motor de buscas DuckDuckGo não rastreia os dados, sendo um ótimo substituto do Google Search para quem não quer deixar rastros digitais. Caso o Tor lhe pareça “radical demais”, experimente Epic Privacy Browser, o SRWare Iron Browser, Brave ou o Dooble, que focam a privacidade. O ideal é manter mais de um navegador instalado, configurar o mais seguro como padrão para abrir links automaticamente e usar os demais em situações que exijam compatibilidade plena.


ObservaçãoAlém de criaram sua própria extensão para desabilitar rastreadores, os desenvolvedores do DuckDuckGo oferecem um navegador privado para dispositivos móveis (Android e iOS). Para usuários do Firefox, recomendo instalar a extensão Facebook Container; as redes sociais ainda rastrearão suas publicações e curtidas, mas não conseguirão segui-lo por todos os lados na internet. 

 

Extensões funcionam como porta de entrada para rastreamento. Instale apenas as estritamente necessárias — e de desenvolvedores confiáveis — e um bloqueador de anúncios como o AdBlock Plus, devidamente configurado para impedir que redes sociais rastreiem suas ações — lembrando que o Disconnect, o uBlock Origin, o Ghostery e o uMatrix dispensam ajustes — ou seja, bloqueiam a vigilância de redes sociais e rastreadores imediatamente. 

 

A navegação privada é útil para burlar a limitação de artigos com acesso gratuito em determinados sites, fazer pesquisas sem receber uma enxurrada de anúncios de produtos semelhantes, evitar que o cônjuge descubra que você visitou sites "suspeitos" e por aí afora. Mas ela não oculta seu endereço IP nem impede que o provedor e o administrador da rede do escritório saibam que você acessou conteúdo pornográfico ou procurou informações sobre um novo emprego, por exemplo. Para evitar, use um serviço de VPN, que utiliza endereços de IP próprios, muda-os a cada conexão e criptografa os dados transmitidos.

 

Continua... 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

COOKIES — O FIM?

PIOR QUE O PRONTO RECUSAR É O PROMETER E NÃO CUMPRIR.

Em virtude da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), informações que permitem identificar os internautas (como nome, endereço, número de telefone, entre outros) só podem ser utilizadas mediante expressa autorização, daí porque aplicativos, webservices, sites e congêneres vêm exibindo alertas sobre alterações em suas políticas de privacidade, coleta de dados e uso de cookies — que nada têm a ver com os famosos biscoitinhos assados; trata-se de pequenas linhas de código que os sites gravam no navegador para saber se o internauta já esteve por lá e, caso afirmativo, qual produto pesquisou, quais itens adicionou ao carrinho de compras, etc.

Observação: Os cookies podem ser próprios (definidos pelo domínio do site cujo URL digitamos na barra de endereços do navegador) ou de terceiros (que provêm de imagens ou anúncios incorporados às webpages). Mesmo que sua finalidade precípua seja “inocente”, esses pequenos arquivos podem pôr em risco nossa privacidade se caírem nas mãos de pessoas mal-intencionadas (segundo a Symantec, cibercriminosos costumam se valer de golpes em XSS e até técnicas de phishing para colher os dados disponíveis nos cookies).

A maioria dos sites compartilha os cookies com empresas de marketing, que se valem dessas informações para adequar a exibição de propagandas ao público-alvo de seus clientes. Se, por exemplo, os sites A, B, e C usam a mesma rede de publicidade, ela pode cruzar as informações da audiência — quantos visitantes acessaram os três sites ou quem visitou apenas um ou dois deles, por exemplo — para direcionar os anúncios com base nesse histórico de navegação. 

Observação: É por isso que basta pesquisarmos um determinado produto para sermos bombardeado por dias a fio com anúncios relacionados ao tal produto (a menos que se utilize um bloqueador de anúncios, mas isso é conversa para outra hora).

Os sites precisam da autorização do navegador para gravar cookies, e nós podemos configurar nosso programa — através de recursos próprios ou com o auxílio de plugins — para impedir essa gravação (total ou parcialmente). Também podemos (e devemos) apagar os cookies, arquivos temporários de Internet e histórico de navegação de tempos em tempos, ou configurar o browser para fazê-lo ao final de cada sessão de navegação, ou, ainda, recorrer a suítes de manutenção, como o festejado CCleaner.

Se você valoriza sua privacidade, use a “navegação anônima” (ou “ in-private”, conforme o programa) ou, melhor ainda, uma rede virtual privada — como a que o Opera oferece nativamente. Mas tenha em mente que, quando o assunto é navegação anônima, o TOR é imbatível.

Continua...