segunda-feira, 23 de outubro de 2017

AINDA SOBRE O WINDOWS 10 FALL CREATORS UPDATE

O ENEM AVISA AOS INSCRITOS NA PROVA: NÃO ESTUDEM AÉCIO. ELE NÃO CAI.

O Update de outono do Windows 10 foi liberado no último dia 17 e está sendo distribuído para todos os usuários do sistema, começando pelos que dispõem de máquinas mais recentes ― os demais receberão a atualização nas próximas semanas, mas existe um jeito de furar a fila, como foi explicado na postagem em questão).

A PC WORLD EUA publicou um artigo abordando algumas das principais novidades, com destaque para óculos de realidade mista e outras inovações interessantes ― desde que combinadas com produtos desenvolvidos pelas fabricantes de hardware parceira da Microsoft, tais como headsets especiais para tirar proveito dessa nova tecnologia.

No âmbito da segurança, o acesso controlado protege arquivos e pastas de mudanças não autorizadas, o que constitui uma defesa contra os ataques ransomware ― como os que trouxeram seriíssimos aborrecimentos para milhões de usuários de PCs em meados deste ano. Outra inovação digna de nota é um recurso inovador que usa a nuvem para aprimorar a integração entre PCs e smartphones ― depois de instalar o app do Microsoft Edge e/ou o Microsoft Launcher e linkar o smartphone com a sua conta Microsoft, é possível enviar páginas web e arquivos para o PC com Windows 10 por meio da opção Continuar no PC, além de responder mensagens ou ver ligações não atendidas no telefone conectado à conta do usuário.

O OneDrive das edições anteriores foi substituído pelo OneDrive Files on Demand, que torna visíveis e acessíveis, a partir do explorador de arquivos do computador, todos os arquivos que o usuário armazenou no serviço na nuvem, aí incluídos também os que só estão armazenados na nuvem ― a pasta do OneDrive inclui ícones que mostram se o arquivo está armazenado localmente ou apenas na nuvem, e, ao abrir esse arquivo, ele será baixado da nuvem para o computador, permitindo ao usuário escolher manualmente quais arquivos e pastas deverão ser salvas off-line. E no caso um app tentar baixar e usar um arquivo armazenado na nuvem, o Windows 10 exibe uma notificação com todos os detalhes, incluindo opções para cancelar o download ou bloquear o aplicativo impertinente.

Merecem destaque também o Story Remix ― uma evolução do app Photos que cria coleções incríveis com imagens e vídeos, trilhas sonoras editáveis e objetos e animações em 3D (a partir do Remix 3D, também da Microsoft) ― e as Delivery Optimization Advanced Options ― que permitem controlar como o Windows 10 lida com updates (por exemplo, a quantidade de banda usada para o download e upload de atualizações do Windows) ―, além de um novo Monitor de Atividade, que informa a quantidade de dados usados nos updates do sistema naquele mês.

Outras novidades são o painel de emojis ― que se abre mediante o atalho de teclado Windows + a tecla ponto (.); o teclado virtual ― que agora emula o teclado Word Flow do Windows 10 Mobile; e a adição de websites diretamente à barra de tarefas usando o ícone do site como a sua imagem na barra ― busque pela nova opção “Pin this page to the taskbar” nas configurações do navegador Edge). Falando no Edge, o navegador agora entra em modo de tela cheia por meio de um botão ou através da tecla F11 (recurso que a maioria dos browsers já ofereciam há um tempão), e um novo campo na aba de desempenho do Gerenciador de Tarefas exibe, em tempo real, informações sobre as principais atividades do processador gráfico (GPU).

O menu de contexto, que se abre quando clicamos em algo com o botão direito do mouse, traz uma opção de compartilhamento que permite encaminhar rapidamente o item em questão, e a Calculadora passou a converter moedas ― o que, segundo a Microsoft, era “um dos principais pedidos” dos seus usuários (a ferramenta usa a Internet para obter informações sobre as taxas de câmbio, mas inclui um modo off-line que exibe valores aproximados).

Agora é só aguardar a chegada do update ou adiantar o expediente seguindo os passos sugeridos no post anterior. Boa sorte.

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domingo, 22 de outubro de 2017

DORIA, A FARINATA E A IGNORÂNCIA QUE CAMPEIA SOLTA

TODOS TÊM DIREITO A SUAS OPINIÕES, MAS ISSO NÃO TORNA OS IMBECIS MENOS IMBECIS.

Nas campanhas eleitorais, a primeira vítima é o bom senso. Prova disso são os recentes ataques ao prefeito João Dória, por conta de um projeto que visa alimentar a população mais carente com a “farinata” ― farinha produzida a partir de alimentos que seriam incinerados pelos produtores e supermercados por estarem próximos do final de sua validade, e que pode ser adicionada a pães e bolos ou usada para “engrossar” sopas e ser distribuída sem custos por entidades cadastradas (igrejas, templos e sociedade civil) e pela própria prefeitura.

Alegando que “os pobres precisam de alimentos frescos” e outras falácias que tais, detratores do prefeito põe em risco a iniciativa, que, aliás, nem é de Dória, mas sim um antigo projeto da Igreja Católica, que ora corre o risco de ser cancelado por causa de um bando de demagogos. Para D. Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, “seria uma pena algo que nasceu para ser bom, por equívocos ou manipulação política, seja de qual lado for, venha a ser de alguma forma amputado ou boicotado”.

No Brasil, ter sucesso é crime ― pelo menos, na visão dos invejosos que perderam a esperança de chegar lá. Por ser uma cara nova na política, um empresário bem-sucedido, dono de um patrimônio invejável, Doria é visto como o protótipo do mauricinho milionário, atacado pelos petistas por antagonizar Lula, pelos tucanos, por “ter traído” seu padrinho político Geraldo Alkmin, e por muitos dos que o elegeram, por seu açodamento em transformar o sucesso da eleição local em antecipação ao pleito presidencial ― como fez antes dele José Serra, que usou a prefeitura como trampolim para sua [malograda] candidatura à presidência. Por conta de suas constantes viagens pelo Brasil e mundo afora, circula há alguns dias nas redes sociais uma piadinha segundo a qual Paul McCartney aprecem mais em Sampa do que o prefeito ― em 9 meses de mandato, Doria ficou fora mais de 60 dias; em sua defesa, o tucano afirma que os deslocamentos ocorreram para promover a capital e buscar investimentos; de janeiro a agosto, ele completou 2.943 horas trabalho, quase 1.200 horas a mais do que a jornada prevista na CLT, de 220 horas/mês.

Observação: Administrar uma megalópole como São Paulo é uma missão quase impossível. Com uma população 50% maior que a Nova Iorque e uma frota de veículos três vezes superior à suportada pela malha viária, Sampa seria um desafio até mesmo para Hemiunu ― o administrador da Pirâmide de Gizé, a maior obra do planeta por muitos séculos. Desde que assumiu, Doria contabilizou sucessos e fiascos. A abertura de empresas, por exemplo, que levava mais 3 meses, agora leva menos de 10 dias; a contratação de professores para as escolas municipais dobrou em relação à administração anterior; o Corujão da Saúde foi tão bem-sucedido que originou o Corujão da Cirurgia; a distribuição gratuita de remédios à população carente preencheu as lacunas (82 itens) e agora oferece todos os 187 principais medicamentos; 320 empresas doaram R$ 660 milhões à prefeitura, e por aí segue a procissão. Já os camelôs continuam fazendo a festa na Av. Paulista e nas marginais; faltam médicos na rede pública; a cracolândia não desapareceu, foi pulverizada e vem proliferando em outras regiões; o número de vagas nas creches continua insuficiente para atender à demanda; a pavimentação de ruas e calçadas deixa muito a desejar; o problema dos semáforos, herdado da gestão Haddad, levou 9 meses para ser resolvido e 8 de 9 serviços de zeladoria estão longe do ideal. Se as desestatizações avançaram, as ciclovias, os corredores de ônibus e outros projetos importantes continuam marcando, sobretudo por falta de recursos: ao sair da prefeitura, Haddad disse ter deixado R$ 5,5 bilhões em caixa, dos quis R$ 3 bilhões seriam de saldo líquido, mas a maior parte desse dinheiro estava comprometida com despesas de curto prazo e, ao final da primeira semana de janeiro, sobraram pouco mais de R$ 230 milhões (Haddad recebeu a prefeitura de Kassab com quase R$ 500 milhões de saldo líquido).

Doria baseia seu marketing no “falem mal mas falem de mim”, e essa superexposição o torna vulnerável a críticas nos meios de comunicação, nas redes sociais, e por pseudo-intelectuais ― como os que defenderam Dilma durante o impeachment e almejam ver Lula de novo na presidência. E convenhamos: o alcaide lida mal com críticas ― venham elas de onde vierem ―, cai facilmente em provocações e, quando precisa decidir se dá vazão à raiva ou contemporiza, ele quase sempre escolhe a primeira opção.

Como salienta J.R. Guzzo, com Doria o simples desacordo não é suficiente; ele desperta a ira em estado bruto dos inimigos, os “sentimentos mais primitivos” do ser humano, é detestado simplesmente por ser Doria. Quase ninguém o julga pelo que faz, apenas pelo que pensa ― ou diz que pensa ―, pouco importando se sua gestão é boa ou ruim. O que interessa é falar que ele é do mal e que está sempre errado, mesmo se disser que o Natal cai no dia 25 de dezembro. É o tipo da coisa que só emburrece um debate que já é burro, como acontece com praticamente tudo o mais quando se conversa sobre política, hoje em dia, neste país. O ato de pensar é cada vez mais desprezado; parece algo desnecessário, irritante e ofensivo, sobretudo se alguém diz alguma coisa que não combina com “o que a sociedade está dizendo”.

Nessa desordem mental, a última preocupação é julgar alguém por suas realizações concretas. Não há diferença sensível entre sua gestão e a anterior, do ponto de vista da “zeladoria”. O abandono, a inépcia e a miséria de resultados continuam os mesmos. A prefeitura não consegue cuidar dos sinais de trânsito, do calçamento abominável das ruas, do corte de mato nas áreas verdes, da iluminação pública, do estacionamento abusivo nas ruas, da limpeza dos bueiros, do lixo largado pelas calçadas. Não conseguiu, nem sequer, eliminar uns poucos metros nas faixas de ciclismo mais extravagantes que o prefeito anterior criou, com o propósito de punir “os ricos” e dar lições de ideologia viária à população. Os problemas, na visão da Prefeitura, se dividem em apenas duas categorias: os muito difíceis e os impossíveis de resolver.

O zelador quer ser síndico, mas não consegue cuidar nem do portão da garagem ― não faz, simplesmente, o serviço para o qual foi eleito. Mas quem está interessado nesse tipo de detalhe? Nem pensar. É muito mais fácil dizer que Doria é de direita ― e não se fala mais no assunto.

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sábado, 21 de outubro de 2017

E VIVA O ELEITOR BRASILEIRO


Os políticos não surgem do nada, são eleitos pelo voto popular. O problema é que a cada minuto nasce um idiota no Brasil, e todos eles vêm com título de eleitor.

É nossa ― e de mais ninguém ― a culpa de 1/3 do Congresso Nacional ser composto de investigados, denunciados e réus na Lava-Jato. E eu não me surpreenderia nem um pouco se, no ano que vem, quando teremos a chance de remover o entulho, de substituir todos os deputados federais e 2/3 dos senadores, trastes como Renan Calheiros, Romero Jucá, Fernando Collor, Paulo Maluf e distinta companhia aparecerem na lista dos mais votados.

Observação: Renan é réu por peculato e investigado em 17 inquéritos; 13 deles oriundos da Lava-Jato. Jucá responde a 13 inquéritos; 8 oriundos da Lava-Jato. Collor, que tem uma capivara de fazer inveja ao bandido da luz vermelha, é réu por corrupção, mas tem foro privilegiado, e só deus sabe quando o processo será julgado. Maluf, que há anos é procurado pela Interpol e já foi condenado pelo STF a 7 anos e lá vai fumaça, continua solto ― e ajudando a fazer as leis deste país ― graças a uma miríade de embargos protelatórios.

Sobre a vergonhosa votação que restabeleceu o mandato de Aécio Neves, o mineiro dos 2 milhões de reais, escreveu o colunista Helio Gurovitz

“Entrou em curso, a pleno vapor, a operação ‘estanca-sangria’ ― a imortal expressão cunhada pelo senador Romero Jucá no áudio em que foi flagrado conspirando contra a Lava-Jato. Jucá fez questão ontem de abandonar um tratamento para diverticulite em São Paulo, subir à tribuna do Senado e fazer um ataque virulento ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot. ‘A organização criminosa do Janot está caindo por terra’, disse. ‘Ele teve que engolir a sangria, teve que engolir as opiniões, as agressões, os absurdos’. A população brasileira terá, enquanto isso, de engolir os discursos de Jucá, os palavrões de Aécio e a cavalgada desenfreada contra a Lava-Jato nos gabinetes de Brasília. Nem mesmo as eleições do ano que vem servirão de refresco. Dos 81 senadores, 54 poderão concorrer à reeleição. Desses 54, 29 votaram a favor de Aécio. Os outros 15 que o livraram têm mandato garantido até 2023”.

Preciso dizer mais alguma coisa?

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http://acepipes-guloseimas-e-companhia.link.blog.br/

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

LULA E OS RECIBOS TÃO VERDADEIROS QUANTO ELE PRÓPRIO


A maratona para provar a inocência de Lula vai de vento em popa. Depois dos recibos datados de 31 de junho e 31 de novembro, agora há documentos comprovando que os pagamentos pela cobertura de São Bernardo do Campo foram feitos religiosamente ― em notas de 3 reais. De acordo com a defesa do ex-presidente, todas as notas usadas nos pagamentos eram novinhas, numeradas e traziam a efígie do próprio Lula. Do outro lado, a imagem de uma jarara­ca-da-mata, animal típico da fauna brasileira. 

Os documentos datados de 31 de junho de 2014 e 31 de novembro de 2015 foram apontados como fraude, pois esses meses têm apenas trinta dias. Mas o ex-presidente diz que sofre perseguição da Justiça: “Todo mundo sabe que no governo do PT as coisas eram melhores e maiores, incluindo os meses”.

A militância vermelha defendeu seu ídolo: “Os golpistas desviaram os dias 31 desses meses num complô com os fabricantes de calendário americanos”, afirmou um petista ortodoxo.
A defesa de Lula encomendou ao perito Molina um relatório para confirmar a veracidade dos recibos. A conclusão deve ficar pronta até o dia 30 de fevereiro.

Com O SENSACIONALISTA

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WINDOWS 10 FALL CREATORS UPDATE

DONNA CHE PIANGE, UOMO CHE GIURA, CAVALLO CHE SUDA, TUTTA IMPOSTURA. 

Windows 10 já recebeu 3 atualizações abrangentes. Uma no seu primeiro aniversário, outra em março passado e a mais recente ― batizada de Windows 10 Fall Creators Update ―, na última terça-feira, 17.
Se você ainda não a recebeu esta última, é porque a Microsoft estabeleceu uma ordem de prioridades que privilegia computadores mais novos, mas todos os usuários do sistema serão contemplados, provavelmente até o final do mês.

Para os apressadinhos de plantão, a boa notícia é que existe uma maneira de furar a fila. Eu, particularmente, ainda não a recebi a atualização em nenhum dos meus PCs, e pretendo esperar a minha vez, até porque “os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito”.  Se você não quer esperar, siga ― por sua conta e risco ― as instruções abaixo:

Por padrão, o sistema baixa e instala automaticamente as atualizações, mas você pode forçar a busca abrindo o aplicativo de configurações do Windows 10 e clicando em Atualização e segurança > Verificar se há atualizações. Caso sua máquina esteja na lista prioritária, é só você seguir as instruções na tela e escolher um horário mais conveniente para a instalação (lembre-se de que o processo demora um pouco e exige diversas reinicializações do computador).

Se isso não resolver seu problema, baixe o Media Creation Tool, abra o software, clique em Aceitar, selecione Atualizar este computador agora” e clique em Avançar. Aí é só aguardar a conclusão do download e seguir as instruções, certificando-se de que a opção Manter aplicativos e arquivos pessoais esteja marcada, ou o Fall Creators Update será instalado de forma limpa. Note que também é possível escolher o que você quer manter, bastando clicar em Alterar o que deve ser mantido e fazer os ajustes desejados. Ao final, clique em Instalar e aguarde a finalização do processo.

E como hoje é sexta-feira:

Lula discursava para centenas de puxa-sacos, quando Jesus Cristo aparece e sussurra algo em seu ouvido. Lula, então, diz à militância:
― Atenção companheiros! O companheiro Jesus, aqui, quer dizer algumas palavras:
Jesus pega o microfone e diz:
― Povo brasileiro, este homem, que tem barba como eu, não lhes deu pão, da mesma forma que eu fiz?
O povo responde:
― Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!!!
― Não é verdade que, assim como eu multipliquei os pães e peixes para dar de comer a todos, este homem inventou o Fome Zero para que todos pudessem se alimentar?
― Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!!!
― Não é verdade que, assim como eu curei os enfermos, ele prometeu tratamento médico e remédios para os pobres?
― Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!!!
― Assim como eu fui traído por Judas, ele não foi traído por companheiros de partido?
― Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!!!
― Então, o que vocês estão esperando para crucificar esse filho da puta???

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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

TEMER, O PATÉTICO

Temer, homem de letras e poeta desde os verdes anos, endereçou, no final de 2015, uma carta à ex-presidente (de nada saudosa memória) Dilma Rousseff, reclamando, dentre outras coisas, de ser um “vice decorativo”. Quando a anta foi devidamente penabundada e ele ocupou seu posto, prometeu um ministério de notáveis que recolocaria o país nos trilhos e o entregaria recuperado a seu sucessor, em janeiro de 2019. No entanto, bastou assumir a presidência para se aliar ao que há de pior na política tupiniquim e se cercar de ministros e assessores de reputação duvidosa. Seu grande articulador político, o senador Romero Jucá, responde a 13 inquéritos, oito dos quais oriundos da Lava-Jato. Nos últimos 17 meses, viu seus ministros caírem feito moscas, à medida que os mais estarrecedores indícios de corrupção eram trazidos à luz pela Lava-Jato e seus desdobramentos.

Como sua predecessora ― e Lula antes dela ―, Temer insiste que nunca soube de nada ― discurso estapafúrdio que manteve até mesmo depois de sua conversa com Joesley Batista, gravada à sorrelfa pelo próprio moedor de carne bilionário, ser publicada em O Globo pelo jornalista Lauro Jardim.  Além de negar os fatos (boa parte deles incontestáveis), sua insolência disse com todas as letras que “a investigação no STF seria o território onde aflorariam as provas de sua inocência”. Ato contínuo, passou a mover mundos e fundos (principalmente fundos) para barrar as denúncias da PGR.

Agora, com apenas 3% de aprovação popular, mas mais do que nunca agarrado ao cargo ― talvez pela aterradora perspectiva de perder a prerrogativa de foro ―, Temer envia uma missiva aos parlamentares que decidirão o destino da segunda denúncia contra si e dois de seus acólitos, na qual fala em “conspiração” para derrubá-lo. Referindo-se à delação de Lúcio Funaro, preso na Lava-Jato, diz-se “vítima de torpezas e vilezas” e se vale de uma entrevista concedida por Eduardo Cunha ― seu suposto comparsa em boa parte dos atos espúrios de que é acusado ― para criticar a PGR.

Observação: Curiosamente, Lula, Temer e tantos outros enrolados na Justiça rechaçam sistematicamente o conteúdo das delações, quando este lhes é desfavorável, mas o tomam como a quintessência da verdade quando vem ao encontro de seus interesses.

Temer inicia a carta falando de sua “indignação” e diz que, por isso, decidiu se dirigir aos parlamentares, apesar de muitos o aconselharem a não se pronunciar. “Para mim é inadmissível. Não posso silenciar. Não devo silenciar. Tenho sido vítima desde maio de torpezas e vilezas que pouco a pouco, e agora até mais rapidamente, têm vindo à luz. Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis”.

Parte inferior do formulário
O presidente tece duras críticas ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que estaria mancomunado com Joesley Batista ― que não se furtou a receber num encontro cordial, mas a quem agora se refere como “delinquente” ― com o objetivo de “derrubar o presidente da República”. Reitera que é “vítima de uma campanha implacável com ataques torpes e mentirosos, que visam a enlamear seu nome e prejudicar a República”, diz estar “indignado” por “ser vítima de gente tão inescrupulosa” e afirma que “todos esses episódios estão sendo esclarecidos” ― aliás, nada muito diferente do que prometeu quando sua conversa com Joesley veio a público, lembram-se? Fica então a pergunta: por que tanto medo de a investigação seguir adiante?

Os fatos estão aí; a conclusão fica por conta de cada um.


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MUITO CUIDADO COM O RANSOMWARE!

A BUON INTENDITOR POCHE PAROLE. 

Os assim chamados vírus de computador ― códigos maliciosos que danificam o sistema e que tanto aporrinharam os usuários de PCs, lá pela virada do século ― não saíram totalmente de cena, mas foram superados em incidência e periculosidade por pragas como o spyware e, mais recentemente, o ransomware. 

Em situações normais, bastaria ler o que eu escrevi até aqui ― e seguir os links que levam a explicações mais detalhadas ― para você ter uma boa ideia do que são e como atuam essas pragas, bem como o que fazer para evitar ou neutralizar seus efeitos nefastos. Todavia, como na política, vivemos tempos atípicos, daí eu achar por bem aprofundar um pouco mais essa discussão.

Em meados deste ano, uma sucessão de ataques ransomware causou prejuízos mundo afora (no Brasil, inclusive). Apenas para ficar nos exemplos mais notórios, cito o WannaCrypt e o Petya Golden Eye (já escrevi sobre ambos; basta seguir os links para saber mais sobre eles). Mas o ransomware, em si, não é nenhuma novidade. Os primeiros casos remontam aos anos 1980, embora a primeira versão “moderna”, digamos assim, tenha surgido em 2013, quando uma praga batizada de CryptoLocker infectou milhares de computadores e abocanhou mais de 3 milhões de dólares em resgates, estimulando os cibercriminosos a explorar largamente essa técnica.

Como o spyware ― e o vírus tradicional antes dele ―, o ransomware infecta o computador alvo através de mensagens de phishing, que se valem da engenharia social para levar os a clicar em links infectados, embora possa também explorar falhas de segurança no sistema operacional e nos aplicativos ― fica aqui o heads-up para quem ainda acha que atualizar o software é besteira

Depois de ingressar no sistema, o programinha analisa os arquivos, identifica o que pode ser importante ou valioso e criptografa pastas, diretórios, ou mesmo unidades inteiras. Quando o usuário tenta acessar os dados, uma tela dá conta do sequestro e estipula o valor do resgate, a forma e o prazo de pagamento, que, se não for efetuado, resultará no pagamento definitivo dos arquivos sequestrados. 

Convém ter em mente que, quando se trata com bandidos, não há garantias, de modo que o pagamento do resgate é um tiro no escuro, pois os dados podem ou não ser liberados mediante uma da senha de acesso.

Demais disso, o modus operandi pode variar: ransomwares da família ScreenLocker, por exemplo, congelam o sistema, ou seja, impedem-no de executar qualquer tarefa além do pagamento do resgate; os da família Doxware capturam informações pessoais (fotos, vídeos e outros arquivos “comprometedores”) e ameaçam publicá-las se a vítima não efetuar o pagamento. Já os SacreWares não sequestram coisa alguma, apenas notificam a vítima que o sistema está sendo atacado e exigem o pagamento de resgate, apostando no medo e na intimidação para extorquir dinheiro dos incautos.

Findo este preâmbulo, resta dizer para evitar ser pego no contrapé, e é justamente isso que veremos na próxima postagem. Até lá.

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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

MINEIRINHO SAFO SE SAFOU. PARABÉNS, SENADO CORPORATIVISTA! PARABÉNS, STF PUSILÂNIME!


Por 44 votos a 26, o Senado revogou as medidas cautelares impostas a Aécio Neves pelo STF. Com isso, o mineirinho safado, que estava afastado do cargo desde o último dia 26, por decisão da 1ª Turma, deve voltar, a partir de amanhã, a exercer as funções de seu mandato e a circular livremente durante a noite.

Aécio contava com o apoio de Temer para conseguir votos no PMDB, e Temer, com a ajuda de Aécio e do PSDB para barrar, na Câmara, a segunda denúncia da PGR. Para bom entendedor, pingo é letra.

Foi revoltante ver Romero Jucá ― que tirou parte das tripas recentemente, mas interrompeu o resguardo para proferir seu discurso caga-raiva pela imunidade parlamentar ampla, geral e irrestrita e votar em favor de Aécio ― às gargalhadas com o igualmente imprestável Renan Calheiros, e virar as costas para a câmera quando se deu conta de estar sendo filmado. A propósito: Jucá responde a 13 inquéritos, 8 na Lava-Jato, ao passo que Renal é réu por peculato, investigado em outros 17 inquéritos, 13 dos quais oriundos da Lava-Jato. Aliás, entre os senadores que votaram em favor de Aécio, 17 são investigados em ações originadas na operação Lava-Jato.

A votação da admissibilidade da segunda denúncia contra Temer, na CCJ, já começou, e a decisão em plenário deve sair até o final do mês. Alguém duvida de que o espírito de porco ― digo, espírito de corpo ― baixará nos conspícuos deputados, sobretudo nos dublês de amante argentina, que, em troca dos tradicionais presentinhos, concederão seus favores ao sucessor de Dilmanta Rousseff?

Essa corja de filhos da puta está brincando com fogo. Depois os milicos resolvem dar um basta na farra (e promover sua própria festa) e quem paga o pato somos todos nós.

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NOTEBOOK SEM CONEXÃO WI-FI? VEJA COMO RESOLVER ― Continuação

SE O VENTO SOPRAR DE UMA ÚNICA DIREÇÃO, A ÁRVORE CRESCERÁ INCLINADA.

Prosseguindo no assunto iniciado no post anterior, se você consegue navegar com o smartphone ou com o tablet (pela rede wireless, não pela 3G/4G/5G), mas não com o notebook, o problema não é na rede. Veja se o botão do Wi-Fi do note não está desativado. 

Note que, em alguns modelos, esse recurso é comandado por uma tecla de função ― geralmente F2, F5 ou F12 ―, identificada por uma antena em funcionamento (como na imagem que ilustra este post), e que pode ou não contar com uma luzinha (que fica acesa quando o Wi-Fi está ativo). Como a tecla Fn ― que, pressionada em conjunto com as teclas numéricas, fazem-nas assumir o papel de “teclas de função” ― fica ao lado da tecla com o logo do Windows, você pode ter desativado o Wi-Fi acidentalmente.

O problema não é esse? Bem, quanto mais próximo você estiver do roteador, melhor serão a qualidade e a intensidade do sinal. Posicioná-lo num ponto central da casa ― e elevado em relação ao piso ― minimiza a ocorrência de “áreas de sombra”, ainda que paredes, móveis e outros obstáculos físicos possam comprometer a conexão em determinados cômodos.

Curiosamente, o sinal que não chega até seu quarto ou varanda pode alcançar a casa ao lado ou apartamentos vários andares acima ou abaixo do seu, daí a importância de proteger a rede com senha e criptografia (mas isso é conversa para outra hora). Caso o roteador esteja cercado de obstáculos, como paredes, livros, móveis, etc., tente reposicioná-lo mais próximo ao teto ― ou comprar um repetidor de sinal (para mais informações, basta seguir este link).

Se o problema começou logo após você trocar seu telefone sem fio, por exemplo, é provável que ele seja o vilão da história, pois, se operar na mesma frequência do router, poderá interferir no sinal. Desconecte o telefone da linha; se o note acessar a internet, mude o canal do telefone e veja se isso resolve o problema.

Novos aplicativos também podem gerar conflitos. Se você adicionou algum programa no seu notebook, talvez seja ele o responsável. Aliás, atualizações do Windows também são suspeitas, pois podem envolver drivers de hardware. O computador depende de um driver específico para operar o Wi-Fi; se esse driver estiver faltando ou desatualizado, a conexão não se estabelece.

Como checar os drivers via Gerenciador de Dispositivos é complicado e trabalhoso, sugiro recorrer ao DriverMax ou ao Driver Booster, que não só identificam componentes com drivers desatualizados ou ausentes, mas também baixam e instalam as versões adequadas de forma rápida e segura. Ambos são disponibilizados gratuitamente, mas vale a pena comprar a licença, já que as versões pagas proporcionam diversas vantagens adicionais, como você pode conferir nesta postagem.

Os drivers estão ok? Então, se você consegue navegar com o smartphone ou o tablet, mas não com o notebook, dê um clique direito no ícone do Wi-Fi, na área de notificação do sistema (ao lado do relógio), e selecione Abrir a Central de Rede e Compartilhamento. Selecione a opção Solucionar Problemas e, com alguma sorte, o próprio sistema identificará a anormalidade e apresentará soluções para você ter sua rede operando novamente.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

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terça-feira, 17 de outubro de 2017

LULA INVOCA O DIABO PARA SER TRATADO COM RESPEITO

Até os mais assíduos frequentadores de missa negra ficaram confusos com o Sermão do Lascado. Sobretudo ao ouvirem o trecho em que a única divindade da seita dos devotos de quadrilheiros disse a seus discípulos: 

Eu não tenho cara de demônio, mas quero que me respeitem como se eu fosse”. 

O pregador vigarista disse mais de uma vez que é católico. Se não mentiu, deve saber que quem inspira respeito é Deus; o demônio inspira medo. 

Lula nunca foi respeitado por gente séria. E deixou de ser temido desde que as investigações da Lava-Jato expuseram a nudez do reizinho. A Justiça terrena já o condenou a 9 anos e meio de cadeia por enquanto. 

Ao fantasiar-se de diabo respeitável, Lula apenas consolidou a certeza de que, no dia do Juízo Final, será reprovado com louvor (Texto de Augusto Nunes).

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NOTEBOOK SEM CONEXÃO WI-FI? VEJA COMO RESOLVER

DE ONDE MENOS SE ESPERA, DAÍ É QUE NÃO SAI NADA.

Devido à facilidade de acessar a Web através de smartphones e tablets, os internautas se tornaram menos dependentes do computador tradicional.  Prova disso é que o número de domicílios brasileiros com acesso à internet sem computador passou de 7%, em 2014, para 14% em 2016, segundo dados da pesquisa TIC Domicílios 2016, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. A pesquisa aponta também que 54% das residências estão conectadas à internet (36,7 milhões) ― um aumento de 3 pontos percentuais na comparação com 2015 ―, e que o acesso à rede está mais presente em domicílios de áreas urbanas (59%) e nas classes A (98%) e B (91%).

Com um roteador wireless estrategicamente posicionado, a gente tem sinal de internet em todos os ambientes da casa e a navegação é mais estável e veloz que quando usamos as redes das operadoras de telefonia móvel celular ― que ainda apresentam limitações de tráfego que podem nos deixar na mão justamente quando mais precisamos delas. Sem mencionar que, em casa ou no trabalho, navegar na Web usando um PC de mesa ― ou notebook que lhe faça as vezes ― tem inúmeras vantagens (que eu não vou enumerar por questão de espaço).

Como nada é perfeito neste mundo, suponhamos que, um belo dia, você se aboleta na varanda para aproveitar a fresca da tarde enquanto gerencia seus emails ou assiste a um episódio de sua série favorita no Netflix, por exemplo, e seu notebook simplesmente não consegue acessar a rede Wi-Fi ― situação bastante comum, mas cujas causas nem sempre são fáceis de identificar. O que fazer?

A primeira providência é verificar se a internet “não caiu”. Se nenhuma luz vermelha está acesa no modem ou no roteador, tente acessar a rede wireless pelo smartphone. Se não conseguir, plugue o cabo de rede diretamente na porta LAN do notebook (ou do desktop) e veja se a conexão cabeada está funcionando. Caso negativo, reinicie o modem e o roteador. 

Se nem assim funcionar, pode-se resetar o aparelho, mas tenha em mente que será necessário reconfigurá-lo com sua senha, login e endereço de IP, o que não é um processo muito amigável para leigos e iniciantes. O manual do aparelho poderá ajuda-lo, mas, antes de partir para essa solução, ligue para o suporte da sua operadora e veja se o serviço não está momentaneamente indisponível. Caso negativo, o atendente poderá orientá-lo melhor.

O resto fica para a próxima postagem. Até lá.

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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

AÉCIO, TREMEI! SEUS PARES SELARÃO O SEU DESTINO!

Voltará Aécio Neves a se aboletar em sua confortável poltrona no Senado? Poderá retornar às baladas ― que o tornaram tão conhecido no Rio ― e tocar a vida adiante como se Joesley, a mala de dinheiro, a irmã e o primo em prisão domiciliar não passassem de um sonho mau? E como será despertado desse pesadelo? Por votação fechada, como quer a maioria dos seus pares para evitar a execração pública? Confira mais esse emocionante capítulo da novela na sessão do Senado de amanhã, quando suas insolências decidirão o destino do tucano de asas negras.

Como sabemos, na quarta-feira passada, a pretexto de minimizar a crise entre os poderes Legislativo e Judiciário, o plenário do STF decidiu, por 6 votos a 5, que deputados e senadores têm a palavra final sobre medidas cautelares que envolvem afastamento do mandato parlamentar. Porém, o que estava em julgamento não eram os limites entre o Congresso e o próprio Supremo, mas o destino do neto de Tancredo Neves, como ficou evidente na confusão da formulação do voto da presidente da Corte. Ao fim e ao cabo, o Supremo manteve a prerrogativa de o Judiciário processar parlamentares, mas não de afastá-los sem o aval da Câmara ou do Senado. E esse é o “x” da questão: com mais de 30 senadores e 152 deputados que responderam ou respondem a inquérito na mais alta Corte do país, dificilmente o espírito de corpo não prevalecerá.

Para quem aposta na vitória do fisiologismo, o juiz Marcio Lima Coelho de Freitas, da Sessão Judiciária do Distrito Federal, determinou, na última sexta-feira, que a votação seja aberta e nominal ― com base na emenda 35/2001, que altera o artigo 53 da Constituição e veta a possibilidade de votação fechada em casos que envolvem a suspensão de direitos parlamentares. Parte inferior do formulário

Mas a pergunta que não quer calar é: o que levou a maioria dos ministros a abrir mão de uma prerrogativa tão importante? A questão é controversa, mas a melhor explicação é que, com o STF dividido, a busca pelo consenso foi a melhor alternativa, no âmbito da democracia, para pôr fim nos queixumes do Legislativo e jogar água na fervura da crise entre os Poderes. Mas há que se ter em mente que juízes não são líderes partidários, devendo, portanto, se aterem ao processo e decidi-lo com base em seu livre entendimento jurídico, e não político.

Para o ministro Luís Roberto Barroso, que acompanhou o relator e foi voto vencido, a ideia de o Judiciário não poder usar seu poder cautelar para impedir um crime em curso é a negação do estado de direito. Ele destacou o fato de Aécio ter pedido R$ 2 milhões a Joesley Batista e de o dinheiro ter sido entregue, em uma mala, a um primo do senador: “No mundo em que vivemos, ninguém circula por aí indo de São Paulo a Minas Gerais levando malas com R$ 500 mil”. O magistrado também citou o trecho da gravação onde Aécio diz a Joesley que a pessoa indicada para pegar o dinheiro seria “alguém que a gente possa matar antes de fazer delação, e, mesmo não levando isso ao pé-da-letra, ponderou que “só teme delação quem não está fazendo uma coisa correta”. Segundo ele, a decisão relativa a Aécio foi um passo atrás no combate à impunidade, já que a 1ª Turma optou pelo recolhimento noturno porque outros três envolvidos haviam sido presos pelos mesmos fatos. “Se você está prendendo executores do crime, denunciados pelo mesmo fato que o suposto mandante, não aplicar qualquer consequência ao mandante seria perpetuar a tradição brasileira de prender peixe pequeno e proteger o graúdo. Eu não compactuo com essa tradição” ― concluiu o ministro.

Como se não bastasse o foro privilegiado, agora teremos o autoindulto privilegiado”, disse a ex-senadora Marina Silva ― com quem eu não simpatizo, mas que, nesse caso, está coberta de razão. Segundo ela, a decisão do Supremo, que não se limita a Aécio, vai na contramão do desejo da sociedade de que a Justiça seja igual para todos. “Evitar uma crise constitucional colocando em risco a própria segurança institucional cria uma insegurança ainda maior, pois concede a um poder o direito de pairar acima dos demais. As instituições devem ser autônomas, mas não podem fazer o próprio julgamento, sob pena de passar a mensagem equivocada de alguns setores estão acima da lei”, sintetizou a eterna candidata à presidência da Banânia.

Toda essa celeuma poderia ter sido evitada com a desejável restrição ― ou mesmo extinção, excetuando-se, no máximo, os presidentes da República, do Legislativo e do Judiciário ― do famigerado foro privilegiado. A questão é complexa e merece ser tratada com mais vagar em outra oportunidade, mas vale adiantar que essa prerrogativa foi instituída pelos constituintes quando o fedor da ditadura ainda rescendia na Praça dos Três Poderes. A intenção era garantir o livre exercício do mandato parlamentar, mas a blindagem se estendeu aos crimes comuns, embora não faça o menor sentido um deputado, por exemplo, ser processado no Supremo por ter batido uma carteira ou espancado a cara-metade, também por exemplo.

Restrições à prerrogativa de foro vem sendo discutidas desde sempre, mas parece não existir a menor vontade política de levar a coisa até o final. Em junho, o ministro Barroso votou para que autoridades só tenham acesso ao foro em crimes relacionados ao exercício do cargo e durante o mandato. Três outros ministros seguiram seu voto, mas Alexandre de Moraes pediu vista do processo, e embora já o tenha devolvido à pauta do STF, liberando o plenário para retomar o julgamento, não há previsão de quando teremos essa importante decisão.    

Vamos aguardar para ver que bicho dá.

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AINDA SOBRE O POWER SHELL DO WINDOWS ― Final

PROCURE ACENDER UMA VELA EM VEZ DE AMALDIÇOAR A ESCURIDÃO.

Para finalizar esta sequência, eu pretendia detalhar algumas dicas práticas sobre a linha de comando no Windows 10. No entanto, diante do patente desinteresse dos leitores, achei que o trabalho não se justificaria. Assim, seguem alguns links para eventuais interessados se aprofundarem um pouco mais nesse tema.


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domingo, 15 de outubro de 2017

LULA, O “CAMPEÃO DE INTENÇÕES DE VOTO”, RECONHECE ESTAR “LASCADO”



















Lula, em mais um discurso inflamado contra a Lava-Jato, disse “saber que está lascado”, exigiu um pedido de desculpas do juiz Sérgio Moro e afirmou que, mesmo fora do Planalto, será um cabo eleitoral expressivo nas próximas eleições.

O incorrigível parlapatão, réu em sete ações penais e já condenado em uma delas a 9 anos e meio de prisão, insiste em atribuir a outrem a culpa por suas mazelas. Para ele, o objetivo de Moro é impedir sua candidatura e neutralizar seu apoio a um candidato alternativo ― nos bastidores, o PT cogita a candidatura do ex-prefeito de Sampa, Fernando Haddad, que estava presente no evento, fez um discurso rápido e encerrou dizendo esperar que Lula assuma a Presidência em 2019.

Lula explicou que não pretende ser absolvido ― o que, aliás, nem seria possível no mundo das coisas reais. Ele já foi condenado e o juiz não poderia voltar atrás na sentença, mesmo que estivesse morto de arrependimento, o que não parece ser o caso. Quem poderia mudar as coisas, pelo que está escrito na lei, são as instâncias superiores, mas Lula, pelo jeito, não parece muito confiante nas suas próprias razões. Disse que já está “lascado”, e, diante desta constatação pessoal, o que lhe restaria agora seria o consolo de um pedido de perdão. É uma novidade, pelo menos. Normalmente, segundo os hábitos em vigor no resto do mundo, quem pede perdão é o sujeito que foi condenado. No Brasil de hoje, segundo Lula, é o contrário.

Tudo isso, naturalmente, é gritaria de arquibancada, que xinga o juiz, mas não muda o resultado da partida.  Mas também é mais uma prova de que Lula continua convencido da existência de dois Brasis separados ― um para todos os cidadãos brasileiros e um outro, diferente, só para ele. Segundo a sua visão das coisas, só há justiça quando as decisões são a seu favor, e só existe na sociedade brasileira um cargo à altura de suas virtudes ― o de presidente da República. Quem não concorda é inimigo do povo, do Brasil e da humanidade. Você sabe quem é essa gente ― são “eles”. Se o incomodam, pelo motivo que for, só podem lhe pedir desculpas.

A defesa nos processos a que Lula responde, patética desde sempre, agora chega às raias da humilhação ― com documentos datados em 31 de junho e 31 de novembro, a responsabilidade de tudo jogada o tempo todo sobre a mulher morta e suas razões reduzidas a um monótono e repetitivo “eu não sabia”. Como relembra J.R. Guzzo em sua coluna na revista Veja, o petista ficou oito anos seguidos na presidência da República e nunca soube de nenhum crime de corrupção, nem um só, entre centenas que foram praticados e já confessados por gente do seu governo. A carta aberta de seu homem forte, Antonio Palocci, é feia como uma fratura exposta, mas Lula achou que a população, organizada pelos “movimentos sociais”, iria em massa para as ruas e impediria a Justiça de expedir uma sentença de condenação contra ele. Não aconteceu nada.

Entraram para sempre na biografia do petralha, no papel de aliados íntimos, criminosos como Sérgio Cabral, Joesley Batista, Marcelo Odebrecht, Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha ― todos na cadeia. Ele vive cercado de criminalistas, puxa-sacos e gente que não manda em mais nada. Não consegue fazer alianças com ninguém, não tem ministérios para oferecer em troca de apoio, não manda mais na Petrobras, não pode encomendar sondas para a extração de petróleo nem prestar favores a empreiteiras de obras públicas. Não pode mandar o BNDES e os fundos de pensão das estatais dar dinheiro à JBS e outras empresas amigas. Em suma: a vida está dura e com viés de ficar pior.

Curiosamente, o número de eleitores que pretendem votar nele em 2018, segundo as pesquisas de opinião pública, vai aumentando à medida que sua situação na Justiça se complica; quanto mais cartas de Palocci e recibos com datas inexistentes aparecem, mais votos ele tem nas sondagens. Pelo andar da carruagem, deverá estar chegando perto dos 100% na véspera de sua próxima sentença.

A ideia, ao que tudo indica, é fazer com que a Justiça, diante da prodigiosa quantidade de votos para Lula que os institutos anunciam, fique com medo de “alguma convulsão social” etc., anule sua condenação atual e as outras que vierem ― ou troque de repente o baralho e decida que ele pode ser candidato à presidência mesmo estando condenado. Não está claro se esse é um caminho promissor. Pesquisas de opinião não costumam mudar sentenças judiciais, mesmo na Justiça Brasileira.

O número de votos que dão a Lula também não aparece na rua. Até agora, tudo o que seu sistema de apoio conseguiu produzir em termos de manifestação popular foi o costumeiro ajuntamento de meia dúzia de ônibus fretados, militantes profissionais e distribuição de lanches ou camisetas vermelhas. É pouco, para a revolução que pretendem fazer. Parece ter havido um grande engano na coisa toda. Lula achou que o povo ficaria indignado com sua condenação, ou possível prisão. Mas o povo em geral não fica indignado com prisão nenhuma, muito menos de alguém como ele, que caiu na descrição genérica de “político ladrão” aplicada pela população a nove entre dez políticos deste país. É o contrário: o povo gosta quando algum peixe gordo vai preso. Fica indignado, isso sim, quando algum deles é solto.

Também parecem pouco promissoras, em termos de resultados práticos, as pesquisas segundo as quais a “popularidade” do juiz Sérgio Moro “está caindo” ou que afirma que ele seria derrotado por Lula num segundo turno das eleições de 2018. Mas o magistrado não está participando de um concurso de Mr. Simpatia; nem vai, menos ainda, disputar nenhuma eleição contra Lula. De que adianta dizer isso? Não dá para esperar desse pesqueiro os mesmos resultados que se esperam das pesquisas de “intenção de voto”. Aqui é a vida real. Vai sair uma sentença no tribunal que julga os recursos de Lula contra sua condenação; vão sair outras sentenças. E se o ex-presidente acabar condenado em definitivo, o “juizinho do interior” formado na faculdade de direito de Maringá, vai ser considerado um dos maiores heróis que o Brasil já teve, digam o que disserem as pesquisas. É a vida.

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sábado, 14 de outubro de 2017

SENADO DEVE APROVEITAR A DECISÃO ESTAPAFÚRDIA DO SUPREMO PARA RESTITUIR O MANDATO A AÉCIO NEVES VIA VOTAÇÃO SECRETA


SÓ NO BRASIL: CONGRESSISTA ROUBA, É INVESTIGADO, MAS MANTÉM O MANDATO PORQUE ESTE PERTENCE AO ELEITOR ROUBADO.

A atual composição é a pior de toda a história recente da nossa mais alta Corte. Mesmo assim, com um presidente da República denunciado por corrupção, formação de quadrilha e obstrução da Justiça e boa parte do Congresso investigada, denunciada ou ré na Lava-Jato, tudo que nos resta é o Judiciário. Ou restava até quarta-feira, quando a estapafúrdia decisão do Supremo nos levou a rever nossos conceitos, sobretudo pelo voto da ministra Cármen Lúcia, que, visivelmente constrangida, garantiu o placar de 6 a 5 que deu às raposas a chave do galinheiro. 

Observação: Cármen Lúcia assumiu a presidência do STF semanas depois que seu antecessor, Ricardo Lewandowski urdiu com Renan Calheiros ― então presidente do Senado, a despeito de ser alvo de 17 inquéritos, 13 deles na Lava-Jato ― o estapafúrdio fatiamento da votação do impeachment de Dilma, que culminou com a deposição da anta sem a devida suspensão de seus direitos políticos. O que esperar da nossa mais alta Corte no ano que vem, quando Dias Toffoli substituirá Cármen Lúcia na presidência?

A vitória do Legislativo sobre o Judiciário reavivou em nossa memória o espetáculo burlesco protagonizado pelo ministro Gilmar Mendes meses atrás, quando o TSE arquivou o processo que pedia cassação da chapa Dilma/Temer a pretexto de manter a governabilidade do país. Ou a decisão igualmente estrambótica do próprio STF no final do ano passado, que afastou Renan Calheiros da linha sucessória da presidência da Banânia, mas preservou seu mandato parlamentar e o manteve o cangaceiro das Alagoas no comando do Senado e do Congresso Nacional.

Agora, com a faca e o queijo nas mãos, os conspícuos senadores já articulam uma votação secreta para reconduzir Aécio ao cargo, na próxima terça-feira, 17. Alguém tem dúvidas de o mineirinho safo vai voltar à ativa, mesmo sendo alvo de 9 inquéritos no STF? Afinal, se Renan Calheiros responde a 17 e continua firme e forte, e Jucá responde a 13 e é o principal articulador político de Michel Temer... Engole mais essa, eleitor burro!

Mais uma vez, senhoras e senhores, o corporativismo e fisiologismo ganham vulto no cenário político tupiniquim, ora insuflados pelo sopro complacente de 6 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal. Sopa no mel para os “nobres parlamentares”, que podem salvar o rabo do neto de Tancredo ― e exigir retribuição da gentileza oportunamente ― tirando a castanha com a mão do gato. Por incrível que pareça, eles acreditam que, assim, não serão execrados pela opinião pública! E o pior é que podem até ter razão, já que o povo apático, silente e desesperançoso, não vem cumprindo seu papel. O que, convenhamos, não é de se estranhar, considerando que ministros do Supremo tem soltado, a torto e a direito, criminosos como o ex-goleiro Bruno, o médico-monstro Roger Abdelmassih e outros mais, além de boa parte da escória condenada pela Lava-Jato.

José Dirceu, por exemplo ― que a militância ignara vê como o “guerreiro do povo brasileiro” ―, foi posto em prisão domiciliar, e assim continua, a despeito de a pena aplicada pelo juiz Moro ter sido aumentada em 10 anos pelo TRF-4Maluf é outro bom exemplo: condenado a 7 anos e lá vai fumaça, ele continua deputado, tem trânsito livre no Congresso e parece estar cagando e andando para a opinião pública. O turco ladrão tem o desplante de dizer que vai se reeleger no ano que vem, embora seja alvo de um mandado de prisão expedido pela Interpol e aguarde o julgamento de seus derradeiros embargos protelatórios pela Justiça brasileira. E Lula ― a eterna alma viva mais honesta do Brasil ―, que é réu em 7 processos, já foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão em um deles, está prestes a receber sua segunda sentença (a previsão é que ela seja conhecida já no mês que vem), mas continua em “pré-campanha eleitoral”, vomitando bazófias insultuosas contra Sérgio Moro, a PGR, o MPF e todos que ousam desafiar sua santíssima pessoa.

Enfim, quando da prisão do senador cassado Delcídio do Amaral, em 2015, o então presidente do Senado, Renan Calheiros, tentou realizar a votação de forma sigilosa, mas o ministro Edson Fachin acolheu o recurso impetrado por alguns parlamentares e decidiu que “não havendo menção no art. 53, § 2.º da Constituição à natureza secreta da deliberação ali estabelecida, há de prevalecer o princípio democrático que impõe a indicação nominal do voto dos representantes do povo”. Naquela oportunidade, Aécio Neves apoiou a decisão do ministro.

Para o líder do PMDB no Senado, Raimundo Lira, não está claro se o caso de Delcídio estabeleceu um parâmetro para as próximas votações, mas, segundo o professor de Direito Constitucional Paulo de Tarso Neri, a regra é a votação aberta. “Só se permite voto secreto quando o texto expressamente diz que deve ser secreto”. O jurista relembra que já houve votações abertas na Câmara, como na cassação de Eduardo Cunha, e pondera que, se até a cassação, que é muito mais grave, é aberta, votação menos gravosa também tem de ser transparente.

Para os senadores da oposição, que são minoria e defendem punição para Aécio, dificilmente serão mantidas as medidas cautelares impostas pelo Supremo, devido ao acordo de proteção firmado entre o PMDB e o PSDB. Os votos contra o senador afastado podem chegar a 30, caso o PT feche questão pelo afastamento, mas são necessários 41 (maioria absoluta) para manter a punição imposta. Vale lembrar que Senado é composto de 81 parlamentares, mas, por motivos óbvios, Aécio não vai votar na sessão do próximo dia 17. Aliás, só faltava essa!

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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

STF ― DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS?


Por um resultado apertado, o STF decidiu que deputados e senadores têm a palavra final sobre medidas cautelares que implicam em afastamento do mandato. O julgamento durou mais de 10 horas e não tratava especificamente do caso de Aécio Neves, mas caiu como uma luva, pois não só respalda a argumentação dos aliados do mineirinho sem-vergonha, mas foi motivo de comemoração pelos demais congressistas enrolados com a Justiça. Senão, vejamos:

Aécio recorreu da decisão da 1ª Turma, que, por 3 votos a 2, afastou-o do cargo de senador e determinou seu recolhimento noturno, o que resultou num certo mal-estar entre o Legislativo e o Judiciário. Depois de muitas idas e vindas, um “acordo de cavalheiros” costurado nos bastidores pelos presidentes do Congresso, da Câmara e do STF levou os senadores a adiar para o próximo dia 17 a votação que decidirá a sorte do tucano. O placar apertado no Supremo deverá gerar discussões acaloradas, mas o fisiologismo certamente prevalecerá, e a determinação da 1ª Turma será desobedecida.

No início da sessão da última quarta-feira, o relator Edson Fachin, num voto contundente, criticou a tentativa do Senado de não cumprir a determinação da Corte, que classificou de "ofensa ao postulado republicano e à independência do Poder Judiciário", ponderando que "a Constituição nem de longe confere ao Poder Legislativo o poder de revisar juízos técnico-jurídicos emanados do Poder Judiciário, mas apenas de relaxar a prisão em flagrante de parlamentares".

Seguiram o voto do relator os ministros Barroso, Fux, o decano Celso de Mello e a ministra Rosa Weber, para os quais “a Constituição determina de maneira clara que, em punições penais relacionadas a parlamentares, a última palavra é do Supremo”.

O desempate ficou a cargo da presidente Cármen Lúcia, que, visivelmente constrangida, proferiu um voto pra lá de confuso. Disse ela que imunidade não é sinônimo de impunidade, que contra decisões judiciais “cabe recurso, não desacato”, e que concordava com o relator em tudo, "menos em caso de afastamento de parlamentar", situação em que a decisão judicial deve ser "encaminhada ao Legislativo" ― encaminhada, não submetida, enfatizou a ministra, para não dar a ideia de submissão do Judiciário ao Legislativo (para se ter uma ideia do imbróglio, a redação da ementa do acórdão levou mais de uma hora!).

A essa altura, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso já haviam deixado o plenário da Corte ― eles havia programado passar o feriadão em Miami ―, mas o “voto médio” defendido por Cármen Lúcia reacendeu o debate. “O ponto de divergência de Vossa Excelência é o ponto central do meu voto, portanto sou voto vencido”, disse Fachin à presidente. Ao final, prevaleceu o entendimento de Alexandre de Moraes, segundo o qual tanto o afastamento quanto outras medidas que afetem “direta ou indiretamente mandatos parlamentares” poderiam ser encaminhadas para a análise do Poder Legislativo. E assim, às 22h02min, a sessão foi encerrada.

Fato é que o neto de Tancredo deve estar comovido. De castigo em casa, à noite, sem as baladas que o tornaram tão conhecido no Rio de Janeiro, Aécio certamente festejou a decisão da mesma Corte que, um ano atrás cassou Eduardo Cunha, e agora resolve, por 6 votos a 5, que a palavra final em caso de afastamento, prisão ou qualquer medida cautelar imposta a parlamentares é do Congresso Nacional. Ou seja: vamos continuar amarrando cachorro com linguiça e dando às raposas a chave do galinheiro.Parte inferior do formulário

Além do apoio do presidente dos 3%, o tucano de asas negras contou a simpatia de Gilmar Mendes ― o indefectível ministro com cara de quem padece de prisão de ventre crônica e busca alívio soltando toda a merda retida na teia da Lava-Jato. Isso para não mencionar o apoio do PT, que chama Aécio de hipócrita e falso moralista, mas rechaça veementemente a decisão da 1ª Turma de punir o come-quieto e instiga o Senado a confrontar o Judiciário por “violar a autonomia e a soberania do Congresso, em flagrante desrespeito à Constituição”. 

É o clássico “efeito Smirnoff”, ou seja, hoje é Aécio, amanhã pode ser qualquer um deles ― até porque 1/3 dos senadores é investigado, denunciado ou réu na Lava-Jato. Tocante, não acham? Só falta agora alguém se travestir de Palocci e enviar uma carta aberta ao Conselho de Ética da Casa, perguntando até quando vão continuar fingindo acreditar na honestidade de Aécio.

Depois dessa, resta-nos o quê? Apoiar o discurso do Gal. Mourão e torcer por uma intervenção militar?

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