quinta-feira, 26 de abril de 2018

UM PAÍS QUE NÃO PODIA DAR CERTO E O PT NA LATA DO LIXO DA HISTÓRIA



Depois de malhar o PSDB nas postagens de segunda e terça-feira passadas, lembro que o PT foi criado por Lula e seus asseclas para fazer a diferença na política. Só que, ao contrário do que prometeu, o partido não só não combateu a corrupção, mas também a institucionalizou, visando sustentar um espúrio projeto de poder que levou 12 anos e fumaça para ser interrompido (se é que foi interrompido, porque o governo Temer nada mais é do que o “o terceiro tempo” das gestões petistas).

Dilma foi desposta porque era incompetente. Seus crimes de responsabilidade pesaram menos que o estelionato eleitoral que garantiu sua reeleição ― e que foi determinante para levar o povo às ruas ― mas o principal combustível do processo de impeachment foi a absoluta falta de jogo de cintura da anta vermelha no trato com os congressistas.

Por ter ocupado cargos gerenciais durante a maior parte de sua “vida pública”, a nefelibata da mandioca aprendeu a mandar e logo agregou às suas muitas “virtudes” o pedantismo, a arrogância e a agressividade. Subordinados afirmam que ela queria tudo “para ontem” e achava que entendia de qualquer assunto (“Te dou meio segundo para me trazer essa informação”; “O que ocê tá falando é besteira”; “Ocês só fazem merda, pô!”, e por aí afora). Se contrariada, interrompia prontamente o interlocutor (“Ô, ô, querido, negativo, pode parar já!), e, em seus rompantes de fúria, chegava a atirar objetos nas pessoas (grampeadores do seu gabinete tiveram de ser repostos incontáveis vezes). 

Segundo um de seus assessores mais próximos, Dilma jamais disputou uma prévia nem enfrentou uma campanha antes de virar presidente; recebeu o cargo numa bandeja e não teve de aprender a seduzir”. Em síntese: sem saber atirar, ela virou modelo de guerrilheira; sem ter sido vereadora, virou secretária municipal; sem passar pela Assembleia Legislativa, virou secretária de Estado, sem estagiar no Congresso, virou ministra; sem ter inaugurado nada de relevante, faz pose de gerente de país; sem saber juntar sujeito e predicado, virou estrela de palanque, e sem ter tido um único voto na vida, virou candidata à Presidência. E ganhou. Duas vezesdaí eu dizer que o eleitorado tupiniquim é formado majoritariamente por imbecis, que a cada segundo nasce um imbecil neste mundo planeta, e que os que nascem no Brasil já vem com título de eleitor.

Michel Temer, por seu turno, foi deputado federal por não sei quantos mandatos, presidente da Câmara não sei quantas vezes e presidente do PMDB por 15 anos. Isso fez dele um verdadeiro mestre em negociar com os parlamentares, mas a coisa mudou depois que a delação explosiva da JBS o tronou refém do Congresso, sobretudo devido à desesperada compra de votos para barrar as denúncias da PGR.

Nenhum presidente foi tão impopular quanto Temer desde a redemocratização desta Banânia. Em vez de entrar para a história como “o cara que colocou o país de volta nos trilhos do crescimento”, ele será lembrado como o primeiro presidente denunciado por crime comum no exercício do cargo. Mas não poderia ser diferente. 

Embora tenha montado uma boa equipe econômica, o emedebista chegou morto à presidência porque só sabe fazer política, agir e pensar para um Brasil em processo de extinção, onde presidentes da República recebem em palácio indivíduos à beira do xadrez, discutem com eles coisas que jamais deveriam ouvir e não chamam a polícia para levar ninguém preso. Seu governo não existe mais. A atual oposição ― até ontem governo ― do PT-esquerda também deixou de existir, sobretudo depois da prisão de Lula.

Os políticos, como classe, não existem mais. O Brasil de hoje é governado como uma usina de processamento de esgoto, onde entra merda por um lado e sai merda pelo outro. E o que mais poderia sair? Entre a porta de entrada, que é aberta nas eleições, e a de saída, quando se muda de governo, a merda muda de aparência, troca de nome, recebe nova embalagem ― mas continua sendo merda. Reprocessou-se o governo de Lula, deu no governo de Dilma; reprocessou-se o governo de Dilma, deu no de Temer. Não houve, de 2003 para cá, troca do material processado pela usina. Não houve alternância no poder, e isso inclui o moribundo governo Temer. Continuou igual, nos três, a compostagem de políticos “do ramo”, empreiteiras de obras públicas, escroques de todas as especialidades, fornecedores do governo, parasitas ideológicos, empresários declarados “campeões nacionais” por Lula, por Dilma e pelos cofres do BNDES.

Temer faz parte integral da herança que Lula deixou para os brasileiros. Tanto quanto Dilma, é pura criação do ex-presidente, e só chegou lá porque o PT o colocou na vice-presidência ― ou alguém acha que Temer foi colocado de vice na chapa de Dilma sem a aprovação de Lula? Ninguém votou nele, não se cansa de dizer a patuleia ignara desde que Temer assumiu o cargo. Com certeza: quem fez a escolha foi Lula, ninguém mais. Foi dele o único voto que Temer teve, e o único de que precisava.

Lula está cumprindo pena na carceragem da PF em Curitiba. Sua sucessora é constantemente suscitada em denúncia de pessoas íntimas. Se viver o bastante, certamente terá o mesmo destino de seu criador e mentor. Seu adversário nas últimas eleições, Aécio Neves, é investigado em 9 inquéritos e réu no STF. O governo e o conjunto da vida pública passaram a depender integralmente de delegados de polícia, procuradores públicos e juízes criminais. O voto popular nunca valeu tão pouco: o político eleito talvez esteja no próximo camburão da Polícia Federal. Os sucessores mais diretos de Temer podem estar em breve a caminho do pelotão de fuzilamento; fazem parte da caçamba de dejetos e detritos que há na política brasileira de hoje.

Um país assim não pode funcionar ― não o tempo inteiro, como tem sido nos últimos anos. Isso ficou evidente quando a Lava-Jato começou a enterrar o Brasil Velho, um país cujos “donos” não acreditaram, e tentam não acreditar até hoje, que aquilo tudo estava mesmo acontecendo. O único Brasil possível, para eles, é o que tem como única função colocar a máquina pública a serviço de seus bolsos. E o resultado está aí: um país que não consegue mais ser governado porque os governantes não conseguem mais esconder o que fazem, nem controlar a Justiça e a Lava-Jato.

Para concluir, segue o excerto de um texto magistral do filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé, publicado na Folha sob o título “O PT na lata de lixo da história

O PT é uma praga mesmo. Ele quer fazer do Brasil um circo, já que perdeu a chance de fazer dele seu quintal para pobres coitados ansiosos por suas migalhas.

Nascido das bases como o partido de esquerda que dominou o cenário ideológico pós-ditadura, provando que a inteligência americana estava certa quando suspeitava de um processo de hegemonia soviética ou cubana nos quadros intelectuais do país nos anos 1960 e 1970, comportou-se, uma vez no poder, como todo o resto canalha da política fisiológica brasileira.
Vale lembrar que a ditadura no Brasil foi a Guerra Fria no Brasil. Quando acabou a Guerra Fria, acabou a ditadura aqui. E, de lá pra cá, os EUA não têm nenhum grande interesse geopolítico no Brasil nem na América Latina como um todo (salvo imigração ilegal). Por isso, deixa ditadores como Chávez e Maduro torturarem suas populações, inclusive sob as bênçãos da diplomacia petista de então.

O PT apenas acrescentou à corrupção endêmica certo tons de populismo mesclado com a vergonha de ter um exército de intelectuais orgânicos acobertando a baixaria. Esses fiéis intelectuais, sem qualquer pudor, prestam um enorme desserviço ao país negando a óbvia relação entre as lideranças do partido e processos ilegítimos de tráfico de influência. Esse exército vergonhoso continua controlando as escolas em que seus filhos estudam, contando a história como querem, criando cursos ridículos do tipo “golpe de 2016”.

Qualquer um que conheça minimamente os “movimentos revolucionários” do século XIX europeu e o pensamento do próprio Karl Marx sabe que mentir, inventar fatos que não existem ou contá-los como bem entender fazia parte de qualquer cartilha revolucionária.

Acompanhei de fora do Brasil o “circo do Lula”, montado pelo PT e por alguns sacerdotes religiosos orgânicos, na falsa missa que envergonhou a população religiosa brasileira, fazendo Deus parecer um idiota. Estando fora do país, pude ver a vergonhosa cobertura que muitos veículos internacionais deram do circo do Lula, fazendo o petista parecer um Messias traído por um país cheio de Judas.

Eis um dos piores papéis que jornalistas orgânicos fazem: mentem sobre um fato, difamando um país inteiro. Esculhambam as instituições como se fôssemos uma “república fascista das bananas”. Nossa mídia é muito superior àquela dita do “primeiro mundo”.

A intenção de fazer do Lula um Jesus, um Mandela, um Santo Padim Pade Ciço é evidente. Para isso, a falsa missa, com sacerdotes orgânicos rezando para um deus que pensa que somos todos nós cegos, surdos, estúpidos e incapazes de enxergar a palhaçada armada pelo PT, foi instrumento essencial para o circo montado. A própria afirmação de que Lula não seria mais um mero humano, mas uma ideia, é prova do delírio de uma seita desesperada. Um desinformado pensaria estar diante de um Concílio de Niceia perdido no ABC paulista. Se nesses concílios tentava-se decidir a natureza divina e humana de Jesus, cá no ABC tentava-se criar a natureza divina de Lula. Lula, humano e divino, o redentor. Essa tentativa, sim, é típica de uma república das bananas.

Penso que em 2018 o país tem a chance de mostrar de uma vez por todas que não vai compactuar com políticos que querem fazer do Brasil um circo para suas “igrejas”. A praga em que se constituiu o PT pode ser jogada na lata de lixo da história neste ano.

Ninguém aqui é ingênuo de pensar que apenas o PT praticou formas distintas e caras de tráfico de influência. Todas elas são danosas e devem ser recusadas em bloco nas eleições deste ano. Mas há um detalhe muito importante no que se refere ao PT como um tipo específico de agente único de tráfico de influência sistemático no Brasil. Você não sabe qual é? Vou lhe dizer.

O PT é o único partido que é objeto de investigação por corrupção a contar com um exército de intelectuais, artistas, professores, diretores de audiovisual, jornalistas, sacerdotes religiosos e instituições internacionais apoiando-o na sua cruzada de continuar nos fazendo escravos de seus esquemas de corrupção. Esse exército nega frontalmente a corrupção praticada pelo PT e destruirá toda forma de resistência a ele caso venha, de novo, a tomar o poder.

No ano de 2018 o país pode, de uma vez por todas, lançar o PT à lata de lixo da história e amadurecer politicamente, à esquerda e à direita.

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NÃO SABE DESENHAR? A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DÁ UMA MÃOZINHA


A COMPANHIA DE UM PETISTA É A PIOR FORMA DE SOLIDÃO.

Desenhar bem não é um talento inato, mas o resultado de muito treino. Já para quem quer fazer uns desenhos bonitinhos, mas não tem tempo (ou paciência) para praticar até conseguir produzir algo aceitável, existem serviços tecnológicos que transformam os rascunhos em desenhos de verdade.

Um deles é o Autodraw, que é fácil de usar: basta selecionar no menu lateral as ferramentas de desenho que você deseja (pincéis, cores, etc.) e começar a rabiscar. Então, a IA entra em ação, interpretando o que é que está saindo ali no quadro em branco, e sugerindo categorias de desenhos que podem ser aquilo que você deseja. Então, é só clicar no ícone que representa o que você está desenhando para que caixote com quatro círculos se transforme num carrinho bem desenhado.

Confira na ilustração o sapato que eu rabisquei e o desenho “retocado” pelo Auotdraw.

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quarta-feira, 25 de abril de 2018

MAIS UMA MARACUTAIA PARA TIRAR LULA DA CADEIA


PT, os sacerdotes dessa seita do inferno e um sem-número de militontos e apoiadores têm feito das tripas coração para tentar tirar o bandido da cadeia. Não bastassem a vigília no entorno da sede da PF em Curitiba e os parlamentares que insistem em visitar o condenado (a despeito de apenas seus familiares e advogado estarem autorizados a tanto), uma tal Comissão de Direitos Humanos do Senado não sossegou enquanto não vistoriou as instalações da carceragem. Participaram dessa tal “comissão”, dentre outros notórios seguidores de Lula, os senadores petralhas Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias, Humberto Costa e Paulo Paim, além da pecedebista Vanessa Grazziotin e dos peessedebistas João Capiberibe e Lídice da Mata. Deu para entender ou preciso desenhar?   

Observação: Se a preocupação do grupo era com o isolamento do deus-pai da Petelândia, bastaria remanejá-lo para o Complexo Médico-Penal de Pinhais. Lá ele teria a companhia de velhos comparsas, como André Vargas, Luiz Argolo, Gim Argello, João Vaccari, Eduardo Cunha e outros da mesma laia.

Mas não é só. Antes de ingressar com os recursos especial (ao STJ) e extraordinário (ao STF), protocolados no TRF-4 na última segunda-feira, a defesa alegou que a prisão de Lula ocorreu antes de o Regional julgar os tais “embargos dos embargos de declaração” ― chicana classificada pelo juiz Moro como “patologia protelatória”, pois visa claramente emperrar o andamento processual. A propósito, relembro que embargos de declaração destinam-se a esclarecer pontos omissos ou obscuros da decisão embargada, não tendo o condão de alterar a condenação ou a pena. Assim, está mais na cara do que nariz que o propósito dos advogados não era outro senão adiar a prisão do petralha por mais alguns dias (até porque é para isso que eles são muito bem pagos).

No último dia 19, a 8.ª Turma do TRF-4 rejeitou o pedido de Cristiano Zanin, que queria adiar o julgamento até que o desembargador-relator João Pedro Gebran Neto retornasse das férias e negou os tais “embargos dos embargos”. A questão é que no dia 7, quando Lula foi preso, esse recurso ainda não havia sido julgado, e é nisso que os advogados do mulsco estão se apegando, além de sustentarem que os recursos na esfera da segunda instância só terminam depois que o TRF-4 decidir sobre a admissibilidade dos recursos especial e extraordinário.    

Observação: A defesa de Lula alega que, ao decidir em 2016 que é possível executar a pena antecipada (antes de se esgotarem os recursos nas cortes superiores), o Supremo não definiu que a segunda instância termina com o julgamento dos primeiros embargos de declaração. Em sua óptica, ela se esgota, no caso de Lula, depois que o TRF4 encaminhar (ou não) os recursos especial e extraordinário ao STJ e STF, respectivamente. Ou seja, o segundo grau do Judiciário só acabaria quando fosse analisado um eventual agravo contra uma também eventual não admissão desses recursos pelo TRF-4.

O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava-Jato no Supremo, enviou o caso ao plenário virtual da segunda turma, que é composta pelo próprio Fachin e por Gilmar Mendes, Toffoli, Lewandowski e Celso de Mello (com exceção do relator, todos os demais são “garantistas”, ou seja, contrários à prisão após a condenação em segunda instância). Apesar de os embargos já terem sido votados e rejeitados, nada impede que os ministros (especialmente esses ministros) entendam que houve uma arbitrariedade e anulem a ordem de prisão do TRF-4. Se isso acontecer, será um escândalo vergonhoso tão vergonhoso quanto a ADC do PCdoB, que foi impetrada exclusivamente para tentar devolver Lula às ruas, às caravanas, aos comícios, enfim, todo aquele circo que a gente conhece bem, onde os palhaços somos nós.

Mas a coisa não para por aí. Hoje à tarde, o plenário do STF deve julgar dois temas delicados para o futuro institucional do país. Talvez não haja tempo para debatê-los na mesma sessão, ou outra circunstância qualquer impossibilite o julgamento de um deles, mas é sempre bom ficar alerta, adverte o jornalista Merval Pereira em sua coluna no Globo.

A primeira questão é o fim do foro privilegiado, que já conta com oito votos favoráveis e foi liberado para a pauta depois de um pedido de vista do ministro Dias Toffoli. A segunda são as ADCs apresentadas pelo PEN e pelo PCdoB. O ministro-relator Marco Aurélio pretendia levar à mesa a ação do PEN, mas talvez não o faça porque o PCdoB deixou claro que seu propósito é tirar Lula da cadeia ― seja porque o partido é um satélite do PT, seja porque o patrono da ação, o advogado Celso Antonio Bandeira de Mello, há tempos se empenha em denunciar o que ele classifica de “arbitrariedades do juiz Sérgio Moro e dos procuradores de Curitiba”.

Mesmo que tema vá a votação, é possível que não se confirme a nova maioria ― que é apontada na ação como sua justificativa. Ainda que Gilmar Mendes mude seu voto (em 2016, ele foi um dos principais defensores do cumprimento da pena após decisão em segunda instância, mas agora acha que os condenados devem ser presos somente após a decisão do STJ), nada garante que os demais ministros apoiem a nova ação, seja porque ela se destina claramente a favorecer Lula, seja pela necessidade de se manter a jurisprudência atual por mais tempo, dando segurança jurídica às decisões do STF, como defende a ministra Rosa Weber.

Quanto ao fim do foro privilegiado, 8 ministros já haviam votado a favor da proposta do ministro Luis Roberto Barroso ― segundo a qual o benefício só deve se aplicar a casos ocorridos durante o mandato e em decorrência dele ― quando Dias Toffoli pediu vista do processo. No entanto, há um conflito de poderes envolvendo essa questão, já que uma PEC mais abrangente que a proposta de Barroso tramitava no Congresso, mas foi paralisada pela intervenção federal na segurança pública do Rio, que deve se estender até dezembro. Enfim, não se descarta a possibilidade de outro ministro peça vista do processo, dando ao Congresso a oportunidade de legislar sobre o tema no ano que vem. 

Seja lá como for, não podemos perder de vista que, se a aprovação do fim do foro privilegiado é um avanço institucional, combinada com uma reversão na jurisprudência sobre a prisão na segunda instância ela pode se tornar um retrocesso. Isso porque maioria dos políticos que está sendo processada no STF veria seus casos baixarem à primeira instância, e a partir daí teriam à disposição toda a vasta gama de recursos, apelos, embargos, agravos e outras chicanas. Bons criminalistas poderia empurrar a tramitação processual com a barriga durante décadas, até que as ações chegassem novamente ao STF, num círculo vicioso em que quase ninguém iria para a cadeia, talvez não pela reforma da sentença em uma das várias instâncias da Justiça, mas certamente pela prescrição das penas.

Para finalizar, ouçam até o final:



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NOVIDADES SOBRE O SPRING CREATORS UPDATE

O TODO É MAIOR QUE A SOMA DE SUAS PARTES.

Segundo o site CANALTECH, o Spring Creators Update do Windows 10 deve ser liberado ainda esta semana para os usuários do programa Windows Insider, e o fato de a Microsoft se referir ao pacote como “atualização de abril” sugere que o update estará disponível para todos os usuários até o final do mês (ou seja, até a próxima segunda-feira).

Observação: Para quem não leu minhas últimas postagens, um bug descoberto de última hora levou a um adiamento, e um segundo problema semelhante motivou ainda mais atrasos na liberação do update de primavera.

A nova nomenclatura substitui a anterior, mas os aprimoramentos são os mesmos. Entre os principais, vale citar uma linha do tempo com direito a histórico de atividades e possibilidade de retomar tarefas de onde o usuário parou, maior integração com a assistente de voz Cortana, mudanças de design em apps próprios, melhorias na sincronização e transferência de arquivos entre diversos dispositivos conectados a uma mesma rede, ferramentas de diagnóstico e mudanças em prol da segurança e privacidade.

Além das mudanças de funções, o update promete acarretar menos dor de cabeça durante a instalação, já que a Microsoft deve reduzir o tempo de inatividade necessário para aplicação das mudanças. Embora não de para fugir da indefectível reinicialização da máquina e de alguma espera, a instalação deverá ser concluída em aproximadamente meia hora, com boa parte dos recursos podendo ser instalados com o computador está em uso. Esse tempo, claro, depende da configuração de hardware de cada máquina, mas, de maneira geral, representa 50% de economia em relação ao Fall Creators Update, cuja média de inatividade era de cerca de uma hora.

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terça-feira, 24 de abril de 2018

A LAVA-JATO CHEGA AO TUCANATO ― 2ª PARTE




Tucano que honra a plumagem fica nas matas, não em cima de muro. O PSDB, que já foi o principal partido de oposição aos governos corruptos de Lula e Dilma, tornou-se tão inútil quanto um copo d’água para um afogado. 

O verbete “consenso” não consta do vernáculo dos tucanos, que tiveram seu momento de glória ao eleger presidente Fernando Henrique Cardoso, mas deixaram a esquerda criar asas. Indecisos a mais não poder, eles são capazes de mijar no corredor se a casa tiver mais de um banheiro. Depois de perderem a presidência para Lula, acharam que poderiam recuperá-la em 2010 ― e teriam conseguido se não se tornassem um cemitério de egos que brigam entre si como treinamento para lutar contra os verdadeiros adversários. 

Com a derrota de Aécio em 2014, o partido entrou em parafuso. Sua crise intramuros se aprofundou a tal ponto que ora atinge o estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país e tradicional reduto do tucanato. Em 2006, quando deixou o governo para disputar a presidência, Alckmin tinha com 66% de aprovação, mas foi derrotado por Lula. Agora, com apenas 36% de aprovação, a coisa tende a ficar pior devido ao tsunami da Lava-Jato.

Aécio Neves, ex-presidente da sigla e investigado em 9 inquéritos, tornou-se réu pela primeira vez na última terça-feira 17 (detalhes na postagem anterior). Também na semana passada, Paulo Preto, operador financeiro dos tucanos, teve a prisão preventiva mantida pelo STJ ― ele é suspeito de envolvimento em desvio de dinheiro público nas obras do Rodoanel, cujas investigações atingem também o senador José Serra ― outro tucano de alta plumagem e ex-presidenciável que caiu em desgraça ― e o chanceler Aloysio Nunes Ferreira ― apontado como o tucano mais íntimo de Paulo Preto. Nos próximos dias, a Justiça analisará o derradeiro recurso de Eduardo Azeredo ― que, como Aécio, também foi presidente do PSDB e governador de Minas Gerais ―, e o resultado poderá colocá-lo atrás das grades pela condenação no escândalo que ficou conhecido como “mensalão tucano”.

Alckmin, candidato natural do PSDB à presidência, quase perdeu a vez para João Doria ― seu afilhado político e ex-prefeito de Sampa, que desagradou os paulistanos por ter descumprido a promessa de cumprir integralmente o mandato ao se lançar candidato a governador (detalhes nesta postagem). Sucessor de Aécio na presidência do partido, o ex-governador paulista, ungido oficialmente candidato a presidente, não decola nas pesquisas: seus míseros 6% de intenções de voto representam o pior resultado obtido por um candidato tucano desde 1989.

Alckmin comemorou a notícia de que o inquérito que o investiga pelo recebimento de mais de R$ 10 milhões via caixa 2 da Odebrecht foi enviado à Justiça Eleitoral, mas o alívio durou pouco: na sexta-feira 20, o MP-SP abriu um inquérito civil para investigá-lo por suspeita de improbidade administrativa. Três delatores da empreiteira acusam Alckmin de ter recebido propina através de seu cunhado, Adhemar César Ribeiro, com a finalidade de custear suas campanhas ao governo de São Paulo em 2010 e 2014.

Alckmin diz que “vê a investigação de natureza civil com tranquilidade, que está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos e que tem total consciência da correção dos seus atos” ― nada muito diferente do que a gente ouve de todos os políticos investigados, denunciados e processados pela Lava-Jato e suas derivações, e que merece tanto crédito quanto conversa de camelô paraguaio. Com a movimentação do MP-SP, as acusações contra ele voltarão a ser apuradas para além da esfera eleitoral, onde as penas são baixas e os crimes são considerados de mais difícil punição. Respondendo por improbidade administrativa, ficará sujeito a sanções administrativas, como a reparação dos danos ao Erário e perda dos direitos políticos.

São múltiplas as causas da derrocada do PSDB no cenário político-partidário. Dentre outras, destaco sua demora em aderir à defesa do impeachment contra Dilma ― com a queda da anta vermelha, o partido permitiu que sua agenda reformista fosse capturada pelo governo de Michel Temer, mas nada fez para influenciar esse governo pouco confiável, sem grandeza e sem projeto. Isso refletiu na composição ministerial, gerou turbulências e explodiu com as delações da JBS, levando o Planalto a se sujeitar aos interesses escusos do Congresso e a se preocupar em esvaziar a Lava-Jato e recompor oligarquias e práticas clientelistas, trocando a grande política pela pequena política.

Mesmo diante de tantos revezes, os tucanos tiveram bom desempenho nas eleições de 2016, quando passaram a governar 24% da população tupiniquim ― marca recorde desde 2000. Mas seria esperar demais que esse cenário positivo não se revertesse com as denúncias da Lava-Jato, as divisões internas da sigla, a oposição pífia aos petistas e a pusilanimidade na hora de decidir se desembarcavam ou não do atual governo quando o vampiro do Jaburu foi flagrado com as calças na mão e manchas de batom na cueca pelas gravações de Joesley Batista.

Mesmo com a imagem seriamente comprometida pelo afastamento judicial de Aécio Neves ― cuja pose de bom moço enganou meio mundo, inclusive este que vos escreve ―, a cúpula do PSDB não teve colhões para lhe cassar o mandato. Agora, a transformação do senador mineiro em réu pelo STF pode ser vista como um divisor de águas: assim como a prisão de Lula reforçou a jurisprudência sobre a possibilidade de cumprimento da pena após a condenação em segunda instância, o recebimento da denúncia contra Aécio confirmou o entendimento, iniciado no mensalão, de que não é preciso um ato “de ofício” para que se configure crime de corrupção passiva, e de que as provas obtidas através da delação da JBS continuam valendo, ainda que o acordo de colaboração e os benefícios concedidos aos delatores tenham sido suspensos.

Observação: A exigência do ato de ofício livrou o rabo de Collor em dezembro de 1994, quando, por 5 votos a 3, o STF o absolveu do crime de corrupção passiva por não haver provas concretas que o ligassem ao esquema de arrecadação ilegal de PC Farias (que posteriormente foi encontrado morto em circunstâncias que nunca ficaram bem explicadas). Esse entendimento começou a mudar em 2012, e agora pode complicar a vida de Michel Temer ― que já teve duas denúncias barradas pela Câmara ―, pois será possível atribuir-lhe “ato de ofício em potencial” por ter indicado a Joesley seu assessor Rodrigo Rocha Loures como interlocutor para tratar dos interesses da J&F em processos do CADE.   

O PSDB deu as costas para a opinião pública e perdeu a oportunidade de resgatar sua imagem de alternativa lógica para quem não suporta mais corruptos como os do PT e do PMDB. Agora é tarde, e não adianta chorar sobre o leite derramado.

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AINDA SOBRE O WINDOWS 10 SPRING CREATORS UPDATE


QUANDO SE ELIMINA O IMPOSSÍVEL, O QUE SOBRA, POR MAIS IMPROVÁVEL QUE PAREÇA, SÓ PODE SER A VERDADE.

Para usuários do Windows 10 Home, a maneira mais simples de bloquear o download e a instalação das atualizações que a Microsoft classifica como “críticas” é desativar o Windows Update. Para tanto:

― Pressione ao mesmo tempo as teclas do logo do Windows e da letra R para convocar o menu Executar.
― Na caixa de diálogo da janelinha, digite services.msc e clique em OK (ou pressione a tecla Enter).
― Na janela Serviços, role a tela até o final e selecione a opção Windows Update (caso a lista seja exibida pelo nome dos executáveis, procure por wuauserv).
― Dê um clique direito sobre a opção em questão e, no menu suspenso, clique em Parar.

Observação: Se você estiver logado com uma conta limitada, clique em Iniciar, clique na pequena seta para baixo à direita da entrada Ferramentas Administrativas, localize a opção Serviços, clique com o botão direito sobre ela e, no menu suspenso, clique em Mais e em Executar como administrador. Se a opção Parar continuar desabilitada, faça logoff e torne a se logar no sistema com sua conta de Administrador.

Há quem diga parar o wuauserv pode causar efeitos colaterais indesejáveis. Claro que basta reverter o ajuste para que tudo volte a ser como antes no Quartel de Abrantes. Todavia, se você não quiser correr o risco, tente fazer a Microsoft “acreditar” que você usa uma conexão “metered” (ou medida, numa tradução livre). Assim, o Windows Update entenderá que seu trafego de dados é tributado (como no tempo da velha rede Dial-Up), e que você não quer sobrecarregar sua conexão.

Tenha em mente essa alternativa não garante que o download da atualização não será feito, sem falar que sempre existe a possibilidade de haver efeitos colaterais estranhos. Se você quiser tentar, faça o seguinte:

― Clique em Iniciar > Configurações > Rede & Internet.
― Caso você utilize uma conexão cabeada, clique em Ethernet (à esquerda), e, no ícone de rede, mude o botão da opção “Definir como conexão limitada” para Ativado.
― Se sua conexão é wireless (sem fio), clique em Wi-Fi, também à esquerda, e proceda da mesma maneira. 

Se você ainda não migrou para o Windows 10, não há com que se preocupar ― pelo menos no que diz respeito ao Spring Creators Update, que não é instalado nas edições XP, Vista, 7 e 8.1 do sistema. Mas não deixe de considerar a evolução, que não está mais disponível gratuitamente, mas que pode ser feita se você adquirir uma licença ou, por que não, comprar um computador novo, já com o Windows 10 pré-instalado de fábrica. Afinal, já está mais que na hora: o suporte estendido para o Windows 7 encerra-se em janeiro de 2020, e o do 8.1, em janeiro de 2023 (o XP e o Vista já deixaram de ser suportados há anos).

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segunda-feira, 23 de abril de 2018

A LAVA-JATO CHEGA AO TUCANATO ― AÉCIO E COMPANHIA, TREMEI!



A diferença entre o “mortadela” e o “coxinha” é que o primeiro quer ver o criminoso Lula na presidência, e o segundo quer ver o “criminoso Aécio na cadeia.

Observação: Lula é réu em 7 ações e já foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisãoAécio se tornou réu pela primeira vez na semana passada. Se o tucano é culpado dos crimes que lhe são imputados, a Justiça é que vai decidir, daí porque eu escrevi “criminoso” Aécio entre aspas. Mas volto a lembrar que não simpatizo com partido algum, acho que lugar de político corrupto é na cadeia e que todos devem pagar por seus crimes, não importa a sigla, a ideologia, o credo religioso, a marca da gravata ou do relógio.

Acho curioso as pesquisas apontarem que 84% dos brasileiros são a favor da Lava-Jato (e, por extensão, contra a corrupção) e, ao mesmo tempo, que 37% dos pesquisados se dizem propensos a votar em Lula. Faça as contas. Demais disso, por que diabos continuam incluindo o demiurgo de Garanhuns na lista de "presidenciáveis" se ele está preso, é ficha-suja e não poderá disputar as eleições?

Depois de ter sido engaiolado, Lula caiu 6 pontos porcentuais nas pesquisas. No melhor cenário, há 31% de idiotas dispostos a votar nele. Não é pouco se considerarmos que Bolsonaro e Marina estão empatado tecnicamente com 17% e 15%, Alckmin não sai dos 6% e Joaquim Barbosa ― que não é oficialmente candidato ― tem 10%. Mas essas pesquisas, além de não serem 100% confiáveis (basta ver o que aconteceu nas eleições municipais de Sampa em 2016), retratam o momento em que foram realizadas; se, como diz a Band News, em 20 minutos tudo pode mudar, imagine quanta água vai rolar até outubro.

Joaquim Barbosa ficou conhecido no julgamento do mensalão e tem tudo para chegar ao segundo turno, sobretudo porque sua imagem é associada ao combate à corrupção. Ele pode granjear votos tanto dos órfãos de Lula que não votariam no PT de jeito nenhum quando dos que não se identificam com Bolsonaro. O problema é que ele não é uma unanimidade (nem mesmo dentro do PSB), e ainda está arriscado a perder o bonde se continuar nessa cruel indecisão ― o que favoreceria Marina Silva, a eterna sonhática, ou o próprio Alckmin, o eterno picolé de chuchu. Ciro Gomes (que Deus nos livre e guarde de mais essa desgraça) também tem potencial, mas seu temperamento explosivo não ajuda. Sem Lula no páreo, ele teria melhores chances se conquistasse o apoio dos demais partidos de esquerda, mas o PCdoB quer Manuela D’Ávila, e o PSOL, Guilherme-sem-terra- Boulos.

É provável que o cenário fosse outro se Aécio Neves não estivesse mergulhado até os beiços em suspeitas de corrupção. Depois de quase vencer a anta vermelha em 2014 ― e eu ainda acho que ele perdeu devido a um número significativo de urnas eletrônicas com opinião própria e tendências esquerdistas ―, a pergunta não era se o tucano seria presidente, mas quando. Agora, feito réu no STF, ele terá que se dar por feliz se conseguir uma vaga de deputado federal (isso se não for preso antes do pleito). Aliás, para o atual presidente nacional do PSDB, Aécio deveria desistir de qualquer pretensão eleitoral, fosse à reeleição ao Senado, fosse para deputado.

A poucos meses do pleito mais imprevisível das últimas 3 décadas, a desgraça que se abateu sobre Aécio desgraçou também o partido dos tucanos (não que a sigla precisasse de ajuda para se trumbicar, como se pode inferir das considerações que eu expendi nesta postagem). Investigado em 9 inquéritos, o mineirinho safo se tornou réu por decisão unânime da 1ª Turma do STF, que aceitou a denúncia da PGR por corrupção passiva e obstrução de Justiça.

ObservaçãoAécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS. O valor foi entregue em parcelas a pessoas próximas ao senador, sendo que a PF chegou a filmar a entrega de dinheiro vivo a seu primo Frederico Pacheco ― que é corréu no processo, juntamente com a irmã do tucano, Andrea Neves da Cunha, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do também senador tucano Zezé Perrella.

Aécio pode vir a ser processado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso de Furnas; por gestão fraudulenta, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro na CPI dos Correios, por pedir R$ 6 milhões em propina à Odebrecht nas eleições de 2014; por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro também no pleito de 2014; por receber propina para beneficiar a Odebrecht no leilão das usinas de Santo Antonio e Jirau; por armar um cartel nas obras da sede do governo de Minas para obter propina; e por receber propina entre 2014 e 2016 da JBS, além de atuar para ocultar a origem do dinheiro.

Mas não é só. O açougueiro bilionário disse à PGR que pagou R$ 50 mil por mês ao tucano, ao longo de dois anos, por meio de uma rádio da qual o senador era sócio (o dinheiro para “custeio mensal das despesas do senador”, segundo o dono da JBS). Pela soma das notas fiscais, o total chegou a R$ 864 mil. Reportagem da Folha de 13 de março revelou que Aécio vendeu suas cotas da rádio Arco Íris para Andrea Neves, sua irmã, por R$ 6,6 milhões em setembro de 2016. Nas declarações de Imposto de Renda do tucano, obtidas pela PGR mediante quebra de sigilo autorizada pelo Supremo, o valor declarado das mesmas cotas em 2014 e 2015 foi de R$ 700 mil. Com essa negociata, o patrimônio declarado de Aécio chegou a R$ 8 milhões em 2016.

Resumo da ópera: Como bem pontuou Roberto Pompeu de Toledo, o avô Tancredo Neves não conseguiu assumir a presidência em 1985 e, pela razão que se sabe, não teve oportunidade de tentar novamente. O neto Aécio obteve 51 milhões de votos em 2014, o que lhe daria uma segunda chance em condições vantajosas, mas dissipou-a nos descaminhos, pontilhados de um trambique aqui, outro acolá, que os políticos vão percorrendo em paralelo à carreira, conforme prova a Lava-Jato.

Como este post já está longo demais, vou deixar Alckmin para uma próxima oportunidade.

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BUG ATRASA LIBERAÇÃO DO WINDOWS 10 SPRING CREATORS UPDATE ― CONTINUAÇÃO


O PMDB ― ORA MDB ― É UM PARTIDO FIRME NA HORA DE APOIAR UM GOVERNO, MAIS FIRME AINDA NA HORA DE SABOTAR UM GOVERNO, MAS SEM FIRMEZA ALGUMA NA HORA DE SER GOVERNO.

Conforme eu disse no post anterior, talvez não seja conveniente a atualizar o Windows 10 assim que o bug for corrigido e os arquivo de instalação do Spring Creators Update forem liberados via Windows Update

Quando a Microsoft lançava novas edições do Windows a cada 2 anos, eu sugeria migrar somente após o primeiro Service Pack (conjunto de atualizações/correções que solucionavam a maioria dos problemas identificados posteriormente ao lançamento comercial de uma edição do Windows e, eventualmente, implementavam novos recursos e aprimoramentos). Com o advento do Windows 10, a Microsoft substituiu os service packs por updates abrangentes, e o build 1803, que deveria acompanhar o Patch Tuesday deste mês, acabou suspenso devido ao probleminha que a gente discutiu na postagem de abertura.  

Os aprimoramentos trazidos pelo update de primavera (embora seja outono no hemisfério sul, a Microsoft padronizou a nomenclatura) são interessantes, mas dificilmente justificam o risco de se perder horas (ou dias) reinstalando o sistema por conta de um update problemático. Tudo bem, a falha foi identificada antes que os arquivos de atualização fossem liberados, mas quem garante que não haja outro bug latente, que possa se manifestar mais adiante, como já aconteceu em outras oportunidades? 

Por essa e outras, é melhor esperar a poeira baixar. Mas aí tem um probleminha: as atualizações automáticas do Windows 10 vêm ativadas por padrão, e bloqueá-las não é tão simples quanto era no Seven ou no XP, por exemplo.

Para quem usa o Windows 10 Pro, Enterprise ou Education, basta clicar em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança e, nas opões avançadas, configurar o modo Semi-Annual Channel (ou Canal Semianual, numa tradução livre), que suspenderá a instalação da próxima versão do Windows (neste caso, a versão 1803) até que saia um anúncio oficial de que ela está “pronta para implementação ampla” ou em “disponibilidade geral” (veja detalhes na imagem que ilustra esta postagem). Já para a maioria de nós, que usa versão Home ―, o buraco é um pouco mais embaixo.

Amanhã a gente conclui. Até lá.

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domingo, 22 de abril de 2018

DE VOLTA ÀS ADCs



Depois que o PEN desistiu da ação declaratória de constitucionalidade ― para não dar a impressão de que o objetivo era tirar Lula da cadeia ―, o PCdoB veio com a sua, capitaneada pelo advogado Celso Bandeira de Mello, ligado a movimentos de juristas que condenam os métodos do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Lava-Jato.

Cabe à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, pautar o julgamento, embora nada impeça o relator, ministro Marco Aurélio Mello, de levar pedido “em mesa”, ou seja, forçar sua discussão, independentemente da vontade da presidente. Mello não suscitou expressamente essa possibilidade, e Cármen Lúcia, para quem seria prematuro rever a posição da Corte neste momento, sobretudo porque essa jurisprudência foi firmada há menos de 2 anos, vem “empurrando a coisa com a barriga” (é difícil imaginar alguém como ela, que pesa pouco mais de 40 quilos, empurrando alguma coisa com a barriga, mas enfim...).   

Chegam a ser irritantes a insistência do ministro vira-casaca Gilmar Mendes em alardear que “mudou de ideia” ― em 2016, o ministro “vira-casaca” integrou a maioria que firmou a jurisprudência favorável à antecipação do cumprimento da pena ― e a obstinação de Marco Aurélio em forçar a rediscussão de um tema tão delicado num momento tão inoportuno. É óbvio que essa questão só voltou à tona devido à prisão de Lula e ao fato de uma ala do STF (a dos ministros “pseudo garantistas”) estar fazendo o possível e impossível para encontrar uma maneira de livrar esse criminoso da cadeia.

Rosa Weber, ao proferir seu voto no julgamento do HC de Lula, deu uma aula de como o Estado de Direito necessita de “estabilidade”, não podendo se sujeitar a “variações frívolas”. Se isto aqui fosse um país sério, a defesa da ministra ao princípio da colegialidade seria não só aplaudida, como também seguida por todos os ministros da Corte. Só que alguns têm egos gigantescos, outros, interesses ocultos e inconfessáveis...

Resumo da ópera: O veto à prisão em segunda instância é um desserviço, uma ameaça ao cidadão de bem. 

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sábado, 21 de abril de 2018

AS LEIS, ORA, AS LEIS!



Como hoje é sábado e feriado nacional (em homenagem a Tiradentes), eu pensei em dar um descanso das maracutaias da banda podre do Supremo, da prisão de Lula, da irresignação dos militontos e de outros temas que já encheram o saco. Mas não tem jeito. E como não tive tempo de concluir o texto sobre a nova ADC (esta do PCdoB) que o ministro Marco Aurélio já liberou para julgamento, segue o excerto de um artigo do festejado jornalista J.R. Guzzo.

As leis são feitas, tanto quanto se saiba, para melhorar a vida das pessoas. Que sentido poderia ter uma lei que piora a existência do cidadão? Nenhum, e por isso mesmo é francamente um espanto a quantidade de leis em vigor, neste país, que não melhoram coisa nenhuma e, ao mesmo tempo, conseguem piorar tudo.

Um dos mais notáveis exemplos práticos dessa espécie de tara, tão presente no sistema legal e jurídico do Brasil, é o apaixonante debate atual sobre a “segunda instância” e o “trânsito em julgado”. Quase ninguém, mesmo gente que foi à escola, conseguiria dizer até outro dia que diabo quer dizer isso; dá para entender as palavras “segunda” e “trânsito”, mas daí pouca gente passa. 

No entanto, tanto uma como outra coisa são o centro da questão mais decisiva da vida política do Brasil de hoje, e as nossas altíssimas autoridades, aí, conseguiram transformar um clássico “não-problema” num tumulto que tem infernizado como poucos a estabilidade política do país ― e enchido a paciência de muitos, ou quase todos os habitantes do território nacional.

Os artigos, parágrafos, incisos, alíneas e sabe lá Deus quanto entulho legal os doutores, políticos e magnatas deste país invocaram para colocar em discussão se a Terra é redonda ou é plana, mostram bem a extraordinária dificuldade, para os que mandam no Brasil, de aceitar o princípio pelo qual uma lei só fica de pé se fizer nexo ― e só faz nexo se vem para tornar mais segura, mais cômoda ou mais compreensível a vida do cidadão comum. 

Não faz o menor nexo sustentar que o bem estar das pessoas melhora, ou que elas ficam mais protegidas, se for proibido colocar um criminoso na cadeia quando ele é condenado duas vezes em seguida; é incompreensível que a punição para um crime só deva acontecer quando o autor perder na “última instância”, que ninguém sabe direito qual é. Eis aí o raio do “trânsito em julgado” ― o momento em que não há mais o que inventar em matéria de trapaça legal para manter o malfeitor fora do xadrez. É algo tão raro quanto a passagem dos cometas.

Alguém é capaz de achar que os direitos civis do cidadão brasileiro estão sendo protegidos por um negócio desses? Quem ganha com isso a não ser criminosos tamanho GGGG-plus, que têm poder e dinheiro para pagar sua defesa durante anos a fio, e os escritórios de advocacia que sonham com processos que lhes rendem honorários pelo resto da vida? Não há absolutamente nenhum interesse coletivo beneficiado por esse tipo de entendimento da lei. O que acontece é justamente o contrário.

O veto à prisão “na segunda instância” é uma ameaça ao brasileiro que cumpre a lei. Não é um “direito”, como dizem advogados e demais sábios da ciência jurídica ― o direito, respeitado em todas as democracias, à “presunção de inocência”. Inocência como, se o indivíduo já foi condenado duas vezes? Teve todo o direito de se defender, sobretudo se conta com milhões. O acusador teve de apresentar provas, e o juiz teve de considerar que as provas eram baseadas em fatos. O que há na vida real, isso sim, é uma violação do direito que as pessoas têm de contar com punição para os criminosos que as agrediram ― por exemplo, roubando o dinheiro que pagam em impostos, ou o patrimônio que possuem legalmente nas empresas estatais.

Os “garantistas”, que defendem em latim essas aberrações, garantem apenas a impunidade. Utilizam dúvidas que existem na Constituição e que podem ser mal interpretadas ― só foram colocadas ali, aliás, com o exato propósito de serem mal interpretadas. Constroem, esses heróis da liberdade, um monumento às leis que foram escritas para fazer mal ao Brasil e aos brasileiros.

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sexta-feira, 20 de abril de 2018

TRF-4 REJEITA O DERRADEIRO RECURSO DE LULA NA SEGUNDA INSTÂNCIA E MANTÉM A CONDENAÇÃO DE JOSÉ DIRCEU. STF JULGA HC DE MALUF


Na tarde de ontem, a 8.ª Turma do TRF-4 negou os embargos dos embargos de declaração que a defesa de Lula havia protocolado na semana passada, quatro dias após a prisão do criminoso.

Não bastasse o caráter nitidamente protelatório desse recurso, Cristiano Zanin, um dos advogados do molusco encarcerado, teve o desplante de pedir que o julgamento fosse adiado até que João Pedro Gebran Neto, relator do processo, voltasse de férias.

Mas a chicana não deu certo; o desembargador Nivaldo Brunei se declarou apto a votar e, como Victor Laus e Leandro Paulsen, rejeitou as maracutaias, encerrando a fase recursal de Lula no TRF-4, ao menos no que concerne à ação sobre o tríplex no Guarujá ― prováveis recursos ao STJ e STF terão de passar por essa Corte, que é responsável por verificar se os apelos atendem aos requisitos necessários ao recebimento e remessa aos tribunais superiores; no caso de interposição conjunta de recursos especial e extraordinário, após o juízo de admissibilidade os autos serão remetidos ao STJ, que julgará o recurso especial e remeterá o extraordinário ao STF.

Também na tarde de ontem o Regional de Porto Alegre apreciou os embargos infringentes de José Dirceu, manteve a condenação e determinou a execução provisória da pena com o esgotamento do processo na segunda instância. Em junho de 2016, o juiz Sérgio Moro havia condenado o guerrilheiro de festim a 20 anos e 10 meses de xadrez por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa ― que o TRF-4 aumentou para 30 anos e nove meses de prisão. Os embargos infringentes foram interpostos porque houve divergência quanto a dosimetria ― o desembargador Leandro Paulsen estabeleceu 27 anos e 4 meses, enquanto o relator João Pedro Gebran, 41 anos e 4 meses. No acórdão, ficou definida a pena de 30 anos e nove meses, que foi mantida, nesta quinta-feira, pela 4.ª Seção do TRF-4, que é formada por 3 juízes da 7.ª turma e 3 da 8.ª turma

ObservaçãoDirceu foi preso preventivamente em agosto de 2015, mas o STF lhe concedeu um habeas corpus em maio do ano passado. Se os ministros não mudarem a jurisprudência vigente, ele será despachado de volta para a cadeia. Vale lembrar que o “guerreiro do povo brasileiro” foi condenado pela segunda vez na Lava-Jato, em março do ano passado, a 11 anos e três meses de reclusão (a ação se encontra em grau de recurso, que ainda não foi julgado pelo TRF-4), e se tornou réu pela terceira vez em fevereiro deste ano, por recebimento de vantagens indevidas da Engevix e da UTC em troca de contratos com a Petrobras.

Passando ao caso de Paulo Maluf, anteontem o plenário do Supremo iniciou os debates sobre seu pedido de habeas corpus, mas a sessão foi encerrada antes que todos os ministros proferissem seus votos. O julgamento foi retomado nesta quinta-feira, quando a maioria dos ministros decidiu que a defesa só pode recorrer da condenação numa das duas turmas do STF se, no julgamento, houver ao menos dois votos pela absolvição ― no caso de Maluf, a condenação foi por unanimidade.

Depois do intervalo, quando a discussão sobre a possibilidade de ministros desautorizarem monocraticamente seus pares ― como teria feito Dias Toffoli ao mandar Maluf para casa, contrariando a decisão do relator ―, Fachin jogou água na fervura concedendo “ex officio” (por iniciativa do magistrado, independentemente de pedido da parte) a prisão domiciliar ao réu, que está internado desde o último dia 6 no Hospital Sírio-Libanês. Vale salientar que a iniciativa de Fachin esvaziou o debate sobre a decisão monocrática de Toffoli (tomada, segundo o próprio Toffoli, com o ad referendum do relator e da presidente da Corte), que poderia levar à discussão da possibilidade de um ministro do STF derrubar a decisão de outro colega da Corte dentro de um processo penal ou uma investigação.

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