RECEBER
SPAM É UMA VICISSITUDE, MAS RESPONDER AS MENSAGENS É BURRICE!
Conforme eu comentei em outras oportunidades, o HD é
tido e havido como um simples repositório de dados, e escolhido
apenas com base na sua capacidade. Claro que espaço nunca é demais, e como qualquer
PC de fabricação recente, mesmo de entrada de linha, oferece de 500GB a 1TB,
vale a regrinha do "quanto mais,
melhor".
Optar por uma máquina de grife (montada por
fabricantes regularmente estabelecidos, como LENOVO, HP, DELL, POSITIVO,
etc.) limita sobremaneira as
possibilidades de personalizar a
configuração de hardware, mas ainda assim você deve dar uma olhada nas principais especificações do disco rígido, pois
elas influenciam significativamente a
performance global da máquina. Vejamos as principais:
O FORM FACTOR (ou
fator de forma) define as dimensões
físicas do drive. Atualmente, a maioria tem largura de 3,5 polegadas, embora alguns notebooks integrem discos menores (com
apenas 2,5 polegadas) e ultrafinos.
A INTERFACE remete
à controladora usada pelo drive, que deve ser suportada pela placa-mãe. Hoje em
dia, o padrão mais popular é o Serial Advanced Technology Attachment ─ ou simplesmente SATA
─, que se contrapõe ao já obsoleto Parallel
ATA ─ ou simplesmente PATA (para saber mais, reveja esta
postagem), que se divide em SATA-300 e SATA-600 (ou SATA 3 gigabits por segundo e SATA 6 gigabits por segundo, conforme a taxa de transferência máxima teórica que eles conseguem alcançar).
Observação: De uns tempos a esta parte, os discos
rígidos vêm sendo divididos em quatro categorias: Green (ecológico), Desktop,
Enterprise (corporativo) e Portátil. Fuja dos modelos ecológicos e portáteis ─ que giram a uma velocidade menor para economizar
energia, o que seria uma solução interessante se não impactasse negativamente o
desempenho. Se possível, escolha um modelo do padrão Desktop, que custa mais barato e cujo desempenho não fica devendo
nada ao Corporativo.
A Density (ou
densidade) define quantidade de
dados que podem ser gravados em cada trilha dos pratos. Quanto maior ela for,
melhor será o desempenho do dispositivo.
A Rotational
Speed (ou velocidade de
rotação) remete ao número de rotações dos pratos (que pode chegar a 15
mil RPM, dependendo do padrão, embora a velocidade média seja de 7.200 RPM, já que, acima disso,
a tendência ao superaquecimento aumenta expressivamente). De modo geral,
pode-se dizer que velocidade de rotação e desempenho são grandezas
diretamente proporcionais.
A Capacity (ou capacidade) designa a quantidade de
dados que a mídia é capaz de armazenar. Talvez você não precise de um disco com
4TB (e nem esteja disposto a pagar
por essa exorbitância de espaço), mas drives com menos de 500GB são
coisa do passado.
Latency and Seek Time (Latência e Tempo de
Busca) remetem, respectivamente, ao tempo
que um prato leva para posicionar os dados solicitados sob a cabeça de leitura
e ao tempo que ela leva para começar a
ler as informações. Combinados, esses parâmetros determinam o tempo
de acesso (quanto menor for
esse tempo, melhor será o desempenho
do HD).
Observação: Para calcular a latência,
divide-se 60 pela velocidade de rotação do disco em RPM e multiplica-se o
resultado por 1000. Assim, um hipotético HD de 7.200 RPM terá uma latência de 8.33
milissegundos. Nas especificações do drive, o valor informado costuma
expressar o tempo médio de latência,
que corresponde à metade de uma rotação
do disco ─ que, no nosso exemplo, seria de 4,15 milissegundos.
O Buffer (ou cache
de disco) consiste numa
pequena quantidade de memória RAM ultraveloz destinada a
armazenar os dados acessados mais frequentemente pelo HD. Quanto maior o buffer, melhor o desempenho do drive (se possível, escolha um modelo com pelo menos 32MB).
A Transfer Rate (ou
taxa de transferência) subdivide-se
em interna, externa e sustentada. A
primeira remete à transferência de dados dos discos para as cabeças de
leitura e gravação (e
vice-versa); a segunda, à taxa máxima que a interface pode alcançar;
e a terceira ─ a que mais interessa nesse contexto ─, à velocidade com
que as informações são transferidas do drive para a placa-mãe, de modo
constante, durante um determinado intervalo de tempo, e varia de acordo com
diversos fatores (tempo de acesso, buffers, interface, etc.).

Amanhã tem mais, pessoal. Abraços e até lá.