terça-feira, 21 de julho de 2015

DICAS PARA AVALIAR UM HD

RECEBER SPAM É UMA VICISSITUDE, MAS RESPONDER AS MENSAGENS É BURRICE!

Conforme eu comentei em outras oportunidades, o HD é tido e havido como um simples repositório de dados, e escolhido apenas com base na sua capacidade. Claro que espaço nunca é demais, e como qualquer PC de fabricação recente, mesmo de entrada de linha, oferece de 500GB a 1TB, vale a regrinha do "quanto mais, melhor".

Optar por uma máquina de grife (montada por fabricantes regularmente estabelecidos, como LENOVOHPDELLPOSITIVO, etc.) limita sobremaneira as possibilidades de personalizar a configuração de hardware, mas ainda assim você deve dar uma olhada nas principais especificações do disco rígido, pois elas influenciam significativamente a performance global da máquina. Vejamos as principais:

O FORM FACTOR (ou fator de forma) define as dimensões físicas do drive. Atualmente, a maioria tem largura de 3,5 polegadas, embora alguns notebooks integrem discos menores (com apenas 2,5 polegadas) e ultrafinos.

A INTERFACE remete à controladora usada pelo drive, que deve ser suportada pela placa-mãe. Hoje em dia, o padrão mais popular é o Serial Advanced Technology Attachment ─ ou simplesmente SATA ─, que se contrapõe ao já obsoleto Parallel ATA ─ ou simplesmente PATA (para saber mais, reveja esta postagem), que se divide em SATA-300 e SATA-600 (ou SATA 3 gigabits por segundo e SATA 6 gigabits por segundo, conforme a taxa de transferência máxima teórica que eles conseguem alcançar).

Observação: De uns tempos a esta parte, os discos rígidos vêm sendo divididos em quatro categorias: Green (ecológico), Desktop, Enterprise (corporativo) e Portátil. Fuja dos modelos ecológicos e portáteis ─ que giram a uma velocidade menor para economizar energia, o que seria uma solução interessante se não impactasse negativamente o desempenho. Se possível, escolha um modelo do padrão Desktop, que custa mais barato e cujo desempenho não fica devendo nada ao Corporativo.   

A Density (ou densidade) define quantidade de dados que podem ser gravados em cada trilha dos pratos. Quanto maior ela for, melhor será o desempenho do dispositivo.

A Rotational Speed (ou velocidade de rotação) remete ao número de rotações dos pratos (que pode chegar a 15 mil RPM, dependendo do padrão, embora a velocidade média seja de 7.200 RPM, já que, acima disso, a tendência ao superaquecimento aumenta expressivamente). De modo geral, pode-se dizer que velocidade de rotação e desempenho são grandezas diretamente proporcionais.

A Capacity (ou capacidade) designa a quantidade de dados que a mídia é capaz de armazenar. Talvez você não precise de um disco com 4TB (e nem esteja disposto a pagar por essa exorbitância de espaço), mas drives com menos de 500GB são coisa do passado.

Latency and Seek Time (Latência e Tempo de Busca) remetem, respectivamente, ao tempo que um prato leva para posicionar os dados solicitados sob a cabeça de leitura e ao tempo que ela leva para começar a ler as informações. Combinados, esses parâmetros determinam o tempo de acesso (quanto menor for esse tempo, melhor será o desempenho do HD).  

ObservaçãoPara calcular a latência, divide-se 60 pela velocidade de rotação do disco em RPM e multiplica-se o resultado por 1000. Assim, um hipotético HD de 7.200 RPM terá uma latência de 8.33 milissegundos. Nas especificações do drive, o valor informado costuma expressar o tempo médio de latência, que corresponde à metade de uma rotação do disco ─ que, no nosso exemplo, seria de 4,15 milissegundos.

O Buffer (ou cache de disco) consiste numa pequena quantidade de memória RAM ultraveloz destinada a armazenar os dados acessados mais frequentemente pelo HD. Quanto maior o buffer, melhor o desempenho do drive (se possível, escolha um modelo com pelo menos 32MB).

A Transfer Rate (ou taxa de transferência) subdivide-se em internaexterna e sustentada. A primeira remete à transferência de dados dos discos para as cabeças de leitura e gravação (e vice-versa); a segunda, à taxa máxima que a interface pode alcançar; e a terceira ─ a que mais interessa nesse contexto ─, à velocidade com que as informações são transferidas do drive para a placa-mãe, de modo constante, durante um determinado intervalo de tempo, e varia de acordo com diversos fatores (tempo de acesso, buffers, interface, etc.).

Para concluir, vale lembrar que os SSDs (solid state drive) prometem por um ponto final num dos grandes gargalos de desempenho dos PCs, qual seja a baixa velocidade de transferência de dados provida pelos discos rígidos eletromecânicos. Inicialmente, os maiores entraves para a popularização dessa tecnologia eram o alto custo de produção e a limitada capacidade de armazenamento; hoje, drives de 1TB são encontrados facilmente no mercado formal, embora a preços ainda elevados ─ o SSD interno padrão SATA III, da Corsair (figura à direita), custa tanto quanto um notebook de configuração mediana, e as recentes desvalorizações do real perante o dólar agravaram ainda mais a situação. Para manter os preços dentro do orçamento, o jeito é optar por modelos híbridos, que combinam uma unidade SSD de pequena capacidade com um HD
convencional (a primeira funciona como um cache gigante, armazenando e garantindo acesso rápido a uma quantidade respeitável de arquivos utilizados frequentemente pelo drive e melhorando significativamente o desempenho global da máquina). O modelo de 1TB padrão SATA III 6 Gbps, para notebooks (figura à esquerda), custa cerca de R$500.

Amanhã tem mais, pessoal. Abraços e até lá.