quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ainda sobre os portáteis

Dando prosseguimento ao assunto da postagem anterior, suponhamos agora que Papai Noel, ciente de seus (dele) limitados conhecimentos tecnológicos, resolva lhe oferecer supedâneo financeiro para a aquisição do tão sonhado note, ao invés de presenteá-lo com o aparelho propriamente dito (menos mal). Entretanto, antes de correr para as lojas, atente para algumas considerações que evitam uma compra por impulso e suas prováveis conseqüências desagradáveis.
Antes de qualquer coisa, considere as principais tarefas que você pretende executar no portátil: se for apenas para criar textos e planilhas e navegar na Web, por exemplo, não faz sentido investir pesado num modelo de topo de linha; escolha um netbook ou um note simples (como aquele que Papai Noel certamente escolheria para você). Entretanto, quem viaja regularmente e precisa usar a máquina para substituir o desktop deve investir num modelo leve (em termos de peso), com boa autonomia (duração da bateria), mas cuja configuração e recursos não deixem a desejar na hora de utilizá-lo em hotéis, aeroportos, etc.
Definidos os aspectos referentes ao processador, tamanho do HD, quantidade de memória e disponibilidade (ou não) de um drive óptico, vale lembrar que laptops baratos costumam trazer telas de 14 polegadas (nos netbooks, o tamanho é ainda menor). Se você for fã de games e estiver acostumado com um monitor widescreen de grandes proporções, irá penar um bocado no novo ambiente de trabalho (claro que sempre existe a possibilidade de conectar um monitor convencional na hora de jogar ou rodar aplicativos que exijam mais espaço, mas enfim...).
O teclado também costuma ser um detalhe solenemente ignorado na hora da compra, e muita gente só repara em casa que seu novo computador utiliza o padrão internacional, que dificulta sobremaneira a acentuação das palavras (prefira modelos do padrão ABNT2 e fuja dos chamados “teclados econômicos”, que apresentam funcionalidades reduzidas).
Atente também para as portas disponibilizadas pelo aparelho. Se você costuma transferir fotos de sua câmera digital ou músicas para seu MP3 Player, assegure-se de que haja pelo menos duas portas USB 2.0. E se a Internet for prioridade, enquanto a tecnologia 3G não se tornar padrão nos portáteis, convém ter um modem analógico para “quebrar o galho” em situações que não exista conexão rápida disponível.
Por último, mas não menos importante, convém tomar muito cuidado em relação à garantia (se você acha que computador novo não quebra, é provável que acredite realmente em Papai Noel). Fabricantes renomados costumam oferecer uma ampla rede de assistência técnica, mas se você adquirir a máquina de um importador independente, a solução de eventuais problemas ficará restrita às oficinas credenciadas pelo lojista, mesmo que a marca tenha representação local. Nesse caso, um reparo mais complicado poderá exigir o envio do aparelho para o país de origem, e sabe lá Deus quanto tempo ele demorará a voltar.
Boas compras.