Prosseguindo no assunto iniciado no post anterior, veremos hoje mais duas soluções interessantes para quem deseja manter seu sistema protegido sem “pôr a mão no bolso”, como se costuma dizer. Aliás, a quem interessar possa, vale lembrar que nosso Blog conta com diversas postagens sobre ferramentas de segurança (pagas e gratuitas), que podem ser revisitadas com auxílio do campo PESQUISAR BLOG e dos termos-chave correspondentes.
Há tempos que a Microsoft busca “um lugar ao sol” no mercado de softwares de segurança, mas suas investidas nem de longe ameaçaram a supremacia da Symantec, McAfee e outras conceituadas empresas do ramo. Depois de disponibilizar o Live OnCare via Web (http://onecare.live.com/site/pt-br/default.htm?mkt=pt-br), a Gigante do Software resolveu oferecer uma versão do serviço no formato de suíte de segurança comercial (ou seja, um conjunto de ferramentas que o usuário precisava baixar, instalar e pagar cerca de R$120 pela licença válida por um ano). Entretanto, por motivos que eu desconheço, o produto foi descontinuado há alguns meses – e “substituído” pelo Microsoft Security Essentials (www.microsoft.com/security_essentials/), que é gratuito e compatível com as versões XP, Vista e Seven do Windows. O programa oferece proteção responsável, interface agradável e simples de usar, configurações-padrão apropriadas e avisos pop-up com informações relevantes. Nos testes da AV-Test.org, ele bloqueou malwares em 97,8% dos mais de 500 mil arquivos infectados, obteve excelentes resultados na detecção pró-ativa e foi quase perfeito na detecção e limpeza de rootkits e infecções por malware. Seu ponto fraco é a baixa velocidade de varredura, talvez decorrente da “assinatura dinâmica” (quando identifica um arquivo potencialmente malicioso e não consegue associá-lo a um malware conhecido, o Essentials recorre aos servidores da Microsoft para obter uma análise adicional). Vale lembrar que o programa ainda está em fase Beta, e que esse problema pode vir a ser corrigido na versão definitiva (a ser lançada no mês que vem).
Observação: O Windows é o sistema operacional mais utilizado em PCs de todo o mundo, e essa popularidade faz dele o alvo preferido dos hackers, crackers, criadores de pragas virtuais e distinta companhia. E a despeito de ele ser considerado por muita gente como um programa inseguro e cheio de falhas (há até quem o compare a uma “colcha de retalhos”, devido aos inúmeros remendos que a Microsoft disponibiliza para corrigir falhas e fechar brechas de segurança), vale lembrar que nenhum software é perfeito; muitos bugs e vulnerabilidades que nos atazanam a vida não têm a ver com o sistema propriamente dito, mas sim com complementos, aplicativos e outros agregados que instalamos “a posteriori”.
Por último, mas não menos importante, o AVIRA AINTIVIR PERSONAL (www.free-av.com/) obteve excelentes resultados na detecção de malwares (98,9% das pragas utilizadas no teste), limpeza de arquivos, detecção pró-ativa e velocidade – tanto nas varreduras por demanda (que você agenda ou convoca manualmente) quanto de acesso (que são realizadas automaticamente durante a execução de tarefas como cópia de arquivos, por exemplo). Por outro lado, os pop-ups que “convidam” a migrar para a versão paga são irritantes e a interface do programa está longe de ser intuitiva. O instalador exibe um prompt que permite selecionar categorias de ameaças, mas nem todas elas são óbvias (como é caso de “Tempo de Compressão Irregular”, que a ajuda online diz corresponder a “Arquivos que foram comprimidos por uma ferramenta desconhecida e suspeita”). Além disso, as telinhas de detecção oferecem muitas opções, mas poucos esclarecimentos que auxiliem o usuário a escolher a mais indicada. Assim, devido a esses aspectos pouco amigáveis, o Avira é um excelente programa gratuito de proteção contra malwares para usuários com conhecimentos técnicos ou que saibam configurar um aplicativo dessa natureza – e não se importem com a interface confusa e os aborrecidos pop-ups de anúncios.
Tenham todos um ótimo dia.