terça-feira, 26 de julho de 2011

Smartphones, celulares e que tais...

Quando a telefonia móvel deu as caras aqui pelas nossas bandas, no final do século passado, os celulares eram “tijolões” caros, desajeitados, e que mal serviam para fazer/receber chamadas por voz. Habilitá-los era o “parto da montanha” e as chamadas custavam “os olhos da cara” (de início, os usuários pagavam também pelas ligações recebidas).
Hoje o quadro é bem diferente: os aparelhos diminuíram de tamanho e preço e cresceram em recursos e funções. Ainda que nossas tarifas estejam entre as mais caras do mundo, o número de celulares habilitados já superou o das linhas fixas, e devido à concorrência entre as operadoras – que oferecem telefones por preços subsidiados e planos com bônus e outras vantagens –, tem até quem já abriu mão do telefone “de casa”.
Seja como for, a finalidade precípua de um celular é nos acompanhar a toda parte, e isso o expõe constantemente a riscos de perda, furto e danos de toda espécie. Em mais de dez anos, nunca passei pelo dissabor de ter um aparelho furtado, mas perdi um Samsung no vaso sanitário, aposentei um V3 (Motorola) após uma chuva torrencial, um Sony-Ericsson cujo display se despedaçou numa queda e um LG Touch Screen que perdeu a sensibilidade. Os demais eu troquei por conta do apelo das novidades – aliás, acho nunca mantive o mesmo telefone por mais de um ano; afinal, além de eles não serem projetados para durar eternamente, mandá-los para o conserto, em certos casos, é pagar mais caro pelo molho do que pelo peixe.
Atualmente, eu utilizo – ou subutilizo, melhor dizendo – um DEFY MOTOBLUR, com câmera de 5 MP, Bluetooth, Wi-Fi, 3G, acesso a aplicativos como Google Search, Google Maps, Facebook, Twitter e outras firulas (como a “vantagem” de concentrar mensagens de redes sociais e e-mails num único lugar). Robusto, resistente a quedas, com display à prova de riscos e conectores protegidos contra poeira e umidade, ele certamente sobreviveria ao “mergulho” do Samsung ou à chuva que afogou meu velho V3, mas como a maioria desses recursos exige conexão com a Internet – coisa que meu plano não prevê – melhor seria um modelo com suporte a dois ou mais chips, que me permitiria usar várias linhas (e aproveitar as promoções das operadoras) sem precisar andar com vários aparelhos.
Enfim, mais hora, menos hora, você terá de trocar seu telefoninho, coisa que ficou bem mais fácil com a venda de aparelhos desbloqueados e a portabilidade numérica. No entanto, a fartura de marcas e modelos tende mais a confundir do que a facilitar a vida dos consumidores: afinal, é melhor comprar um celular de topo de linha ou um smartphone – e, nesse caso, qual a plataforma e os recursos mais adequados?
Eis aí uma boa pergunta. Primeiramente, vale lembrar qualquer celular com câmera digital, MP3 Player e acesso à internet já foi considerado como smartphone, mas conforme essas funções se popularizaram, teclado alfanumérico (QUERTY), Wi-Fi e – principalmente – a capacidade de expandir funcionalidades é que passaram a caracterizar os tais “telefones inteligentes”. (Note que “expandir funcionalidades” não significa adicionar novos ringtones ou mesmo rodar aplicações online através de navegadores, mas sim contar com um sistema operacional que permita instalar e rodar os mais variados aplicativos).

ObservaçãoPor terem um sistema operacional que lhes dá a capacidade de baixar, instalar e rodar aplicativos, os smartphones são vulneráveis a pragas virtuais (vírus, trojans e malwares em geral). Para usuários do Android, além do Norton Mobile Security, da Symantec (dentre outras opções pagas), há programinhas interessantes, como o AVG Antivirus Pro, da AVG Technologies (que pode ser baixado gratuitamente do Android Market), ou o Lookout Mobile Security (também disponível no Android Market). Melhor ainda é escolher uma ferramenta que ofereça “exclusão remota” (ou seja, que permita apagar tudo o que está armazenado no smartphone com um simples comando SMS, caso o aparelho seja roubado ou perdido) e rastreamento via GPS.

Dependendo do caso, um celular de topo de linha pode ser mais vantajoso que um smartphone – que embora seja tido e havido como a “cereja do bolo” da telefonia móvel, acaba subutilizado por quem, como no meu caso, deseja apenas suprir suas necessidades de comunicação e mobilidade.
Mesmo assim, se você realmente estiver de olho num smartphone, vale conferir as dicas que serão publicadas amanhã.
Abraços e até lá.