No jargão popular, o termo “pai-coruja” define aquele que só vê virtudes no rebento, e resguardadas as devidas proporções, também se aplica a fabricantes de produtos: de automóveis a eletrodomésticos, passando por computadores, sistemas e programas, os “nossos” são sempre os melhores, não importa o que fale a concorrência. Digo isso por conta de um e-mail que recebi do Hilton (leitor que nos acompanha lá dos EUA), remetendo a uma avaliação do AV-TEST (clique aqui para conferir), que relegou o MS SECURITY ESSENTIALS ao penúltimo lugar no ranking dos programas de segurança avaliados. Aliás, o programinha tampouco se saiu bem aos olhos do Olhar Digital (se me perdoam o trocadilho), como atesta nosso amigo Victor Faria em seu Blog Papo de Informática, mas eu poderia elencar diversas matérias que o elogiam, como a publicada pelo Tecmundo, por exemplo, que fez uma avaliação parecida e considerou MSE a melhor entre as ferramentas gratuitas de segurança (clique aqui para saber mais).
Vale lembrar que a MICROSOFT “pisou nos calos” de muita gente para chegar aonde chegou, e não lhe faltam detratores – notadamente entre os defensores mais exacerbados do open source. Demais disso, o resultado desses testes costuma variar devido a diversos fatores (dentre os quais a metodologia e a amostragem de pragas). Traçando um paralelo com a versão 6 do Firefox, que recebeu aprimoramentos visando precipuamente o desempenho, testes realizados com o benchmarking Peacekeeper dão conta de que ela perde tanto para sua antecessora quanto para o IE9 e o para o Chrome. Vá entender.
Para concluir, reafirmo minha opinião sobre o Essentials, que roda de forma praticamente imperceptível, atualiza-se automaticamente e oferece proteção em tempo real contra vírus, spywares e outros tipos de softwares mal-intencionados, além de ser gratuito e compatível tanto com o XP (32-bit) quanto com o Vista e o Seven (há versões para 32 e 64-bit). Confesso que só não o mantive em uso porque já havia feito a revalidação do meu Norton 360 4.0, e dinheiro não dá em árvores.
Mesmo assim, reconheço que minha avaliação não foi além do estritamente necessário para conhecer melhor as funções e recursos do programa. Seria como num test-drive, que apenas dá uma idéia do que esperar do veículo em vista, já que só teremos elementos para formar uma opinião abalizada depois de utilizá-lo por semanas (ou meses), tanto em percursos urbanos quanto em rodovias – quando então já será tarde demais para arrependimentos.
Era isso, pessoal; um ótimo dia a todos e até a próxima.