Sem sistema
operacional e um conjunto de aplicativos, um PC é tão “útil” quanto um Viagra para um náufrago solitário numa ilha deserta. Demais disso, computadores só entendem linguagem de máquina: mesmo quando trabalhamos com textos,
figuras, músicas, vídeos, animações e comandos operacionais, eles manipulam e processam os dados na forma de zeros e uns (para
mais detalhes, clique aqui e aqui).
O sistema
binário (que é a base para a Álgebra Booleana) opera com apenas dois
algarismos (0 e 1), embora seja possível codificar
qualquer valor decimal dividindo-o sucessivamente por dois, marcando zero
quando o resultado for exato e um se sobrar resto e, ao final, lendo esses zeros
e uns de traz para diante, como se vê na figura ao lado, onde o decimal
45 resulta no binário 101101 (para saber mais,
clique aqui).
Observação: Se você tem interesse em se aprofundar nesse tema, não deixe de ler os artigos sobre Lógica
Digital e Álgebra Booleana do mestre Benito Piropo – um dos mais
respeitados colunistas de informática do Brasil –, começando por este aqui. Caso contrário, as considerações a seguir e as informações adicionais para as quais remetem os links que eu incluí no texto são suficientes para dar uma ideia elementar.
A Lógica Digital se baseia em operações onde VERDADEIRO e FALSO são os únicos valores possíveis, de modo que, para tomar decisões, o computador simplesmente gera equações lógicas e as resolve com auxílio das operações NOT, AND, OR, NAND, NOR e XOR. Para facilitar a compreensão, vou simplificar um exemplo usado por Mestre Piropo no artigo cuja leitura eu sugeri linhas atrás:
O ideal agora seria discorrer sobre transistores e a possibilidade de combiná-los para criar dispositivos capazes de emular operações lógicas e tomar decisões, mas isso exigiria começar por algumas noções básicas de eletrônica digital, o que, pelo menos neste momento, foge aos nossos propósitos e possibilidades. Dependendo do interesse dos leitores, quem sabe mais adiante a gente volte ao assunto.
Mudando de pato para ganso, não sei se a presidente (ou presidenta) Dilma sancionou a lei que reserva uma de cada duas vagas nas universidades federais para alunos egressos das escolas públicas, negros, índios e pardos. Eu, particularmente, espero que não, já que isso não só conflita com os princípios da meritocracia como mascara a péssima qualidade do ensino provido pelo governo. Resguardadas as devidas proporções, essa política remete ao velho MOBRAL, que, no auge da ditadura militar, “alfabetizou” milhões de brasileiros ensinando-os a assinar o nome, com o intuito puro e simples de manipular as estatísticas.
Para variar, viva o povo brasileiro!
Tenham todos um ótimo dia.