PANETONES – EVITE OS MICOS
Os críticos de gastronomia de VEJA SÃO PAULO provaram dez
panetones com frutas cristalizadas e dez chocotones com preço de até 20 reais. As marcas Casa Suíça,
Cacau Show e Nestlé foram as que melhor se posicionaram no ranking dos panetones, tanto pela umidade da massa,
quanto pelas frutas macias, textura elástica e sabor agradável. Já os festejados
Bauducco e Visconti desagradaram; o primeiro pela massa muito seca e sabor
levemente cítrico, e o segundo, pela massa compacta e casca farinhenta. Se
possível, evite os panetones das marcas Qualitá,
Village, Pullman, Triunfo e Arcor.
Quanto aos chocotones,
prefira os da Nestlé, Casa Suíça e Triunfo, que encabeçara a lista dos aprovados, tanto pela massa
macia quanto pelo recheio de chocolate na medida certa.
Para ler a íntegra da matéria, clique aqui.
Para aquela sua tia perua, que tal uma Máquina Fotográfica
Lomography com corrente dourada? Você irá encontrá-la na Japonique (11 3034-0253).
Para este humilde blogueiro, um Ray Ban Sunglass Hut está de bom tamanho para integrar a coleção (custa só R$ 400; quem se habilita?). Na mesma loja.
Para o sogrão, que não abre mão de uma redonda, o Cortador de Pizza da da Kitchenaid causa uma boa impressão (embora custe R$ 109.99 (11 3081-6105).
Com exceção deste que vos escreve e de mais meia dúzia que
eu conheço, o resto dos brasileiros adora futebol, não é mesmo? Então, se você quer ser uma pessoa bem informada, assine VEJA e ganhe a BRAZUCA (bola oficial da COPA DO MUNDO DA FIFA). Se você já é assinante, presenteie um parente ou amigo com uma assinatura da revista e ganhe a bola assim mesmo. Basta clicar aqui e seguir
as instruções. (Não, eu não ganhei uma bola ou uma assinatura por essa dica quase publicitária).
Para aquele seu cunhado bobão, que ainda vê o Mensalão como uma farsa e a prisão dos mensaleiros como uma afronta à democracia, nada melhor do que uma foto do Chefe (não sei onde se vende esse troço, e, se soubesse, não diria). Talvez dê para economizar alguns trocados juntando uma foto da Presidenta... se achar caro - afinal, tudo é possível - tente a Mônica (do Maurício de Souza).
Aliás, se você conhece alguém que tenha olhos sadios e alguma massa cinzenta entre os
escutadores de novela, mas sobe nas tamancas sempre que o PT e o Lulopetismo são suscitados
e não elogiados, uma excelente sugestão de Natal é o livro DÉCADA PERDIDA – DEZ ANOS DO PT NO PODER, do historiador Marco
Antonio Villa (Record; 280 páginas, R$ 45).
No excelente artigo A AUTÓPSIA DA FRAUDE, publicado na
seção LIVROS de VEJA #2349 (27/11/13), o jornalista Augusto Nunes nos brinda com a resenha que transcrevo a seguir (os
grifos são meus):
É muito milagre para pouco verso,
constatam os brasileiros sensatos depois de confrontados com a letra do
samba-enredo que canta as façanhas fabricadas pelo governo do PT entre janeiro
de 2003 e dezembro de 2012. Escalado pela Divina Providência para dar um jeito
na herança maldita de FHC, Lula só precisou de oito anos para fazer o que não
fora feito em 500 — e repassar a Dilma Rousseff uma Pasárgada materializada por
Oscar Niemeyer. E a sucessora só precisou de meio mandato para passar a
presidir uma Noruega com praia, sol de sobra. Carnaval e futebol pentacampeão.
O único problema é que até agora, nenhum habitante do país real conseguiu
enxergar esse prodígio político-administrativo. Nem vai conseguir, avisa a
leitura de Década Perdida — Dez Anos de PT no Poder (Record: 280 páginas: 45
reais), do historiador Marco Antonio Villa. O Brasil Maravilha registrado em
cartório nunca existiu fora da imaginação dos pais, parteiros e tutores do
embuste mais longevo da era republicana.
Para desmontar a tapeação, bastou a
Villa exumar verdades reiteradamente assassinadas desde o discurso de posse do
produtor, diretor, roteirista e principal personagem da ópera dos farsantes.
"Diante das ameaças à soberania nacional, da precariedade avassaladora da
segurança pública, do desrespeito aos mais velhos e do desalento dos mais
jovens; diante do impasse econômico, social e moral do país, a sociedade
brasileira escolheu mudar e começou, ela mesma, a promover a mudança
necessária", descobriu Luiz Inácio Lula da Silva no dia em que substituiu
Fernando Henrique Cardoso. "Foi para isso que o povo brasileiro me elegeu
presidente da República." A aparição do Homem Providencial na terra
devastada, sem rumo e órfã de estadistas abriu o cortejo de bazófias, bravatas
e invencionices que, para perplexidade dos que veem as coisas como as coisas
são, parece ainda longe do fim.
Nunca antes neste país tanta gente
foi iludida por tanto tempo,
comprova a didática reconstituição conduzida por Villa. Nunca se mentiu tão
descaradamente sem que um único e escasso político oposicionista se animasse a
denunciar sem rodeios nem eufemismos a nudez obscena do reizinho. O
Evangelho segundo São Lula enfileira pelo menos um assombro por ano. Já no
primeiro, o salvador da pátria em perigo conferiu a todos os viventes aqui
nascidos ou naturalizados o direito de comer três vezes por dia. E a fome
acabou. No segundo, com a reinvenção do Bolsa Família, estatizou a esmola. E a
pobreza acabou. Não pôde fazer muito em 2005 porque teve de concentrar-se na
missão de ensinar a milhões de eleitores que o mensalão nunca existiu — e
livrar os companheiros gatunos do embarque no camburão que só chegaria em 2013.
Indultado liminarmente pela
oposição e poupado pela Justiça, o camelô de si mesmo atravessou os anos
seguintes tentando esgotar o estoque de proezas fictícias. Festejou o advento da
autossuficiência na produção de petróleo, rebaixou a marolinha o tsunami
econômico, proibiu a crise americana de dar as caras por aqui, condenou a seca
do Nordeste a morrer afogada nas águas transpostas do Rio São Francisco, criou
um sistema de saúde perto da perfeição e inaugurou mais universidades que todos
os doutores que o precederam no cargo, fora o resto. E sem contar o que
andou fazendo depois de nomear-se conselheiro do mundo. Dilma teve de
conformar-se com o pouco que faltava. Fantasiou de "concessão" a
privatização dos aeroportos, por exemplo. Por falta de fregueses, criou o
leilão de um lance só para desencalhar o pré-sal. Acrescentou alguns metros à
Ferrovia do Sarney. Obrigada a cuidar da inflação em alta e do PIB em baixa,
deixou para depois o trem-bala mais lento do mundo.
Haja
vigarice, gritam os fatos e estatísticas que Villa escancara numa narrativa linear,
irrefutável e contundente. O crescimento econômico do governo Dilma só
não perde em raquitismo para os de Floriano Peixoto e Fernando Collor.
"O partido aparelhou o Estado", adverte. "Não só pelos seus 23
000 cargos de nomeação direta. Transformou as empresas e bancos estatais, e
seus poderosos fundos de pensão, em instrumentos para o PT e sua ampla
clientela. Estabeleceu uma rede de controle e privilégios nunca vista na nossa
história. Em um país invertebrado, o partido desmantelou o que havia de
organizado através de cooptação estatal. Foram distribuídos milhões de reais a sindicatos,
associações, ONGs, intelectuais, jornalistas chapa-branca criando assim uma
rede de proteção aos desmandos do governo: são os tontons macoutes do lulopetismo os que estão sempre prontos para a
ação." O Brasil perdeu outra década. O PT ficou no lucro. E Lula ganhou mais
do que todos.
O "poste" Haddad não conseguiu recuperar nenhum ponto da popularidade perdida nos protestos de junho (seu índice de aprovação é semelhante ao que Pitta e Kassab registraram no primeiro ano de suas respectivas gestões), mas ele deve investir R$ 90 milhões para reverter esse quadro. Alckmin enfrenta dificuldades para segurar a marimba, ao passo que Lula e Dilma continuam por cima da cocada preta - não na Região Sudeste, mas enfim...
Durma-se com um barulho desses, mas não sem antes ouvir isso: