A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Lula e a ex-primeira dama Marisa Letícia no inquérito da Operação Lava-Jato que investiga a
reforma do tríplex no Condomínio Solaris,
no Guarujá, cuja propriedade o
petralha insiste em negar.
Falando em Gordilho, no depoimento prestado coercitivamente à PF em março deste ano, Lula afirmou não conhecer o dito-cujo, mas aparece bebericando com ele no bar do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia ― ao qual Gordilho se refere como “a fazenda de Lula”, e que, em mensagens de texto colhidas pelos investigadores no seu celular, comenta com filha (a quem recomenda sigilo absoluto) sobre a cozinha do sítio e um vazamento no lago, além de mencionar um encontro com a ex-primeira dama para discutir detalhes da obra de contenção.
Observação: Ainda segundo a revista, arquivos apreendidos em um disco rígido na sede da Bancoop trazem à tona novos segredos da Famiglia Lula: até agora, promotores e procuradores sabiam apenas do tríplex no Guarujá, mas um relatório da Bancoop de 13 de janeiro de 2015 dá conta da existência de outro imóvel, em nome de Lula e ligado ao número de matricula 7.334 (clique aqui para mais detalhes).
Além do casal, foram indiciados também Léo Pinheiro, ex-presidente da
construtora OAS, Paulo Gordilho, diretor da empreiteira, e Paulo
Okamoto, presidente do Instituto Lula.
Falando em Gordilho, no depoimento prestado coercitivamente à PF em março deste ano, Lula afirmou não conhecer o dito-cujo, mas aparece bebericando com ele no bar do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia ― ao qual Gordilho se refere como “a fazenda de Lula”, e que, em mensagens de texto colhidas pelos investigadores no seu celular, comenta com filha (a quem recomenda sigilo absoluto) sobre a cozinha do sítio e um vazamento no lago, além de mencionar um encontro com a ex-primeira dama para discutir detalhes da obra de contenção.
Dentre outras
falcatruas, Lula é investigado por tentativa de obstrução da Justiça no
inquérito que apura o esquema para silenciar o ex-diretor do Petrobrás Nestor
Cerveró ― que, aliás, resultou na prisão do ex-senador petista Delcídio
do Amaral. Fazem parte das investigações as interceptações telefônicas que
trouxeram a público a maracutaia arquitetada pelo petista e a então
presidente Dilma, que o nomeou a toque de caixa ministro da Casa
Civil para livrá-lo das investigações da Lava-Jato.
O petralha é suspeito também traficar influência ― em setembro do ano passado, a revista Época trouxe a conhecimento público a existência de emails que poderiam comprovar lobby em favor da Odebrecht ―, sem mencionar que pessoas da família serem igualmente investigadas ― caso do sobrinho Taiguara Santos (na Operação Janus), por ter se beneficiado das negociatas e favorecimentos de Lula à construtora OAS, e dos filhos Lulinha e Luiz Cláudio (mais detalhes nesta postagem). Vale lembrar também que, segundo os delatores Pedro Corrêa e Alberto Youssef, o petrolão foi criado por Lula e planejado em reuniões dentro do Palácio do Planalto, com pleno conhecimento tanto do “chefe” quanto de Dilma, e que próprio Janot já afirmou com todas as letras que “a quadrilha jamais poderia ter atuado por tanto tempo sem conhecimento e atuação de Lula” (na denúncia, também é apontada a participação do petralha em ações para prejudicar a CPI da Petrobras as investigações da Lava-Jato).
O petralha é suspeito também traficar influência ― em setembro do ano passado, a revista Época trouxe a conhecimento público a existência de emails que poderiam comprovar lobby em favor da Odebrecht ―, sem mencionar que pessoas da família serem igualmente investigadas ― caso do sobrinho Taiguara Santos (na Operação Janus), por ter se beneficiado das negociatas e favorecimentos de Lula à construtora OAS, e dos filhos Lulinha e Luiz Cláudio (mais detalhes nesta postagem). Vale lembrar também que, segundo os delatores Pedro Corrêa e Alberto Youssef, o petrolão foi criado por Lula e planejado em reuniões dentro do Palácio do Planalto, com pleno conhecimento tanto do “chefe” quanto de Dilma, e que próprio Janot já afirmou com todas as letras que “a quadrilha jamais poderia ter atuado por tanto tempo sem conhecimento e atuação de Lula” (na denúncia, também é apontada a participação do petralha em ações para prejudicar a CPI da Petrobras as investigações da Lava-Jato).
Na Operação Acarajé
― 23ª fase da Lava-Jato ―, o Instituto Lula figura como
suposto receptor de R$12,4 milhões da Odebrecht. A
prova está em planilhas colhidas pela Operação Zelotes, na
qual Lula passou a ser oficialmente investigado por venda de
medidas provisórias. Agentes da PF e fiscais da Receita
Federal suspeitam que funcionários do LILS esconderam
ou destruíram um grande número de documentos que serviram de prova contra “o
chefe”, e estranham o fato de as cinco
principais empresas contratantes de palestras do ex-presidente serem as mesmas
que fizeram grandes doações ao LILS. O MPF suspeita ainda
de que pagamentos feitos a Lula possam configurar
enriquecimento ilícito, da mesma forma que remunerações sem nexo de causa e
efeito feitas pelo Instituto a empresas dos pimpolhos Lulinha e Luiz
Cláudio.
Como se tudo isso já
não bastasse, a edição da revista IstoÉ que chegou ontem às bancas dá conta de que Lula, além do enrolado tríplex do Guarujá, tem outro apartamento em São Paulo, que está na mira de nova investigação da Lava-Jato.
Procurado, o Instituto Lula não comentou os questionamentos sobre a
matrícula em nome do ex-presidente, mas os investigadores suspeitam de que o
petista tenha sido privilegiado pela Bancoop ― cooperativa ligada ao
Sindicato do Bancários, que lesou sete mil famílias e transferiu empreendimentos
para a OAS, dentre os quais o do Edifício Solaris, onde fica o
tríplex que o petralha insiste pateticamente em dizer que não é seu (nem de madame, cujo nome está mais indelevelmente associado ao imóvel).
Observação: Ainda segundo a revista, arquivos apreendidos em um disco rígido na sede da Bancoop trazem à tona novos segredos da Famiglia Lula: até agora, promotores e procuradores sabiam apenas do tríplex no Guarujá, mas um relatório da Bancoop de 13 de janeiro de 2015 dá conta da existência de outro imóvel, em nome de Lula e ligado ao número de matricula 7.334 (clique aqui para mais detalhes).
Pelo jeito, há algo
de muito podre no reino da petelândia ― coisa que todo mundo já sabia, mas
agora, ao que parece, as autoridades (finalmente) perceberam. Aleluia!
(Com informações dos
jornais Folha e Estado, das revistas Veja, Época,
IstoÉ, e dos sites http://reaconaria.org/reacablog/ e http://aluizioamorim.blogspot.com.br/).
Dito isso, segue um breve resumo do julgamento do impeachment:
Depois de uma sexta-feira conturbada, o plenário do Senado retomou os trabalhos na manhã de ontem e ouviu o depoimento das últimas testemunhas arroladas no processo de impeachment de Dilma. Na próxima etapa, que deve ter início amanhã (29), a ré ― que virá acompanhada de um cortejo (ou corja) formado por Lula, ex-ministros, presidentes de partidos aliados e auxiliares ― terá 30 minutos para depor em defesa própria e, na sequência, deverá responder a perguntas formuladas pela acusação, pela defesa e por senadores.
Dito isso, segue um breve resumo do julgamento do impeachment:
Depois de uma sexta-feira conturbada, o plenário do Senado retomou os trabalhos na manhã de ontem e ouviu o depoimento das últimas testemunhas arroladas no processo de impeachment de Dilma. Na próxima etapa, que deve ter início amanhã (29), a ré ― que virá acompanhada de um cortejo (ou corja) formado por Lula, ex-ministros, presidentes de partidos aliados e auxiliares ― terá 30 minutos para depor em defesa própria e, na sequência, deverá responder a perguntas formuladas pela acusação, pela defesa e por senadores.
Na sessão de sexta-feira,
que foi marcada pelo aumento no tom das discussões, o próprio presidente do Senado desceu ao
plenário para criticar fala de Gleisi Hoffmann, segundo a qual metade da Casa não tinha moral para julgar
Dilma. Renan, que
até então evitava se posicionar sobre o resultado do processo e ainda não
anunciou se votará no julgamento final, previsto para terça, afirmou que vai
ajudar Temer como ajudou Dilma. Questionado sobre a mudança de
postura, já que a fala poderia ser interpretada como se o impeachment já estivesse
consumado, ele disse que mantém um "carinho enorme" pela afastada, e
que não pretendia antecipar resultados. Nos últimos dias, sempre que
questionado sobre como votaria no processo, Renan desconversou, afirmando que, como presidente do Senado, agirá
com "isenção" e "equilíbrio", e não antecipou se ― e como ―
votará no julgamento final, na próxima terça-feira. Para alguns analistas, a
mudança de postura de Renan ocorre
em um momento de aproximação com o presidente em exercício, com quem, aliás, ele
deve viajar à China na próxima semana.
Enfim, depois de mais
de 12 horas de depoimentos, encerrou-se a fase de oitiva de testemunhas de
defesa e acusação ― que dificilmente mudaria o voto dos senadores (a não ser de
uns poucos indecisos, e olhe lá, já que, a esta altura, a maioria dos
parlamentares já fechou questão a propósito). Hoje, defensores do impeachment se reúnem no
Senado para traçar estratégias sobre os questionamentos que farão a Dilma
e os próximos passos do processo. Aliados da afastada também terão reuniões com
a dita-cuja, mas no Palácio do Alvorada, para se preparar para a sessão de
amanhã.