Depois de algumas idas e vindas, o ex-ministro petista da
Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci
resolveu negociar um acordo de colaboração com Justiça ― e já comunicou sua
decisão a José Roberto Batochio,
que o vinha defendendo desde sua prisão e que desaprova acordos de delação
(talvez porque não seja ele quem está preso).
O “pentito” ―
termo que originalmente designa delatores da Máfia ― está detido na
carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi
deflagrada a Omertà ― 35ª fase da
Operação Lava-Jato. As negociações serão conduzidas pelo Escritório Bretas Advogados, que Palocci havia contratado no final de abril e dispensado uma semana
depois, supostamente motivado pela soltura de Dirceu pelo trio calafrio
do Supremo.
Batochio ― que
também integra a estrelada equipe de defensores de Lula ― protocolou na tarde de ontem (sexta, 12) a renúncia à defesa
de Palocci. Na petição
encaminhada ao juiz Moro, a alegação
é de que sua equipe deixa o patrocínio da causa devido à mudança de orientação da defesa técnica por parte do
constituinte.
Em seu depoimento na 13ª Vara Federal de Curitiba, Palocci disse a Moro que tem informações sobre datas, nomes, números de contas e
que tais que dariam pelo menos mais um ano de trabalho para os procuradores do
MPF. Sua delação deixa a situação capo di
tutti i capi ainda mais nebulosa (para não dizer desesperadora).
Enfim, Lula disse
que já estava mesmo disposto a se mudar para Curitiba...
Com informações de VEJA.com