sexta-feira, 25 de agosto de 2017

COMO DESCOBRIR SE O PC ESTÁ INFECTADO POR SPYWARE ― 2ª PARTE

SE NON È VERO, È BEN TROVATO.

Como eu disse no post anterior, o spyware infecta o computador da vítima (por computador, entenda-se qualquer dispositivo controlado por um sistema operacional e capaz de acessar a internet, como tablets, smartphones, etc.) de diversas maneiras, mas a popularização da banda-larga e das redes Wi-Fi faz da internet a “ferramenta” mais explorada pelos cibercriminosos, embora a possibilidade de ser infectado ao espetar um pendrive numa máquina pública (como a da escola ou de lanhouses, por exemplo) e depois conectar o dispositivo de memória em seu próprio computador não deva ser descartada.

O email se tornou um instrumento valioso para os cibercriminosos quando adquiriu a capacidade de transportar qualquer tipo de arquivo digital, de fotos a clipes de vídeo, de faixas musicais a apresentações em PowerPoint. Arquivos anexados a emails e hyperlinks clicáveis inseridos no corpo de texto das mensagens são largamente utilizados na disseminação de spyware, e como os softwares de segurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.) nem sempre dão conta do recado é fundamental seguir as dicas sugeridas na sequência de postagens que eu publiquei dias atrás sobre golpes online.

Mas nem só do correio eletrônico vive o spyware. Os rogueware ― falsos antivírus que se oferecem para verificar a saúde do sistema do internauta ― são um exemplo clássico de spyware, mas existem modalidades que são instaladas à revelia do usuário. Quando esses programinhas espiões são criados por governos e agências de segurança ― como os que a NSA usa para espionar os cidadãos ―, eles são chamados de govware.

Observação: Os programas espiões visam capturar informação sem que a vítima saiba, e por isso tentam passar despercebidos. Uma técnica bastante comum é o spyware vir disfarçado como um aplicativo legítimo ― um freeware que o internauta baixa da Web ― ou como adendo de um aplicativo legítimo, instalando-se sub-repticiamente com o software que o transporta. Uma vez no sistema-alvo, ele pode gravar tudo o que é digitado no teclado (keyloggers), tirar fotos ou filmar a atividade de internauta com a webcam do PC, fazer capturas de tela da Área de Trabalho, gravar sons através do microfone, permitir a visualização remota da tela da vítima ou mesmo o controle total do computador.

Naturalmente, todas essas operações requerem uma conexão ativa com a internet, razão pela qual você é possível se precaver contra o spyware simplesmente mantendo offline o computador, smartphone ou tablet, mas, convenhamos, isso seria o mesmo que ter uma poderosa motocicleta e pilotá-la apenas no quintal de casa.

O resto fica para a próxima postagem. Até lá.