Como vimos no post de terça-feira, a senadora Gleisi Hoffmann não tarda a ser julgada por crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro. Mas a coisa não para por aí: ela é alvo de 10 ações no STF, sendo 7 criminais e 3
indenizatórias, e, segundo Veja
publicou na edição impressa desta semana, acusada em três investigações de
receber R$ 23 milhões em propina.
Depoimentos colhidos pela PGR no caso do chamado “Quadrilhão
do PT” revelam que o dinheiro desviado dos cofres públicos não se limitou a
financiar as campanhas eleitorais de “narizinho”. Despesas com combustível,
contas de luz, condomínio, telefone, salário de motorista particular e até
brinquedos para seus filhos, tudo era pago com recursos de uma conta-propina
abastecida com dinheiro do contribuinte.
Observação: Gleisi é admiradora confessa do tiranete Nicolás
Maduro, que vem destruindo
alegremente a economia da Venezuela. Para ela, parece não fazer a menor
diferença que o peso médio dos venezuelanos tenha caído 11 quilos no ano
passado, e que 87% da população vive atualmente na pobreza, de acordo com um
novo estudo sobre as condições de vida e o impacto da escassez de alimentos no
país. Para saber mais, siga este link.
A PF já havia
descoberto que Paulo Bernardo,
marido da senadora e ex-ministro do
Planejamento no governo Lula, havia
planejado a vida financeira da família: a Consist
― empresa que administrava a lista de funcionários públicos, aposentados e
pensionistas que recorriam a empréstimos consignados ― superfaturava a taxa de
administração das operações e direcionava parte do excedente para os cofres do PT e outra parte para figurões da ORCRIM, dentre os quais o “casal 20”, que
usava o escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves ― chefe
do advogado e ora delator Marcelo Maran ― para receber sua
parte do butim. Mas a maior fonte de renda da petista era seu prestígio
político e sua influência no PT, que lhe renderam, além das
propinas da Consist e da Petrobras, algo em torno
de R$ 5 milhões da Odebrecht e R$ 10
milhões da JBS.
Gleisi já era ré da Lava-Jato no STF quando,
com o apoio de Lula, foi alçada à presidência nacional do PT, em
junho do ano passado (como eu disse, nada melhor que um criminoso para chefiar
uma quadrilha). A ideia era de que, com ela no comando, o partido se abraçaria
a Lula, e vice-versa.
Eleita com mais de 3 milhões de votos em 2010, Gleisi aparecia em 8º lugar no último
levantamento realizado pelo Instituto Paraná de Pesquisas em
dezembro de 2017. Com a condenação de Lula no TRF-4,
suas chances de se reeleger despencaram, mas, de olho no foro privilegiado,
ela deve concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, já que para se eleger deputada
não são precisos mais do que 100 mil votos. Se o downgrade não
contribui para seu projeto de concorrer ao governo do Paraná, ao menos a livra
da pena implacável do juiz Sérgio Moro pelos próximos 4 anos,
o que já não é pouco.
Quis o destino, porém, que o processo contra o casal de
petralhas aterrissasse na mesa do decano Celso de Mello,
revisor das ações da Lava-Jato na 2ª Turma do
STF. Assim que o ministro concluir seu voto, a data do julgamento será
anunciada. Com isso, é provável que a loirinha e seu amado líder venham a
tomar banho de sol juntos, no Complexo Médico-Penal de Pinhais,
desfrutando da agradável companhia de Eduardo Cunha, João
Vaccari, Sérgio Cabral, Antonio Palocci e
outros figurões da política tupiniquim.
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