A
revista digital Crusoé detalhou como Lula comanda o PT de
dentro da prisão e manipula a sucessão presidencial com a ajuda de comparsas, cujo
registro na OAB lhes garante acesso
irrestrito à carceragem da PF e permite que atuem como como moleques de
recado do petralha. Foi através desses esbirros que Lula isolou Ciro Gomes e
articulou com o PCdoB o ingresso de Manoela d’Ávila como “trice” na inusitada
chapa tríplex petista, apenas para
citar os exemplos mais notórios.
Lula transformou sua
cela num verdadeiro comitê de campanha. Prova disso é que a Lava-Jato, em manifestação à Justiça Federal de Curitiba, reclamou do
acesso irrestrito de Gleisi Hoffmann
e Fernando Haddad ao criminoso.
“Parece
haver, em realidade, uma aparente tentativa de ludibriar as regras fixadas para
visitação do encarcerado, possibilitando assim a visita em qualquer dia, desde
que o visitante seja advogado”, disseram os procuradores. E mais: “As
visitas não têm por objetivo a defesa judicial do apenado, senão a de
possibilitar, por parte de Luiz Inácio Lula da Silva, a condução e a
intervenção no processo eleitoral de quem materialmente está inelegível,
transformando o local onde cumpre pena — a sede da Polícia Federal — em seu
comitê de campanha”.
O PT registrou
a candidatura do molusco minutos antes do deadline (19h00 da
última quarta-feira). Para o partido, minuto poupado é minuto ganho, já que a
estratégia é manter o comandante da ORCRIM como cabeça da chapa até o último
instante e, se possível, impedir a substituição de seu nome e foto nas urnas
funerárias — ops, urnas eletrônicas — pelos de Fernando Haddad ou de
outro poste qualquer (vale lembrar
que o prazo para troca de candidatos termina em 17 de setembro).
Desde a noite da última quarta-feira, pelo menos 7 pedidos
de impugnação
foram protocolados no TSE contra a
candidatura do petralha. No dia seguinte, a ministra Rosa Weber,
atual presidente da Corte, manteve Luís Roberto Barroso na
relatoria dos processos (como os questionamentos foram distribuídos por sorteio
para Barroso e Admar Gonzaga, a defesa de Lula
pediu ao tribunal para definir o relator).
Lula está
inelegível, e a rejeição de sua candidatura são favas contatas — a questão não é
“se”, mas sim “quando” o tribunal dará a decisão final (o prazo para a
apresentação de pedidos de impugnação termina no próximo dia 22, e o tribunal
tem até o dia 17 do mês que vem para rejeitar candidaturas que não preenchem os
requisitos de admissibilidade). Mas o PT
e a defesa do molusco vão continuar tumultuando o processo enquanto puderem.
Vejam que, provocado por essa caterva, o Comitê
de Direitos Humanos da ONU emitiu um comunicado “solicitando ao Brasil que tome as medidas necessários para que o
candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Luiz Inácio Lula da Silva,
preso e condenado na Operação Lava-Jato, possa desfrutar e exercer seus
direitos políticos enquanto estiver na prisão” — o que faz tanta diferença
quanto um peido num furacão, já que se trata apenas de uma recomendação e o
Estado brasileiro não tem obrigação de cumpri-la.
O fato é que Lula
sempre gozou de regalias “em respeito ao cargo que exerceu”. Resta saber que
respeito merece alguém que desonrou o cargo, entrando para história como o
primeiro ex-presidente desta Banânia preso por crime comum.
O juiz Sérgio Moro,
ao expedir o mandado de prisão, deu ao petralha a opção de se entregar voluntariamente.
Em vez disso, Lula armou um espetáculo
midiático fenomenal, exilando-se no Sindicato
dos Metalúrgicos de SBC e se entregando um dia depois que o prazo
concedido terminara. Também lhe foi designada uma sala especial na sede
da PF em Curitiba, com chuveiro
quente, TV de plasma, aparelho de som, esteira ergométrica e outras mordomias,
mas, como todo bom petista, ele pega o braço todo quando alguém lhe estende a mão.
Para os procuradores da Lava-Jato
“o fato de ser executada pena restritiva
de liberdade em estabelecimento especial não significa que ao apenado seja
permitido receber a visita de tantas pessoas, em qualquer dia, como vem
ocorrendo”.
Desde sua prisão, em 7 de abril, a “alma viva mais honesta do
Brasil” vem recebendo dia sim, outro também, visitas da senadora Gleisi Hoffmann, de amigos, correligionários,
familiares e advogados encarregados de sua defesa. O MPF adverte que “a juntada
de instrumento de mandato aos autos é para o exercício da defesa nos autos
judiciais da execução penal e não para o exercício de atividade política, como
aparenta”. “A prerrogativa do
Advogado permite o exercício legítimo do mandato conferido pela parte, não o
abuso ou a visita para fins políticos. Parece haver, em realidade, uma aparente
tentativa de ludibriar as regras fixadas para visitação do encarcerado,
possibilitando assim a visita em qualquer dia, desde que o visitante seja
advogado”.
Observação: A presidente do PT, que virou a principal porta voz de Lula para ditar as coordenadas ao partido e aliados nas negociações
eleitorais desde que foi qualificada como integrante da defesa, está licenciada
da OAB, e ainda que assim não fosse,
ela não poderia integrar a banca de defesa de Lula, já que o artigo 30 do
Estatuto da Advocacia proíbe a membro do Poder Legislativo advogar contra
empresa pública — e a Petrobras é
assistente de acusação do MPF no
caso do triplex.
Os procuradores da Lava-Jato dizem ainda haver elementos de que “uma
série de condutas, praticadas por Lula, pessoalmente ou por meio de seus
defensores constituídos, aparentemente não estão em consonância com os limites
impostos pela lei de execução penal e pelas regras ditadas pelo juízo (...) atos
esses que tangenciam a prática de falta disciplinar imputável ao custodiado e
que, em condições outras, poderiam redundar em imposição de sanção disciplinar”.
Para concluir: Segundo Augusto Nunes, tanto Lula quanto Marcola comandam organizações criminosas e estão presos por tratarem o código penal a socos e pontapés. A diferença é que o chefão do PCC não esconde a condição de bandido, enquanto o dono do PT se disfarça de candidato a presidente. Lula quer sair da cadeia para cuidar em liberdade da campanha eleitoral. Marcola poderia reivindicar o mesmo privilégio se tivesse resolvido disputar o governo de São Paulo. Com o apoio da coligação PT-PCC, ele estaria bem melhor nas pesquisas que Luiz Marinho, escalado por Lula para perder a eleição de outubro.
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