DEVEMOS JULGAR
UM HOMEM MAIS POR SUAS PERGUNTAS DO QUE POR SUAS RESPOSTAS.
Muita gente não
sabe — ou já nem se lembra — que até meados dos anos 1970 as ligações
interurbanas tinham de ser pedidas à telefonista e demoravam horas para ser
completadas. Ou que até a privatização do famigerado Sistema Telebras, no finalzinho do século XX, ter um telefone fixo exigia
aderir a “Plano de Expansão” e
esperar meses (ou anos) pela instalação da linha, ou então recorrer ao mercado
paralelo, onde uma linha chegava a custar tanto quanto um carro popular.
Observação: Para ilustrar o que eu estou dizendo, na cidade marajoara de Cachoeira do Arari, no Pará, dez munícipes que aderiram ao plano de expansão da Telepará esperaram 15 anos pela ligação da linha, e alguns nem tiveram o gostinho de fazer uma ligação, pois faleceram muito antes de a empresa cumprir sua parte no contrato.
Depois da “virada”
do século, a saudável concorrência entre as operadoras barateou a telefonia
celular e reduziu expressivamente o interesse dos usuários por linhas fixas.
Hoje em dia, a não ser em regiões inóspitas, um telefone residencial é
instalado um ou dois dias depois da solicitação, e paga-se somente pelo serviço
utilizado (na pior das hipóteses, uma pequena taxa de instalação é cobrada na
primeira conta). Além disso, as ligações interurbanas e internacionais são completadas
com a mesma facilidade e qualidade das chamadas locais, e a tarifa já não
assusta — ou assusta bem menos do que até alguns anos atrás.
Para atrair novos clientes
e fidelizar os já conquistados, as operadoras vêm oferecendo uma vasta gama de
promoções, incluindo pacotes de dados de internet, já que os celulares foram
promovidos a smartphones em meados da década passada, quando se tornaram verdadeiros
computadores de bolso. No entanto, aproveitar algumas dessas vantagens — como ligações gratuitas ou com preços
diferenciados entre números da mesma rede — obrigava muita gente a andar com
dois ou mais aparelhos celulares ou a adquirir modelos com suporte a dois ou
mais SD-Cards.
Com um “chip” da Claro e outro da Vivo no mesmo aparelho, por exemplo, você fala de graça (ou a
preços bem mais em conta) com telefones da mesma operadora, mas a portabilidade
numérica dificultou a vida dos usuários, já que não é mais possível saber a
qual operadora determinada linha pertence a partir do respectivo prefixo.
É certo que de uns tempos para cá as
principais operadoras passaram a cobrar um valor fixo por chamada,
independentemente do tempo de ligação — isso quando não oferecem ligações
ilimitadas para números de qualquer operadora, tanto de telefones fixas quanto
móveis. Assim, identificar qual a operadora do destinatário antes de fazer a ligação tornou-se
uma questão de somenos, mas é bom saber que é possível descobrir isso
facilmente a partir do site https://www.qualoperadora.net/.
Por último, mas
não menos importante, tenha em mente que ligações para outros municípios
(códigos de área diferentes do seu) costumam ser tarifadas como chamadas locais,
mas desde que você utilize o código
de longa distância indicado pela sua operadora. Então, anote aí: se sua
linha for da Vivo/Telefônica, use o código
15; se for da CTBC/Algar, use o 12; se for da TIM, use o 45; se for da Claro/NET/Embratel,
use o 21; se for da Oi, use o 31 (ou 14, se você
estiver no sul do país); se for da Nextel,
use o 99, e se for da Sercomtel, o 43.
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