segunda-feira, 8 de outubro de 2018

SMARTPHONE — O VERDADEIRO MICROCOMPUTADOR


O ESTADO DE PAIXÃO É MONOGÂMICO POR NATUREZA. DEPOIS, FICA DIFÍCIL CONTENTAR-SE COM A MESMA PESSOA DURANTE ANOS A FIO.

Embora o Windows seja o sistema operacional mais bem-sucedido da história da computação pessoal — só o Ten contabiliza 700 milhões de usuários —, as pessoas vêm preferindo cada vez mais navegar na Web, gerenciar emails e acessar redes sociais a partir de seus smartphones, relegando o PC convencional para outras atividades (geralmente de trabalho).

Inicialmente chamados de “celulares”, os telefones móveis desembarcaram no Brasil no final do século passado, mas só se popularizaram depois que encolher de tamanho, crescer em recursos e se tornar “inteligentes” (daí o smart). Segundo dados da Anatel, existem hoje no Brasil 220 milhões de linhas móveis (o que dá mais de um celular por pessoa, considerado que o país tem 208,5 milhões de habitantes).

A despeito de uma linha fixa ser instalada em não mais que 48 horas e o consumidor pagar somente pelo serviço (um cenário bem diferente do que nos tempos do famigerado Sistema Telebras, conforme a gente viu no post do último dia 4), a procura anda em queda livre: também segundo a ANATEL, há no Brasil 40.459.554 telefones fixos em operação, e a redução nos últimos 12 meses foi de consideráveis 1.208.833 unidades.

Por essas e outras, não é de estranhar que o Android supere o Windows em número de usuários. Segundo estimativa da Statcounter Global Stats, o sistema do Google abocanha 41,66% do mercado, enquanto o da Microsoft fica com 35,93% (aí somados as versões 10, 8.1, 7, Vista e XP do Windows). Trata-se de uma comparação “indireta”, naturalmente, já que o Android só opera smartphones e tablets, enquanto o Windows comanda PCs tradicionais (sua versão móvel descontinuada em 2015, depois do fiasco do Lumia 950, mas a Microsoft só reconheceu a derrota oficialmente em meados do ano passado).

Fato é que as ameaças digitais continuam crescendo, tanto para usuários de smartphones e tablets quanto de desktops e notebooks. No primeiro segmento, o Android é o alvo preferido pela ciberbandidagem; no segundo, o Windows é o sistema mais visado, até porque costuma ser mais rentável escrever códigos maliciosos que afetem bilhões de usuários em vez de “meia dúzia de gatos pingados”. 

Observação: A participação do iOS no mercado de sistemas móveis é de 13,5%; o OS X, que é concorrente direto do Windows, abocanha míseros 5,47% dos computadores “tradicionais”, ao passo que as distribuições Linux, somadas, não chegam a 1%, e sistemas móveis como Windows Phone, Blackberry OS, Ubuntu Phone OS, Sailfish OS e Firefox OS são coisa do passado.

Smartphones são computadores em miniatura. Claro que eles perdem para seus “irmãos maiores” em capacidade de processamento, quantidade de memória e espaço para armazenamento de dados, e que digitar textos longos em seus minúsculos teclados virtuais é tão chato quanto assistir a vídeos nas telinhas de 5”. Por outro lado, eles podem ser levados a toda parte, e o número crescente de aplicativos desenvolvidos para Android e iOS ampliam ad infinitum a gama de recursos e funções dos diligentes telefoninhos.

Voltando ao Windows Phone, é curioso que o festejado sistema operacional da Microsoft tenha dado tão certo nos PCs e tão errado nos smartphones. Mas isso já é conversa para a próxima postagem.

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