terça-feira, 5 de maio de 2020

AINDA SOBRE ATUALIZAÇÕES PROBLEMÁTICAS NO WINDOWS 10


MEÇA O QUE É MENSURÁVEL E TORNE MENSURÁVEL O QUE NÃO O É.

Vimos no post anterior (e em outras oportunidades ao longo dos quase 5.000 postagens publicadas nos mais de 13 anos deste humilde Blog) que nenhum software é imune a bugs, que o Windows não é exceção e que a Microsoft cria e disponibiliza, via Windows Update e diretamente em seu website, updates de conteúdo (semestrais) e de qualidade (mensais), destinados a sanar problemas e/ou acrescentar novos recursos e funções ao Win10 e seus componentes.

Como também foi mencionado no artigo em questão, a enxurrada de problemas causados por bugs nos arquivos de instalação dos patches de atualização — que passam batido com cada vez mais frequência pelo controle de qualidade da Microsoft — tem dado um bocado de dor de cabeça aos usuários. Tanto é assim que no ano passado a empresa voltou a permitir que usuários do Windows 10 Home tivessem maior liberdade para gerenciar a instalação das atualizações (para conferir clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update).

Fato é quem nem sempre tomamos as devidas medidas preventivas e, se formos pegos no contrapé, talvez não tenhamos tempo de fazer backups nem salvar de outra maneira informações e arquivos de difícil recuperação. Vale lembrar que esse problema pode ser evitado — ou pelo menos minimizado — simplesmente dividindo o HDD em duas partições e mantendo o Windows e os aplicativos na principal (geralmente C:) e os arquivos pessoais, fotos, vídeos, músicas ou seja lá o que for na outra partição.

Nos tempos de antanho — isto é, antes do lançamento do Windows XP —, o particionamento e a formatação do HDD eram etapas intrínsecas à instalação do Windows, mas que precisavam ser realizadas antes da instalação propriamente dita. Para tanto, recorria-se ao utilitários de legado FDISK e FORMAT, que tinham de ser executados via prompt de comando. Dividir o disco a posteriori significava repetir todas as etapas do processo de instalação (o que fulminava inexoravelmente todos os dados gravados no disco), a menos que se utilizasse uma ferramenta dedicada (de terceiros), como o Partition Magic.  Atualmente, porém, a história é outra.

No Windows 10 (a exemplo do Eight e do Seven), é possível particionar o HDD e criar duas ou mais unidades lógicas (até o limite é de 4 partições primárias ou 3 primárias e uma estendida) usando um utilitário nativo chamado Gerenciador de Disco (para mais informações, leia esta postagem), que preserva a partição onde o sistema se encontra instalado e atua o espaço restante no disco, dispensando a reinstalação do Windows e evitando a perda de arquivos pessoais.   

Voltando ao mote desta postagem, se uma atualização mal sucedida ou problemática vier a aporrinhá-lo, a boa notícia é que tudo é reversível no âmbito do software. No pior dos cenários, basta reinstalar o Windows do zero e um abraço. Por outro lado, esse é um procedimento drástico e, portanto, deve ser utilizado somente em último caso (a menos que você realmente queira reinstalar o sistema, seja para resgatar seu desempenho inicial, seja por outro motivo qualquer). 

Antes de chutar o balde e o pau da barraca, veja se é possível desinstalar o patch responsável pelo problema. Caso negativa, veja se você consegue reverter o sistema para um ponto criado antes da atualização ser aplicada (para saber mais como usar a reinstalação do sistema no Win10, leia esta postagem). Demais disso, além das dezenas de postagens que eu já publiquei sobre esse assunto (para localizá-las, use a ferramenta de buscas do Blog), a própria Microsoft oferece um elenco de dicas e sugestões que podem, ou não, recolocar o bonde nos trilhos.

Para não encompridar demais este texto, o resto fica para a próxima (ou para uma próxima) postagem.