NADA
OFENDE MAIS QUE A VERDADE.
No léxico da informática, o termo programa designa um conjunto de instruções em linguagem de
máquina que descreve uma tarefa a ser realizada pelo computador, e pode
referenciar tanto o código fonte —
escrito em alguma linguagem de programação, como C, C #, JavaScript, TypeScript, VB.NET, C++ etc. — quanto o arquivo executável
que contém esse código.
Navegadores de
Internet (ou browsers, tanto faz)
são programas como outros quaisquer, e como tal estão sujeitos a bugs
(erros de programação), que são tão indesejáveis quanto inevitáveis (daí a
indústria do software considerar “tolerável” a ocorrência de “x” bugs a cada “y” linhas de código).
O problema se agrava na mesma razão do agigantamento de sistemas
e programas. Para que se tenha uma ideia, os arquivos de instalação do Windows 3.1 (lançado em 1992), cabiam em oito disquetes de 1.44 MB. A partir
do Win 95 OSR/2 e até o Win ME, a Microsoft forneceu os arquivos em CD, e do XP em diante,
em DVD. E não à toa: os arquivos do Win 7, por exemplo, se fossem armazenados em disquetes, formariam uma pilha da altura de um edifício de 9 andares. Agora imagine o Win 10, cujo código-fonte ocupa ½ terabyte e se estende por mais
de 4 milhões de arquivos (para
mais detalhes, siga este link).
Por óbvio, quanto mais complexo for o programa, maior será o
número de linhas de código e, consequentemente, a possibilidade de ocorrerem erros de programação. Também a título de ilustração, o Office 2013 era formado por 50 milhões de linhas de código, e
o Mac OS X Tiger, por quase 90 milhões. Para ocupar menos
espaço em disco, o Win10 comprime
automaticamente os arquivos do sistema — o nível de compressão utilizada
depende de uma série de fatores, e as funções Atualizar e Restaurar
utilizam os arquivos de tempo de execução, criando uma partição separada de
recuperação redundante, permitindo, assim, que os patches e atualizações
permaneçam instalados após as operações e uma redução de até 12 GB na quantidade de espaço requerido pelo sistema.
Mesmo partindo do projeto (fase alfa) e burilando o programa etapa por etapa (beta, closed beta, open beta, e release candidate) até a versão gold (comercial), os desenvolvedores podem cometer erros pontuais que, por sua vez, podem driblar o
controle de qualidade do fabricante (sem mencionar que problemas resultantes de
incompatibilidades de software ou de hardware são difíceis de antecipar).
Claro que é possível desenvolver e disponibilizar a posteriori patches
(remendos) ou novas versões (conforme o ponto do ciclo de vida em que o produto
se encontra quando o bug é identificado), mas isso gera custos e pode comprometer a imagem do
fabricante. Sobretudo se a emenda ficar pior que o soneto — problema recorrente
em updates
semestrais do Win10 e em diversos "KB" distribuídos nos Patch Tuesday (atualizações
mensais de qualidade que a Microsoft
libera mensalmente, sempre na segunda terça-feira).
Observação: Se você instalar um
patch para corrigir um problema e descobrir que ele criou outro (ou outros) problemas, clique aqui para ver com proceder.