No alvorecer da computação pessoal, os vírus se espalhavam através de disquetes (cópias de joguinhos infectados, na maioria dos casos) e exibiam mensagens engraçadas, pornográficas ou ameaçadoras.
Como não há limites para a criatividade humana (notadamente quando se trata de fazer o mal), os cibercriminosos logo perceberam o potencial do o malware como ferramenta de apoio em invasões remotas, roubos de senhas bancárias e números de cartões de crédito (entre outras ações igualmente nefastas).
Para além disso, o correio eletrônico, apps como o famoso KaZaA — software para compartilhamento de arquivos via P2P, que ajudou a construir a discografia de muita gente —, programas mensageiros e as próprias redes sociais, usados como como meio de transporte pelos arquivos mal-intencionados e links potencialmente perigosos, potencializaram enormemente a disseminação dessas pragas.
Mesmo que gente que entende do assunto — como o doidivanas John McAfee, criador de um dos primeiros softwares antivírus — relativize a eficácia dos pacotes de “Internet Security”, ainda não surgiu nada melhor quando se trata de proteger o computador contra malwares e invasões digitais. Claro que sempre se pode recorrer à virtualização (detalhes nesta postagem), mas medidas radicais como essa não são as mais indicadas (minh opinião) para a maioria dos usuários domésticos.
O Windows 10 embute diversos recursos destinados a proteger o computador, muitos dos quais não vêm ativados por padrão ou precisam ser configurados para atuar de maneira automática. A Microsoft demorou a criar soluções de segurança capazes de rivalizar com os produtos de terceiros. Atualmente, o Microsoft Defender Antivirus e o Microsoft Defender Firewall pouco ficam devendo aos produtos da concorrência (há dezenas de opções no mercado, tanto pagas quanto gratuitas).
Inicialmente conhecido como Windows Defender, o Microsoft Defender Antivirus oferece proteção responsável contra pop-ups, lentidão e falhas de segurança causados por vírus, spywares e outros softwares indesejáveis, além de monitorar, em tempo real, emails e anexos recebidos durante a navegação e arquivos salvos no OneDrive e permitir a realização de varreduras em segundo plano a qualquer momento.
Já o Windows Defender Firewall fornece filtragem de tráfego de rede e bloqueia a transmissão não autorizada dos dados (tanto os que entram quanto os que saem do dispositivo local). Para acessar a ferramenta, pressione o atalho Win+R, digite WF.msc na caixa de diálogo Executar e clique em OK. Para mais informações, clique aqui.
Para evitar que pessoas não autorizadas acessem seus dados remotamente (ou simplesmente peguem carona na sua conexão), verifique se sua rede Wi-Fi está configurada como “Particular” (clique em Iniciar > Configurações > Rede e Internet > Wi-Fi e então faça as alterações necessárias). Vale também checar se o Windows Update está ativo (clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update > Opões avançadas e ative a instalação automática.
Se você utiliza seu notebook como substituto do PC de mesa, essa configuração não faz muito sentido, mas quem costuma utilizar o aparelho em trânsito deve ativar a localização do dispositivo (clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Localizar meu dispositivo e, se o recurso não estiver ativo, clique em Alterar). Feita essa configuração, o sistema enviará um sinal para os servidores da Microsoft e exibirá a localização do dispositivo em tempo real numa página da Web.
