quinta-feira, 1 de julho de 2021

CAUTELA E CANJA DE GALINHA...

NÃO SE PODE COLHER ROSAS SEM SE ESPETAR NOS ESPINHOS NEM DESFRUTAR UMA BELA ESPOSA SEM O RISCO DOS CORNOS.

O primeiro texto que publiquei na mídia impressa sobre informática, lá pela virada do século, tinha a ver com a insegurança digital. Na época, os vírus eletrônicos não passavam de “brincadeiras” de programadores perversos, que se divertiam criando códigos capazes de se autorreplicar e exibir mensagens engraçadas ou obscenas e/ou reproduzir sons inusitados ou assustadores (vale frisar que um vírus, em si, não é necessariamente um programa destrutivo, ao passo que um programa destrutivo, em si, não é necessariamente um vírus). Bons tempos, aqueles, em que navegar na Web era como fazer um “bucólico passeio pelo parque”. Mas não demorou para que essa prática se tornasse tão perigosa quanto um safári nas savanas africanas.

Hoje, a Web se parece mais com um campo minado do que um parque de diversões. Usuários estão pisando em ovos e não confiam em nada por não terem certeza se um link é seguro ou se um site está infectado. Golpes de phishing se valem da engenharia social para iludir as pessoas e fazer com que baixem malwares ou forneçam dados sigilosos. Uma método bastante comum é criar um site falso convincente, desenvolvido para capturar as teclas digitadas no teclado, apresentar um link maligno que concede permissões remotas a um cibercriminoso e/ou baixar programas maliciosos no sistema da vítima. Portanto:

  • Antes de clicar em um link, pouse o cursor sobre ele e veja o que aparece no canto inferior esquerdo da tela, onde o URL é exibido. O primeiro truque do phishing é parecer o mais autêntico possível, de modo que o endereço pode parecer real, mas uma avaliação mais cuidadosa pode revelar um dígito no lugar da letra l  ou .net no lugar do .com, por exemplo.
  • O “https” no início do URL significa Hypertext Transfer Protocol (http) e o “s” (e o ícone que representa um cadeado) informa que o site é seguro. Sites com um ícone de cadeado na barra de endereço e um prefixo https são criptografados e têm um certificado SSL confiável, o que garante que há uma conexão segura entre o site e o navegador.
  • Convém ter em mente que as páginas falsas fazem de tudo para parecer legítimas. Assim, o “s” e o cadeado são indícios, mas não provas cabais da segurança do site — se o site não tiver política de privacidade, a empresa dificilmente será confiável.
  • Acesse as configurações do seu navegador e examine a sessão que trata de privacidade e segurança. Embora busquem equilibrar desempenho e segurança, os ajustes-padrão tendem a ser muito permissivos. Portanto, bloqueie a exibição de pop-ups, os downloads automáticos e o rastreamento, e cheque a segurança do site com um serviço online como o VirusTotal — basta copiar o URL da página que você quer escanear, colar no campo de pesquisa do VT e aguardar a conclusão da análise.
  • Instale uma suíte de segurança (Internet Security) no computador e utilize uma VPN para aprimorar sua segurança online. Vale também usar navegadores alternativos, como o Avast Secure Browser e o CCleaner Browser, entre outras opções gratuitas.
  • Nem todos os softwares antivírus têm um certificado antiphishing. Em sendo o caso do produto que você utiliza, recorra a serviços online — como o AV-Comparatives — que testam os antivírus contra URLs usadas para phishing e checam falsos positivos quanto à legitimidade de sites bancários, tudo isso para garantir que o produto de segurança sabe a diferença entre uma coisa e outra. O Avast Free Antivirus é um dos poucos antivírus gratuito que conta com o certificado antiphishing.

Observação:  Para mais informações sobre o proprietário de um domínio específico, faça uma pesquisa no WHOIS.

Lembre-se: a segurança é um hábito e como tal ser cultivada. O conhecimento, aliado à prevenção, é nossa única arma de defesa. Como se costuma dizer, cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.