sexta-feira, 16 de julho de 2021

DE VOLTA AO WINDOWS 11 E O TPM (CONTINUAÇÃO)

OS PIONEIROS SÃO RECONHECIDOS PELA FLECHA ESPETADA O PEITO.

Desde a apresentação oficial do Windows 11, em 24 de junho, a Microsoft não só alterou os requisitos mínimos exigidos pelo novo sistema, mas também liberou uma prévia que dispensa TPM 2.0 e, motivada pela chiadeira dos usuários reprovados pelo PC Health Check, que não eram informados sobre quais requisitos não foram atendidos, decidiu modificar a ferramenta (que voltará a ser disponibilizada em breve).

Nem toda reprovação tem a ver com a falta do chip de criptografia (ou de uma solução de software equivalente), mas esse costuma ser o vilão da história na maioria dos casos. A boa notícia é que o componente é comercializado de forma avulsa, e a má notícia é que o preço subiu de US$ 15 para US$ 100 (nos EUA) e que o produto sumiu do mercado.

Substituir a placa-mãe para adequar o PC às exigências do Win11 pode não ser uma boa ideia. Ainda que a arquitetura modular facilite o upgrade de hardware na plataforma desktop, evoluções tecnicamente possíveis não são necessariamente viáveis do ponto de vista financeiro. Nos notebooks, as possibilidades upgrade são mais limitadas (na melhor das hipóteses, é possível substituir os módulos de memória, o HDD/SSD e, eventualmente, a CPU) e o preço dos componentes, bem mais salgado.

Observação: Notebooks e estações de trabalho móveis representaram a maior parte das vendas no ano passado, com 235,1 milhões de aparelhos comercializados – 44% a mais do que em 2019. Já computadores de mesa tradicionais, os chamados desktops, tiveram queda de 20% e terminaram o ano de 2020 com 61,9 milhões de unidades enviadas pelos fabricantes.

Quando o molho sai mais caro que o peixe, talvez seja melhor pedir um bife. Volto a salientar que existem "soluções alternativas" (leia-se "maracutaias") para contornar o problema do TPM, e que muita água vai rolar até os arquivos de instalação do Win11 começarem a ser distribuídos para toda a base de usuários das versão 10, 8/8.1 ou 7 que disponham de máquinas "elegíveis". Até lá, é bem possível que a Microsoft reveja as exigências, senão a nova versão só será gratuita para quem comprar um PC novo.

Observação: Se sua ideia for fazer um "upgrade casado" (hardware + software), deixe para comprar o aparelho novo lá pelo final do ano, quando os modelos com Win11 pré-instalado já terão chegado às lojas.

Por último, mas não menos importante: o Win10 continuará recebendo suporte até outubro de 2025. Então, parafraseando o general Pesadelo, "por que tanta ansiedade, tanta angústia"?