sábado, 17 de dezembro de 2022

CAMINHANDO E "CANTANDO" E SEGUINDO A CANÇÃO


Ministério Público Federal sob Augusto Aras serviu de barreira a pedidos de investigação criminal (PICs) contra Bolsonaro e reduziu drasticamente o número de apurações próprias sobre crimes relacionados à administração pública. A Transparência Internacional Brasil apontou o desmonte da Lava-Jato, alvo de críticas de Aras, como fator primordial para o freio nas investigações, e atribuiu a esse recuo à inação do procurador-geral indicado por Bolsonaro em 2019, cuja atuação enviou aos membros do MP de todo o Brasil a mensagem de que eles não teriam respaldo quando e se abrissem investigações que confrontassem os interesses de poderosos em Brasília.

 

Observação: Por meio de sua assessoria, Aras afirmou que não houve qualquer interferência da PGR na instauração de PICs pelos integrantes dos procuradores que atuam na primeira e segunda instâncias da Justiça, até porque eles têm independência funcional. Se houve redução, frisou o PGR, compete a eles explicar. Mas, antes de passar 580 dias na cadeia, Lula disse que era alma mais honesta desta galáxia, de modo que vamos fazer uma pausa para as gargalhadas.

 

Folha destrinchou a situação de órgãos do governo federal e indicou qual cenário o sucessor do rebotalho do Planalto encontrará ao assumir em 2023. Segundo o jornal, foram instaurados nos últimos quatro anos centenas de PICs visando apurar crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e contra a Lei de Licitações. Nos nos anteriores,  a Transparência Internacional viu na redução de PICs o desmantelamento de um modelo que se mostrou eficaz na investigação de esquemas complexos de macrocorrupção. D


Observação: Das 400 investigações da Lava-Jato em trâmite no Paraná em 2020, metade tramitava sob a forma de PIC. Quando assumiu o cargo, Aras iniciou a substituição das forças-tarefas pelos GAECOS mas a Folha mostrou que o modelo alternativo sofre com falta de servidores e estruturas improvisadas, além de sobrecarga de integrantes em outras atividades.

 

Ao indicar Aras para a PGR, Bolsonaro cagou e andou para a lista tríplice do Ministério Público. Depois que o procurador-vassalo tomou posse, o MPF anunciou que a cúpula do MPF foi cobrada por não questionar o uso de desinformação contra o processo eleitoral e a exploração da máquina pública na campanha pela reeleição (e que não deveríamos  precisa tirar um condenado da cadeia para fazer um imbecil travestido de candidato que é apoiado por bando de imbecis travestidos de militantes...).

 

Observação: Integrantes da cúpula da PGR ouvidos reservadamente pela Folha lembram que o Senado avalizou a recondução de Aras ao cargo em meio à CPI do Genocídio, quando dezenas de pedidos de investigação contra Bolsonaro já haviam sido arquivados. 

 

Fato é que, após a confirmação da segunda pior desgraça ente as duas que poderiam ter acontecido em outubro passado, a cúpula do MPF avaliou que não há fato concreto que justifique a abertura de uma apuração sobre as urnas eletrônicas no relatório do Ministério da Defesa, e que as observações levantadas pelos militares serão aproveitadas apenas para eventuais aperfeiçoamentos futuros do sistema eletrônico de votação — e não como argumento a ensejar revisão do processo eleitoral encerrado em 30 de outubro. Resta convence esse lixo, essa escumalha, essa caterva bolsonarista que continua acampada defronte a quartéis e bloqueando rodovias brasileiras. 


Triste Brasil.