Observação: Por meio de sua assessoria, Aras afirmou que não houve qualquer interferência da PGR na instauração de PICs pelos integrantes dos procuradores que atuam na primeira e segunda instâncias da Justiça, até porque eles têm independência funcional. Se houve redução, frisou o PGR, compete a eles explicar. Mas, antes de passar 580 dias na cadeia, Lula disse que era alma mais honesta desta galáxia, de modo que vamos fazer uma pausa para as gargalhadas.
A Folha destrinchou a situação de órgãos do governo federal e indicou qual cenário o sucessor do rebotalho do Planalto encontrará ao assumir em 2023. Segundo o jornal, foram instaurados nos últimos quatro anos centenas de PICs visando apurar crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e contra a Lei de Licitações. Nos nos anteriores, a Transparência Internacional viu na redução de PICs o desmantelamento de um modelo que se mostrou eficaz na investigação de esquemas complexos de macrocorrupção. D
Observação: Das 400 investigações da Lava-Jato em trâmite no Paraná em 2020, metade tramitava sob a forma de PIC. Quando assumiu o cargo, Aras iniciou a substituição das forças-tarefas pelos GAECOS, mas a Folha mostrou que o modelo alternativo sofre com falta de servidores e estruturas improvisadas, além de sobrecarga de integrantes em outras atividades.
Ao indicar Aras para a PGR, Bolsonaro cagou e andou para a lista tríplice do Ministério Público. Depois que o procurador-vassalo tomou posse, o MPF anunciou que a cúpula do MPF foi cobrada por não questionar o uso de desinformação contra o processo eleitoral e a exploração da máquina pública na campanha pela reeleição (e que não deveríamos precisa tirar um condenado da cadeia para fazer um imbecil travestido de candidato que é apoiado por bando de imbecis travestidos de militantes...).
Observação: Integrantes da cúpula da PGR ouvidos reservadamente pela Folha lembram que o Senado avalizou a recondução de Aras ao cargo em meio à CPI do Genocídio, quando dezenas de pedidos de investigação contra Bolsonaro já haviam sido arquivados.
Fato é que, após a confirmação da segunda pior desgraça ente as duas que poderiam ter acontecido em outubro passado, a cúpula do MPF avaliou que não há fato concreto que justifique a abertura de uma apuração sobre as urnas eletrônicas no relatório do Ministério da Defesa, e que as observações levantadas pelos militares serão aproveitadas apenas para eventuais aperfeiçoamentos futuros do sistema eletrônico de votação — e não como argumento a ensejar revisão do processo eleitoral encerrado em 30 de outubro. Resta convence esse lixo, essa escumalha, essa caterva bolsonarista que continua acampada defronte a quartéis e bloqueando rodovias brasileiras.
Triste Brasil.