quarta-feira, 26 de abril de 2023

SENHAS, IA E DEEPFAKES

DEVO TER UMA ENORME QUANTIDADE DE INTELIGÊNCIA. ÀS VEZES, LEVO UMA SEMANA INTEIRA PARA COLOCÁ-LA EM MOVIMENTO.

As senhas são indispensáveis, mas incomodativas, já que combinações difíceis de quebrar também são difíceis de memorizar. A boa notícia é que 
os navegadores atuais contam com gerenciadores de senhas nativos, sem falar que também é possível baixar programas dedicados (há versões tanto pagas quanto gratuitas) ou recorrer a serviços baseados na Web. 
 
Observação: Para proteger dados sensíveis, recomenda-se combinar as senhas com outras camadas de segurança (saiba mais sobre como criar senhas fortes e MAKE ME A PASSWORD e teste a segurança de suas senhas em HOW SECURE IS MY PASSWORD. 
 
Criminosos vêm usando o aprendizado de máquina para selecionar vítimas e criar deepfakes que as induzam a pagar resgate para libertar familiares supostamente sequestrados (anos atrás, o cineasta Jordan Peele criou um clipe alertando para os perigos inerentes a essa tecnologia). A Sensity (consultoria especializada em crimes usando IA) identificou um robô do Telegram que recebia fotos de pessoas (em sua maioria mulheres) e as devolvia aos remetentes mostrando como elas ficariam nuas. 

Em outras situações, técnicas similares foram usadas para criar deepfakes de celebridades em atos sexuais, produzir vídeos pornográficos de vingança (em que os ex-parceiros expõem as vítimas em clipes falsos), criar identidades virtuais falsas — usadas para abrir contas bancárias e contratar empréstimos — e até mesmo forjar a biometria de pessoas reais. 
 
Movimentos estranhos de olhos e rosto indicam que a transição dos quadros no vídeo foi manipulada, a exemplo de expressões faciais que não condizem com as emoções ou situação da gravação. Note ainda que as tecnologias de IA não conseguem simular com perfeição o comportamento natural do cabelo, de modo que os fios acabam aparecendo "engessados", com um aspecto rígido ou lisos demais.
 
Assistir ao vídeo com velocidade reduzida facilita a visualização de trechos manipulados, mas é bom lembrar que a técnica deve evoluir, dificultando ainda mais a identificação das fraudes.  Já existem malwares que conseguem enganar sistemas de reconhecimento facial e burlar os mecanismos de segurança (alguns algoritmos foram capazes de descobrir 25% de um conjunto de 43 milhões de senhas vazadas de perfis do LinkedIn).
 
Barbas de molho, pessoal!