sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

O FIM DOS TEMPOS SEGUNDO SEI LÁ QUEM (CONTINUAÇÃO)

NOTHING IS IMPOSSIBLE, THE WORD ITSELF SAYS "I'M POSSIBLE".

A pressão de Lula para aboletar Guido Mantega na presidência da Vale causou espécie a membros do conselho de administração da companhia. Um deles traduziu seu espanto para o idioma da política: "Lula virou o Arthur Lira da Vale. A diferença é que o presidente da Câmara maneja o centrão para cavar nomeações em estatais, e o presidente da República usa todos os meios à sua disposição para impor uma nomeação política a uma corporação privada, com ações na Bolsa de Valores." 
Ao se tornar uma companhia aberta (em 2020), a Vale deixou de ter um controlador definido, e a influência do governo minguou depois que o BNDES desembarcou do negócio e Previ enxugou sua participação. Achando
 que seria possível recriar o ambiente de 2011, quando Dilma trocou Roger Agnelli por Murilo Ferreira no comando da empresa, o inquilino do Planalto pegou em lanças para defender o nome de seu ex-ministro da Fazenda (aquele que apoiou a intervenção da gerentona de araque no setor elétrico para reduzir artificialmente a conta de luz), mas, mesmo descendo às redes sociais para criticar a atuação da Vale na reparação aos mortos de Brumadinho e com Gleisi Hoffmann batendo bumbo pró-Mantega, não conseguiu apenas 2 dos 7 dois votos necessários. 
Ao perceber que já não se fazem passados como antigamente, Lula saiu de fininho. As ações da Vale, que haviam caído na véspera, adquiriram automaticamente um viés de alta. 
Como diria Paulo Leminski, "haja hoje para tanto ontem!".

Interpretações distorcidas de Nostradamus indicaram que o mundo acabaria em julho de 1999. Mas não acabou. No ano seguinteRichard Noone trombeteou que o alinhamento dos planetas produziria uma espessa camada de gelo que congelaria a Terra. Mas não produziu. 

Em 2009, alarmistas proclamaram que o Grande Colisor de Hádrons criaria mini buracos negros que destruiriam o mundo. Mas não criou. Dois anos depoiso pregador Harold Camping apregoou que terremotos devastadores começariam a ocorrer em 21 de maio, e que apenas 3% da população mundial iria para o Céu. Quando sua previsão furou, ele a reagendou para 21 de outubro. E deu no que deu.

A primeira previsão apocalíptica da era tecnológica foi o bug do milênio. Como os computadores registravam datas usando apenas dois dígitos, achou-se que os sistemas entrariam em colapso com a chegada do ano 2000, e que isso resultaria em explosões nucleares, queda de aviões e toda sorte de desgraças. Mas o apocalipse ficou para outro dia. 

É fato que conflitos bélicos  como a invasão da Ucrânia e as escaramuças no Oriente Médio  podem evoluir para uma hecatombe nuclear, e que grandes erupções vulcânicas podem provocar um cataclismo de proporções épicas. Mas a colisão do planeta X com a Terra, prevista para maio de 2003, foi reagendada primeiro para dezembro de 2012 e depois para Setembro de 2017Considerando que chegamos a 2024, a conclusão é óbvia.

Cientistas de todo o mundo (o que não significa "todos os cientistas do mundo") sugerem a possibilidade de a Terra ser extinta daqui a 250 milhões de anos, depois que os 7 continentes se juntarem num supercontinente. Se isso se confirmar, será a primeira extinção em massa desde a aniquilação dos dinossauros, há 66 milhões de anos. Mas o biólogo Tony Barnosky acredita que o planeta ficará bem; o que pode acontecer, segundo ele, é a aniquilação do modo de vida atual. 

Como nada é para sempre, a vida na Terra terá um fim. Mas ele pode levar bilhões de anos para chegar. Até lá, a tecnologia precisa avançar a um nível que permita migrar a humanidade para outros planetas.

Quem viver verá.