É MELHOR SABER E NÃO PRECISAR USAR DO QUE PRECISAR USAR E NÃO SABER.
Credita-se a Cristóvão Colombo o descobrimento da América — embora os vikings da Groenlândia o tenham precedido em 500 anos — e a Pedro Álvares Cabral a descoberta do Brasil — embora Duarte Pacheco Pereira e sua trupe tenham desembarcado dois anos antes no litoral do que hoje são os estados do Pará e do Maranhão.
Da mesma forma, o iPhone (lançado em 2007) é visto como o “divisor de águas” entre o dumbphone e o smartphone, embora o Nokia 9000 Communicator e o BlackBerry Inter@ctive Pager 8500 já oferecessem funcionalidades similares no final dos anos 1990 — o próprio termo “smartphone” foi usado pela primeira vez pela Ericsson em 1997. Mas isso não muda o fato de que a Apple e Steve Jobs foram os maiores responsáveis pela conversão dos telefones móveis sem fio de longo alcance em computadores pessoais ultraportáteis, já que os fabricantes concorrentes que não se adequassem à nova realidade perderiam espaço no mercado.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
No instante em que se inicia o julgamento que eleva a história da República, o chefe da organização criminosa do golpe, preso no domicílio e trancado em seus rancores, opera nos bastires para rebaixar o pé-direito da democracia.
Bolsonaro desistiu de comparecer ao julgamento e se recorreu a Tarcísio de Freitas e Arthur Lira para tentar destravar no Congresso uma proposta de anistia que o inclua. Na tentativa de ser apontado como herdeiro político, o governador paulista não só prometeu o indulto como enfiou os pés no pântano da anistia, que a Câmara hesita em aprovar. Falou por telefone com o presidente da Câmara, que não esboçou compromisso com a "anistia já": "Será debatida no momento certo."
Considerando-se a consistência das provas, Bolsonaro será condenado.
Se o discurso de Moraes serviu para alguma coisa, foi para sinalizar que a morte judicial de Bolsonaro e seus comparsas mais graúdos é anterior a si mesma: "A impunidade, a covardia e a omissão não são opções para a pacificação", disse. Não considera aceitável um "apaziguamento que signifique impunidade." Acertou novamente o alvo ao repetir que "tentativas de obstrução" por meio de sanções de Trump "não afetarão a imparcialidade e a independência do Supremo".
O ministro se afastou das normas jurídicas ao injetar política numa fase do processo em que deveria apenas ler um resumo do processo contra o grupo crucial, sem antecipar juízos que serão esmiuçados no voto que apresentará na semana que vem. O discurso político foi desnecessário, mesmo porque a abundância de provas já sinaliza a condenação dos réus. Acertou no olho da mosca ao torpedear a anistia.
Num julgamento que deve terminar em dez dias, não deveria interessar às togas senão o cálculo das penas. Política numa hora dessas serve apenas para fornecer pano para o figurino de vítima de golpistas indefensáveis.
Prender o sentenciado é incontornável, mas conviver com a articulação pró-anistia mostra que o filme do atraso não termina com os veredictos do Supremo.
Ao consolidar em um único dispositivo funcionalidades até então pulverizadas em múltiplos aparelhos — telefone, PC, câmera, reprodutor de música, GPS, agenda, calculadora —, o smartphone se tornou nossa principal ferramenta de acesso à internet — um verdadeiro “canivete suíço eletrônico” que usamos par navegar na web, gerenciar e-mails, acessar redes sociais, fazer transações bancárias, compras online, tirar fotos, ouvir música, enfim, para quase tudo que até poucos anos atrás dependíamos do desktop ou do notebook para fazer.
Se ainda mantemos um PC em casa, é porque determinadas tarefas requerem tela grande, teclado e mouse físicos, além de mais memória e poder de processamento do que os smartphones oferecem — daí o Windows vir perdendo espaço, aqui no blog, para o sistema móvel Android, que comanda aparelhos Samsung, Motorola, Xiaomi, Realme, Pixel etc., e para o iOS, cuja participação é menor porque roda somente no hardware da própria Apple, tornando a gama de modelos mais limitada e cara.
Da feita que os fabricantes de smartphones parceiros desenvolvem suas próprias UIs (interfaces de usuário) a partir do Android "bruto" que recebem do Google, ícones, botões, menus, layouts e informações na tela podem variar. Embora a maioria dos recursos seja provida pelo sistema e estar presente na maioria dos aparelhos — mesmo que com implementações diferentes —, alguns são exclusivos de modelos específicos de cada fabricante.
Nos smartphones com certificações IP (Ingress Protection), o primeiro número indica a resistência contra poeira e o segundo, contra água. Por exemplo, IP52 garante proteção contra respingos, enquanto IP68 permite imersão em água doce de até 1,5 metro de profundidade, por até 30 minutos — limites máximos que, particularmente, não recomendo testar, pois o fato de o aparelho poder lidar com situações específicas (como chuva ou queda no vaso sanitário) não significa que possamos entrar com ele na piscina ou no mar.
Observação: Nesta sequência sobre relógios de pulso, mencionei que a classificação WR (Water Resistant) assegura proteção contra pingos de chuva e respingos de água da torneira, que relógios classificados como 3 ATM (ou 30 m, ou 100 ft) não precisam ser tirados do pulso para lavar o carro ou dar banho no cachorro, por exemplo, mas não são Dive Watches. Disse ainda que ícones da alta relojoaria suíça oferecem modelos adequados à prática de esportes aquáticos, incluindo mergulho com ou sem tanque de ar, mas a preços estratosféricos, mas que modelos da Seiko, Orient, Technos, Timex e Magnum classificados com 10 ATM (ou 100 m, ou 300 ft) têm preços mais realistas e suportam banhos de piscina e até de mar, mas quem pratica mergulho — mesmo sem tanque de ar — deve optar por um Dive Watch com classificação 30 ATM (ou 300 m, ou 1.000 ft) e coroa rosqueada.
Voltando aos smartphones, o Moto G75 que comprei no ano passado para substituir meu Galaxy M23 — que estacionou no Android 14 — me conquistou por oferecer proteção IP68 e certificação MIL-STD-810H — que garante funcionamento em altitudes de até 4.570 m, sob temperaturas de -20 °C a 55 °C e 95% de umidade relativa do ar, resistência a vibrações intensas e quedas de até 1,5 m) — além de cinco atualizações de sistema e patches de segurança até 2029. Mesmo assim, acho arriscado entrar com ele na piscina ou no mar para tirar fotos sem protegê-lo com uma capinha à prova d’água. Aliás, vale lembrar que a Apple dotou o iPhone com proteção IP68 em 2016, mas deixou claro que danos provocados por água ou outros líquidos não são cobertos pela garantia.
A combinação de eletrônicos e água faz do celular molhado um pesadelo. Para piorar, quedas acidentais na piscina ou na privada são relativamente comuns, bem como a exposição a uma chuva tão inesperada quanto intensa. Nessas situações, cada segundo conta para salvar aparelhos com proteção IP65 ou inferior.
O primeiro passo é desligar o aparelho — para evitar que um curto-circuito queime a placa principal —, tirar a capinha e qualquer acessório conectado, remover o chip (e o cartão de memória, se houver) e secar tudo o melhor possível com um pano macio que não solte fiapos. Limpe as aberturas — como o conector de fone de ouvido e a porta de carregamento — com um cotonete seco, mas evite chacoalhar o celular, pois isso pode espalhar a umidade para áreas internas mais sensíveis.
O truque do arroz até funciona, mas não tão bem quanto a sílica gel, que absorve a umidade com mais rapidez e segurança: coloque o aparelho e os sachês em um pote e mantenha-o fechado por 24 a 48 horas. Areia de gato e farinha de aveia também absorvem a umidade, mas, a exemplo do arroz, a poeira dos grãos e outras impurezas sólidas podem entrar no dispositivo, agravando ainda mais a situação.
Secadores de cabelo, micro-ondas, fornos elétricos ou a gás devem ser evitados, já que o calor intenso pode deformar as peças plásticas e causar danos irreversíveis aos componentes internos. Para secar a parte interna de um celular cuja tampa não pode ser removida com facilidade, posicione-o diante de um ventilador, em um lugar arejado e abrigado do sol, e deixe secar naturalmente. Evite tentar religá-lo durante o período de secagem, pois a umidade remanescente pode causar curto-circuito.
Água do mar, refrigerante, sucos e outros líquidos podem acelerar a corrosão da placa-mãe. Nesse caso, recomenda-se mergulhar o celular em água limpa por um a três minutos, enxaguar e secar com um pano macio. Ao final da secagem, se o telefone não ligar ou apresentar problemas como tela piscando, manchas, som abafado etc., convém procurar ajuda especializada. Uma limpeza interna com produtos adequados evita a ocorrência de corrosão e oxidação, que podem resultar na perda temporária — ou mesmo permanente — de funcionalidades do aparelho.
Boa sorte.