No último domingo, com 5.823.718 votos (92,6% dos votos contados e 46,01% de participação), o presidente da Venezuela se reelegeu para mais 6 anos de mandato. Henri Falcón e Javier Bertucci, seus opositores, contabilizaram 1.820.552 e 952.000 votos, respectivamente. Deu Maduro. Alguém duvidava?
Em seu discurso, o tiranete de merda ― que ascendeu à presidência em março de 2013, com a morte de Hugo Chávez, e vem demolindo o país desde então ― prometeu trabalhar para recuperar a economia. Esse é Maduro. Alguém acredita nele? Talvez Dilmanta Rousseff, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Faria e outros anormais vermelhos (volto a essa questão mais adiante).
Henri Falcón ― o único adversário real de Maduro
― declarou, minutos antes do anúncio do resultado, que recebeu 900
denúncias de irregularidades e, portanto, exigia a convocação de novas
eleições. Ele ressaltou a presença dos chamados “pontos vermelhos” ― núcleos de ativismo
e proselitismo político, proibidos por lei, que as organizações chavistas
instalaram a 200 metros dos locais de votação, e inclusive dentro deles, sob
total consentimento do Conselho Nacional
Eleitoral.
Maduro foi,
segundo ele próprio, “o primeiro votante da pátria (...) sempre em primeiro nas
batalhas pela nossa soberania, pelo direito à paz”. Além da União Europeia, Argentina, Brasil e Chile declararam que não reconhecerão as eleições presidenciais venezuelanas ― que o
secretário de Estado dos Estados Unidos
classificou de “fraudulentas”.
Essa é a democracia sonhada por alguns próceres petistas,
como a tresloucada presidente nacional do PT,
que, sempre é bom lembrar, é ré na Lava-Jato
e está às vésperas de ser julgada no STF.
Aliás, esse esbirro vermelho defende Lula
com unhas e dentes, mas decepcionou seu idolatrado líder por não ter cumprido a promessa
de “parar o Brasil”, mesmo que não arrede pé de Curitiba. O mais curioso é que, como
senadora, a loirinha do nariz arrebitado embolsa trinta e tantos mil reais por
mês de salário ― mais penduricalhos e mordomias ― para representar o Estado do
Paraná no Senado Federal, e eu não
vejo como isso pode incluir sua participação no patético “bom dia,Lula”, que
algumas centenas de militantes-mortadela promovem todas as manhãs para puxar o
saco do molusco abjeto, que está preso há quase dois meses na sede regional da PF.
Voltando à Venezuela,
um estudo sobre as condições de vida no país deu conta de queo peso médio
dos habitantes recuou 11 quilos no ano passado, devido à escassez de alimentos
no país, e que 87% da população vive atualmente na pobreza (para saber mais, clique aqui).Segundo a Caritas ― ONG ligada à Igreja
Católica que produz o indicador desde 2016 ―, 65% das crianças venezuelanas
entre zero e 5 anos apresentam sinais de má nutrição e 16% brigam com a
desnutrição severa.
Obter comida, remédios e produtos de limpeza naquele país é
um desafio diário, mesmo para quem tem dinheiro para comprá-los. Oito de cada
dez lares venezuelanos ora têm, ora não têm comida, depois que a produção de
alimentos consumidos no país caiu de 70% para 30%. Quando o petróleo ainda
jorrava, o então presidente Chávez gastou
por conta, e a pobreza retrocedeu de 50% para 30%, segundo dados do Banco Mundial.
Sob Maduro, o preço do barril despencou e o bolívar virou pó diante do dólar(aliás, sua excelência o presidente já
avisou que não vai pagar ao Brasil a dívida de quase 1 bilhão de reais que
contraiu durante os governos petistas).
Dentifrício,
sabonete e desodorante custam, em Caracas,
de duas a três vezes o salário mínimo. Lá, um médico ganha 8 dólares por mês ―
o mesmo que um professor universitário. Desde que a crise mostrou sua face mais
cruel, a partir de 2014, cerca de 12% da população (4 milhões de venezuelanos)
deixaram o país. Destes, 70 mil vieram para o Brasil, e destes, os 40 mil mais pobres se abancaram em Roraima.
E o pior é que é esse
o governo que alguns petistas e seus irremediáveis seguidores veem como ideal
(que Deus nos livre e guarde desses ignorantes, e que eles sejam urgentemente
internados num manicômio).
Como vimos no post de terça-feira, a senadora Gleisi Hoffmann não tarda a ser julgada por crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro. Mas a coisa não para por aí: ela é alvo de 10 ações no STF, sendo 7 criminais e 3
indenizatórias, e, segundo Veja
publicou na edição impressa desta semana, acusada em três investigações de
receber R$ 23 milhões em propina.
Depoimentos colhidos pela PGR no caso do chamado “Quadrilhão
do PT” revelam que o dinheiro desviado dos cofres públicos não se limitou a
financiar as campanhas eleitorais de “narizinho”. Despesas com combustível,
contas de luz, condomínio, telefone, salário de motorista particular e até
brinquedos para seus filhos, tudo era pago com recursos de uma conta-propina
abastecida com dinheiro do contribuinte.
Observação: Gleisi é admiradora confessa do tiranete NicolásMaduro, que vem destruindo
alegremente a economia da Venezuela. Para ela, parece não fazer a menor
diferença que o peso médio dos venezuelanos tenha caído 11 quilos no ano
passado, e que 87% da população vive atualmente na pobreza, de acordo com um
novo estudo sobre as condições de vida e o impacto da escassez de alimentos no
país. Para saber mais, siga este link.
A PF já havia
descoberto que Paulo Bernardo,
marido da senadora e ex-ministro do
Planejamento no governo Lula, havia
planejado a vida financeira da família: a Consist
― empresa que administrava a lista de funcionários públicos, aposentados e
pensionistas que recorriam a empréstimos consignados ― superfaturava a taxa de
administração das operações e direcionava parte do excedente para os cofres do PT e outra parte para figurões da ORCRIM, dentre os quais o “casal 20”, que
usava o escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves ― chefe
do advogado e ora delator Marcelo Maran ― para receber sua
parte do butim. Mas a maior fonte de renda da petista era seu prestígio
político e sua influência no PT, que lhe renderam, além das
propinas da Consist e da Petrobras, algo em torno
de R$ 5 milhões da Odebrecht e R$ 10
milhões da JBS.
Gleisi já era ré da Lava-Jato no STF quando,
com o apoio de Lula, foi alçada à presidência nacional do PT, em
junho do ano passado (como eu disse, nada melhor que um criminoso para chefiar
uma quadrilha). A ideia era de que, com ela no comando, o partido se abraçaria
a Lula, e vice-versa.
Eleita com mais de 3 milhões de votos em 2010, Gleisi aparecia em 8º lugar no último
levantamento realizado pelo Instituto Paraná de Pesquisas em
dezembro de 2017. Com a condenação de Lula no TRF-4,
suas chances de se reeleger despencaram, mas, de olho no foro privilegiado,
ela deve concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, já que para se eleger deputada
não são precisos mais do que 100 mil votos. Se o downgrade não
contribui para seu projeto de concorrer ao governo do Paraná, ao menos a livra
da pena implacável do juiz Sérgio Moro pelos próximos 4 anos,
o que já não é pouco.
Quis o destino, porém, que o processo contra o casal de
petralhasaterrissasse na mesa do decano Celso de Mello,
revisor das ações da Lava-Jato na 2ª Turmado
STF. Assim que o ministro concluir seu voto, a data do julgamento será
anunciada. Com isso, é provável que a loirinha e seu amado líder venham a
tomar banho de sol juntos, no Complexo Médico-Penal de Pinhais,
desfrutando da agradável companhia de Eduardo Cunha, João
Vaccari, Sérgio Cabral, Antonio Palocci e
outros figurões da política tupiniquim.
Se você está de saco cheio de ler sobre Lula e o PT nas minhas
postagens, acredite: mais cheio estou eu de escrever sobre
toda essa merda. Mas não tem jeito: enquanto o TSE e o STF não
definirem a situação eleitoral e penal do sacripanta, vamos ter de continuar
nessa toada. Então, fé em Deus e pé na tábua.
Assim que o ministro Celso
de Mello terminar de revisar o relatório de Edson Fachin, a 2.ª Turma do
STF deverá julgar o processo em que Gleisi
Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo
Bernardo, são acusados por crimes de corrupção
e lavagem de dinheiro (para quem não sabe, a senadora e atual presidente
nacional do PT figura em 10 ações no STF, sendo 7 criminais e 3
de indenizações aos cofres públicos). Por sua fidelidade canina a Lula, Dilma, “Coxa” ― codinome
da senadora vermelha nas planilhas de propina da Odebrecht ― foi escolhida para suceder a Rui Falcão no comando da ORCRIM
(afinal, ninguém melhor do que um criminoso para presidir uma agremiação
criminosa). Se for condenada, ela ficará inelegível pelos próximos 8 anos, e
sem ter como se reeleger, perderá o direito ao foro privilegiado no final de
2018, quanto termina seu mandato no Senado.
O “X” da questão
é que, além de Fachin e Celso de Mello, integram a Turma que
julgará a petista os ministros Gilmar
Mendes ― o divino ―, Dias Toffoli
― ex-advogado do PT e ex-assessor do
então ministro José Dirceu ― e Ricardo Lewandowski ― que foi guindado
à Corte por obra e graça da finada ex-primeira-dama Marisa Letícia.
O PT, que, por
padrão, costuma enxergar dos fatos somente a versão que lhe convém, está
perdendo de vez o contato com a realidade, talvez por ver se agigantarem as
chances de seu amado líder acabar na cadeia. Durante a discussão da Reforma Trabalhista no Senado, no ano passado,
Gleisi e outras quatro “companheiras
de ideologia”ocuparam
a mesa diretora e obstruíram a votação por mais de 6 horas. Ao assumir
a presidência do PT, a senadora declarou que o partido não faria autocrítica de seus atos
escabrosos para não fortalecer o discurso dos adversários; na Nicarágua, ao abrir o 23º encontro
do Foro de São Paulo, prestou solidariedade ao PSUV ―
vítima, segundo ela e o PT, de
violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela.
Mais recentemente, a estapafúrdia entrevista concedida pela lourinha ao
site Poder 360 demonstrou não só a lamentável escalada de
radicalização que os baba-ovos de Lula vêm promovendo contra o
julgamento no TRF-4, mas também o descontrole emocional que domina
as principais lideranças do partido.
O medo de ela própria acabar na prisão parece embotar (ainda
mais) o já limitado raciocínio da comandanta
do PT. Em janeiro, ela viu “Forza Lula” numa faixa exibida pela
torcida do Bayern de Munique que
ostentava a inscrição “Forza Luca” ―
em referência ao jogador italiano ferido numa briga entre torcedores (detalhesnesta postagem). Na semana passada,
viu uma homenagem a seu partido no título da música Vai Dar PT, cantada por Leo
Santana no Carnaval da Bahia ― e ao saber que as duas consoantes eram as
iniciais da Perda Total a que
se refere a letra, garantiu que a expressão aludia ao governo Michel Temer. E como se não bastasse,
ainda tentou colocar no colo dos que ridicularizaram a gafe o filhote concebido
por Lula e amamentado por Dilma (afinal, foi o deus pai da
petelândia quem decidiu que o vice do poste, nas campanhas de 2010 e 2014,
seria o hoje presidente da Banânia).
Gleisi e seus
acólitos parecem dispostos a bater seu próprio recorde de ridículo: Semanas
atrás, o Instituto Lula divulgou um
“levantamento” segundo o qual o demiurgo
de Garanhuns teria sido o “o mais
votado para presidente em toda a história” (vide figura que ilustra esta
postagem). Mas a história não é bem como os petistas gostaria que fosse.
É fato que dados do TSE atestam
que Lula recebeu mais de 136 milhões de votos nominais,
considerando os cinco pleitos que disputou (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006). Ocorre
que ele só venceu os dois últimos.
Observação: A ainda me lembro de quando Lula, num debate com o também criminoso
condenado (e já no xadrez) Paulo Maluf,
rebateu a afirmação do concorrente, de que seria mais competente para presidir
a Banânia, dizendo que “Malufcompetia, competia, mas não ganhava”.
Não se pode perder de vista que o Brasil é o terceiro país com maior número de eleitores
no mundo, atrás apenas dos Estados
Unidos e da Indonésia. E que,
entre os países que lideram o ranking, é o único onde o voto é obrigatório. Da
maneira divulgada pelos petistas, o levantamento não espelha uma análise
proporcional do desempenho nas urnas, mesmo porque não é possível comparar
países com diferentes números de eleitores sem incorrer em distorções. Além
disso, as votações dos demais presidentes citados pelo Instituto se aproximam dos registros eleitorais de seus respectivos
países, mas todos disputaram menos eleições do que Lula.
Na comparação com a Indonésia,
o PT só levou em consideração os
votos recebidos pela ex-presidente Megawati
Sukarnoputri, filha de Sukarno,
o ditador que comandou o país entre a década de 1940 e 1960. Sukarnoputri, porém, não venceu as eleições que disputou em 2004
e 2009 ― ela foi derrotada por Susilo
Bambang Yudhoyono, que, nos dois pleitos somados, contabilizou no primeiro
turno mais de 111,3 milhões de
votos ― menos do que Lula, mas é
preciso lembrar que a Indonésia só passou
a ter eleições democráticas a partir de 2004 ― quando Lula já havia disputado 4
eleições e vencido a de 2002.
No caso da Rússia, Putin participou das eleições de 2000, 2004 e 2012 e acumulou 134,9 milhões de votos ― número maior
que o registrado por Obama, diferentemente
do que aponta o Instituto Lula. Aliás,
o levantamento cita três ex-presidentes
americanos, mas não se pode esquecer que, nos EUA, o voto é indireto ― ou seja, vence quem tiver maioria no
colégio eleitoral formado por 538 delegados distribuídos proporcionalmente
pelos estados. Obama somou pouco
mais de 134,7 milhões de votos,
número menor que o que consta no levantamento do Instituto Lula, mas isso se restringe às eleições de 2008 e 2012, até
porque a constituição americana prevê a possibilidade
de reeleição uma única vez ― ou seja, se um presidente não conseguir se
reeleger ao final dos 4 anos de governo, c’est fini.
Observação: Roosevelt disputou quatro eleições entre 1932 e 1944, somando pouco mais de 103 milhões de votos. No entanto, na
década de 1930 a população americana não ultrapassava os 130 milhões de habitantes (contra os 235 milhões estimados em
dezembro de 2017 pela agência governamental encarregada pelo censo nos Estados Unidos).
EM TEMPO: Os debates avançaram madrugada adentro, mas a Câmara
finalmente aprovou ― por 340 votos a 72 e uma abstenção ― a intervenção federal
na segurança do Rio de Janeiro, a despeito dos esforços do partido dos imPrestTáveis e seus satélites. A previsão é de que a votação no Senado tenha
início às 4h da tarde desta terça-feira, e o decreto seja aprovado também
naquela Casa, já que, mesmo não sendo a melhor solução, é a única que se
apresenta neste momento.
Na Câmara, a deputada emedebista Laura Carneiro, escolhida relatora pelo presidente da Casa, defendeu
em seu parecer que o governo apresente um projeto complementar para alocar
recursos federais às operações no Rio.
Vamos acompanhar para ver aonde isso tudo vai levar.
O julgamento de Lula
pelo TRF-4 é o assunto da semana, e
continuará sendo nos dias subsequentes ao veredito dos desembargadores (caso
nenhum deles peça vista, pois isso suspenderia a sessão e a decisão final,
prolongando a agonia nacional). Então, o jeito é continuar nesse tema e torcer
pelo melhor.
Relembrando: a senadora Gleisi Hoffmann ― presidente do PT e ré no STF ―, em entrevista ao site “cumpanhêro” Poder 360, deu sua aula de selvageria ao brindar o bando de
canastrões e vigaristas que encena a Ópera
dos Malandros ― peça humorística que celebra a inocência de Lula ― com a seguinte pérola: “Para prender o Lula, vai ter que prender
muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente”.
O
comentário pegou mal, como não poderia deixar de ser, a petralha remendou,
alegando que o que disse foi apenas “força de expressão”. No
Twitter, ela postou o seguinte: “Lula
é o maior líder popular do país e está sendo vítima de injustiças e violências
que atingem quem o admira. Assim,como não se revoltar com
condenação sem provas?”
Como bem salientou Augusto
Nunes, quase todo integrante do partido que virou bando lembra um
napoleão-de-hospício. Mas nem o mais desatinado devoto da seita está disposto a
perder a vida para preservar a liberdade de um criminoso condenado a 9 anos e
meio de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro.
Petistas sempre foram bons de bravata. Em maio de 2000,
durante uma manifestação de professores em greve, o então deputado José Dirceu ― hoje criminoso condenado,
mas que continua em prisão domiciliar por obra e graça de alguns ministros do STF ― ensinou que os adversários do PT deveriam “apanhar nas urnas e nas ruas”. Uma semana depois, um bando de
grevistas agrediu fisicamente o então governador Mário Covas, que já se encontrava debilitado pelo câncer que
acabaria por matá-lo. “Foi força de
expressão”, desconversou, anos mais tarde, o guerrilheiro de araque.
“Força de expressão”,
no dialeto dessa seita espúria, deve ser sinônimo de caso de polícia. Afinal, incitação ao crime e a apologia de crime ou
criminoso. Pelo tamanho da capivara, ambos certamente sabem disso, embora
não pareçam preocupados, até porque já cometeram delitos muito mais graves. O
guerrilheiro de araque logo estará na gaiola pela terceira vez, e a presidente
da facção só não foi engaiolada porque o foro privilegiado mantém em liberdade qualquer
delinquente com mandato parlamentar. Mas tanto o mestre quanto a pupila poderiam ser enquadrados nos artigos 286 e 287 do Código Penal.
Os petistas querem mesmo fazer crer que o Brasil está às
portas de uma convulsão, talvez até mesmo de uma guerra civil, caso os
desembargadores da 8ª Turma do TRF-4
resolvam condenar e eventualmente mandar prender o molusco. Porém, a despeito de a ameaça
de baderna e de confrontos violentos ser grave, não se pode tomar ao pé da
letra o que disse a presidente da quadrilha, conquanto não se deva menosprezar a
capacidade petista de causar problemas, já suficientemente comprovada ao longo
das três décadas de existência do partido. Por outro lado, o importante observar a
verdadeira dimensão da mobilização em favor do demiurgo de Garanhuns, que, desde o momento em que ele se viu
formalmente processado, tratou de qualificar seu caso como perseguição
política.
Afinal, se o “maior líder popular da história do Brasil” diz que é
inocente, sem viva alma capaz de rivalizar com ele em honestidade, não caberia
à Justiça outra atitude senão encerrar seu caso e se desculpar pelo
inconveniente. Se os magistrados decidiram levar o caso adiante ― e, pior,
condenar o pulha à prisão, como já fez o juiz Sérgio Moro ―, é porque há um complô, articulado pelas “elites”, visando evitar que o sumo pontífice da Petelândia volte ao poder.
A ideia, claro está, é constranger o Judiciário. Mas essa
estratégia só teria alguma chance de êxito se houvesse efetivo risco de grave
comoção nacional ante a eventual decisão de encarcerar Lula ― e é por isso que os petistas estão empenhadíssimos em dar a
impressão de que grande parte do “povo” está de prontidão para enfrentar os
“golpistas” aninhados no Judiciário. É nesse contexto que deve ser entendida a
declaração de Gleisi Hoffmann sobre
os cadáveres que a condenação do chefe poderia produzir. Ou seja, ela quis dar a
entender que não só há gente disposta a morrer por Lula, mas também que os “golpistas” terão de reprimir violentamente
as esperadas manifestações de protesto contra a condenação.
Para a jornalista Eliane
Cantanhêde, a declaração de Gleisi
é tão irresponsável quanto sua defesa do regime Maduro, que leva os venezuelanos ao desespero, ao desamparo, ao
desabastecimento e à desesperança. Em vez de se aliar com a gente que sofre, a
senadora vermelha, por pura questão ideológica, se alinha com a gente que impõe o sofrimento. No caso de Lula,
ela tenta jogar o mundo petista contra a Justiça brasileira, o que nos leva à pergunta: se o TRF-4 absolver Lula, quem é a favor da prisão do
crápula também pode sair matando gente?
As declarações estapafúrdias de Gleisi são chocantes, mas reforçam o quanto o Brasil está mudando e
o quanto os próprios políticos estão esperneando. Nisso, perdem o senso,
extrapolam e falam o que não podem ― e nem deveriam. O fato de o ex-presidente
mais popular da redemocratização ter sido denunciado, julgado e até condenado
em primeira instância já é uma mudança e tanto. Mas há muito mais: O que dizer
de um presidente no exercício do mandato que sofreu duas denúncias da PGR no mesmo ano e tem agora de
responder 50 perguntas “desrespeitosas e
ofensivas”, segundo o próprio, da Polícia Federal?
E o ex-poderoso
governador Sérgio Cabral, que foi
preso, condenado a dezenas de anos e agora transferido de penitenciária para
não desfrutar de regalias? E as intervenções na Petrobrás e, na semana passada, na CEF? E a prisão de Maluf
― que foi símbolo da corrupção por mais de 30 anos e agora virou o maior troféu
do oposto, do combate à corrupção? E Bolsonaro,
que as pesquisas apontam como principal concorrente de Lula? Perguntado por que recebe o auxílio-moradia da Câmara se tem
imóvel em Brasília, o deputado respondeu: “Pra comer gente, tá?”.
Observação: Além de político reacionário, com ideias
estapafúrdias, Bolsonaro vai se
revelando também um poço de contradições. A principal é se dizer antipolítico. Como assim? Não bastasse
estar no sétimo mandato de deputado federal, ele elegeu a ex-mulher duas vezes
vereadora no Rio e meteu três filhos na política (Eduardo é deputado federal,
Flávio, estadual, e Carlos, vereador).Foi
na política que o clã de Bolsonaro amealhou mais R$ 15 milhões em
imóveis. E é também como político que o patriarca pode usufruir de
auxílio-moradia para “comer gente”. Isso é que é rejeição à política?
Voltando à novela do TRF-4
e o exterminador do plural, o
presidente do PT do Rio Grande do Sul,
deputado Pepe Vargas, disse à Folha que sua preocupação é com
presença de infiltrados nos atos marcados para o dia do julgamento.
Então, que fique bem claro: se houver violência, quebra-quebra e congêneres, a culpa não é da valorosa e pacífica
militância vermelha. Pausa para as gargalhadas.
É até possível que algum desequilibrado resolva se
martirizar por Lula, pois há louco
para tudo. Mas é altamente improvável que mais alguém além do restrito grupo de
adoradores do chefão petista se arrisque a quebrar uma unha que seja diante do
infortúnio do petralha, ainda mais considerando-se o fato de que defender Lula significa defender um corrupto
condenado.
Constatado o fato de que o apoio ao petralha contra os
magistrados que o julgarão é muito mais limitado do que a propaganda do PT pretende fazer crer, é preciso que
as autoridades usem tudo que a lei lhes faculta para impedir que os baderneiros
a serviço daquele partido criem situações violentas que lhes possam servir de
pretexto para denunciar um regime de exceção que só existe em suas delirantes
fantasias.
O caminho que o PT
escolheu não lhe dá outra opção senão a de provocar confrontos para que algo da
desastrada profecia de sua presidente se realize. Para sorte do País, porém, a
ameaça da senadora vermelha apenas simboliza o desvario que tomou conta dos
petistas desde que seu grande líder foi flagrado com a boca na botija.
Assistam a este vídeo (não concordo com tudo o que ele diz, mas não há como não reconhecer que ele tem razão numa porção de coisas).
Político brasileiro não tem currículo, tem ficha-corrida.
Se for do PT, então, nem se fale. Mas seria de esperar coisa muito diferente de um
partido chefiado por um hepta-réu condenado, e presidido por uma débil mental
que, em recente entrevista ao site vermelho Poder
360, saiu-se com a seguinte barbaridade: “Para prender o Lula, vai
ter que prender muita gente, mas, mais que isso, vai ter que matar gente. Aí,
vai ter que matar.”
Gleisi Hoffmann ―
ou “coxa”, como era identificada na
planilha de propinas da Odebrecht ― é senadora pelo PTdo
Paraná e presidente nacional do Partido dos Trambiqueiros. Ela e seu
notório marido ― Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento de Lula
e das Comunicações no governo Dilma ― são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro num processo que já tem
mais de 3.000 páginas e cujo julgamento deve ser pautado assim que o STF retornar do recesso. Mas esse
currículo “invejável” não a impediu de suceder a Rui Falcão na presidência da ORCRIM;
afinal, ninguém melhor do que um criminoso para comandar uma quadrilha.
Gleisi fez por
merecer o posto. Não só liderando a tropa de choque de Dilma durante o impeachment, mas também cometendo toda sorte de
atrocidades. Um bom exemplo se extrai do papelão que ela fez no ano
passado, quando, acompanhada de outras quatro “companheiras de ideologia” e industriada por certo ex-guerrilheiro de araque e pelo mui suspeito presidente
da CUT, ocupou a mesa diretora do Senado e
obstruiu por mais de 6 horas a votação da reforma trabalhista. Para um país que mal superou o trauma de ter tido
como primeira presidente mulher uma besta teleguiada pelo padrinho, esse protesto feminista com controle remoto
masculino foi mais que lamentável.
Mas não é só. Ao assumir a presidência do PT, a senadora-ré declarou que o
partido não faria autocrítica de seus atos escabrosos para não fortalecer o
discurso dos adversários. E jamais
perdeu uma chance de enaltecer a ditadura venezuelana: ao abrir o 23º encontro
do Foro de São Paulo, na Nicarágua, Gleisi prestou solidariedade ao PSUV ―
vítima, segundo o PT, de violenta ofensiva da direita pelo poder na
Venezuela. “Temos a expectativa de que a Assembleia Constituinte possa
contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que
as divergências políticas se resolvam de forma pacífica”, disse a
desqualificada, a despeito de aquele país amargar a segunda maior taxa de
homicídios do mundo, conviver com uma taxa de inflação de mais de 2.000% ao ano
e estar em permanente clima de “quase guerra civil”. Aliás, com a cara mais
deslavada do mundo, a senadora delirante atribuiu as denúncias contra o governo de Nicolás
Maduro a uma campanha da CIA e da “imprensa
golpista”. É mole?
A entrevista de Gleisi
ao site Poder 360, do “cumpanhêro” Fernando Rodrigues, demonstra não só a
lamentável escalada de radicalização que os baba-ovos
de Lula vêm promovendo contra o julgamento
no TRF-4, mas também o descontrole
emocional que domina as principais lideranças do partido. Aliás, em entrevista concedida à
agência de notícias Bloomberg, a senadora mandou um recado aos investidores estrangeiros para que não se preocupassem,
pois Lula, segundo ela, é um líder político conciliador e estaria
disposto a publicar uma nova versão da carta aos brasileiros para garantir seus
compromissos com o equilíbrio fiscal.
Como boa parte dos políticos em Brasília, Gleisi se descolou da realidade, principalmente depois de ver de ver se agigantarem as chances de seu amado líder ser impedido de concorrer à presidência da República e acabar seus dias na cadeia. Em sua página no Facebook, essa sumidade postou uma foto da torcida do Futball-Club Bayern Münchencom
uma mensagem que, para ela, seria de apoio a Lula ― como se o julgamento desse cafajeste estivesse mobilizando
até mesmo torcidas organizadas alemãs ―, quando na verdade a foto mostrava uma
faixa onde se lia “Forza Luca”, em
alusão a um acidente sofrido por um torcedor. Ou seja, o fanatismo patético da
senadora provocou uma ilusão de ótica que a fez ler Lula em vez de Luca.
De acordo com MervalPereira, outros três episódios evidenciam
que o julgamento de Lula no TRF-4 está mexendo com os nervos da
presidente do partido. E não só com os dela. Os advogados do petralha resolveram ― de última hora ― incluir como “nova prova” da inocência de seu cliente a penhora do tríplex do Guarujá ― determinada indevidamente por uma juíza do
DF numa ação movida por credores contra a OAS
(mais detalhes na postagem de ontem).
Zanin
e companhia alegam que essa penhora demonstra de maneira irretorquível que o
apartamento de Lula não é do Lula, esquecendo-se ― muito
convenientemente ― de que Lula foi
condenado justamente por tentar esconder a posse de fato do imóvel (que, aliás,
foi confiscado judicialmente pelo juiz Sérgio
Moro como produto do crime que resultou na condenação).
Em outra tentativa de alterar o andamento do processo, os
rábulas lulistas pediram que seu cliente fosse ouvido novamente no TRF-4 antes do julgamento, alegando que
o depoimento ao juiz Moro teria sido
comprometido pela parcialidade do magistrado. O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos
processos da Lava-Jato no TRF-4,
rejeitou o pedido, naturalmente, até porque para aceitá-lo seria preciso anular
o primeiro depoimento, o que só poderia ser feito pelo plenário da Corte de
apelação. E a mais recente trama foi tentar incluir um advogado americano entre
os defensores de Lula, mas ele não
tem registro na OAB e, portanto, não
pode atuar em nosso país.
Para tumultuar ainda mais o julgamento, os deputados petistas Wadih Damous e Paulo Teixeira participarão da sessão e farão sustentações orais
em favor do corréu Paulo Okamoto,
presidente do Instituto Lula ― que
foi absolvido por Moro, mas recorreu
da decisão (tem cabimento uma coisa dessas?).
Enfim, o espetáculo circense
está sendo armado, e o Tribunal, transformado em palanque com mais essa estratégia
do PT para politizar o julgamento. Okamoto, registre-se, minimizou a
verborragia estapafúrdia de Gleisi
sobre prender Lula e morrer gente, afirmando
tratar-se de força de expressão, e coisa e tal. O fiel escudeiro do
petralha se imolou simbolicamente para atenuar o disparate da desmiolada, mas isso não diminui a gravidade da conclamação da militância a responder
com violência à condenação de seu amado líder.
Como se vê, o périplo do presidente do TRF-4
a gabinete de autoridades em Brasília, em busca de garantias para que o
julgamento transcorra sob controle das forças de segurança, não foi
desmotivado. O apelo ao confronto salta aos olhos na alta cúpula e na
militância petista. Esperemos que sejam apenas bravatas irresponsáveis (o que
já não é pouco), e que o “vai morrer gente” da presidente do PT seja mesmo força de expressão, mais
uma de suas notórias “viagens na maionese”. A conferir nos próximos 4 dias.
DISCUTIR POLÍTICA COM PETISTA É COMO
JOGAR XADREZ COM POMBO. ELE DERRUBA AS PEÇAS, CAGA NO TABULEIRO E SAI DE PEITO
ESTUFADO, CANTANDO VITÓRIA.
No Brasil, político não tem currículo, tem ficha-corrida. Sobretudo se for do PT, que é chefiado por um hepta-réu
condenado a 9 anos e meio de xadrez.
O PT continua
negando existência de um plano B, mas vinha há tempos cogitando substituir Lula por Fernando Haddad na disputa à presidência, caso a condenação seja do molusco seja ratificada pela 8ª Turma do TRF-4 e o molusco se torne inelegível. Só que Haddadfoi indiciado pela PF por falsidade
ideológica eleitoral ― o famoso “caixa 2” ―, e agora o partido avalia a possibilidade de Jaques Wagner disputar a presidência, e Haddad, uma cadeira no
Senado. Fala-se também que o ex-prefeito de Sampa seria o coordenador da campanha petista, mas seu indiciamento deve levar o partido a escalar a senadora Gleisi
Hoffmann ― ré no STF por
corrupção e lavagem de dinheiro ― para coordenar a campanha. Como se vê, só mudam
as moscas, a merda é sempre a mesma.
Observação: Dias atrás, Gleisi, que também é
presidente do PT, produziu a
seguinte pérola: “Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente,
mas, mais que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar.” É ou
não uma ameaça terrorista, um desafio intolerável à Justiça? O que falta para
essa criatura ser presa por incitação à violência?
O julgamento de Lula no TRF-4 promete
muitas emoções, até porque o PT tenciona mobilizar
milhares de militantes para fazer arruaças em Porto Alegre. Segundo a Folha, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores,
presidente daquele Tribunal, revelou que os
magistrados vêm sofrendo ameaças, e que alguns deles até tiraram suas famílias do
Estado. Para Roberto Veloso,
presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, as
intimidações já não são veladas, mas púbicas,como se vê nos vídeos em que a militância ameaça partir para a depredação e até mesmoatear fogo no prédio do
Tribunal.
De acordo com O Antagonista, os ataques aos
desembargadores foram
ordenados pelo próprio Lula: diz o site: “Diante
da avaliação de que as chances de condenação são altas, a ordem agora é partir
para cima. Com a arrecadação de fundos em baixa
e as férias de janeiro favorecendo a desmobilização dos militantes, o Instituto Lula assumiu a linha de frente
da defesa do ex-presidente. Se antes já foi discreto e evitou misturar-se
publicamente ao PT, agora o instituo
articula as ações dos principais líderes e movimentos sociais, além de dar o
tom do conteúdo das redes sociais. E é o próprio Lula quem tem distribuído instruções a todos.” (Leia mais na
coluna de Lauro Jardimem O
GLOBO).
Essa beligerância dos petralhas não visa somente constranger a Justiça, mas também vender a imagem de que o
Brasil vive um estado de exceção ― estratégia que não deu certo por ocasião do
impeachment de Dilma Rousseff e que
está fadada a ter o mesmo destino no caso do comandante máximo daORCRIM. Todavia, só mesmo quem tem Q.I. de ameba acredita que os procuradores e juízes responsáveis por denunciar, processar e
julgar Lula ferem o Estado
Democrático de Direito, e que os
petistas defendem o Estado Democrático de Direito ao ameaçar arrebentar, matar
e morrer se o chefão for condenado em segunda instância.
Por mais estranho que possa parecer à militância petista, se
a condenação do Picareta dos Picaretas for mantida e ele se tornar inelegível ― ou, melhor ainda, sefor
devidamente encarcerado ―,
o Brasil não só continuará existindo, mas será um país melhor. Vale lembrar que o mundo não acabou quando Lula foi conduzido coercitivamente
para depor na PF, em março de 2016, quando se tornou réu pela primeira vez, quatro meses depois, nem quando sua pupila foi expelida do Palácio do Planalto, em agosto daquele ano. Ou quando Lula depôs pela primeira vez na 13ª Vara
Federal de Curitiba, em maio de 2017, quando recebeu sua primeira
sentença condenatória, dois meses depois, nem quando se tornou réu em outras
seis ações penais ― aliás, o juiz SérgioMoro deve julgar em breve o processo
que trata da cobertura vizinha ao apartamento do Petista em SBC e do terreno comprado pela Odebrecht para sediar o “Instituto
Lula”.
Por mais surpreendente que seja para a patuleia, Lula não é Deus nem tampouco está acima da Justiça terrena.
O que a escória vermelha ameaça fazer em Porto Alegre nada
tem a ver com democracia. É coisa de arruaceiro, de bandido ― como costumam ser as “manifestações” insufladas pelo PT com a ajuda da CUT e de
movimentos como o MST e MTST. É fundamental que as autoridades
ajam com rigor para impedir essa barbaridade ― não a livre a manifestação do
pensamento, naturalmente, mas a baderna, a violência. Se não o fizerem, não será
por falta de aviso.
Para não ficar somente na minha opinião, ouçam o que
disse Ricardo Boechat na última segunda-feira (a gravação se estende por cerca de 14 minutos, mas o trecho em que o jornalista trata do tema em pauta começa aos 7 minutos).
De acordo com José
Saramago, Nobel de Literatura em 1998, “a cegueira é um assunto particular entre as pessoas e os olhos com que
nasceram; não há nada que se possa fazer a respeito”.
Trata-se de uma
alusão a um tipo de cegueira
mental, na qual o escritor português joga com a diferença entre as palavras
ver e olhar. O olhar aparece como a própria visão, o ato de enxergar, ao passo
que o ver aparece como a capacidade de observar, de analisar uma situação. Para
ele, a dificuldade em conseguir enxergar além do superficial pode ser encarada
como a alienação do homem em relação a si mesmo.
Dito isso, passemos a Gleisi
Hoffmann ― codinome “coxa” na
planilha de propinas da Odebrecht. Ícone
do panteão petista, a lourinha vermelha se tornou ré por ter recebido R$ 1
milhão em propina para sua campanha em 2010, e é investigada por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro (segundo a PF,
ela recebeu R$ 4 milhões em propina da Odebrecht,
em 2014, disfarçada de doação eleitoral). No entanto, esse currículo exemplar não impediu sua escolha para substituir o insosso
Rui Goethe da Costa Falcão na
presidência do PT. Antes pelo
contrário: ninguém melhor do que um criminoso para comandar uma quadrilha.
Demais disso, o exemplo vem de cima: o eterno presidente de honra do PT e principal articulador da promoção
de Gleisi foi condenado a 9 anos e 6
meses de prisão no processo que envolve o notório triplex no Guarujá e é
investigado em mais cinco ações penais, duas das quais sob a pena do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de
Curitiba.
Gleisi fez por
merecer o posto. Durante o impeachment de Dilma, ela liderou a tropa de choque
da imprestável, e após o desfecho norteou sua atividade parlamentar pela política
do quanto pior melhor, além de vir promovendo uma oposição inconsequente que em
nada contribui para o avanço do país. Semanas atrás, por orientação do
ex-guerrilheiro de araque e ora presidiário José Dirceu e do mui suspeito presidente da CUT, ela e mais quatro “companheiras de ideologia” ocuparam por
mais de 6 horas a mesa diretora do Senado, como forma de obstruir a votação da
reforma trabalhista (que acabou sendo aprovada mesmo assim). Para um país que mal superou o trauma de
ter como primeira presidente mulher uma besta teleguiada pelo padrinho, esse protesto feminista com controle remoto
masculino foi algo lamentável.
Ao assumir a presidência do partido, Gleisi declarou que o PT
não faria autocrítica de seus atos escabrosos para não fortalecer o discurso
dos adversários: “não somos organização
religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos
ficar enumerando nossos erros para que a direita e a burguesia explorem nossa
imagem”. Demais disso, vem enaltecendo a ditadura venezuelana. Ao abrir o
23º encontro do Foro de São Paulo,
na Nicarágua, a senadora prestou solidariedade ao PSUV ― vítima, segundo o PT,
de violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela. “Temos a expectativa de que a Assembleia Constituinte possa contribuir
para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as
divergência políticas se resolvam de forma pacífica”, disse a desqualificada,
a despeito de aquele país amargar a segunda maior taxa de homicídios do mundo,
conviver com uma taxa de inflação de 2.200% e um índice de desnutrição infantil
que já alcança 20% das crianças com menos de 5 anos, além de contabilizar mais
de 100 mortos na “quase guerra civil” em que se encontra já há algumas semanas.
E Gleisi, com a cara mais deslavada
do mundo, atribui as denúncias contra o governo de NicolásMaduro a uma
campanha da CIA e da “imprensa golpista”.
O que mais me causa espécie é a “valorosa militância vermelha”
continuar endeusando líderes imprestáveis e apoiando incondicionalmente gente
da pior espécie. Talvez a tal cegueira mental impeça essa gente de ver o que salta
aos olhos das pessoas normais. Por que, então, Gleisi não faz a trouxa, pega sua turma e se muda para a Venezuela
ou para Cuba? Ou será que ela acredita mesmo que conseguir driblar eternamente
a justiça escondendo-se debaixo do manto pútrido do foro privilegiado?
Vamos ver o que vai dar no próximo dia 28, quando Gleisi e o
marido, o ex-ministro petralha Paulo
Bernardo, deverão prestar depoimento no STF. Cadeia
neles! E Lula Lá!