Mostrando postagens com marcador GLEISI HOFFMANN. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GLEISI HOFFMANN. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 22 de maio de 2018

DEU MADURO ― ALGUÉM DUVIDAVA?



No último domingo, com 5.823.718 votos (92,6% dos votos contados e 46,01% de participação), o presidente da Venezuela se reelegeu para mais 6 anos de mandato. Henri Falcón e Javier Bertucci, seus opositores, contabilizaram 1.820.552 e 952.000 votos, respectivamente. Deu Maduro. Alguém duvidava?

Em seu discurso, o tiranete de merda ― que ascendeu à presidência em março de 2013, com a morte de Hugo Chávez, e vem demolindo o país desde então ― prometeu trabalhar para recuperar a economia. Esse é Maduro. Alguém acredita nele? Talvez Dilmanta Rousseff, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Faria e outros anormais vermelhos (volto a essa questão mais adiante).

Henri Falcón ― o único adversário real de Maduro ― declarou, minutos antes do anúncio do resultado, que recebeu 900 denúncias de irregularidades e, portanto, exigia a convocação de novas eleições. Ele ressaltou a presença dos chamados “pontos vermelhos” ― núcleos de ativismo e proselitismo político, proibidos por lei, que as organizações chavistas instalaram a 200 metros dos locais de votação, e inclusive dentro deles, sob total consentimento do Conselho Nacional Eleitoral.

Maduro foi, segundo ele próprio, “o primeiro votante da pátria (...) sempre em primeiro nas batalhas pela nossa soberania, pelo direito à paz”. Além da União EuropeiaArgentina, Brasil e Chile declararam que não reconhecerão as eleições presidenciais venezuelanas ― que o secretário de Estado dos Estados Unidos classificou de “fraudulentas”.

Essa é a democracia sonhada por alguns próceres petistas, como a tresloucada presidente nacional do PT, que, sempre é bom lembrar, é ré na Lava-Jato e está às vésperas de ser julgada no STF. Aliás, esse esbirro vermelho defende Lula com unhas e dentes, mas decepcionou seu idolatrado líder por não ter cumprido a promessa de “parar o Brasil”, mesmo que não arrede pé de Curitiba. O mais curioso é que, como senadora, a loirinha do nariz arrebitado embolsa trinta e tantos mil reais por mês de salário ― mais penduricalhos e mordomias ― para representar o Estado do Paraná no Senado Federal, e eu não vejo como isso pode incluir sua participação no patético “bom dia, Lula”, que algumas centenas de militantes-mortadela promovem todas as manhãs para puxar o saco do molusco abjeto, que está preso há quase dois meses na sede regional da PF.

Voltando à Venezuela, um estudo sobre as condições de vida no país deu conta de que o peso médio dos habitantes recuou 11 quilos no ano passado, devido à escassez de alimentos no país, e que 87% da população vive atualmente na pobreza (para saber mais, clique aqui). Segundo a Caritas ONG ligada à Igreja Católica que produz o indicador desde 2016 ―, 65% das crianças venezuelanas entre zero e 5 anos apresentam sinais de má nutrição e 16% brigam com a desnutrição severa. 

Obter comida, remédios e produtos de limpeza naquele país é um desafio diário, mesmo para quem tem dinheiro para comprá-los. Oito de cada dez lares venezuelanos ora têm, ora não têm comida, depois que a produção de alimentos consumidos no país caiu de 70% para 30%. Quando o petróleo ainda jorrava, o então presidente Chávez gastou por conta, e a pobreza retrocedeu de 50% para 30%, segundo dados do Banco Mundial. Sob Maduro, o preço do barril despencou e o bolívar virou pó diante do dólar (aliás, sua excelência o presidente já avisou que não vai pagar ao Brasil a dívida de quase 1 bilhão de reais que contraiu durante os governos petistas).

Dentifrício, sabonete e desodorante custam, em Caracas, de duas a três vezes o salário mínimo. Lá, um médico ganha 8 dólares por mês ― o mesmo que um professor universitário. Desde que a crise mostrou sua face mais cruel, a partir de 2014, cerca de 12% da população (4 milhões de venezuelanos) deixaram o país. Destes, 70 mil vieram para o Brasil, e destes, os 40 mil mais pobres se abancaram em Roraima.

E o pior é que é esse o governo que alguns petistas e seus irremediáveis seguidores veem como ideal (que Deus nos livre e guarde desses ignorantes, e que eles sejam urgentemente internados num manicômio).     

Visite minhas comunidades na Rede .Link:

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

AINDA SOBRE GLEISI HOFFMANN, A PRESIDENTA DO PT


Como vimos no post de terça-feira, a senadora Gleisi Hoffmann não tarda a ser julgada por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Mas a coisa não para por aí: ela é alvo de 10 ações no STF, sendo 7 criminais e 3 indenizatórias, e, segundo Veja publicou na edição impressa desta semana, acusada em três investigações de receber R$ 23 milhões em propina.

Depoimentos colhidos pela PGR no caso do chamado “Quadrilhão do PT” revelam que o dinheiro desviado dos cofres públicos não se limitou a financiar as campanhas eleitorais de “narizinho”. Despesas com combustível, contas de luz, condomínio, telefone, salário de motorista particular e até brinquedos para seus filhos, tudo era pago com recursos de uma conta-propina abastecida com dinheiro do contribuinte.

Observação: Gleisi é admiradora confessa do tiranete Nicolás Maduro, que vem destruindo alegremente a economia da Venezuela. Para ela, parece não fazer a menor diferença que o peso médio dos venezuelanos tenha caído 11 quilos no ano passado, e que 87% da população vive atualmente na pobreza, de acordo com um novo estudo sobre as condições de vida e o impacto da escassez de alimentos no país. Para saber mais, siga este link.

A PF já havia descoberto que Paulo Bernardo, marido da senadora e ex-ministro do Planejamento no governo Lula, havia planejado a vida financeira da família: a Consist ― empresa que administrava a lista de funcionários públicos, aposentados e pensionistas que recorriam a empréstimos consignados ― superfaturava a taxa de administração das operações e direcionava parte do excedente para os cofres do PT e outra parte para figurões da ORCRIM, dentre os quais o “casal 20”, que usava o escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves ― chefe do advogado e ora delator Marcelo Maran ― para receber sua parte do butim. Mas a maior fonte de renda da petista era seu prestígio político e sua influência no PT, que lhe renderam, além das propinas da Consist e da Petrobras, algo em torno de R$ 5 milhões da Odebrecht e R$ 10 milhões da JBS.

Gleisi já era ré da Lava-Jato no STF quando, com o apoio de Lula, foi alçada à presidência nacional do PT, em junho do ano passado (como eu disse, nada melhor que um criminoso para chefiar uma quadrilha). A ideia era de que, com ela no comando, o partido se abraçaria a Lula, e vice-versa.

Eleita com mais de 3 milhões de votos em 2010, Gleisi aparecia em 8º lugar no último levantamento realizado pelo Instituto Paraná de Pesquisas em dezembro de 2017. Com a condenação de Lula no TRF-4, suas chances de se reeleger despencaram, mas, de olho no foro privilegiado, ela deve concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, já que para se eleger deputada não são precisos mais do que 100 mil votos. Se o downgrade não contribui para seu projeto de concorrer ao governo do Paraná, ao menos a livra da pena implacável do juiz Sérgio Moro pelos próximos 4 anos, o que já não é pouco.

Quis o destino, porém, que o processo contra o casal de petralhas aterrissasse na mesa do decano Celso de Mello, revisor das ações da Lava-Jato na 2ª Turma do STF. Assim que o ministro concluir seu voto, a data do julgamento será anunciada. Com isso, é provável que a loirinha e seu amado líder venham a tomar banho de sol juntos, no Complexo Médico-Penal de Pinhais, desfrutando da agradável companhia de Eduardo CunhaJoão VaccariSérgio CabralAntonio Palocci e outros figurões da política tupiniquim.

Visite minhas comunidades na Rede .Link

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

SOBRE LULA, O PT E A PRESIDENTE NACIONAL DESSE VALOROSO PARTIDO


Se você está de saco cheio de ler sobre Lula e o PT nas minhas postagens, acredite: mais cheio estou eu de escrever sobre toda essa merda. Mas não tem jeito: enquanto o TSE e o STF não definirem a situação eleitoral e penal do sacripanta, vamos ter de continuar nessa toada. Então, fé em Deus e pé na tábua.

Assim que o ministro Celso de Mello terminar de revisar o relatório de Edson Fachin, a 2.ª Turma do STF deverá julgar o processo em que Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, são acusados por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro (para quem não sabe, a senadora e atual presidente nacional do PT figura em 10 ações no STF, sendo 7 criminais e 3 de indenizações aos cofres públicos). Por sua fidelidade canina a Lula, Dilma, “Coxa” ― codinome da senadora vermelha nas planilhas de propina da Odebrecht ― foi escolhida para suceder a Rui Falcão no comando da ORCRIM (afinal, ninguém melhor do que um criminoso para presidir uma agremiação criminosa). Se for condenada, ela ficará inelegível pelos próximos 8 anos, e sem ter como se reeleger, perderá o direito ao foro privilegiado no final de 2018, quanto termina seu mandato no Senado.

O “X” da questão é que, além de Fachin e Celso de Mello, integram a Turma que julgará a petista os ministros Gilmar Mendes ― o divino ―, Dias Toffoli ― ex-advogado do PT e ex-assessor do então ministro José Dirceu ― e Ricardo Lewandowski ― que foi guindado à Corte por obra e graça da finada ex-primeira-dama Marisa Letícia.

O PT, que, por padrão, costuma enxergar dos fatos somente a versão que lhe convém, está perdendo de vez o contato com a realidade, talvez por ver se agigantarem as chances de seu amado líder acabar na cadeia. Durante a discussão da Reforma Trabalhista no Senado, no ano passado, Gleisi e outras quatro “companheiras de ideologia” ocuparam a mesa diretora e obstruíram a votação por mais de 6 horas. Ao assumir a presidência do PT, a senadora declarou que o partido não faria autocrítica de seus atos escabrosos para não fortalecer o discurso dos adversários; na Nicarágua, ao abrir o 23º encontro do Foro de São Paulo, prestou solidariedade ao PSUV ― vítima, segundo ela e o PT, de violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela. Mais recentemente, a estapafúrdia entrevista concedida pela lourinha ao site Poder 360 demonstrou não só a lamentável escalada de radicalização que os baba-ovos de Lula vêm promovendo contra o julgamento no TRF-4, mas também o descontrole emocional que domina as principais lideranças do partido.

O medo de ela própria acabar na prisão parece embotar (ainda mais) o já limitado raciocínio da comandanta do PT. Em janeiro, ela viu “Forza Lula” numa faixa exibida pela torcida do Bayern de Munique que ostentava a inscrição “Forza Luca” ― em referência ao jogador italiano ferido numa briga entre torcedores (detalhes nesta postagem). Na semana passada, viu uma homenagem a seu partido no título da música Vai Dar PT, cantada por Leo Santana no Carnaval da Bahia ― e ao saber que as duas consoantes eram as iniciais da Perda Total a que se refere a letra, garantiu que a expressão aludia ao governo Michel Temer. E como se não bastasse, ainda tentou colocar no colo dos que ridicularizaram a gafe o filhote concebido por Lula e amamentado por Dilma (afinal, foi o deus pai da petelândia quem decidiu que o vice do poste, nas campanhas de 2010 e 2014, seria o hoje presidente da Banânia).

Gleisi e seus acólitos parecem dispostos a bater seu próprio recorde de ridículo: Semanas atrás, o Instituto Lula divulgou um “levantamento” segundo o qual o demiurgo de Garanhuns teria sido o “o mais votado para presidente em toda a história” (vide figura que ilustra esta postagem). Mas a história não é bem como os petistas gostaria que fosse.

É fato que dados do TSE atestam que Lula recebeu mais de 136 milhões de votos nominais, considerando os cinco pleitos que disputou (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006). Ocorre que ele só venceu os dois últimos.

Observação: A ainda me lembro de quando Lula, num debate com o também criminoso condenado (e já no xadrez) Paulo Maluf, rebateu a afirmação do concorrente, de que seria mais competente para presidir a Banânia, dizendo que “Maluf competia, competia, mas não ganhava”.  

Não se pode perder de vista que o Brasil é o terceiro país com maior número de eleitores no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Indonésia. E que, entre os países que lideram o ranking, é o único onde o voto é obrigatório. Da maneira divulgada pelos petistas, o levantamento não espelha uma análise proporcional do desempenho nas urnas, mesmo porque não é possível comparar países com diferentes números de eleitores sem incorrer em distorções. Além disso, as votações dos demais presidentes citados pelo Instituto se aproximam dos registros eleitorais de seus respectivos países, mas todos disputaram menos eleições do que Lula.

Na comparação com a Indonésia, o PT só levou em consideração os votos recebidos pela ex-presidente Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarno, o ditador que comandou o país entre a década de 1940 e 1960. Sukarnoputri, porém, não venceu as eleições que disputou em 2004 e 2009 ― ela foi derrotada por Susilo Bambang Yudhoyono, que, nos dois pleitos somados, contabilizou no primeiro turno mais de 111,3 milhões de votos ― menos do que Lula, mas é preciso lembrar que a Indonésia só passou a ter eleições democráticas a partir de 2004 ― quando Lula já havia disputado 4 eleições e vencido a de 2002.

No caso da Rússia, Putin participou das eleições de 2000, 2004 e 2012 e acumulou 134,9 milhões de votos ― número maior que o registrado por Obama, diferentemente do que aponta o Instituto Lula. Aliás, o levantamento cita três ex-presidentes americanos, mas não se pode esquecer que, nos EUA, o voto é indireto ― ou seja, vence quem tiver maioria no colégio eleitoral formado por 538 delegados distribuídos proporcionalmente pelos estados. Obama somou pouco mais de 134,7 milhões de votos, número menor que o que consta no levantamento do Instituto Lula, mas isso se restringe às eleições de 2008 e 2012, até porque a constituição americana prevê a possibilidade de reeleição uma única vez ― ou seja, se um presidente não conseguir se reeleger ao final dos 4 anos de governo, c’est fini.

Observação: Roosevelt disputou quatro eleições entre 1932 e 1944, somando pouco mais de 103 milhões de votos. No entanto, na década de 1930 a população americana não ultrapassava os 130 milhões de habitantes (contra os 235 milhões estimados em dezembro de 2017 pela agência governamental encarregada pelo censo nos Estados Unidos).


EM TEMPO

Os debates avançaram madrugada adentro, mas a Câmara finalmente aprovou ― por 340 votos a 72 e uma abstenção ― a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, a despeito dos esforços do partido dos imPrestTáveis e seus satélites. 

A previsão é de que a votação no Senado tenha início às 4h da tarde desta terça-feira, e o decreto seja aprovado também naquela Casa, já que, mesmo não sendo a melhor solução, é a única que se apresenta neste momento.


Na Câmara, a deputada emedebista Laura Carneiro, escolhida relatora pelo presidente da Casa, defendeu em seu parecer que o governo apresente um projeto complementar para alocar recursos federais às operações no Rio.

Vamos acompanhar para ver aonde isso tudo vai levar.

Visite minhas comunidades na Rede .Link:
http://acepipes-guloseimas-e-companhia.link.blog.br/

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

AINDA SOBRE O DESVARIO PETISTA


O julgamento de Lula pelo TRF-4 é o assunto da semana, e continuará sendo nos dias subsequentes ao veredito dos desembargadores (caso nenhum deles peça vista, pois isso suspenderia a sessão e a decisão final, prolongando a agonia nacional). Então, o jeito é continuar nesse tema e torcer pelo melhor.

Relembrando: a senadora Gleisi Hoffmann ― presidente do PT e ré no STF ―, em entrevista ao site “cumpanhêro” Poder 360, deu sua aula de selvageria ao brindar o bando de canastrões e vigaristas que encena a Ópera dos Malandros ― peça humorística que celebra a inocência de Lula ― com a seguinte pérola: Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente

O comentário pegou mal, como não poderia deixar de ser, a petralha remendou, alegando que o que disse foi apenas “força de expressão. No Twitter, ela postou o seguinte: Lula é o maior líder popular do país e está sendo vítima de injustiças e violências que atingem quem o admira. Assim, como não se revoltar com condenação sem provas?”

Como bem salientou Augusto Nunes, quase todo integrante do partido que virou bando lembra um napoleão-de-hospício. Mas nem o mais desatinado devoto da seita está disposto a perder a vida para preservar a liberdade de um criminoso condenado a 9 anos e meio de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro.

Petistas sempre foram bons de bravata. Em maio de 2000, durante uma manifestação de professores em greve, o então deputado José Dirceu ― hoje criminoso condenado, mas que continua em prisão domiciliar por obra e graça de alguns ministros do STF ― ensinou que os adversários do PT deveriam apanhar nas urnas e nas ruas. Uma semana depois, um bando de grevistas agrediu fisicamente o então governador Mário Covas, que já se encontrava debilitado pelo câncer que acabaria por matá-lo. Foi força de expressão, desconversou, anos mais tarde, o guerrilheiro de araque.

Força de expressão”, no dialeto dessa seita espúria, deve ser sinônimo de caso de polícia. Afinal, incitação ao crime e a apologia de crime ou criminoso. Pelo tamanho da capivara, ambos certamente sabem disso, embora não pareçam preocupados, até porque já cometeram delitos muito mais graves. O guerrilheiro de araque logo estará na gaiola pela terceira vez, e a presidente da facção só não foi engaiolada porque o foro privilegiado mantém em liberdade qualquer delinquente com mandato parlamentar. Mas tanto o mestre quanto a pupila poderiam ser enquadrados nos artigos 286 e 287 do Código Penal.

Os petistas querem mesmo fazer crer que o Brasil está às portas de uma convulsão, talvez até mesmo de uma guerra civil, caso os desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 resolvam condenar e eventualmente mandar prender o molusco. Porém, a despeito de a ameaça de baderna e de confrontos violentos ser grave, não se pode tomar ao pé da letra o que disse a presidente da quadrilha, conquanto não se deva menosprezar a capacidade petista de causar problemas, já suficientemente comprovada ao longo das três décadas de existência do partido. Por outro lado, o importante observar a verdadeira dimensão da mobilização em favor do demiurgo de Garanhuns, que, desde o momento em que ele se viu formalmente processado, tratou de qualificar seu caso como perseguição política. 

Afinal, se o “maior líder popular da história do Brasil” diz que é inocente, sem viva alma capaz de rivalizar com ele em honestidade, não caberia à Justiça outra atitude senão encerrar seu caso e se desculpar pelo inconveniente. Se os magistrados decidiram levar o caso adiante ― e, pior, condenar o pulha à prisão, como já fez o juiz Sérgio Moro ―, é porque há um complô, articulado pelas “elites”, visando evitar que o sumo pontífice da Petelândia volte ao poder.

A ideia, claro está, é constranger o Judiciário. Mas essa estratégia só teria alguma chance de êxito se houvesse efetivo risco de grave comoção nacional ante a eventual decisão de encarcerar Lula ― e é por isso que os petistas estão empenhadíssimos em dar a impressão de que grande parte do “povo” está de prontidão para enfrentar os “golpistas” aninhados no Judiciário. É nesse contexto que deve ser entendida a declaração de Gleisi Hoffmann sobre os cadáveres que a condenação do chefe poderia produzir. Ou seja, ela quis dar a entender que não só há gente disposta a morrer por Lula, mas também que os “golpistas” terão de reprimir violentamente as esperadas manifestações de protesto contra a condenação.

Para a jornalista Eliane Cantanhêde, a declaração de Gleisi é tão irresponsável quanto sua defesa do regime Maduro, que leva os venezuelanos ao desespero, ao desamparo, ao desabastecimento e à desesperança. Em vez de se aliar com a gente que sofre, a senadora vermelha, por pura questão ideológica, se alinha com a gente que impõe o sofrimento. No caso de Lula, ela tenta jogar o mundo petista contra a Justiça brasileira, o que nos leva à pergunta: se o TRF-4 absolver Lula, quem é a favor da prisão do crápula também pode sair matando gente?

As declarações estapafúrdias de Gleisi são chocantes, mas reforçam o quanto o Brasil está mudando e o quanto os próprios políticos estão esperneando. Nisso, perdem o senso, extrapolam e falam o que não podem ― e nem deveriam. O fato de o ex-presidente mais popular da redemocratização ter sido denunciado, julgado e até condenado em primeira instância já é uma mudança e tanto. Mas há muito mais: O que dizer de um presidente no exercício do mandato que sofreu duas denúncias da PGR no mesmo ano e tem agora de responder 50 perguntas “desrespeitosas e ofensivas”, segundo o próprio, da Polícia Federal? 

E o ex-poderoso governador Sérgio Cabral, que foi preso, condenado a dezenas de anos e agora transferido de penitenciária para não desfrutar de regalias? E as intervenções na Petrobrás e, na semana passada, na CEF?  E a prisão de Maluf ― que foi símbolo da corrupção por mais de 30 anos e agora virou o maior troféu do oposto, do combate à corrupção? E Bolsonaro, que as pesquisas apontam como principal concorrente de Lula? Perguntado por que recebe o auxílio-moradia da Câmara se tem imóvel em Brasília, o deputado respondeu: “Pra comer gente, tá?”.

Observação: Além de político reacionário, com ideias estapafúrdias, Bolsonaro vai se revelando também um poço de contradições. A principal é se dizer antipolítico. Como assim? Não bastasse estar no sétimo mandato de deputado federal, ele elegeu a ex-mulher duas vezes vereadora no Rio e meteu três filhos na política (Eduardo é deputado federal, Flávio, estadual, e Carlos, vereador). Foi na política que o clã de Bolsonaro amealhou mais R$ 15 milhões em imóveis. E é também como político que o patriarca pode usufruir de auxílio-moradia para “comer gente”. Isso é que é rejeição à política?

Voltando à novela do TRF-4 e o exterminador do plural, o presidente do PT do Rio Grande do Sul, deputado Pepe Vargas, disse à Folha que sua preocupação é com presença de infiltrados nos atos marcados para o dia do julgamento. Então, que fique bem claro: se houver violência, quebra-quebra e congêneres, a culpa não é da valorosa e pacífica militância vermelha. Pausa para as gargalhadas.

É até possível que algum desequilibrado resolva se martirizar por Lula, pois há louco para tudo. Mas é altamente improvável que mais alguém além do restrito grupo de adoradores do chefão petista se arrisque a quebrar uma unha que seja diante do infortúnio do petralha, ainda mais considerando-se o fato de que defender Lula significa defender um corrupto condenado.

Constatado o fato de que o apoio ao petralha contra os magistrados que o julgarão é muito mais limitado do que a propaganda do PT pretende fazer crer, é preciso que as autoridades usem tudo que a lei lhes faculta para impedir que os baderneiros a serviço daquele partido criem situações violentas que lhes possam servir de pretexto para denunciar um regime de exceção que só existe em suas delirantes fantasias.

O caminho que o PT escolheu não lhe dá outra opção senão a de provocar confrontos para que algo da desastrada profecia de sua presidente se realize. Para sorte do País, porém, a ameaça da senadora vermelha apenas simboliza o desvario que tomou conta dos petistas desde que seu grande líder foi flagrado com a boca na botija.

Assistam a este vídeo (não concordo com tudo o que ele diz, mas não há como não reconhecer que ele tem razão numa porção de coisas).


Visite minhas comunidades na Rede .Link:

sábado, 20 de janeiro de 2018

GLEISI HOFFMANN E A PRISÃO DE LULA


Político brasileiro não tem currículo, tem ficha-corrida. Se for do PT, então, nem se fale. Mas seria de esperar coisa muito diferente de um partido chefiado por um hepta-réu condenado, e presidido por uma débil mental que, em recente entrevista ao site vermelho Poder 360, saiu-se com a seguinte barbaridade: Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar.”

Gleisi Hoffmann ― ou “coxa”, como era identificada na planilha de propinas da Odebrecht ― é senadora pelo PT do Paraná e presidente nacional do Partido dos Trambiqueiros. Ela e seu notório marido ― Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento de Lula e das Comunicações no governo Dilma ― são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro num processo que já tem mais de 3.000 páginas e cujo julgamento deve ser pautado assim que o STF retornar do recesso. Mas esse currículo “invejável” não a impediu de suceder a Rui Falcão na presidência da ORCRIM; afinal, ninguém melhor do que um criminoso para comandar uma quadrilha.

Gleisi fez por merecer o posto. Não só liderando a tropa de choque de Dilma durante o impeachment, mas também cometendo toda sorte de atrocidades. Um bom exemplo se extrai do papelão que ela fez no ano passado, quando, acompanhada de outras quatro “companheiras de ideologia” e industriada por certo ex-guerrilheiro de araque e pelo mui suspeito presidente da CUT, ocupou a mesa diretora do Senado e obstruiu por mais de 6 horas a votação da reforma trabalhista. Para um país que mal superou o trauma de ter tido como primeira presidente mulher uma besta teleguiada pelo padrinho, esse protesto feminista com controle remoto masculino foi mais que lamentável.

Mas não é só. Ao assumir a presidência do PT, a senadora-ré declarou que o partido não faria autocrítica de seus atos escabrosos para não fortalecer o discurso dos adversários. E jamais perdeu uma chance de enaltecer a ditadura venezuelana: ao abrir o 23º encontro do Foro de São Paulo, na Nicarágua, Gleisi prestou solidariedade ao PSUV ― vítima, segundo o PT, de violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela. “Temos a expectativa de que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica”, disse a desqualificada, a despeito de aquele país amargar a segunda maior taxa de homicídios do mundo, conviver com uma taxa de inflação de mais de 2.000% ao ano e estar em permanente clima de “quase guerra civil”. Aliás, com a cara mais deslavada do mundo, a senadora delirante atribuiu as denúncias contra o governo de Nicolás Maduro a uma campanha da CIA e da “imprensa golpista”. É mole?

A entrevista de Gleisi ao site Poder 360, do “cumpanhêro” Fernando Rodrigues, demonstra não só a lamentável escalada de radicalização que os baba-ovos de Lula vêm promovendo contra o julgamento no TRF-4, mas também o descontrole emocional que domina as principais lideranças do partido. Aliás, em entrevista concedida à agência de notícias Bloomberg, a senadora mandou um recado aos investidores estrangeiros para que não se preocupassem, pois Lula, segundo ela, é um líder político conciliador e estaria disposto a publicar uma nova versão da carta aos brasileiros para garantir seus compromissos com o equilíbrio fiscal.

Como boa parte dos políticos em Brasília, Gleisi se descolou da realidade, principalmente depois de ver de ver se agigantarem as chances de seu amado líder ser impedido de concorrer à presidência da República e acabar seus dias na cadeia. Em sua página no Facebook, essa sumidade postou uma foto da torcida do Futball-Club Bayern München com uma mensagem que, para ela, seria de apoio a Lula ― como se o julgamento desse cafajeste estivesse mobilizando até mesmo torcidas organizadas alemãs ―, quando na verdade a foto mostrava uma faixa onde se lia “Forza Luca”, em alusão a um acidente sofrido por um torcedor. Ou seja, o fanatismo patético da senadora provocou uma ilusão de ótica que a fez ler Lula em vez de Luca.

De acordo com Merval Pereira, outros três episódios evidenciam que o julgamento de Lula no TRF-4 está mexendo com os nervos da presidente do partido. E não só com os dela. Os advogados do petralha resolveram  ― de última hora  ― incluir como “nova prova” da inocência de seu cliente a penhora do tríplex do Guarujá ― determinada indevidamente por uma juíza do DF numa ação movida por credores contra a OAS (mais detalhes na postagem de ontem). 

Zanin e companhia alegam que essa penhora demonstra de maneira irretorquível que o apartamento de Lula não é do Lula, esquecendo-se ― muito convenientemente ― de que Lula foi condenado justamente por tentar esconder a posse de fato do imóvel (que, aliás, foi confiscado judicialmente pelo juiz Sérgio Moro como produto do crime que resultou na condenação).

Em outra tentativa de alterar o andamento do processo, os rábulas lulistas pediram que seu cliente fosse ouvido novamente no TRF-4 antes do julgamento, alegando que o depoimento ao juiz Moro teria sido comprometido pela parcialidade do magistrado. O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava-Jato no TRF-4, rejeitou o pedido, naturalmente, até porque para aceitá-lo seria preciso anular o primeiro depoimento, o que só poderia ser feito pelo plenário da Corte de apelação. E a mais recente trama foi tentar incluir um advogado americano entre os defensores de Lula, mas ele não tem registro na OAB e, portanto, não pode atuar em nosso país. 

Para tumultuar ainda mais o julgamento, os deputados petistas Wadih Damous e Paulo Teixeira participarão da sessão e farão sustentações orais em favor do corréu Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula  ― que foi absolvido por Moro, mas recorreu da decisão (tem cabimento uma coisa dessas?). 

Enfim, o espetáculo circense está sendo armado, e o Tribunal, transformado em palanque com mais essa estratégia do PT para politizar o julgamento. Okamoto, registre-se, minimizou a verborragia estapafúrdia de Gleisi sobre prender Lula e morrer gente, afirmando tratar-se de força de expressão, e coisa e tal. O fiel escudeiro do petralha se imolou simbolicamente para atenuar o disparate da desmiolada, mas isso não diminui a gravidade da conclamação da militância a responder com violência à condenação de seu amado líder. 

Como se vê, o périplo do presidente do TRF-4 a gabinete de autoridades em Brasília, em busca de garantias para que o julgamento transcorra sob controle das forças de segurança, não foi desmotivado. O apelo ao confronto salta aos olhos na alta cúpula e na militância petista. Esperemos que sejam apenas bravatas irresponsáveis (o que já não é pouco), e que o “vai morrer gente” da presidente do PT seja mesmo força de expressão, mais uma de suas notórias “viagens na maionese”. A conferir nos próximos 4 dias.

Visite minhas comunidades na Rede .Link:

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

DIA 24 EM PORTO ALEGRE


DISCUTIR POLÍTICA COM PETISTA É COMO JOGAR XADREZ COM POMBO. ELE DERRUBA AS PEÇAS, CAGA NO TABULEIRO E SAI DE PEITO ESTUFADO, CANTANDO VITÓRIA.

No Brasil, político não tem currículo, tem ficha-corrida. Sobretudo se for do PT, que é chefiado por um hepta-réu condenado a 9 anos e meio de xadrez.

O PT continua negando existência de um plano B, mas vinha há tempos cogitando substituir Lula por Fernando Haddad na disputa à presidência, caso a condenação seja do molusco seja ratificada pela 8ª Turma do TRF-4 e o molusco se torne inelegível. Só que Haddad foi indiciado pela PF por falsidade ideológica eleitoral ― o famoso “caixa 2” ―, e agora o partido avalia a possibilidade de Jaques Wagner disputar a presidência, e Haddad, uma cadeira no Senado. Fala-se também que o ex-prefeito de Sampa seria o coordenador da campanha petista, mas seu indiciamento deve levar o partido a escalar a senadora Gleisi Hoffmann ― ré no STF por corrupção e lavagem de dinheiro ― para coordenar a campanha. Como se vê, só mudam as moscas, a merda é sempre a mesma. 

Observação: Dias atrás, Gleisi, que também é presidente do PT, produziu a seguinte pérola: “Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar.” É ou não uma ameaça terrorista, um desafio intolerável à Justiça? O que falta para essa criatura ser presa por incitação à violência?

O julgamento de Lula no TRF-4 promete muitas emoções, até porque o PT tenciona mobilizar milhares de militantes para fazer arruaças em Porto Alegre. Segundo a Folha, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, presidente daquele Tribunal, revelou que os magistrados vêm sofrendo ameaças, e que alguns deles até tiraram suas famílias do Estado. Para Roberto Veloso, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, as intimidações já não são veladas, mas púbicas, como se vê nos vídeos em que a militância ameaça partir para a depredação e até mesmo atear fogo no prédio do Tribunal.

De acordo com O Antagonista, os ataques aos desembargadores foram ordenados pelo próprio Lula: diz o site: “Diante da avaliação de que as chances de condenação são altas, a ordem agora é partir para cima. Com a arrecadação de fundos em baixa e as férias de janeiro favorecendo a desmobilização dos militantes, o Instituto Lula assumiu a linha de frente da defesa do ex-presidente. Se antes já foi discreto e evitou misturar-se publicamente ao PT, agora o instituo articula as ações dos principais líderes e movimentos sociais, além de dar o tom do conteúdo das redes sociais. E é o próprio Lula quem tem distribuído instruções a todos.” (Leia mais na coluna de Lauro Jardim em O GLOBO).

Essa beligerância dos petralhas não visa somente constranger a Justiça, mas também vender a imagem de que o Brasil vive um estado de exceção ― estratégia que não deu certo por ocasião do impeachment de Dilma Rousseff e que está fadada a ter o mesmo destino no caso do comandante máximo da ORCRIM. Todavia, só mesmo quem tem Q.I. de ameba acredita que os procuradores e juízes responsáveis por denunciar, processar e julgar Lula ferem o Estado Democrático de Direito, e que os petistas defendem o Estado Democrático de Direito ao ameaçar arrebentar, matar e morrer se o chefão for condenado em segunda instância

Por mais estranho que possa parecer à militância petista, se a condenação do Picareta dos Picaretas for mantida e ele se tornar inelegível ― ou, melhor ainda, se for devidamente encarcerado ―, o Brasil não só continuará existindo, mas será um país melhor. Vale lembrar que o mundo não acabou quando Lula foi conduzido coercitivamente para depor na PF, em março de 2016, quando se tornou réu pela primeira vez, quatro meses depois, nem quando sua pupila foi expelida do Palácio do Planalto, em agosto daquele ano. Ou quando Lula depôs pela primeira vez na 13ª Vara Federal de Curitiba, em maio de 2017, quando recebeu sua primeira sentença condenatória, dois meses depois, nem quando se tornou réu em outras seis ações penais ― aliás, o juiz Sérgio Moro deve julgar em breve o processo que trata da cobertura vizinha ao apartamento do Petista em SBC e do terreno comprado pela Odebrecht para sediar o “Instituto Lula”.

Por mais surpreendente que seja para a patuleia, Lula não é Deus nem tampouco está acima da Justiça terrena.

O que a escória vermelha ameaça fazer em Porto Alegre nada tem a ver com democracia. É coisa de arruaceiro, de bandido ― como costumam ser as “manifestações” insufladas pelo PT com a ajuda da CUT e de movimentos como o MST e MTST. É fundamental que as autoridades ajam com rigor para impedir essa barbaridade ― não a livre a manifestação do pensamento, naturalmente, mas a baderna, a violência. Se não o fizerem, não será por falta de aviso.

Para não ficar somente na minha opinião, ouçam o que disse Ricardo Boechat na última segunda-feira (a gravação se estende por cerca de 14 minutos, mas o trecho em que o jornalista trata do tema em pauta começa aos 7 minutos).


Visite minhas comunidades na Rede .Link:

sábado, 19 de agosto de 2017

GLEISI HOFFMANN E A CEGUEIRA MENTAL DA MILITÂNCIA SINISTRA


De acordo com José Saramago, Nobel de Literatura em 1998, “a cegueira é um assunto particular entre as pessoas e os olhos com que nasceram; não há nada que se possa fazer a respeito”.

Trata-se de uma alusão a um tipo de cegueira mental, na qual o escritor português joga com a diferença entre as palavras ver e olhar. O olhar aparece como a própria visão, o ato de enxergar, ao passo que o ver aparece como a capacidade de observar, de analisar uma situação. Para ele, a dificuldade em conseguir enxergar além do superficial pode ser encarada como a alienação do homem em relação a si mesmo.

Dito isso, passemos a Gleisi Hoffmann ― codinome “coxa” na planilha de propinas da Odebrecht. Ícone do panteão petista, a lourinha vermelha se tornou ré por ter recebido R$ 1 milhão em propina para sua campanha em 2010, e é investigada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (segundo a PF, ela recebeu R$ 4 milhões em propina da Odebrecht, em 2014, disfarçada de doação eleitoral). No entanto, esse currículo exemplar não impediu sua escolha para substituir o insosso Rui Goethe da Costa Falcão na presidência do PT. Antes pelo contrário: ninguém melhor do que um criminoso para comandar uma quadrilha. Demais disso, o exemplo vem de cima: o eterno presidente de honra do PT e principal articulador da promoção de Gleisi foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão no processo que envolve o notório triplex no Guarujá e é investigado em mais cinco ações penais, duas das quais sob a pena do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

Gleisi fez por merecer o posto. Durante o impeachment de Dilma, ela liderou a tropa de choque da imprestável, e após o desfecho norteou sua atividade parlamentar pela política do quanto pior melhor, além de vir promovendo uma oposição inconsequente que em nada contribui para o avanço do país. Semanas atrás, por orientação do ex-guerrilheiro de araque e ora presidiário José Dirceu e do mui suspeito presidente da CUT, ela e mais quatro “companheiras de ideologia” ocuparam por mais de 6 horas a mesa diretora do Senado, como forma de obstruir a votação da reforma trabalhista (que acabou sendo aprovada mesmo assim). Para um país que mal superou o trauma de ter como primeira presidente mulher uma besta teleguiada pelo padrinho, esse protesto feminista com controle remoto masculino foi algo lamentável.

Ao assumir a presidência do partido, Gleisi declarou que o PT não faria autocrítica de seus atos escabrosos para não fortalecer o discurso dos adversários: “não somos organização religiosa, não fazemos profissão de culpa, tampouco nos açoitamos. Não vamos ficar enumerando nossos erros para que a direita e a burguesia explorem nossa imagem”. Demais disso, vem enaltecendo a ditadura venezuelana. Ao abrir o 23º encontro do Foro de São Paulo, na Nicarágua, a senadora prestou solidariedade ao PSUV ― vítima, segundo o PT, de violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela. “Temos a expectativa de que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergência políticas se resolvam de forma pacífica”, disse a desqualificada, a despeito de aquele país amargar a segunda maior taxa de homicídios do mundo, conviver com uma taxa de inflação de 2.200% e um índice de desnutrição infantil que já alcança 20% das crianças com menos de 5 anos, além de contabilizar mais de 100 mortos na “quase guerra civil” em que se encontra já há algumas semanas. E Gleisi, com a cara mais deslavada do mundo, atribui as denúncias contra o governo de Nicolás Maduro a uma campanha da CIA e da “imprensa golpista”.

O que mais me causa espécie é a “valorosa militância vermelha” continuar endeusando líderes imprestáveis e apoiando incondicionalmente gente da pior espécie. Talvez a tal cegueira mental impeça essa gente de ver o que salta aos olhos das pessoas normais. Por que, então, Gleisi não faz a trouxa, pega sua turma e se muda para a Venezuela ou para Cuba? Ou será que ela acredita mesmo que conseguir driblar eternamente a justiça escondendo-se debaixo do manto pútrido do foro privilegiado?

Vamos ver o que vai dar no próximo dia 28, quando Gleisi e o marido, o ex-ministro petralha Paulo Bernardo, deverão prestar depoimento no STF. Cadeia neles! E Lula Lá!

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/