Se você está de saco cheio de ler sobre Lula e o PT nas minhas
postagens, acredite: mais cheio estou eu de escrever sobre
toda essa merda. Mas não tem jeito: enquanto o TSE e o STF não
definirem a situação eleitoral e penal do sacripanta, vamos ter de continuar
nessa toada. Então, fé em Deus e pé na tábua.
Assim que o ministro Celso
de Mello terminar de revisar o relatório de Edson Fachin, a 2.ª Turma do
STF deverá julgar o processo em que Gleisi
Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo
Bernardo, são acusados por crimes de corrupção
e lavagem de dinheiro (para quem não sabe, a senadora e atual presidente
nacional do PT figura em 10 ações no STF, sendo 7 criminais e 3
de indenizações aos cofres públicos). Por sua fidelidade canina a Lula, Dilma, “Coxa” ― codinome
da senadora vermelha nas planilhas de propina da Odebrecht ― foi escolhida para suceder a Rui Falcão no comando da ORCRIM
(afinal, ninguém melhor do que um criminoso para presidir uma agremiação
criminosa). Se for condenada, ela ficará inelegível pelos próximos 8 anos, e
sem ter como se reeleger, perderá o direito ao foro privilegiado no final de
2018, quanto termina seu mandato no Senado.
O “X” da questão
é que, além de Fachin e Celso de Mello, integram a Turma que
julgará a petista os ministros Gilmar
Mendes ― o divino ―, Dias Toffoli
― ex-advogado do PT e ex-assessor do
então ministro José Dirceu ― e Ricardo Lewandowski ― que foi guindado
à Corte por obra e graça da finada ex-primeira-dama Marisa Letícia.
O PT, que, por
padrão, costuma enxergar dos fatos somente a versão que lhe convém, está
perdendo de vez o contato com a realidade, talvez por ver se agigantarem as
chances de seu amado líder acabar na cadeia. Durante a discussão da Reforma Trabalhista no Senado, no ano passado,
Gleisi e outras quatro “companheiras
de ideologia” ocuparam
a mesa diretora e obstruíram a votação por mais de 6 horas. Ao assumir
a presidência do PT, a senadora declarou que o partido não faria autocrítica de seus atos
escabrosos para não fortalecer o discurso dos adversários; na Nicarágua, ao abrir o 23º encontro
do Foro de São Paulo, prestou solidariedade ao PSUV ―
vítima, segundo ela e o PT, de
violenta ofensiva da direita pelo poder na Venezuela.
Mais recentemente, a estapafúrdia entrevista concedida pela lourinha ao
site Poder 360 demonstrou não só a lamentável escalada de
radicalização que os baba-ovos de Lula vêm promovendo contra o
julgamento no TRF-4, mas também o descontrole emocional que domina
as principais lideranças do partido.
O medo de ela própria acabar na prisão parece embotar (ainda
mais) o já limitado raciocínio da comandanta
do PT. Em janeiro, ela viu “Forza Lula” numa faixa exibida pela
torcida do Bayern de Munique que
ostentava a inscrição “Forza Luca” ―
em referência ao jogador italiano ferido numa briga entre torcedores (detalhes nesta postagem). Na semana passada,
viu uma homenagem a seu partido no título da música Vai Dar PT, cantada por Leo
Santana no Carnaval da Bahia ― e ao saber que as duas consoantes eram as
iniciais da Perda Total a que
se refere a letra, garantiu que a expressão aludia ao governo Michel Temer. E como se não bastasse,
ainda tentou colocar no colo dos que ridicularizaram a gafe o filhote concebido
por Lula e amamentado por Dilma (afinal, foi o deus pai da
petelândia quem decidiu que o vice do poste, nas campanhas de 2010 e 2014,
seria o hoje presidente da Banânia).
Gleisi e seus
acólitos parecem dispostos a bater seu próprio recorde de ridículo: Semanas
atrás, o Instituto Lula divulgou um
“levantamento” segundo o qual o demiurgo
de Garanhuns teria sido o “o mais
votado para presidente em toda a história” (vide figura que ilustra esta
postagem). Mas a história não é bem como os petistas gostaria que fosse.
É fato que dados do TSE atestam
que Lula recebeu mais de 136 milhões de votos nominais,
considerando os cinco pleitos que disputou (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006). Ocorre
que ele só venceu os dois últimos.
Observação: A ainda me lembro de quando Lula, num debate com o também criminoso
condenado (e já no xadrez) Paulo Maluf,
rebateu a afirmação do concorrente, de que seria mais competente para presidir
a Banânia, dizendo que “Maluf competia, competia, mas não ganhava”.
Não se pode perder de vista que o Brasil é o terceiro país com maior número de eleitores
no mundo, atrás apenas dos Estados
Unidos e da Indonésia. E que,
entre os países que lideram o ranking, é o único onde o voto é obrigatório. Da
maneira divulgada pelos petistas, o levantamento não espelha uma análise
proporcional do desempenho nas urnas, mesmo porque não é possível comparar
países com diferentes números de eleitores sem incorrer em distorções. Além
disso, as votações dos demais presidentes citados pelo Instituto se aproximam dos registros eleitorais de seus respectivos
países, mas todos disputaram menos eleições do que Lula.
Na comparação com a Indonésia,
o PT só levou em consideração os
votos recebidos pela ex-presidente Megawati
Sukarnoputri, filha de Sukarno,
o ditador que comandou o país entre a década de 1940 e 1960. Sukarnoputri, porém, não venceu as eleições que disputou em 2004
e 2009 ― ela foi derrotada por Susilo
Bambang Yudhoyono, que, nos dois pleitos somados, contabilizou no primeiro
turno mais de 111,3 milhões de
votos ― menos do que Lula, mas é
preciso lembrar que a Indonésia só passou
a ter eleições democráticas a partir de 2004 ― quando Lula já havia disputado 4
eleições e vencido a de 2002.
No caso da Rússia, Putin participou das eleições de 2000, 2004 e 2012 e acumulou 134,9 milhões de votos ― número maior
que o registrado por Obama, diferentemente
do que aponta o Instituto Lula. Aliás,
o levantamento cita três ex-presidentes
americanos, mas não se pode esquecer que, nos EUA, o voto é indireto ― ou seja, vence quem tiver maioria no
colégio eleitoral formado por 538 delegados distribuídos proporcionalmente
pelos estados. Obama somou pouco
mais de 134,7 milhões de votos,
número menor que o que consta no levantamento do Instituto Lula, mas isso se restringe às eleições de 2008 e 2012, até
porque a constituição americana prevê a possibilidade
de reeleição uma única vez ― ou seja, se um presidente não conseguir se
reeleger ao final dos 4 anos de governo, c’est fini.
Observação: Roosevelt disputou quatro eleições entre 1932 e 1944, somando pouco mais de 103 milhões de votos. No entanto, na
década de 1930 a população americana não ultrapassava os 130 milhões de habitantes (contra os 235 milhões estimados em
dezembro de 2017 pela agência governamental encarregada pelo censo nos Estados Unidos).
EM TEMPO:
Os debates avançaram madrugada adentro, mas a Câmara finalmente aprovou ― por 340 votos a 72 e uma abstenção ― a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, a despeito dos esforços do partido dos imPrestTáveis e seus satélites.
A previsão é de que a votação no Senado tenha início às 4h da tarde desta terça-feira, e o decreto seja aprovado também naquela Casa, já que, mesmo não sendo a melhor solução, é a única que se apresenta neste momento.
EM TEMPO:
Os debates avançaram madrugada adentro, mas a Câmara finalmente aprovou ― por 340 votos a 72 e uma abstenção ― a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, a despeito dos esforços do partido dos imPrestTáveis e seus satélites.
A previsão é de que a votação no Senado tenha início às 4h da tarde desta terça-feira, e o decreto seja aprovado também naquela Casa, já que, mesmo não sendo a melhor solução, é a única que se apresenta neste momento.
Na Câmara, a deputada emedebista Laura Carneiro, escolhida relatora pelo presidente da Casa, defendeu
em seu parecer que o governo apresente um projeto complementar para alocar
recursos federais às operações no Rio.
Vamos acompanhar para ver aonde isso tudo vai levar.
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