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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR



Se tanto Bolsonaro quanto Lula odeiam a imprensa, por que o fundador do partido dos trabalhadores que não trabalham sempre foi mimado e enaltecendo até por virtudes que não tinha, enquanto o capitão caverna é tratado como inimigo público?

Se o juiz condena o réu, como este pode continuar a ser considerado inocente?

Se a súmula 09 do STJ cristalizou o entendimento de que a prisão do condenado em segunda instância não ofende a presunção de inocência; se, nos últimos 80 anos, a prisão após o trânsito em julgado vigeu somente entre 2009 e 2016, e se, a despeito de esse tema ter sido rediscutido três vezes desde 2016, por que diabos o STF o está julgando novamente?

Observação: A suprema banda podre, digo, ala garantista, parece querer pôr à prova o Teorema do Macaco Infinito, segundo o qual um milhão de macacos datilografando aleatoriamente em um milhão de máquinas de escrever formaria em algum momento a obra completa de Shakespeare.

Por ter vestido uma camiseta com a foto do candidato Bolsonaro, a procuradora Carmen Bastos teve de se afastar do caso Marielle; por ter sido advogado de Lula, Dias Toffoli virou presidente do STF e quer livrar o chefão da cadeia com o fim da prisão de condenados em 2ª instância. Será que há dois tipos de procuradores no Ministério Público? É o que parece, pois os que votaram em Bolsonaro são expulsos de casos que interessam o PT, e os que votam no PT podem tudo, o mundo acaba se alguém tocar neles.

Por que mortes como as de Ulysses Guimarães (1992), PC Farias (1996), Celso Daniel (2002), Eduardo Campos (2014), Teori Zavascki (2017), Marielle Franco (2018) e o atentado contra o então candidato Jair Bolsonaro (2018) continuam sem solução ou foram classificados como "acidentes" e soterrados sob conclusões nada convincentes? Falta competência à nossa polícia ou vontade política para deixar os policiais fazerem seu trabalho?

Observação: Embora não se trate de crime contra a vida e sim de assassinato de reputações, a espúria Vaza-Jato, produzida a partir de informações tóxicas extraídas de arquivos com conteúdo mais que suspeito e obtidos criminosamente (hackeamento digital), tem indícios claros do envolvimento de Manuela D'Ávila. Segundo diálogos anexados ao inquérito que apura o caso, o líder do grupo hacker, conhecido como Vermelho, ofereceu à ex-deputada psolista munição com poder de fogo para de tirar Lula da prisão e anular os processos da Lava-Jato, e ela mediou a transação entre ele e Verdevaldo das Couves. Tudo com a mais pura das intenções, naturalmente...

Responda quem souber.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

WALTER DELGATTI E A LAND ROVER DE MANUELA D'ÁVILA — NÃO SÃO NOSSAS VONTADES OU PREFERÊNCIAS QUE DETERMINAM O QUE É OU NÃO VERDADE



Perto de completar um mês, a prisão dos responsáveis pela invasão de celulares de autoridades já não desperta tanto interesse, a exemplo das mensagens supostamente trocadas entre o Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e procuradores da Lava-Jato, vazadas a partir de arquivos digitais obtidos criminosamente pelos hackers e cedidos graciosamente a Verdevaldo das Couves, o paladino da Justiça, pelo benemérito chefe do bando, Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, cuja capivara sugere que, de graça, ele não dá nem bom-dia. Mas o assunto continua servindo de pano de fundo para toda sorte de Fake News, como a que atribui à ex-deputada do PCdoB e ex-candidata a vice-presidente da República na chapa do PT, Manuela D'Ávila, a propriedade do Land Rover apreendida em poder de Vermelho.

Logo depois que Vermelho disse à PF que Manuela foi a intermediária que o colocou em contato com o comandante do panfleto digital esquerdista The Interpret, a ex-parlamentar divulgou nota afirmando que repassou o contato do jornalista, e autorizou seus advogados a “entregarem cópias das mensagens” a investigadores da PF. Mais adiante, um requerimento de autoria do deputado federal Capitão Augusto, do PL, aprovado na última terça-feira, convida Manuela a comparecer a uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal, para dar explicações.

Embora a notícia sobre o Land Rover tenha viralizado nas redes sociais, não há provas — pelo menos até onde se sabe — de que Manoela pagou Vermelho pelo material hackeado, nem, muito menos, de que o tal veículo teria sido usado como moeda de troca. Aliás, nenhuma Land Rover foi apreendida com o hacker. Embora haja relatos de que, de fato, ele andasse com uma, não há nada que ligue a ex-vice na chapa encabeçada pelo bonifrate de Lula, o podre, com o carro em questão. 

Sabe-se, isso sim, que Delgatti ostenta uma respeitável capivara, com seis processos na Justiça paulista por crimes de estelionato, furto qualificado, apropriação indébita e tráfico de drogas, e que acumula duas condenações. Sabe-se também que ele é um estelionatário fanfarrão, que já foi flagrado com uma carteira de estudante de medicina da USP e uma de delegado da Polícia Civil de São Paulo, e que publicou no Facebook fotos com um “leque” de ao menos vinte notas de 100 dólares e com um fuzil em um clube de tiro nos Estados Unidos. Que, poucos dias antes de ser preso pela PF, ele dirigia uma Land Rover branca pelas ruas de Ribeirão Preto, onde passara a viver. A bordo do carrão, deixou pendurada em um posto de gasolina da cidade uma fatura de R$ 200, alegando ao frentista que o cartão de crédito não estava funcionando. E nunca mais voltou lá. Todavia, as fotos usadas como “ilustração” nas tais mensagens nada têm a ver com ele. Uma delas foi retirada de um anúncio na OLX , e a outra, de uma operação da Polícia Federal que apreendeu carros em Goiás em janeiro de 2019.

Claro que isso não significa que o PT não esteja por trás dessa merdeira, nem que Vermelho esteja dizendo a verdade quando afirma que nada recebeu em troca do material entregue ao site comunista. Até porque o propósito dos vazamentos feitos pelo Interpret e seus satélites (FOLHA/UOL, BandNews e VEJA, entre outros) é denegrir a imagem do ex-juiz Sérgio Moro, do coordenador da Lava-Jato em Curitiba e da própria força-tarefa. Por outro lado, as "notícias" veiculadas nas redes sociais visando ligar Manuela ao carro são vagas, alarmistas e repletas de erros ortográfico-gramaticais, além de seguirem o tradicional formato usado em Fake News políticas. Como no caso do HB20 de Adélio Bispo — o estripador de Bolsonaro — que seria do ex-deputado Jean Wyllys —, ex-deputado federal do PSOL que desistiu de assumir o terceiro mandato e se autoexilou na Espanha por medo de acabar como a vereadora e colega de partido Danielle Franco, o deixando sua cadeira livre para o suplente, David Miranda, que acontece de ser marido de ninguém menos que... Verdevaldo das Couves.

Resumo da ópera: Nenhuma Land Rover foi apreendida com Vermelho e tampouco há provas de que o veículo que ele utilizava era de Manuela D’Ávila. Ou seja, as mensagens que circulam na Web não passam de Fake News. A verdade pode contrariar preceitos profundamente enraizados e não coadunar com o que queremos desesperadamente que seja verdade. Em outras palavras, não são nossas vontades ou preferências que determinam o que é ou não verdade.