A ALMA HUMANA E OS BOLSOS DE BATINAS DE PADRES OCULTAM MISTÉRIOS INSONDÁVEIS.
Se você acompanha meus escritos, deve estar lembrado que no post de 13 de fevereiro passado eu disse que 2016
deveria perder o título de “Ano do Ransomware”
para 2017. Pois bem, dito e feito: parece essa previsão vem se concretizando. Ao menos à luz do
mega ataque hacker desfechado recentemente, que se disseminou como metástase pelos
quatro continentes.
OBSERVAÇÃO: Embora a língua seja dinâmica e o uso consagre a regra, não é apropriado (para dizer o mínimo) tratar por hacker indivíduos que se dedicam a pichar sites, desenvolver códigos maliciosos e tirar proveito da ingenuidade alheia ─ ou a ganância, em certos casos. Para esses, a Comunidade Hacker cunhou o termo cracker, ainda que, por qualquer razão insondável, essa distinção seja solenemente ignorada, inclusive pela mídia especializada. Para saber mais, reveja esta postagem.
Como já dediquei dois ou três artigos ao WannaCrypt, não vou me deter em detalhes sobre a suposta origem da praga e as principais empresas afetadas, mas apenas enfatizar o fato de que, como na política tupiniquim, quando a gente pensa que já viu tudo surgem novas revelações ainda mais estarrecedoras.
OBSERVAÇÃO: Embora a língua seja dinâmica e o uso consagre a regra, não é apropriado (para dizer o mínimo) tratar por hacker indivíduos que se dedicam a pichar sites, desenvolver códigos maliciosos e tirar proveito da ingenuidade alheia ─ ou a ganância, em certos casos. Para esses, a Comunidade Hacker cunhou o termo cracker, ainda que, por qualquer razão insondável, essa distinção seja solenemente ignorada, inclusive pela mídia especializada. Para saber mais, reveja esta postagem.
Como já dediquei dois ou três artigos ao WannaCrypt, não vou me deter em detalhes sobre a suposta origem da praga e as principais empresas afetadas, mas apenas enfatizar o fato de que, como na política tupiniquim, quando a gente pensa que já viu tudo surgem novas revelações ainda mais estarrecedoras.
De acordo com o portal de tecnologia Computerworld, a diferença entre os ataques anteriores do WannaCrypt ― que nada tem de especial
ou de mais sofisticado que a maioria dos ransomwares ― é a existência de um
componente tipo worm que lhe permite
infectar computadores explorando uma vulnerabilidade de execução crítica de
código remoto na implementação do protocolo SMBv1 do Windows, que foi corrigida pela Microsoft em março.
O problema é que novas versões da praga vêm sendo
descobertas, além de imitações que estão em vários estágios de desenvolvimento.
Nem todas são capazes de criptografar arquivos, mas elas sugerem que os
ataques, tanto pelos autores do WannaCrypt quanto por outros cibercriminosos, devem continuar.
A despeito dos patches disponíveis, seu computador pode
permanecer vulnerável por algum tempo, até porque alguns fornecedores de
ferramentas de segurança ainda estão analisando os ataques bem-sucedidos ao MS08-067 ― vulnerabilidade do Windows responsável pela disseminação do
Conficker há nove anos.
Então, como seguro morreu de velho:
― Evite clicar em
links duvidosa e jamais abra anexos de email suspeitos.
― Faça backups de
arquivos importantes regularmente (o PC Transfer disponibiliza uma maneira simples
e prática de fazer rapidamente o backup de seus arquivos).
― Mantenha o sistema e
os aplicativos atualizados (inclusive seu arsenal de segurança).
― Instale uma ferramenta
anti-ransomware no seu PC, como o IObit
Malware Fighter 5. Mais informações e download em http://www.iobit.com/pt/malware-fighter.php.
A última quinta-feira uma loucura para os jornalistas. A
cada minuto, uma notícia diferente: Temer
marca depoimento em rede nacional para 16h; Temer adia depoimento em rede nacional para 18h; Temer vai renunciar; Temer não vai renunciar...
Naturalmente, toda essa correria potencializa as chances de erro ao dar as notícias,
e foi exatamente isso o que aconteceu na Globo
News, como você pode conferir na imagem que ilustra este post.
Brincadeiras à parte ― até porque a situação não está para
rir ― no final da mesma quinta-feira, Temer
fez um pronunciamento à nação. Visivelmente aborrecido, o acusado rechaçou em
tom incisivo as acusações “levianas”, repudiou a gravação “clandestina” e
enfatizou (duas vezes) que não
renunciaria à presidência. Veja o trecho a seguir:
(...) Desde logo, ressalto que só
falo agora dos fatos que se deram ontem porque eu tentei conhecer primeiramente
o conteúdo de gravações que me citam. Solicitei, aliás, oficialmente ao Supremo
Tribunal Federal acesso a esses documentos, mas até o presente momento não o
consegui. (...) Repito e ressalto: em nenhum momento autorizei
que pagassem a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de
ninguém. Por uma razão singelíssima exata e precisamente, porque não tenho
relação. (...) Por isso, quero registrar enfaticamente: a investigação pedida
pelo Supremo Tribunal Federal será território onde surgirão todas as
explicações. E no Supremo demonstrarei não ter nenhum envolvimento com estes
fatos. (...) Não renunciarei. Repito. Não renunciarei. Sei o que fiz e
sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os
esclarecimentos ao povo brasileiro. Esta situação de dubiedade ou de dúvida não
pode persistir por muito tempo. Se foram rápidas nas gravações clandestinas,
não podem tardar nas investigações e na solução respeitantemente a essas
investigações.
Como reconheceu o presidente, seu pronunciamento foi ao ar quando ainda não se tinha conhecimento da dimensão das delações. Até aquele momento, Temer tinha ouvido apenas um trecho de sua conversa com Joesley Batista, na qual o empresário desfiou um rosário de atos criminosos de arrepiar os cabelos. Dentre outras coisas, ele disse ter “na gaveta” o procurador da República Ângelo Goulart Villela, a quem pagava uma mesada de R$ 50 mil em troca de informações privilegiadas da operação Greenfield (que tinha a JBS como um dos alvos). Em outro trecho, afirmou ter “zerado as contas” com Eduardo Cunha ― preso na Lava-Jato desde o final do ano passado ―, e que vinha pagando uma mesada de R$ 400 mil a Lucio Funaro, operador financeiro de Cunha, em troca do silêncio de ambos (Cunha conhece como ninguém os bastidores do Congresso e provavelmente tem informações altamente comprometedoras sobre o impeachment da ex-presidanta incompetenta).
Como reconheceu o presidente, seu pronunciamento foi ao ar quando ainda não se tinha conhecimento da dimensão das delações. Até aquele momento, Temer tinha ouvido apenas um trecho de sua conversa com Joesley Batista, na qual o empresário desfiou um rosário de atos criminosos de arrepiar os cabelos. Dentre outras coisas, ele disse ter “na gaveta” o procurador da República Ângelo Goulart Villela, a quem pagava uma mesada de R$ 50 mil em troca de informações privilegiadas da operação Greenfield (que tinha a JBS como um dos alvos). Em outro trecho, afirmou ter “zerado as contas” com Eduardo Cunha ― preso na Lava-Jato desde o final do ano passado ―, e que vinha pagando uma mesada de R$ 400 mil a Lucio Funaro, operador financeiro de Cunha, em troca do silêncio de ambos (Cunha conhece como ninguém os bastidores do Congresso e provavelmente tem informações altamente comprometedoras sobre o impeachment da ex-presidanta incompetenta).
Temer ouviu a
conversa do ora delator como nós ouviríamos as indiscrições extraconjugais
de um velho amigo. E além de ser conivente, ele exortou o empresário a
continuar subornando seus desafetos (segundo Batista, suas palavras foram “é
importante continuar isso”), embora qualquer chefe de governo responsável deveria,
no mínimo, mandar prender seu interlocutor. Aliás, Temer nem deveria receber um investigado por corrupção
no Palácio do Jaburu, tarde da noite
e da maneira fortuita como se deu o encontro em questão.
Temer realmente cogitou renunciar, mas reconsiderou ao saber que “a
montanha havia parido um rato” (consta que ele teria dito isso a assessores
de confiança, ao tomar conhecimento do conteúdo da gravação). Mal sabia o
que estava por vir depois de seu pronunciamento. E pelo andar da carruagem, se a gente achava que o acordo de leniência da Odebrecht e os depoimentos dos 77
executivos do Grupo eram a Delação do
Fim do Mundo, como classificar esta aqui? (Aceito sugestões).
Volto amanhã ― ou a qualquer momento em edição extraordinária. Antes de encerrar, gostaria de lembrar à patuleia
ignara ― que vem comemorando alegremente o caminhão de merda que ameaça soterrar o governo
Temer e levar de embrulho Aécio, Serra e distinta companhia ― que Joesley também fala do PT,
de Lula e de Dilma. Segundo ele, foram transferidos para uma conta no exterior,
a título de “vantagens indevidas”, nada menos que 50 milhões de dólares ao ex-presidente petralha, e outros 30
milhões ― em outra conta, também no exterior ― para ex-presidanta incompetenta. E tudo por intermédio do ex-ministro Guido
Mantega. Como se já não bastassem as revelações bombásticas dos
marqueteiros João Santana e Mônica Moura sobre a alma viva mais
honesta do Brasil e sua fiel escudeira e sucessora, que porejam lisura e destilam seu repúdio
aos “delatores mentirosos” ― que, na opinião distorcida desses irracionais, só mentem quando falam do PT e
dos petistas.
Acorda, povo!
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