Enquanto seu time de advogados estrelados coleciona derrotas
nos mais de 70 recursos impetrados nas diversas instâncias do Judiciário, a autodeclarada alma viva mais honesta do Brasil aguarda o julgamento de mais dois processos que tramitam na 13ª Vara Federal do
Paraná, em Curitiba, sob a pena da juíza substituta Gabriela Hardt. Num deles, os autos estão conclusos para sentença
desde antes das eleições; no outro, ficarão conclusos a partir do dia 7 de janeiro, quando
termina o prazo para as alegações finais da defesa.
Nesse entretempo, no melhor estilo de chefe do crime
organizado, o Lula transformou sua cela em comitê de campanha, recebeu um
sem-número de visitantes (média de 3 por dia) e tentou de todas as formas
manipular as eleições presidenciais. Quando o TSE finalmente rejeitou sua candidatura — uma falácia que todos
sabiam como acabaria, mas que tumultuou o processo sucessório por semanas a fio
—, o presidiário mais ilustre do Brasil se fez substituir na chapa pelo poste
com que empalou os paulistanos em 2012, uma vez que ex-governador baiano Jaques Wagner não se dispôs a fazer o
vergonhoso papel de fantoche.
Com a derrota de Haddad
no segundo turno (por uma diferença de quase 11 milhões de votos), o molusco parlapatão viu descer pelo ralo o perdão presidencial que tencionava
conceder a si mesmo se sua marionete se elegesse — ou alguém ainda duvida de
que que Haddad na presidência seria Lula no poder? Como se não bastasse, a
decisão do ministro Edson Fachin, de
remeter para a primeira instância uma denúncia do MPF contra o “Quadrilhão do
PT”, foi confirmada pelo plenário do STF.
No último dia 23, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal do DF, aceitou essa nova denúncia e, além de Lula, tornaram-se réus no processo Dilma Rousseff, Guido Mantega, Antonio Palocci e
João Vaccari Neto. Mas não é só: no mesmo dia, o relator da Lava-Jato no STJ, ministro Felix Fischer,
negou o recurso especial em que a defesa do demiurgo de Garanhuns pedia a revisão de sua condenação em segunda instância no caso
do tríplex.
Na última segunda-feira, 26, a Força Tarefa da Lava-Jato em São Paulo denunciou Lula pelo crime de lavagem de dinheiro (ele teria recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o
governo de Guiné Equatorial e o
grupo brasileiro ARG para a
instalação da empresa naquele país). Além do ex-presidente, foi denunciado também o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo,
pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e
lavagem de dinheiro (como Lula tem
mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele).
Segundo os procuradores do MPF, emails encontrados em computadores do Instituto Lula, apreendidos em março de 2016 na 24ª fase da Operação Lava-Jato de Curitiba,
comprovam o envolvimento do molusco na maracutaia. O caso foi remetido à Justiça Federal de São Paulo por ordem
do então juiz Sérgio Moro, e tramita
na 2ª Vara Federal, especializada em
crimes financeiros e lavagem de dinheiro, que analisará a denúncia.