A Chrysler reduziu recentemente o preço de quatro modelos de suas marcas no Brasil. O Jeep Grand Cherokee, por exemplo, passou de R$ 179.900 para R$ 159.900 – mas ainda assim continua custando três vezes mais do que em Miami (assunto que foi ridicularizado no site da FORBES, como você pode conferir aqui).
Parece que, à semelhança dos políticos, as montadoras gostam
de fazer o povo brasileiro de palhaço. Os modelos Camaro
e Malibu, da Chevrolet, também custam três
vezes mais no Brasil do que nos EUA, e
o Toyota Corolla, vendido
por US$ 21.658 para os argentinos, para nós não sai por menos de US$ 37.636.
Note que esse despautério atinge também os veículos fabricados localmente – que estão 30 anos atrasados em relação aos modelos internacionais, mas nem por isso deixam de figurar entre os mais
caros do mundo.
Observação: Isso
sem mencionar os encargos de financiamento:
um carro de R$ 60 mil, se financiado em 48 parcelas e juros de 4,23%
ao mês, saíra por R$ 141.144,20 (ou seja, mais do que o dobro do preço à vista).
A desculpa das montadoras é o “custo Brasil” – combinação
de falta de produtividade com infraestrutura indigente, tributação excessiva da
mão de obra e um cipoal de impostos e burocracia – o que até faz sentido: para
se ter uma ideia, nossas tarifas de energia embutem nada menos
que 14 encargos, ao passo que em países como Chile, México, Portugal e Alemanha
o peso dos tributos é zero. No entanto, a margem de lucro das
montadoras chega a ser três vezes maior no Brasil do que nos outros
países – em alguns casos, as sucursais instaladas aqui pelas nossas
bandas são responsáveis por boa parte do lucro global de suas matrizes. É mole ou quer mais?
Semana que vem tem segundo turno, pessoal. Votem conscientemente!
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