Até lançar o Windows
10, a Microsoft atualizava seu
festejado sistema a cada dois ou três anos, e os usuários adotavam
imediatamente as novas edições, ainda que para isso fosse preciso adquirir uma
cópia selada que custava os olhos da cara, e nem sempre o “novo sistema” era
melhor do que o anterior — caso do Millennium
em relação ao Win 98, do Vista em relação ao XP e do Windows 8/8.1 em relação ao Seven.
Em meados de 2015, a empresa passou a tratar o Windows como “serviço”, e a partir de então disponibilizou quatro atualizações abrangentes,
a saber: Anniversary
Update (build 1607), em julho de 2016, Creators
Update (1703), em meados do ano passado, Fall Creators
Update (1709), em novembro último, e April
Update, quatro meses atrás.
Alguns desses updates deram muita dor de cabaça a quem os
instalou prontamente — como eu costumo dizer, “os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito” —, já
que alguns bugs (erros de programação) só foram identificados depois do lançamento das atualizações. Aliás, antes do Windows
passar a “serviço”, eu recomendava aos leitores que só migrassem para uma nova
edição quando ela recebesse seu primeiro Service Pack (“pacote” de correções destinadas a solucionar
problemas identificados depois do lançamento comercial do programa).
Com o lançamento do Windows
10, a Microsoft substituiu os Service Packs pelos tais updates abrangentes, o que desobriga
o usuário de gastar com a aquisição de cópias seladas das novas edições. Por outro lado, os bugs
recorrentes são uma aporrinhação, sobretudo porque, além de empurrar os pacotes através do Windows Update, a empresa dificultou o gerenciamento das atualizações automáticas. Além de
definir o “horário ativo” do computador (para que a instalação não ocorra num momento em que o usuário tem tarefas importantes a executar) e proceder a mais um ou dois ajustes, não há
como inibir a instalação dos patches — o que faz toda a diferença
quando eles são problemáticos (claro que existem maneiras de contornar esse obstáculo, mas o procedimento não é nada intuitivo e, não raro, se torna inacessível para usuários menos iniciados).
Talvez por isso muita gente ainda relute me abandonar as edições vetustas do sistema, ainda que essa prática não seja recomendável, pois expõe o usuário a riscos consideráveis. Mas isso é assunto para a próxima postagem.
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