Muita gente nem se lembra em quem votou para deputado e
senador nas últimas eleições. É compreensível: no mesmo pleito em que escolhe o
próximo presidente da República, o eleitor precisa votar nos candidatos
a governador, senador, deputado federal e estadual.
O horário eleitoral obrigatório — que neste ano começa mais tarde e
dura menos tempo — até ajuda quem não têm acesso à internet e às redes sociais, mas, como política e honestidade são coisas mutuamente
excludentes, não se pode confiar cegamente nas promessas de campanha. Além disso, alguns candidatos têm mais tempo para mentir do que os outros, pois a exposição no rádio e na TV não é dividida irmãmente entre eles — daí o finado Enéas Carneiro, do PRONA, despejar meia dúzia de frases numa velocidade que dava inveja a locutores esportivos e concluir suas falas com o indefectível bordão “Meu nome é Enéas”. E como vivemos numa terra em que criminosos condenados — pasme! — continuam
exercendo normalmente suas atividades parlamentares e — absurdo dos absurdos — um corrupto sentenciado a 12 anos e 1 mês
de prisão, que cumpre pena em regime fechado, faz o diabo para posar de
candidato à presidência da República, é imprescindível escarafunchar minuciosamente cuidadosamente a vida pregressa e a carreira política dos candidatos.
A lei eleitoral determina que postulantes a cargos públicos apresentem certidões de “nada consta criminal”, de maneira a comprovar que não devem nada à Justiça. Todavia, brechas na legislação — que é criada pelo Poder Legislativo, ou seja, por deputados e senadores — permitem a apresentação de declarações do tribunal local e da Justiça Federal do estado onde o candidato é residente e domiciliado.
Observação: O santarrão Cabo Daciolo responde a inquérito por suposto desvio de verba pública,
mas entregou ao TSE uma certidão de “nada
consta”, porque o órgão emissor só lista condenações. Outro exemplo é o tucano Geraldo Alckmin, que é investigado por
suposto recebimento de doações de campanha via caixa 2 — ele não é réu nem
muito menos foi condenado, mas, na atual conjuntura, uma simples investigação é
prato cheio para os adversários.
Enfim, quem tem acesso à Web tem à disposição diversas soluções digitais que ajudam a separar o joio do trigo. Dentre elas:
O Vigie Aqui é uma extensão para o Google Chrome que
destaca na cor roxa os políticos ficha-suja mencionados nos websites. Outra iniciativa digna de menção é a plataforma #MeRepresenta, através da qual é possível pesquisar a
opinião dos políticos acerca de temas relacionados com direitos humanos.
O site MeuCongressoNacional oferece informações
sobre o mandato de deputados federais e
senadores — tais como as comissões de que eles participam,
os projetos de lei ou de emenda constitucional que cada um já apresentou e,
principalmente, a maneira como utilizam o dinheiro das cotas parlamentares.
O aplicativo Pardal
— Faça sua denúncia aqui permite enviar denúncias de práticas indevidas
ou ilegais no âmbito da Justiça Eleitoral — note que elas devem conter
informações e evidências que ajudem no combate a crimes eleitorais.
O Newsletter Incancelável
usa a inteligência de monitoramento do News
Monitor (que indexa mensalmente mais de 5 milhões de notícias de 50 mil
sites e veículos) para auxiliar o eleitor a acompanhar os conteúdos mais
relevantes sobre seus candidatos — antes das eleições e durante seus mandatos —
de uma maneira prática e regular.
Por último, mas não menos importante, o Vote
na Web objetiva aumentar a politização da sociedade, oferecendo uma
maneira fácil de acompanhar, votar e debater o trabalho dos políticos e
criando um ambiente favorável ao diálogo entre parlamentares e cidadãos.
Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.
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