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quinta-feira, 9 de maio de 2019

AINDA SOBRE COMO RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO — FINAL


NACIONALISMO EM EXCESSO PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE; POPULISMO, ENTÃO, É FATAL!

Complementando o que foi dito na postagem anterior, o modo de segurança do MacOS funciona de maneira parecida com o do Windows. Para convocá-lo, pressione a tecla Shift e acione o botão de ligar no seu Mac. Assim como no Windows, um reset total costuma resolver a maioria dos problemas de inicialização que não sejam relacionados ao hardware. Escolha Reinstalar o MacOS da tela do Modo de Recuperação para recomeçar tudo do zero.

Nos smartphones e tablets o procedimento é mais simples, tanto no Android quanto no iOS. A exemplo do que foi dito em relação a desktops e notebooks, vale tentar primeiro desligar o aparelho, aguardar alguns minutos e ligá-lo novamente — com alguma sorte, ele se recuperará da falha voltará a funcionar como antes. 

Se se smartphone é o Pixel, o Google recomenda segurar o botão de ligar/desligar durante 30 segundos para forçar uma reinicialização; em modelos de outros fabricantes, experimente manter pressionados os botões de ligar e de baixar o volume por pelo menos 10 segundos para forçar a reinicialização (se não funcionar, consulte o manual ou pesquise no Google o procedimento adequado ao seu caso especifico).

No iPhone, as instruções da Apple variam conforme o modelo. Para iPhone X, iPhone 8 e iPhone 8 Plus, aperte e solte rapidamente os botões que controlam o volume e mantenha pressionado o Power (liga/desliga) até que o logo da Apple seja exibido no display. No iPhone 7 ou iPhone 7 Plus, mantenha pressionado o botão de ligar e o de diminuir o volume por pelo menos 10 segundos. Para qualquer versão anterior, pressione o botão home e o botão de Power de ligar também por 10 segundos.

Se for preciso restaurar as configurações de fábrica, consulte o manual do seu aparelho. Via de regra, nos iPhones é preciso conectar o dispositivo a um computador com Windows ou Mac rodando o iTunes e fazer o reset usando a combinação de botões retrocitada, mas tomando o cuidado de mantê-los pressionados até que a tela de recuperação (que exibe um cabo e o logo do iTunes) apareça no display. No computador, clique em Atualizar e o iTunes tentará restaurar o iOS sem apagar seus dados pessoais.

No Android, tudo é feito a partir do próprio dispositivo. Com o aparelho desligado, mantenha pressionado o botão de volume para baixo e aperte o botão de ligar. Quando o robô aparecer na tela, use os botões de volume para navegar entre as opções e acessar o modo de recuperação. Feito isso, pressione o botão de Power e use os botões de volume para escolher Apagar dados/Restauração de fábrica e confirme pressionando o botão de Power. Ao final do processo, seu telefone retornará às configurações de fábrica, mas note que todos os dados serão apagados e que você terá de usar suas credenciais do Google quando ele ligar de novo.

Se nada disso resolver o problema e a causa não for falta de energia, o jeito será recorrer a uma assistência técnica confiável.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

MAIS DICAS PARA RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO


ATRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ SEMPRE UM CRIME.

Nos notebooks, um ícone que indica o nível da carga da bateria e dá acesso às opções de energia é exibido na área de notificação do Windows — porção à direita da barra de tarefas, junto ao relógio, que antigamente era chamada “bandeja do sistema”. Note que, dependendo da configuração do seu Windows, talvez seja preciso clicar na pequena seta para cima (Mostrar ícones ocultos), na barra de tarefas, para visualizar o ícone da bateria (que, por óbvio, só é exibido se o PC for do tipo portátil).

Fato é que por algum motivo incerto e não sabido o ícone em questão pode sumir sem prévio aviso e motivo aparente. Se você der pela falta dele, verifique primeiramente se a exibição não foi desativada: clique em Iniciar > Configurações > Personalização > Barra de tarefas, desça pela tela até o campo Área de notificação e clique no link Ativar ou desativar ícones do sistema (se o ícone correspondente à bateria não estiver listado, clique no link Selecione quais ícones devem aparecer na barra de tarefas e faça o ajuste necessário).

Se a exibição do ícone estiver habilitada e ele não aparecer, reiniciar o computador costuma ser tiro e queda. Antes, porém, tente reiniciar somente o Windows Explorer: dê um clique direito num ponto vazio da Barra de Tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas, e, na aba Processos, selecione Windows Explorer (ou explorer.exe, conforme a versão do Windows). Feito isso, pressione o botão Reiniciar.

Se isso não resolver, tecle Ctrl+Alt+Del, clique em Sair e torne a fazer o logon. Se ainda assim não funcionar, desligue o computador e torne a ligá-lo após uns 30 segundos (convém evitar a opção Reiniciar do menu de desligamento, que, por refazer o boot muito rapidamente, nem sempre permite o total esvaziamento do conteúdo das memórias voláteis).

Observação: Os termos como como "reset", "reboot" e "reinicialização" são usados informalmente como sinônimos, mas não deveriam sê-lo. O botão de reset — que servia para reiniciar o sistema nos modelos de antigamente — deixou de existir quando a reinicialização e o desligamento passaram a ser feitos via software, através das opções presentes no menu Iniciar do Windows. Como dito linhas atrás, o reboot quase imediato que é feito na reinicialização pode não dar tempo para alguns capacitores existentes nas placas de circuito esgotarem totalmente a energia acumulada, impedindo o esvaziamento completo do conteúdo da memória RAM. Com o uso normal do computador, os dados carregados na RAM tendem a ficar “embaralhados”, o que pode acarretar instabilidade, lentidão, travamento e outras anormalidades no funcionamento do aparelho. Então, não confunda “reiniciar” com “desligar e tornar a ligar” o computador. O desligamento faz com que os capacitores esgotem totalmente suas reservas de energia, pois, ainda que você pressione o botão "Power" logo em seguida, os poucos segundos que separam uma ação da outra propiciam o total esvaziamento das memórias, daí esse procedimento ser mais indicado quando o aparelho fica instável ou congela.

Voltando ao ícone da bateria, há pelo menos mais dois caminhos que podem ajudá-lo a solucionar o problema. O primeiro consiste em abrir o menu Executar (tecle Win+R), digitar regedit, pressionar Enter, navegar até HKEY_CURRENT_USER\Software\Classes\Local\Settings\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\TrayNotify Settings\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\TrayNotify, deletar os valores IconStreams e PastIconsStream e reiniciar o computador (isso fará com que todas as configurações das opções de notificação retornem à configuração padrão e permitirá ativar o ícone de bateria novamente).

O segundo é digitar gerenciador na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas (ou da Cortana, conforme a configuração do seu sistema), selecionar a opção Gerenciador de Dispositivos, expandir a entrada Baterias, dar um clique direito em Bateria de Método de Controle Compatível com ACPI da Microsoft, clicar em Desativar e depois em Ativar. Feito isso, repita o processo em Adaptador de CA da Microsoft e confira se o ícone reapareceu na área de notificações. Note que esses nomes podem estar em inglês, e que, conforme o build do seu Windows, pode ser preciso clicar em Desinstalar e depois em Verificar se há alterações no Hardware para reinstalá-los.

Os notebooks tendem a vir com aplicativos de gerenciamento de bateria e outras funcionalidades adicionais, muitos dos quais são considerados “bloatware” (aplicativos que não são realmente úteis, mas que ocupam espaço e consomem desnecessariamente recursos do computador). Verifique se algum programinha está relacionado com a bateria e, se for o caso, proceda à devida desinstalação.

terça-feira, 19 de março de 2019

AINDA SOBRE O USO EXCESSIVO DO HDD E COMO DESAFOGAR O DISCO COM UMA SEGUNDA PARTIÇÃO


SOFREMOS MUITO COM O POUCO QUE NOS FALTA E GOZAMOS POUCO O MUITO QUE TEMOS.

Manter numa única unidade o latifúndio de espaço disponível nos discos rígidos atuais (que pode ultrapassar 10 TB em alguns modelos top de linha) é abrir mão das muitas vantagens que o particionamento proporciona. Ainda assim, os fabricantes de computadores nem sempre criam uma segunda partição ao pré-instalar o sistema, e a maioria dos usuários não o faz por achar que é preciso reinstalar o Windows. Só que não.

Nos primórdios da era PC, o particionamento tinha de ser feito obrigatoriamente durante a instalação do sistema, mas um “gerenciador” de disco nativo, introduzido pela Microsoft no Seven e mantido nas edições posteriores, permite realizar esse trabalho com o Windows carregado, de modo a preservar arquivos do sistema, dos aplicativos e do usuário (detalhes nesta postagem), coisa que até então só era possível com a ajuda de programas de terceiros.

Seja como for, na hora de criar/redimensionar/mover/dividir/unir/formatar partições no Windows 10, eu uso recomendo o MiniTool Partition Wizard Free — não devido a alguma cisma com a ferramenta nativa, mas porque acho a solução da MiniTool mais intuitiva e fácil de usar (clique aqui para acessar o tutorial que eu criei em 2015 com base na versão 9, mas que você pode usar como referência, uma vez que o procedimento continua basicamente o mesmo).

A título de curiosidade, os primeiros PCs não tinham disco rígido — na verdade, eles não tinham sequer sistema operacional, mas isso é outra conversa. Mais adiante, o DOS e as primeiras Winchester (como eram chamados os discos rígidos de então) facilitaram sobremaneira a vida dos usuários, ainda que o espaço que os drives de então ofereciam era equivalente ao de algumas dezenas de disquetes de 3 ½” (naquela época, 1 MB de espaço custava US$ 200). Lá pela virada do século, depois de o Windows ter sido promovido de interface gráfica a sistema operacional e o acesso à internet se tornar popular, mesmo que através da jurássica conexão discada (rede dial-up), a gente ainda tinha de se virar com algumas centenas de megabytes (MB). Mas não nada como o tempo para passar.

Depois de levar décadas para romper a barreira do gigabyte, os fabricantes foram dobrando a capacidade dos HDDs em intervalos cada vez mais curtos — na primeira metade da década passada, modelos de entrada de linha ofereciam de 10 a 20 gigabytes, e logo surgiriam modelos com 40 a 80 gigabytes. Claro que as exigências de espaço dos sistemas e programas de antigamente eram bem menores — os arquivos de instalação das edições vetustas do Windows, por exemplo, vinham em disquetes, e nos anos 1990 não havia volumosos arquivos multimídia (músicas, fotos, filmes etc.) para armazenar. 

Hoje, qualquer máquina chinfrim dispõe de bons 500 GB de espaço em disco, e assim os compactadores de arquivos e desktops com duas ou três unidade de disco adicionais (o máximo de dispositivos padrão IDE suportados pelas placas-mãe até o surgimento do padrão SATA eram 4 unidades, mas aí era preciso abrir mão do leitor/gravador de mídia óptica) se tornaram coisa do passado — um passado não tão remoto, mas do qual a maioria de nós já nem se lembra mais. Mas nem tudo são flores, nesse jardim.

É certo que drives do tamanho de galáxias estão presentes em PCs de configuração mediana e preços acessíveis, e é igualmente certo que o particionamento desse espaço gigantesco pode ser feito a qualquer momento, sem que para isso seja preciso reinstalar o Windows. Mas também é certo que uma falha de hardware irreversível pode mandar para o espaço (se o leitor me concede o trocadilho) tanto o sistema e os aplicativos quanto os arquivos pessoais do infeliz proprietário da máquina, mesmo que ele tenha particionado o disco e separado uma coisa da outra.

Como se não bastasse, nos notebooks — substitutos naturais do volumoso computador de mesa para 9 de 10 usuários de PCs — não há espaço físico para acomodar um segundo disco — em alguns casos a instalação até pode ser feita, desde que se abra mão da unidade de mídia óptica, mas pode-se contar nos dedos, atualmente, os notes de entrada ou medianos que ainda trazem gravador/leitor de CD/DVD. Felizmente, é possível suprir essa lacuna com uma unidade de disso externa (USB), que pode não ser tão rápida nem tão prática quanto um modelo interno, mas até aí morreu o Neves.  

Continua na próxima postagem.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

AINDA SOBRE O DESEMPENHO DO PC


O HOMEM É ESSENCIALMENTE GANANCIOSO, TODO HOMEM INVESTIDO DE PODER É TENTADO A ABUSAR DELE.

Eu já disse, mas não custa repetir: um PC de configuração chinfrim é como um veículo popular 1.0: ambos se movem, mas nenhum deles tem um desempenho de tirar o fôlego. 

No caso do computador, minha recomendação sempre foi priorizar uma configuração equilibrada — um processador de ponta só mostra do que é capaz se contar com a contrapartida das memórias (física e de massa). Seria como numa orquestra, onde o maestro só consegue proporcionar um bom espetáculo se contar com músicos competentes, afinados e entrosados entre si. Substitua a orquestra pelo computador, o maestro pelo processador e os músicos pelos demais componentes e você terá uma boa ideia do que eu estou querendo dizer.

Observação: O computador é formado por dois segmentos distintos, mas interdependentes: o hardware e o software. O primeiro é a parte física — ou aquilo que você chuta — e o segundo, a parte “invisível” — ou aquilo que você xinga. Sistemas e programas (isto é, o software) estão cada vez mais exigentes (por recursos de hardware, como processamento, memória, etc.). Comprar um desktop de entrada de linha, daqueles que custam pouco mais de mil reais, e querer rodar programas como o Adobe Photoshop e games radicais, por exemplo, é arrependimento garantido. E ainda que seja possível fazer um upgrade posterior (de memória, HDD, e até de processador), o molho costuma sair mais caro do que o peixe. Então, ao escolher um PC, não se baseie unicamente pelo preço — nem tudo que é caro é bom, mas o que é bom geralmente custa mais caro.

Se você acha que seu PC ainda dá caldo — ou que o momento não é indicado para comprar uma máquina mais adequada às suas expectativas —, reveja as dicas que eu publiquei ao longo das últimas postagens e ponha em prática as que você achar que podem ajudar. Adicionalmente, remova todos os inutilitários, instale uma boa suíte de manutenção, faça uma faxina em regra no sistema, corrija eventuais erros no disco rígido e desfragmente os dados

O Windows dispõe nativamente de um limpador de disco e de ferramentas para corrigir erros e desfragmentar os dados no HDD, mas eu uso e recomendo o Advanced System Care e/ou o CCleaner (detalhes nas postagens anteriores), cuja gama de funções vai bem além dos limitados recursos dos utilitários nativos do sistema.

Manter o Windows e os demais aplicativos atualizados é fundamental. Clique em Configurações > Atualização e segurança > Windows Update > Verificar atualizações e instale todas as atualizações críticas, de segurança e de driver. Os programas "não Microsoft" não são contemplados pelo WU, mas a maioria avisa quando há atualizações disponíveis; para os que não o fazem, ou você faz o trabalho manualmente, ou recorre a ferramentas como o FILEHIPPO APP MANAGER, o OUTDATEFIGHTER, o R-UPDATER e o KASPERSKY SOFTWARE UPDATER, que poupam um boado de tempo e trabalho.

É verdade que um outro patch pode produzir resultados inesperados e indesejados, mas a Microsoft procura solucionar o problema com a possível urgência, e não é por causa de uma laranja podre que você vai jogar fora a caixa inteira. No geral, as atualizações aprimoram a segurança e o funcionamento do sistema como um todo, devendo ser implementadas sempre que estiverem disponíveis.

Desde que começaram a ser usados em PCs domésticos, os antivírus foram eleitos os grandes culpados pela lentidão do computador. É fato que a maioria deles tem um apetite voraz por recursos (processamento, memória, etc.), e que, para piorar, esse é o tipo de programa que precisa ser carregados na inicialização do sistema. Embora seu impacto no desempenho costume ser mais sentido durante as varreduras, é recomendável usar antivírus mais “leves” em máquinas de configurações mais pobres.

Observação: Uma alternativa ao antivírus é a virtualização do sistema (detalhes nesta postagem), mas eu considero essa solução mais adequada a computadores públicos (como os de lanhouses, cibercafés etc.) do que aos domésticos.

Se sua máquina estiver particularmente lenta e você tiver motivos para suspeitar do antivírus, experimente desativá-lo temporariamente e veja como o sistema se comporta. Se a melhora for palpável, substitua a ferramenta por outra que drene menos recursos (eu gosto muito do AVAST PREMIER, mas não tome qualquer decisão sem analisar o TOTAL AV, o PC PROTECT e o KASPERSKY INTERNET SECURITY, além, é claro, dos festejados produtos da SYMANTEC).

Volto a frisar que a influência do drive de disco rígido (memória de massa) no desempenho global do sistema é significativa. Os modelos baseados em memória sólida (SSD) vêm substituindo (a conta-gotas) os eletromecânicos, mas unidades de grandes capacidades ainda custam muito caro. Drives híbridos reúnem o melhor dos dois mundos, combinando um SSD de pequena capacidade (64 GB, p.e.) com um HDD convencional (eletromecânico). Assim, a memória sólida funciona como cache, armazenando os aquivos mais usados e agilizando o acesso a eles, enquanto os pratos magnéticos se encarregam dos demais conteúdos (música, vídeo, imagem, texto, etc.). Note que o processo é transparente e automático, ou seja, tanto o usuário quanto o sistema "enxergam um drive comum”.

Cumpre salientar que a desfragmentação de drives de memória sólida é desnecessária e desaconselhável, mas os modelos convencionais devem ser desfragmentados quinzenal ou mensalmente, conforme o uso do computador. Antes de executar a desfragmentação, veja qual o percentual de espaço livre na unidade. Se mais de 70% do total estiver ocupado, ponha as barbichas de molho (mais detalhes na próxima postagem).

O desfragmentador nativo do Windows 10 cumpre sua função, mas eu uso e recomendo o Smart Defrag, que é rápido, amigável, e oferece recursos como a desfragmentação off-line (feita durante a inicialização, de modo a contemplar arquivos que ficam inacessíveis quando o sistema está carregado), a otimização (que regrava os arquivos do sistema no início do disco para aprimorar o desempenho), a consolidação do espaço livre, e por aí vai.

É o que tínhamos para hoje, pessoal. Volto amanhã com mais dicas sobre o HDD e o desempenho do PC.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD — COMO RESOLVER


TODO HOMEM É CULPADO DO BEM QUE NÃO FEZ.

Quem acompanha este Blog e leu as últimas postagens viu que a memória RAM — ou mais exatamente a falta dela — pode impactar negativamente o desempenho do computador, embora outros componentes importantes, como o processador e o drive de HD, se subdimensionados, comprometem drasticamente a performance do sistema como um todo. Assim, o segredo para um desempenho substantivo consiste na escolha de um PC de configuração equilibrada (e parruda, se possível), até porque o processador não é capaz de grande coisa sem a contrapartida dos subsistemas de memória física e de massa (RAM e disco rígido, respectivamente).

Feita essa breve introdução, veremos como resolver um problema bastante comum no Windows, que é o uso excessivo do disco. Se você seguiu minha sugestão e instalou o IObit Advanced System Care, poderá conferir facilmente o acesso ao disco através do monitor de desempenho, bastando clicar na setinha que fica à direita dele e selecionar a opção Disco (se o monitor não estiver sendo exibido na tela, acesse as configurações da suíte e marque a caixa de verificação ao lado de Ativar o Monitor de Desempenho e carregar na inicialização do Windows). 

Se o monitor indicar 100% ou algo próximo disso (o que é bastante comum logo após a inicialização do Windows), seu computador deve estar "uma carroça", já que a utilização do disco acima de 50% reduz drasticamente a margem de manobra do sistema para executar outras tarefas que não as do próprio sistema. Antes de qualquer outra providência, porém, convém você checar a “saúde” do seu drive de HD. Para isso:

Abra o Prompt de comando (ou o Windows PowerShell), digite wmic diskdrive get caption,status e pressione a tecla Enter

Se o drive (ou algum deles, se houver mais de um) for listado e seguido de um “OK”, tudo bem, mas se um código de erro for exibido ao lado do status do disco... bem, aí a porta torce o rabo.

Digite chkdsk /f /r na linha de comando, responda S (ou Y) quando lhe for perguntado se deseja agendar uma verificação, reinicie o computador e aguarde a conclusão da varredura (que pode demorar um bocado). 

Aguarde a conclusão da verificação e a reinicialização do computador. Em seguida:

— Pressione Win+R para convocar o menu Executar, digite eventvwr.exe caixa de diálogo, clique em OK e, na janela do visualizador, esquadrinhe os logs de eventos relacionados com seu disco rígido. 

— Recorra ao Google para tentar obter informações de como resolver o problema identificado pela ferramenta. Se encontrar algum tutorial que lhe pareça confiável, siga-o. Ao final, digite novamente wmic diskdrive get caption,status na linha de comando e confira o resultado. 

— Se o problema persistir, faça um backup de seus dados importantes e de difícil recuperação e programe-se para substituir o quanto antes o drive problemático.

Supondo que seu HDD esteja OK, veja (na próxima postagem) como proceder para solucionar o problema de uso excessivo do disco. Até lá.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — FINAL


ESQUERDISTAS SE DIVIDEM EM DUAS CATEGORIAS: A DOS QUE TÊM MERDA NA CABEÇA E A DOS QUE TOMARAM LAXANTE. 

Falta de RAM se resolve com upgrade ou com a troca do computador por outro mais adequado a suas expectativas e necessidades. Ainda que as dicas que eu venho publicando sejam úteis e possam ajudar um bocado, não espere milagres de gerenciadores de memória, ReadyBoost, reconfiguração do arquivo de paginação, etc., porque tudo isso é paliativo.

Fazendo uma analogia com o contexto automotivo, a motorização chinfrim de um Fiat Mille faz o carro andar, e ainda que ande melhor sem passageiros e bagagens, o carrinho jamais terá um desempenho brilhante como o do Mustang Shelby GT 500, que alcança os 100 km/h em 4 segundos e atinge absurdos 323 km/h de velocidade máxima. Como é do couro que sai a correia, o muscle car da Ford custa “um pouquinho mais caro” que o modelo popular da Fiat, mas isso é apenas um detalhe.

Feita essa breve introdução, vejamos mais uma dica para conviver melhor com um PC defasado até ser possível trocá-lo por um Mustang, digo, por um modelo de configuração mais robusta, com desejáveis 8 GB de RAM. Destas vez, o “truque” consiste em reconfigurar o Windows para aproveitar integralmente a memória física instalada. Veja como:

— Digite msconfig no campo de buscas da barra de tarefas do Windows e clique em "Configurações do Sistema";

— Clique na aba "Inicialização do sistema" e pressione em "Opções avançadas";

— Desmarque a caixa da opção "Memória máxima" (oriente-se pela ilustração acima) fazendo com que o computador utilize toda a RAM instalada, e não apenas o limite estipulado por padrão nessa configuração;

— Clique em OK e, de volta à janela principal das configurações do sistema, clique em Aplicar e  depois em OK;

— Na caixa de diálogo que será exibida em seguida, clique em Reiniciar.

Aproveite o embalo para reconfigurar o número de processadores, que, por padrão, vem limitado a 1, mesmo em máquinas com CPU multicore (a maioria, hoje em dia). Na tela das Opções avançadas — que você acessou para reconfigurar a RAM —, marque a caixa ao lado de Número de processadores (oriente-se pela imagem acima) e selecione a quantidade desejada, lembrando que as opções disponíveis variam de acordo com as características da sua CPU. Feito isso, é só confirmar em OK e reiniciar o computador. Note que esse ajuste não atua sobre a memória, mas reduz o tempo de boot e deixa o sistema mais ágil.

Outra dica funcional é inibir a inicialização automática de aplicativos que pegam carona (desnecessariamente) com o Windows, de modo a evitar que eles fiquem rodando em segundo plano, consumindo ciclos de processamento e espaço valioso na RAM. Para fazer esse ajuste, dê um clique direito num ponto vazio da Barra de Tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas e, na aba Processos e identifique entre mais “glutões” aqueles que não são imprescindíveis. Em seguida, clique na aba Inicializar do Gerenciador, selecione os ditos-cujos (um por vez) e pressione o botão Desabilitar

Observação: Além do antivírus e do firewall, contam-se nos dedos os apps que precisam realmente iniciar junto com o sistema. A maioria pode ser removida da lista sem problema algum, até porque os programas não deixarão de funcionar, apenas demorarão um pouquinho mais para abrir quando você os convocar.

Ainda sobre a inicialização automática dos aplicativos, há casos em que desejamos incluir programinha qualquer. Um bom exemplo é o CopyQ (já abordado aqui no Blog), cujo menu de configurações deixou de exibir a opção que ativa/desativa sua inicialização automática. Sem esse ajuste, somos obrigados a iniciá-lo manualmente sempre que ligamos o computador, sob pena de somente último item copiado ou recortado ser armazenado no clipboard (área de transferência) do Windows

Para configurar esse programinha (ou outro qualquer que não inclua a opção de configuração em sua interface):

1) Abra o menu Iniciar e localize o app desejado na lista de programas;

2) Dê um clique direito sobre o ícone respectivo, clique em Mais e selecione a opção Abrir local do arquivo (se ela não for exibida, é porque o aplicativo não pode ser executado no momento da inicialização); 

3) Com o local do arquivo aberto, pressione Win+R, digite shell:startup na caixa do menu Executar e clique em OK

4) Na pasta Inicialização, copie e cole o atalho para o aplicativo a partir do local do arquivo, feche a janelinha;

5) Para conferir o resultado, torne a abrir o Gerenciador de Tarefas (ou o msconfig, caso seu Windows não seja o Ten), clique na aba Inicializar e veja se programa em questão foi incluído na lista de inicialização automática.

ObservaçãoVocê pode inibir o carregamento automático desse programa a qualquer momento, bastando para isso clicar sobre ele com o botão direito e selecionar a opção Desabilitar.

Espero ter ajudado. Abraços a todos e até a próxima.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM - PARTE 7


É PRECISO MANTER A PÓLVORA SECA PARA O CASO DE SE PRECISAR DELA.

Vimos que o sistema e os aplicativos não são carregados integralmente na memória RAM, mas divididos em páginas ou em segmentos (pedaços do mesmo tamanho e pedaços de tamanhos diferentes, respectivamente), ou não haveria memória que bastasse. Isso só é possível porque os sistemas operacionais são construídos de forma modular, e cada módulo (Kernel, EscalonadorGerenciador de Arquivos, etc.) é carregado individual e seletivamente, conforme as necessidades.

Toda vez que ligamos o computador, o BIOS faz o POST (autoteste de inicialização), procura os arquivos de BOOT (conforme a sequência declarada no CMOS Setup), “carrega” o sistema na memória RAM e exibe a tradicional tela de boas-vindas. 

BIOS é a primeira camada de software do computador e fica gravado numa pequena porção de memória não volátil integrada à placa-mãe. O CMOS é um componente de hardware composto de um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria, que mantém essa memória volátil energizada, ou as informações que ela armazena se perderiam toda vez que o computador fosse desligado. O BOOT é o processo mediante o qual o BIOS checa as informações armazenadas no CMOS e realiza o POST (autoteste de inicialização).Só então, e se tudo estiver nos conformes, o Windows é carregado e assume o comando da máquina.

Fazer o Setup nada mais é que configurar os parâmetros armazenados na memória do CMOS, de modo a permitir que o BIOS reconheça e gerencie adequadamente os componentes instalados, dê o boot e adote outros procedimentos básicos que envolvem o funcionamento do PC. Essa configuração consiste em oferecer respostas a uma longa sequência de perguntas num sistema de múltipla escolha, mas a boa notícia é que ela e feita na etapa final da montagem do computador e só é necessário refazê-la em situações específicas (após um upgrade abrangente de hardware, por exemplo). Claro que é possível reconfigurar o Setup para resolver problemas e/ou incrementar o desempenho do computador, mas isso só deve ser feito usuários avançados, pois modificações indevidas ou malsucedidas podem comprometer o funcionamento da máquina.

ObservaçãoBoot significa bota ou botina, mas virou sinônimo de inicialização devido à expressão “pulling oneself up by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que, por extensão, significa “fazer sozinho algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores, isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de código para carregar instruções mais complexas, e esse processo era conhecido como bootstrapping.

Voltando à influência da RAM no desempenho global do PC, vale relembrar uma analogia que eu faço desde que publiquei meus primeiros artigos sobre hardware na mídia impressa, lá pelo final do século passado: 

Se o computador fosse uma orquestra, o processador seria o maestro. Mas uma boa apresentação não depende apenas de um regente competente, mas também de músicos qualificados e entrosados entre si. Bons músicos podem até suprira as limitações de um maestro meia-boca, mas o contrário não é possível: por mais que o regente se descabele, a incompetência da equipe fatalmente embotará o brilho do concerto. Guardadas as devidas proporções, o mesmo se dá em relação ao PC, que depende de uma configuração equilibrada, com componentes adequados e balanceados

Em outras palavras, uma CPU de primeiríssima não será capaz de muita coisa se for assessorada por um subsistema de memórias subdimensionado. Mas não é só. PCs da mesma marca, modelo e idêntica configuração de hardware podem apresentar comportamentos diversos, pois o desempenho de cada depende também da configuração do Windows, da quantidade de aplicativos instalados, da maneira como eles são inicializados, da regularidade com que o usuário realiza manutenções preventivo-corretivas, e por aí vai. 

Máquinas de entrada de linha (leia-se baixo custo) costumam integrar processadores chinfrins, pouca memória e módulos genéricos, o que impacta negativamente no desempenho global do sistema. Isso sem mencionar o software fica mais exigente a cada dia. Para se ter uma ideia, enquanto o Win95 rodava com míseros 8 MB de RAM (isso mesmo, oito megabytes) o Windows 10 precisa de algo entre 6 e 8 GB para rodar com folga (a Microsoft, modesta quando lhe convém, fala em 1 GB para as versões de 32-bit2 GB para as de 64-bit, mas aí não sobra quase nada para os aplicativos).

Outra analogia de que gosto muito remete à dinâmica entre o processador, a RAM e o HDD. Vamos a ela:

Imagine o PC como um escritório e o processador como um funcionário extremamente diligente, mas sem iniciativa própria. Durante o expediente, esse incansável colaborador atende ligações, recebe informações, transmite instruções, elabora cartas e relatórios, responde emails e por aí afora, tudo praticamente ao mesmo tempo. No entanto, se algum elemento indispensável ao trabalho não estiver sobre a mesa, o já assoberbado funcionário perderá um bocado de tempo escarafunchando gavetas abarrotadas e estantes desarrumadas (quem mandou não desfragmentar o HDD?). E a situação fica ainda pior quando ele precisa abrir espaço sobre a mesa atulhada para acomodar mais livros e pastas. Isso sem falar que terá de arrumar tudo de novo antes de retornar à tarefa interrompida. 

Se você ainda não ligou os pontos, a escrivaninha corresponde à memória cache, as gavetas à memória física (RAM), as estantes à memória de massa (HDD) e a “abertura de espaço”, ao swap-file (ou arquivo de troca, ou ainda memória virtual). Para mais detalhes sobre cada uma dessas memórias, reveja as postagens anteriores).

Vejo agora que esse apanhado de informações conceituais ocupou um bocado de espaço, o que me obriga a deixar as dicas práticas para a próxima postagem. Até lá.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 5


LULA É COMO UMA MELECA QUE A GENTE NÃO CONSEGUE DESGRUDAR DO DEDO.

Usuários de computador menos familiarizados com hardware tendem a confundir a capacidade do HDD com o tamanho da RAM, já que a unidade de medida utilizada em ambos os casos é um múltiplo do byte (MB, GB, TB). Isso porque tudo é memória — termo que, no jargão da informática, designa qualquer meio destinado ao armazenamento de dados —, a exemplo dos pendrives e SD Cards, das mídias ópticas (CD/DVD), etc.

Um PC utiliza memórias de diversas tecnologias e finalidades distintas. A ROM, por exemplo, é uma espécie de RAM não volátil, daí ela ser usada no armazenamento permanente de dados (como no BIOS). Ou a memória cache*, que também é um tipo de RAM, só que estática (e ultrarrápida), o que a torna ideal para o armazenamento de dados acessados com maior frequência (visando otimizar o desempenho do sistema como um todo.

(*) Quando falamos em memória cache, logo nos vem à mente o processador, que se vale dessa tecnologia desde os jurássicos 386.Inicialmente formado por chips soldados à placa mãe, a partir dos 486 o cache passou a ser embutido (sempre em pequenas quantidades, devido ao preço elevado) no núcleo da CPU, dando origem à distinção entre os caches L1 L2 (este último continuava fazendo parte da placa mãe). Alguns chips da AMD, como o K6-III, incluíam ainda um terceiro nível de cache (L3), mas, por motivos que ora não vêm ao caso, essa solução não se popularizou. Mais adiante, o cache passou a ser usado também em HDsservidoresplacas de sistema, e até mesmo em softwares.

Há ainda a memória de vídeo, as mídias removíveis, e por aí vai, mas o mote desta postagem são as memórias física e de massa do computador, representadas respectivamente pela RAM e pelo drive de HD — que será substituído pelo de memória sólida (SSD) assim que os modelos de grandes capacidades forem comercializados a preços palatáveis (para mais informações, clique aqui).

Sempre que falamos “genericamente” em memória, estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do computador e a principal ferramenta de trabalho do processador. É nela que o sistema, os aplicativos e os demais arquivos são carregados e processados — note que eles não são carregados integralmente, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes), do contrário não haveria RAM que bastasse. E se são carregados na RAM, eles provém de algum outro lugar, e esse lugar é a memória de massa, responsável por armazenar o software de modo “persistente” — não confundir com “permanente”; embora os dados salvos na memória de massa sobrevivam ao desligamento do computador, eles não são imutáveis.

Explicando melhor: Quando rodamos um programa, seus executáveis são copiados do disco rígido para a memória RAM, juntamente com algumas DLLs e os arquivos de dados com os quais vamos trabalhar. A RAM é uma memória de acesso aleatório, o que a torna milhares de vezes mais rápida que o drive de disco rígido (embora não tão mais rápida que os SSD, mas isso já é outra conversa). O grande “problema” da RAM, por assim dizer, é sua volatilidade, ou seja, o fato de ela só preservar os dados enquanto estiver energizada. Além disso, o megabyte de RAM custa bem mais do que o megabyte de espaço no HDD, daí os fabricantes de PC serem miseráveis com a RAM (somente modelos de configuração superior e preço idem contam com desejáveis 8 GB dessa memória), mas integrarem HDDs de 500 GB a 1 TB mesmo nos modelos de entrada de linha (leia-se mais baratos)

Voltando aos drives de memória sólida (SSD na sigla em inglês), eles ainda não aposentaram seus antecessores eletromecânicos porque unidades de grande capacidade custam muito caro. Mas as vantagens são muitas. Por eles serem compostos basicamente de células de memória flash e uma controladora — que gerencia o cache de leitura e gravação dos dados, criptografa informações, mapeia trechos defeituosos da memória, etc. —, a ausência de motor, pratos, braços, agulhas eletromagnéticas ou qualquer outra peça móvel os torna menores, mais resistentes e milhares de vezes mais rápidos que o disco rígido tradicional, sem mencionar que, por consumirem menos energia, são uma excelente opção para equipar notebooks.

Continua na próxima postagem.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 3


LEIS INÚTEIS DEBILITAM AS NECESSÁRIAS.

Como vimos, o Windows 10 é capaz de rodar em máquinas com 1 GB de memória RAM — na versão de 32-bit; a de 64-bit requer pelo menos 2 GB —, mas a experiência do usuário será bem mais satisfatória se o computador contar com algo entre 4 GB e 8 GB de RAM.

No âmbito da informática, o termo "memória" designa qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, e o PC utiliza uma porção deles (volto a essa questão oportunamente). Todavia, sempre que falamos em memória sem especificar o tipo, fica subentendido que estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador.

Observação: RAM é o acrônimo de Random Access Memory, o que significa “memória de acesso aleatório”. Trata-se de um tipo de memória volátil ou seja, que só retém os dados enquanto permanecer energizada (daí o boot precisar ser refeito toda vez que ligamos o computador) , mas que permite acessar qualquer dos seus endereços aleatoriamente, o que lhe confere tempos de resposta e taxas de transferência que deixam os drives de HDD eletromecânicos no chinelo. Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos e demais arquivos são carregados na RAM a partir da memória de massa (HDD ou SSD, conforme o caso), onde os dados são armazenados de forma persistente, e para lá retornam depois que os manipulamos, de modo a preservar as alterações a que foram submetidos durante a sessão do Windows.

A RAM é comercializada em pentes (ou módulos) compostos por chips soldados numa placa de circuito. Diversas tecnologias foram criadas desde o alvorecer da informática (FPM, EDO, SDR, RAMBUS, DDR, DDR2, DDR3 e DDR4) e disponibilizadas em módulos de vários formatos (SIMM, DIMM, RIMM, etc.). O padrão atual é o DDR4, lançado em 2014, cujos módulos têm 240 pinos, mas o DDR5, que promete ser duas vezes mais rápido, deve chegar ao mercado já no ano que vem.

Observação: Ao comprar memória avulsa (para fazer um upgrade), é recomendável remover um módulo do computador e levá-lo à loja para servir de modelo. Igualmente importante é atentar para as limitações impostas pela placa-mãe; às vezes o PC vem com um único pente, mas dispõe de dois ou mais slots, o que facilita o upgrade. Demais disso, há que levar em conta também o “dual channel”, que dobra a velocidade de transferência dos dados entre a RAM e a placa-mãe, lembrando que isso só funciona com dois módulos idênticos. Em sendo possível, prefira utilizar dois ou mais módulos que concentrar toda a memória num único pente. Assim, se um deles der problema, seu computador continuará a funcionar, mesmo que com perda de desempenho, até que você substitua a peça defeituosa.
  
Para saber de quanta memória seu PC dispõe, dê um clique direito num espaço vazio da Barra de Tarefas, clique em Gerenciador de Tarefas e, em seguida, na aba Desempenho da janela do gerenciador. Ela exibirá não só o total de memória instalada e o percentual livre, mas também o consumo em tempo real.

Se você instalou o excelente Advanced System Care, da IObit, clique no menu Opções (representado pelas três barrinhas no canto superior esquerdo da tela), depois em Configurações, e então marque a opção Ativar Monitor de Desempenho e carregar na inicialização do Windows. Com o monitor visível na área de trabalho, você poderá acompanhar em tempo real o consumo de memória (bem como o uso da CPU e o acesso ao HDD) e liberar RAM sempre que desejar, bastando clicar no ícone do foguetinho.

Ao serem encerrados, os aplicativos deveriam liberar a memória que alocavam quando em execução, mas alguns não o fazem, o que pode ser um problema quando se dispõe de pouca RAM. Claro que basta reiniciar a máquina — ou mesmo sair do Windows e tornar a se logar em seguida — para limpara a RAM, mas clicar no foguetinho é mais simples e rápido.

Veremos na próxima postagem alguns programinhas que se propõem a melhorar o desempenho do sistema gerenciando o uso da RAM e liberando espaço sempre que necessário.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — CONTINUAÇÃO


O PASSADO É HISTÓRIA, O FUTURO, UM MISTÉRIO.

Se seu computador está lento, a causa pode ser a memória RAM — ou da falta dela, mais exatamente. E se comprar uma máquina mais parruda ou partir para um upgrade de RAM não está nos seus planos de curto prazo, você pode minimizar esse desconforto removendo inutilitários e apps pouco usados. Aliás, diversos programas residentes podem perfeitamente ser substituídos por webservices, que rodam diretamente do navegador (dispensando, portanto, instalação e futura remoção), não ocupam espaço no disco nem consomem desnecessariamente recursos preciosos do sistema.

Observação: Todo programa residente (aquele que você instala) ocupa espaço no HDD — que é onde ele fica armazenado — e na RAM — que é onde ele é executado. Muitos fabricantes configuram seus produtos para pegar carona na inicialização do sistema (o que, por óbvio, faz o Windows demorar mais para carregar). Demais disso, uma vez iniciados, esses apps ficam rodando em segundo plano, consumindo ciclos do processador e espaço na memória física do sistema.

Aproveite o embalo e transfira para um pendrive, HD externo ou mídia óptica aquela monstruosa coleção de músicas e filmes que você só ouve ou assiste na véspera do dia de São Nunca e a montoeira de fotos que você guardou por alguma razão incerta e não sabida. Terminada a faxina, reinicie o computador, abra o Explorador de arquivos, clique em Este computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa a unidade em que seu Windows está instalado (geralmente C:), clique em Propriedades e pressione o botão Limpeza de Disco

Depois que a ferramenta calcular a quantidade de espaço que pode ser recuperada, pressione o botão Limpar Arquivos do Sistema, aguarde o novo cálculo, marque as opções desejadas (ou todas elas), confirme em OK, clique em Excluir arquivos e deixe espere até o processo ser concluído (caso novas solicitações apareçam, clique nelas para prosseguir).

Ao final, torne a abrir o Explorador de arquivos, clique novamente em Este computador e dê um clique direito sobre a unidade do Windows, selecione em Propriedades, abra o separador Ferramentas e execute a verificação de erros e a desfragmentação da unidade.

Suítes de manutenção conceituadas — como os festejados Advanced System Care e CCleaner (clique aqui para acessar um comparativo que eu publiquei há cerca de 2 anos) — facilitam e agilizam esse serviço, podendo, inclusive, ser mais rápidos e eficientes que os utilitários nativos do Windows. Além disso, elas costumam oferecer recursos adicionais, como a limpeza e desfragmentação do Registro do Windows.

Segundo a Microsoft, o sistema não inclui utilitários para limpar e compactar o Registro porque não é recomendável utilizá-los, mas isso é controverso, como veremos numa abordagem dedicada. Na próxima postagem, veremos como limpar e até mesmo expandir a RAM sem precisar adicionar módulos de memória. Até lá.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM


DIZEM QUE O TEMPO CURA TODAS AS FERIDAS, MAS O QUE NÃO DIZEM É QUE ELE TAMBÉM CRIA FERIDAS NOVAS.

A despeito de toda a a evolução tecnológica havida nas últimas décadas, a performance dos PCs continua umbilicalmente ligada à memória RAM. Ainda que o processador seja considerado o cérebro do computador, nenhuma CPU é capaz de mostrar todo o seu “poder de fogo” sem fartura de memória física, pois é na RAM que os programas são carregados e as informações, processadas, do sistema operacional a um simples documento de texto. Errou feio, portanto, a segunda maior fortuna do mundo quando, no início dos anos 1980, profetizou que 640 KB seria mais memória do que qualquer PC viria a precisar (Bill Gates nega a autoria dessa pérola, mas ela lhe é insistentemente atribuída)

Reminiscências à parte, a despeito de o preço do megabyte da RAM ter despencado ao longo últimos anos, os fabricantes de PCs insistem em oferecer modelos de entrada com 2 ou 3 gigabytes de memória. Fuja deles se você puder, pois o desempenho muda da água para o vinho quando se dobra ou triplica esses valores.

Observação: Para rodar o Win95, bastavam 8 MB de RAM, mas o Windows 10 de 32-bit requer 1 GB e o de 64-bit, 2 GB. Note que rodar é uma coisa e rodar com desenvoltura, outra bem diferente. Portanto, ao escolher um PC, assegure-se de que ele disponha de algo entre 4 GB e 6 GB de RAM — se seu orçamento não estiver muito apertado, invista um pouco mais e leve para casa um modelo com 8 GB.

Claro que nada o impede de fazer um upgrade de memória a posteriori. Demais disso, as placas-mãe atuais suportam mais RAM do que você provavelmente irá instalar. E o mesmo vale para o Windows 10, que é capaz de reconhecer e gerenciar até 512 GB de RAM (no XP de 32-bit, que muita gente usa até hoje, instalar mais de 4 GB de RAM era jogar dinheiro fora).

Para driblar a escassez de memória física (que nos tempos de antanho resultava nas incomodativas mensagens de erro que obrigavam o usuário a encerrar um ou mais aplicativo para poder abrir outro programa), a Intel desenvolveu a memória virtual. Grosso modo, esse recurso aloca um espaço no disco rígido para funcionar como uma extensão da RAM. Quando vários programas são executados simultaneamente e memória não é suficiente para comportá-los, tudo que não é essencial naquele momento é despachado para esse espaço — e trazido de volta quando necessário.

Com o posterior advento do swap file dinâmico e do gerenciamento mais racional dos recursos do sistema, os arquivos acessados com maior frequência passaram a ser mantidos na RAM — ou na memória cache, conforme o caso —, e os menos acessados, no arquivo de troca. Mesmo assim, a memória virtual não passa de um paliativo, sobretudo porque é baseada no HDD, que é milhares de vezes mais lento do que a já relativamente lenta memória RAM. Assim, quanto mais o sistema recorre ao swap, mais lento ele se torna, e a coisa é ainda pior quando há pouco espaço disponível no HDD e os dados estão excessivamente fragmentados.

Investir num PC com fartura de RAM é a melhor solução, já que o upgrade acaba saindo mais caro e dando mais trabalho, notadamente quando se recorre a uma assistência técnica ou a um computer guy. De qualquer modo, se você está enfrentando problemas decorrentes de falta de memória e trocar o PC ou instalar mais RAM não estiver nos seus planos de curto prazo, existem manerias de contornar esse problema. Claro que não passam de paliativos, mas é sempre melhor pingar do que secar...

Vermos isso em detalhes nos próximos capítulos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

DE VOLTA AOS NO-BREAKS — FINAL


O PROBLEMA COM AS CONSEQUÊNCIAS É QUE ELAS SÓ VÊM DEPOIS.

Complementando o que vimos sobre no-breaks nos postas anteriores, vale lembrar que:

— Se você optar por um no-breaks interativo ou online, não precisará usar concomitante um estabilizador de tensão. Mas note que o mesmo não se aplica a modelos offline. E escolha sempre um modelo bivolt.

— As baterias dos no-breaks, a exemplo das que fornecem energia para automóveis, notebooks, celulares, relógios etc., têm vida útil limitada. Esse tempo varia de modelo para modelo, mas, em média, fica entre 2 e 3 anos.

— Não é recomendável conectar impressoras ao no-break, sobretudo modelos a laser. Nem seria preciso dizer — mas vou dizer mesmo assim — que o mesmo se aplica a ventiladores, refrigeradores, máquinas de lavar, fornos micro-ondas e outros eletroeletrônicos providos de motor ou que sejam vorazes consumidores de energia.

— Durante um apagão, evite usar o computador até descarregar totalmente as baterias do no-break, pois isso pode não dar tempo suficiente para a recarga no caso de outro apagão se suceder ao primeiro. Tenha em mente que a função do no-break doméstico é manter seu PC funcionando pelo tempo suficiente para você terminar o que está fazendo, fechar arquivos e aplicativos, encerrar o Windows e desligar a máquina da maneira adequada.

— Se o que você quer é continuar operando o PC durante apagões, saiba que alguns no-breaks suportam a adição de baterias externas, permitindo aumentar sua autonomia em até cinco vezes, mas, dependendo do preço, talvez seja melhor partir logo para um gerador.

— Para evitar problemas com as baterias, não deixe o no-break desconectado da rede elétrica por um período superior a 60 dias. Note, porém, que eles não precisam permanecer ligados pelo botão do painel frontal; para que as bateria se mantenham carregadas, basta o no-break estar conectado à rede elétrica.

— Em tese, não há problema algum em manter o no-break ligado 24/7, mas convém desligá-lo sempre que os equipamentos conectados a ele não estiverem ligados.

Para mais informações sobre como escolher um no-break, clique aqui.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

DICAS DE SEGURANÇA DIGITAL


SE MINHA MISSÃO NA TERRA É NÃO ENTENDER NADA, ACHO QUE ESTOU FAZENDO TUDO CERTO.

Com a popularização dos dispositivos móveis, redes sociais e a ascensão da Internet das Coisas, nossas rotinas estão cada vez mais expostas em um universo virtual e, consequentemente, mais suscetíveis aos ataques. Se, por um lado, as empresas buscam aprimorar a proteção de seus bancos de dados, por outro, os hackers estão constantemente sofisticando seus ataques. 

Internet Society, organização sem fins lucrativos dedicada a garantir o desenvolvimento aberto, a evolução e ampliação do uso da Internet, elaborou um guia simples que avalia os riscos relacionados aos dispositivos e sistemas conectados. Adote estas oito práticas simples para melhorar sua privacidade online.

1. Compre seus dispositivos conectados com inteligência: Tenha sabedoria na hora da compra e opte pelos que respeitam a privacidade. 

2. Atualize dispositivos e aplicativos: Se o dispositivo ou aplicativo tiverem funções de atualização automática, ative-as. Esta ativação costuma levar poucos segundos e alguns cliques. E não se esqueça de atualizar os dispositivos menos óbvios – TODO OBJETO CONECTADO À INTERNET, DAS LÂMPADAS AO TERMOSTATO, DEVEM SER CONSTANTEMENTE ATUALIZADOS.

3. Ative a criptografia: Alguns dispositivos e serviços estão equipados com um recurso de criptografia, mas não o ativam automaticamente. Mesmo que seja preciso gastar alguns minutos para descobrir se seus dispositivos oferecem essa função, verifique se ela precisa ser acionada — e ative-a.

4. Revise as permissões definidas em seu dispositivo móvel: Aplicações como lanterna nunca devem saber onde você está ou seguirem a sua programação. Então, não deixe esta funcionalidade acionada. Além disso, revise as configurações de permissão e desative aquelas que permitem que aplicativos coletem mais dados do que você gostaria.

5. Verifique os parâmetros de privacidade das contas em redes sociais e lojas online: Não permita o compartilhamento de informações em suas contas nas redes sociais e lojas online além do necessário. Verifique suas configurações de privacidade para definir quem tem acesso ao que você publica. Evite vincular suas contas de redes sociais com outros serviços. Seus perfis não precisam saber o que você lê, que músicas escuta e assim por diante. 

6. Aumente as proteções de privacidade em seu principal navegador: Proteger os complementos do navegador é uma maneira rápida e fácil de obter ou melhorar a privacidade. Há diversas extensões que podem aumentar sua privacidade enquanto você navega na web. O HTTPS Everywhere, por exemplo, garante o uso sistemático da criptografia SSL em todas as páginas da Web que a suportam. Já o Ghostery e o Privacy Badger bloqueiam cookies de rastreamento ou web beacons, utilizados pelas empresas para rastrear seus hábitos de navegação.

7. Pare de reutilizar senhas: Como lembrar de diferentes senhas para cada nova conta? É tentador reutilizar uma senha para vários dispositivos ou serviços. Embora a reutilização funcione como um facilitador, em caso de pirataria ou roubo ela permite que os criminosos tenham acesso aos seus dispositivos e serviços. Por isso, instale um gerenciador de senha seguro e aprenda como usá-lo. Para os dispositivos domésticos, escreva sua senha em um caderno e guarde-o em local seguro

8. Ative a autenticação de dois fatores (2FA) para seus aplicativos e serviços: A autenticação de dois fatores impede que alguém que conheça apenas seu nome de usuário e senha consiga se conectar com a sua conta. Isso é importante porque as empresas têm perdido seus bancos de dados com as senhas de seus usuários. O site Two Factor Auth ensina a configurar esta função em cada página web — seja ela bancária ou de redes sociais, tudo pode ser configurado.

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