VIVA O
BRASIL, ONDE O ANO INTEIRO É PRIMEIRO DE ABRIL.
Para quem acompanhou
a trajetória do MS Internet Explorer desde
a primeira guerra dos browsers, custa acreditar que sua popularidade atual mal
chega a 15% – diferença de quase 50 pontos percentuais em relação ao Google Chrome, que mantém 67% de participação nesse segmento de
mercado (números de julho/14, levando em conta apenas o
Brasil como base de usuários).
Conforme dito em
outras oportunidades, a escolha de um navegador
de Internet tem mais a ver com as preferências do usuário do que com as
vantagens/desvantagens proporcionadas pelos browsers concorrentes – que,
atualmente, oferecem recursos bastante parecidos. No entanto, uma matéria publicada
na Forbes
pelo colunista Ian Morris dá conta
de que o uso do “queridinho” dos internautas aumenta drasticamente o consumo de
energia quando executado sob o Windows,
o que demanda preocupação por dos usuários de notebooks. Vejamos isso melhor.
Na multitarefa preemptiva, a rapidez com
que o Windows se reveza entre trechos dos aplicativos dá a impressão de que
eles são executados ao mesmo tempo, quando na verdade cada qual recebe a
atenção do processador durante fatias de
tempo (time-slices) mantidas pelo relógio do sistema na frequência de 64 pulsos por segundo. Alguns programas,
todavia, são capazes de alterar essa frequência – como é o caso do aplicativo
do YouTube, que a eleva a 1.000 pulsos por segundo – aumentando o
consumo de energia em até 25% e reduzindo sobremaneira a autonomia das baterias
dos PCs portáteis, notadamente quando os usuários cultivam o hábito de manter o
navegador sempre carregado.
Vale salientar que
todos os navegadores funcionam melhor ao reproduzir conteúdo dinâmico
diminuindo o intervalo entre os pulsos do relógio. Tanto o IE quanto o Firefox
fazem isso, mas ambos reduzem a frequência quando o conteúdo exibido deixa de
exigir o aumento, enquanto que o Chrome
aumenta o intervalo entre os
pulsos do relógio interno para 1 ms quando é carregado, independentemente do
conteúdo a ser exibido, e somente restabelece o valor padrão quando é desligado.
Segundo Morris, o
Google tem conhecimento do problema (catalogado no Chromium Bug Tracker como a issue 153139) há cerca de quatro anos, e até agora nada
fez para resolvê-lo.
Enquanto aguardamos
o andar da carruagem, seria de bom alvitre que os usuários de PCs portáteis se
habituassem a encerrar o Chrome sempre que ele estiver ocioso, ou então andar
com uma bateria sobressalente ou levar o carregador de um lado para outro.
Tenham todos um
ótimo dia.