O PODER É A
ESCOLA DO CRIME.
Em algum momento da história da informática,
a bandidagem digital se deu conta de que o malware
poderia ser um aliado valioso se, em vez de simplesmente danificar o sistema
alvo e obrigar a vítima a reinstalá-lo, monitorasse os hábitos de navegação das vítimas,
bisbilhotasse seus arquivos sigilosos e capturasse senhas, números de cartões de
crédito etc.
Manter o Windows e os aplicativos atualizados, dispor de um arsenal de
segurança responsável, criar senhas fortes, desconfiar sempre de anexos e links
recebidos por email ou compartilhados via programas mensageiros e redes
sociais, enfim, todas essas dicas que todos nós conhecemos bem — mas que muitos de nós desdenhamos solenemente — é meio caminho andado para prevenir aborrecimentos. Mas
só meio caminho.
Acredite você ou não, ainda tem gente que escreve as senhas num post-it e cola no monitor; que instala antivírus e firewall que não "falam" o mesmo idioma do usuário (daí a clicar em qualquer botão que feche a
caixa de diálogo para poder seguir adiante é um passo); que deixa o cunhado
mala usar o computador com prerrogativas de administrador (mesmo sabendo que
ele curte sites de pornografia) e o irmãozinho da namorada à vontade para
instalar games piratas ou coisa pior, e aí se surpreende com o sistema infestado
por pragas de todo tipo ou com o sumiço “misterioso” de um arquivo ou pasta
importante. E por aí vai.
Mesmo não sendo irresponsável a ponto de
cometer asneiras como essas, ninguém está livre da ação nefasta de spywares, trojans, ransomwares e
outros programinhas maliciosos — a não ser que não acesse a internet ou que deixe
o computador desligado, naturalmente, mas isso está fora de questão. Existe uma maneira de manter a integridade do sistema,
mesmo permitindo que o cunhado mala e o irmãozinho pentelho da namorada pintem
e bordem; mesmo não tendo antivírus e um firewall; mesmo sendo relapso a ponto
de apagar arquivos ou aplicativos que pareçam desnecessários sem sequer
procurar saber a que pertence o arquivo ou para que serve o app. Mas note que não estamos falando da restauração do sistema — recurso valioso
quando funciona, mas que não tem o condão de reverter desinstalações de
aplicativos, exclusões de arquivos pessoais etc. —, mas da "virtualização do sistema".
Observação: Para quem não sabe ou não se lembra, as versões 9x do Windows contavam com o scanreg/restore para reverter ações mal sucedidas, mas a maioria dos usuários não se valia dessa solução porque não a conhecia ou porque não sabia executá-la via prompt de comando. Quando desenvolveu o Win ME, a Microsoft introduziu a restauração do sistema (presente também em todas as edições subsequentes do Windows), que é bem mais fácil de usar porque pode ser acessada através da interface gráfica do sistema. Essa ferramenta cria backups das configurações do Registro e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador em intervalos regulares e sempre que alguma modificação abrangente é procedida (note que esses "pontos de restauração" também podem ser criados manualmente); caso o PC se torne instável ou seja incapaz de reiniciar, o usuário pode tentar reverter o sistema a um ponto anterior e, com um pouco de sorte, resolver o problema com relativa facilidade.
Observação: Para quem não sabe ou não se lembra, as versões 9x do Windows contavam com o scanreg/restore para reverter ações mal sucedidas, mas a maioria dos usuários não se valia dessa solução porque não a conhecia ou porque não sabia executá-la via prompt de comando. Quando desenvolveu o Win ME, a Microsoft introduziu a restauração do sistema (presente também em todas as edições subsequentes do Windows), que é bem mais fácil de usar porque pode ser acessada através da interface gráfica do sistema. Essa ferramenta cria backups das configurações do Registro e de outros arquivos essenciais ao funcionamento do computador em intervalos regulares e sempre que alguma modificação abrangente é procedida (note que esses "pontos de restauração" também podem ser criados manualmente); caso o PC se torne instável ou seja incapaz de reiniciar, o usuário pode tentar reverter o sistema a um ponto anterior e, com um pouco de sorte, resolver o problema com relativa facilidade.
Na virtualização do
sistema, um app dedicado cria uma "imagem" das definições e
configurações do computador e as recarrega a cada inicialização, fazendo com que tudo
volte a ser como antes no quartel de Abrantes, inobstante o que um
software enxerido ou o próprio usuário tenha feito na sessão anterior. Veremos isso em detalhes na próxima postagem. Até lá.