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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

WINDOWS SANDBOX — CONTINUAÇÃO

ATÉ OS CHEFES TÊM CHEFE.


Antes de 2015, a Microsoft criava novas versões do Windows a cada três ou quatro anos e sanava falhas críticas e de segurança através de Service Packs — “pacotes” que englobavam as correções implementadas desde o lançamento da versão ou de seu último SP, conforme o caso. 


Com o lançamento do Windows 10 como serviço, updates semestrais de conteúdo e atualizações mensais de qualidade dispensaram os usuários de adquirir novas mídias de instalação. Para estimular a adoção da “versão definitiva” do sistema — e alcançar um bilhão de instalações em três anos —, a empresa concedeu 12 meses de prazo para usuários de máquinas elegíveis e que rodassem o Windows 7 ou o 8.1 fazerem o upgrade gratuitamente. 


O cronograma de atualizações foi cumprido, mas arquivos “bugados” continuam dando dor de cabeça a milhões de usuários, e a bilionésima instalação só aconteceu em fevereiro de 2020 — a menos de dois anos do lançamento oficial do Windows 11 e do anúncio do fim do suporte à suposta "versão definitiva", previsto para 14 de outubro de 2025.

 

Observação: “Bug” significa “inseto”, mas entrou para o léxico da informática com o sentido de “defeito” depois que um operador da marinha americana anotou em seu diário de bordo que uma falha em seu Mark II fora causada por uma mariposa, que havia ficado presa entre os fios. 


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Depois de várias reuniões ao longo do dia e sem alcançar um consenso entre as lideranças partidárias, a “Camarilha” dos Deputados adiou a votação da abjeta PEC da Blindagem, que prevê que apenas os parlamentares podem autorizar a abertura de investigação sobre seus pares (ou comparsas, como preferir). O impasse se deveu a dois pontos do texto, e a confusão foi tão grande quanto a cara de pau dessa caterva, já que eventual aprovação da PEC tornará impossível abrir inquéritos contra deputados e senadores, sem falar que o crime organizado despejará todos os recursos que puder, na campanha de 2026, para colocar seus integrantes no Congresso. 

A extrema direita, que se diz pela democracia e enche a boca para acusar Lula de ladrão, finge que não vê, e os parlamentares de esquerda, que chamam o pacote de salvo-conduto para golpistas, admitem nos bastidores que podem ajudar a aprová-lo.

Se tivesse um pingo de vergonha na cara, o Congresso deveria submeter projetos tóxicos ao teste do ponto de ônibus e sepultar ideias mal recebidas pelo trabalhador na fila da condução. Hugo Motta, disse que é "um direito do Congresso" discutir e votar o que chama de "PEC das Prerrogativas”, mas seria xingado se defendesse esse escárnio no ponto de ônibus. 

A regra que condiciona a abertura de investigações contra congressistas ao aval do Congresso, que vigeu entre 1988 e 2001, foi revogada por pressão social depois que a corporação barrou a abertura de mais de 200 pedidos para investigar parlamentares. Hoje, há nos escaninhos do Supremo cerca de 80 inquéritos sobre malversação de verbas federais liberadas por meio de emendas parlamentares. No final de semana, Flávio Dino mandou investigar suspeitas no manuseio de mais R$ 694 milhões.

Num ambiente assim, o Congresso deveria considerar a hipótese de substituir todo o texto constitucional pela Constituição enxuta proposta pelo historiador Capistrano de Abreu, morto em 1927, que teria apenas dois artigos: 1) "Todo brasileiro deve ter vergonha na cara”; 2) "Revogam-se as disposições em contrário". 

Essa passaria facilmente no teste do ponto de ônibus.


Os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito. Adotar novas versões de softwares assim que são lançadas é procurar sarna para se coçar — que o digam os usuários do Windows 11 que passaram a ter problemas com seus HDDs e SSDs depois que instalaram o KB5063878 via Patch Tuesday deste mês. 


Visando eliminar todos os bugs antes do lançamento oficial dos programas — até porque correções posteriores geram custos adicionais e comprometem a imagem dos produtos —, os desenvolvedores criam versões Alfa, Beta (fechada e aberta) e Release Candidate. Mas é comum a descoberta de novas falhas a posteriori, e ainda que nem todas tenham a ver com segurança, muitas delas abrem portas para malwares e invasões. 

 

Todos sabemos (ou deveríamos saber) que arquivos que chegam por email e links recebidos por SMS, aplicativos de mensagens ou via redes sociais são perigosos; que milhões de malwares circulam pela Internet; que suítes de segurança responsáveis ajudam, mas não nos protegem do phishing — técnica mediante a qual os cibervigaristas utilizam engenharia social com o objetivo de obter informações sigilosas e dados sensíveis das vítimas. 

 

O que muitos não sabem é que smartphones são microcomputadores de bolso, controlados por um sistema operacional e capazes de acessar a Internet e de rodar aplicativos. O Android é mais visado pelos cibercriminosos por estar presente em 70% dos ultraportáteis (contra 15,5% do iOS, que só roda no hardware da Apple). Mas isso não significa que o iPhone seja uma fortaleza indevassável a ponto de dispensar a proteção de uma boa suíte de segurança.

 

Conclui no próximo capítulo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

CADÊ O WINDOWS 12?

PREVÊ O FUTURO QUEM ESTUDA O PASSADO.

 

Mesmo com o upgrade gratuito, o Windows 11 levou quatro anos para ultrapassar seu antecessor em número de instalações. Agora, às vésperas do encerramento de seu suporte (previsto para 14 de outubro), a Microsoft se propõe a fornecer atualizações de segurança sistema antigo por mais um ano (mediante pagamento), mas diz não ter planos de abrandar os requisitos mínimos para a migração, o que pode levar muitos usuários de PCs antigos a migrar para o Linux. 


Contrariando boatos e expectativas, o grande update que está no forno não trará o Windows12, mas sim o Windows 11 25H2, que será distribuído por meio de um pacote de habilitação (enablement package) com cerca de 1 MB, que deve instalar em poucos minutos.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA



Observação: Os requisitos mínimos do Windows11 frustraram milhões de candidatos ao upgrade. Como meu notebook era elegível, fiz a atualização — mas foi como transformar um automóvel mediano em uma carroça. A performance só melhorou com a substituição do HDD original por um SSD, mas melhor mesmo foi trocar o Windows pelo macOS.


Entre os recursos inéditos, a nova versão estreará um layout em grade no Menu Iniciar, a redução automática da frequência do processador em períodos de inatividade, a integração do "Vincular ao Celular" como coluna lateral do Menu Iniciar, e uma nova tela que substituirá a famigerada Tela Azul da Morte (Blue Screen of Death), habilitada pela primeira vez em 1993, no Windows NT 3.1.


A nova tela de erro terá fundo preto em vez de azul. O rostinho triste e o QR Code darão lugar aos dizeres "SEU DISPOSITIVO PASSOU POR UM PROBLEMA E PRECISOU SER REINICIADO" em letras brancas, seguidos do percentual de conclusão e de detalhes adicionais sobre o erro. A ideia é reduzir o impacto visual em casos de reinicialização inesperada, que deverá levar cerca de 2 segundos para a maioria dos usuários (acredite se quiser).


Como partes desse update já foram inseridas nas atualizações menores da versão 24H2 — mas mantidas desativadas em nível de sistema —, o enablement package basicamente ativará os novos recursos. No entanto, essa facilidade contemplará apenas os usuários da versão 24H2. Quem ficou na 23H2 terá de baixar uma atualização maior.


Ainda não há uma data oficial para o lançamento, mas esse tipo de atualização costuma ser liberado entre setembro e outubro, e outubro seria estratégico — coincidir com o fim do suporte ao Windows 10 serviria de argumento para incentivar a adoção do Windows 11.


A ver.

sábado, 2 de agosto de 2025

WINDOWS 10 — FIM DO SUPORTE — A NOVELA CONTINUA

POLÍTICA É A ARTE DE ENGOLIR SAPOS, PEDIR VOTOS AOS POBRES, RECURSOS FINANCEIROS AOS RICOS, E DEPOIS MENTIR PARA AMBOS.

Em junho de 2021, a Microsoft anunciou o lançamento do Windows 11 e informou que o suporte ao Windows 10 seria encerrado em 14 de outubro de 2025. 


A expectativa era de que todos os computadores compatíveis estivessem rodando o Windows 11 em meados de 2022, mas faltou "combinar com os russos": a menos de três meses do prazo final, a versão anterior continua abocanhando 68% do mercado mundial de PCs — contra 27% da atual e 4,5% das versões 8.1, 7, Vista e XP somadas.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


A morte, em 2009, do advogado russo Sergei Magnitsky nos porões do regime de Vladimir Putin deu início a uma campanha mundial que resultou, três anos depois, na criação da lei que leva seu nome. Concebida como um mecanismo internacional para isolar financeiramente ditadores, violadores graves dos direitos humanos e corruptos em larga escala, a Magnitsky Act foi sancionada pelo então presidente Barack Obama — e transformada em arma política por Donald Trump, que a usou contra o ministro Alexandre de Moraes em retaliação ao processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Os discursos de desagravo em resposta à ofensiva deram à sessão de reabertura do Supremo, após o recesso de julho, um ar de reprise do day after da Festa da Selma. A diferença é que, desta vez, o mecânico Fábio Alexandre de Oliveira — que se sentou na cadeira de Xandão e gritou “é o povo que manda nessa porra” — disse à PF, depois do quebra-quebra, que era tudo “brincadeira”. Mas a Magnitsky é coisa séria.

A família Bolsonaro, em aliança com Trump, tenta novamente virar a página da história para trás — num novo surto da psicose do que ainda pode acontecer. Os fatos que levaram ao 8 de janeiro deram ao Brasil a oportunidade de um novo começo. O dilúvio de irracionalidades poderia ser interpretado como uma intervenção divina para punir o país por seus erros e forçá-lo a se repensar. O diabo é que alguns brasileiros não querem se reinventar. No caso do clã Bolsonaro, não se esperava por exames de consciência ou atos de contrição, mas ao menos se imaginava que o instinto de sobrevivência os levaria à autocontenção.

bolsotrumpismo — cruzamento do arcaísmo de Bolsonaro com o instinto imperial de Trump — restaurou momentaneamente a atmosfera de anormalidade, transformando o 8 de janeiro num dia interminável, um prólogo eterno. Para evitar novos dilúvios, o Supremo se equipa para condenar, já em setembro, o ex-presidente golpista e os cúmplices mais próximos do núcleo crucial.

É imperativo virar rapidamente essa página — só que para a frente.

 

O Windows "nasceu" em 1985 como uma interface gráfica que rodava sobre o MS-DOS e se tornou o sistema operacional para PCs mais popular do planeta — não sem amargar fiascos monumentais (Windows ME, Vista e 8/8.1) em contraste com sucessos retumbantes (Windows 95, 98/SE, XP, 7 e 10). Nenhuma versão, no entanto, teve o ciclo de vida encerrado antes que sua sucessora se consolidasse no mercado.

 

O Windows 7 levou apenas um ano para superar o Vista. Já o Windows 10, lançado como serviço em 2015, foi incumbido da missão de alcançar 1 bilhão de instalações em três anos, mas demorou cinco, e nada indica que será superado pelo Windows 11 no curto prazo, a despeito do fim da sua vida útil obrigar mais de 200 milhões de usuários a decidir se continuam usando um PC que não recebe novas atualizações de segurança, contratam um plano de suporte adicional ou trocam de sistema operacional.

 

Embora seja possível forçar a instalação do Windows 11 em máquinas que não atendem às exigências impostas pela Microsoft, nada garante que o upgrade será bem-sucedido — e que o computador não se tornará uma "carroça", o que invariavelmente ocorre com aparelhos que utilizam jurássicos drives de disco rígido.

 

Diante da perspectiva (nada alvissareira) de centenas de milhões de PCs se tornarem toneladas de lixo eletrônico, a empresa criou programas de suporte estendido e ofereceu como alternativa adotar uma versão do Win10 Enterprise — como a LTSC 2021, baseada na versão 21H2 e com suporte até janeiro de 2027 —, mas ambas as opções custam dinheiro e apenas empurram o problema com a barriga. 

 

Observação: Vale frisar que essa celeuma poderia ter sido evitada se a empresa desvinculasse o upgrade da exigência do TPM 2.0 — processador de criptografia destinado a robustecer a segurança durante a inicialização do sistema —, mas ela insiste que ele é necessário para manter o Windows 11 seguro.

 

No início deste ano, a Microsoft removeu um método oficial que permitia a instalação do Windows 11 em PCs sem TPM 2.0. Dias atrás, uma notificação via Windows Update passou a oferecer o upgrade para PCs sem TPM 2.0. A gigante do software disse que não fez mudanças nos pré-requisitos e que a exigência do TPM 2.0 continua valendo. Assim, mesmo que a atualização seja oferecida, a instalação pode falhar.

 

várias maneiras extraoficiais de fazer a migração, mas convém ter em mente que elas podem deixar seu computador instável. Como seguro morreu de velho, quem não quer comprar um PC novo nem mudar de sistema operacional pode contratar um plano de suporte estendido (ESU, na sigla em inglês), que custa US$ 30 por ano (renovável por mais um ano). De acordo com a Microsoft, essa liberação está acontecendo de modo progressivo, e os usuários receberão notificações via Windows Update ou na área de configurações do Windows 10.

 

Resumo da ópera: o que era para ser um fim de suporte virou novela — e, como toda boa novela, ainda deve render alguns capítulos extras antes do "último episódio". Enquanto isso, só me resta desejar boa sorte a quem ainda não resolveu se casa ou se compra uma escada.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

WINDOWS 10 — UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

OS POLÍTICOS SÃO A MENTIRA LEGITIMADA PELA VOTO POPULAR.

Quatro meses depois de anunciar o lançamento do Windows 11 e informar que o Windows 10 deixaria de receber suporte em 14 de outubro de 2025, a Microsoft começou a distribuir o upgrade para a versão pronta e acabada do novo sistema para usuários que rodassem o Ten em máquinas "elegíveis" ou que se dispusessem a comprar um computador novo, que viria com o Win11 pré-instalado ou poderia ser atualizado via Windows Update pelo próprio usuário.

Naquela ocasião, a empresa estimava que todos os aparelhos compatíveis estariam rodando o Win11 em meados de 2022, mas faltou combinar com os russos: o Win10 velho de guerra continua firme e forte, com 68% da preferência dos usuários, enquanto seu sucessor contabiliza 27%, e as versões 8.1, 7, Vista e XP somam 4,5%.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Em 2015, a PGR denunciou Fernando Collor por surrupiar R$ 20 bilhões da BR Distribuidora. Em 2023, o STF o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão, mas seus advogados conseguiram procrastinar o cumprimento da pena até a semana passada. 

Nesse entretempo, Gilmar Mendes (atual decano da Corte e verdadeira herança maldita de FHC) votou pela absolvição e, vencido, tentou reduzir a pena à metade. Exausto das manobras protelatórias da defesa, Alexandre de Moraes, relator da encrenca, determinou a prisão imediata do Rei Sol, que, a pedido, foi envidado para uma “hospedaria especial” em Maceió. 

Moraes submeteu seu despacho ao plenário, Gilmar esboçou um pedido de destaque, mas recuou. O placar chegou a 6 a 0 pela prisão, mas o "terrivelmente evangélico" André Mendonça divergiu e foi seguido por Gilmar, Fux e o ministro-tubaína Nunes Marques. Zanin, como costuma fazer em processos da Lava-Jato, se absteve de votar. A defesa apresentou um pedido de prisão domiciliar, que ora se encontra pendente de manifestação da PGR.

Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura — e o primeiro a ser penabundado do cargo por impeachment. Sua trajetória errática e politicamente camaleônica incluiu alianças com Bolsonaro e com o PT. Em 2014, pediu votos para Dilma e até usou um trecho elogioso de Gleisi Hoffmann em sua propaganda. Em 2022, perdeu a disputa pelo governo de Alagoas com pífios 14% dos votos. Após sua prisão, o PRD o expulsou, seus aliados silenciaram e os líderes da legenda o descreveram como "distante da cúpula e irrelevante nas decisões". 

Sua prisão tardia e cercada de privilégios, representa o ocaso de um personagem que simbolizou tanto o colapso precoce da Nova República quanto a persistência das velhas práticas políticas. Já se ele vai realmente cumprir a pena, bem, eu não tenho bola de cristal, mas tampouco tenho memória de galinha. Para quem nao se lembra, em 2018 o TRF-4 aumentou de 8 para 12 anos a pena de Lula no processo do triplex e determinou sua prisão. Em 2019, numa votação apertada (6 votos a 5), o STF mudou seu entendimento sobre a "prisão em segunda instância", e Lula deixou sua cela VIP em Curitiba no dia seguinte, depois de 1 anos e 5 meses gozando da hospitalidade da PF em Curitiba. 

Em 2017, depois de procrastinar sua prisão por 4 décadas, Paulo Maluf — ex-prefeito da capital paulista (1969-1971; 1993-1996), ex-governador de São Paulo (1979-1982), candidato à Presidência em 1995 e 1989, ex-secretário dos Transportes, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ex-vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, quatro vezes deputado federal, líder de cinco partidos políticos e réu em 70 processos — foi finalmente encarcerado na Papuda. Três meses depois, graças ao bom coração do eminente ministro Dias Toffoli — que foi presenteado por Lula com a suprema toga, mesmo tendo levado bomba duas vezes seguidas em concursos para juiz—, foi enviado para casa por "razões humanitárias" e permaneceu em prisão domiciliar até maio de 2023, quando teve a pena extinta com base no indulto natalino concedido por Bolsonaro.

Na visão de Toffoli, o turco ladrão, então com 87 anos, estava à beira do desencarne; hoje, aos 93, se ele realmente está morrendo, é de rir de quem acredita na justiça desta banânia. 


Em julho de 2015, quando deu à luz o Win10, a Microsoft previu que seu novo rebento ultrapassaria a marca de 1 bilhão de instalações em três anos. Apesar do upgrade gratuito, essa meta só foi alcançada em janeiro de 2020, quando faltavam menos de 2 anos para o lançamento oficial do Win11, que é mais exigente, em termos de hardware, e bem menos simpático que seu antecessor aos olhos dos usuários. 

Faltando menos de seis meses para o Win10 deixar de receber suporte e atualizações de segurança da Microsoft, manter o sistema em uso após o prazo final aumentará significativamente o risco de ser vítima de pragas digitais, cibercriminosos e assemelhados. 

No ambiente corporativo, máquinas desatualizadas podem facilitar ataques de ransomware, sequestro de dados, sabotagens e outros incidentes graves. E a solução vai além da simples compra de novas licenças ou realização de upgrades: é preciso avaliar a compatibilidade de hardware, a maturidade dos aplicativos que rodarão no novo sistema, as políticas de segurança e criptografia (como a exigência do TPM 2.0, por exemplo) e, principalmente, o treinamento e adaptação das equipes que usarão diariamente essas máquinas.

Sensível ao fato de que cerca de 240 milhões de computadores podem se tornar lixo eletrônico devido à incompatibilidade com o Win11, a Microsoft criou programas de suporte estendido. Mas eles custam dinheiro e são meros paliativos, já que não eliminam a necessidade da mudança sem a qual o aumento da insegurança pode minar a competitividade das empresas.

No âmbito doméstico, a solução é mais simples: quem tem um PC compatível e não migrou pode fazer o upgrade, e quem tem máquinas incompatíveis pode "forçar" a instalação do novo sistema ou migrar para o Linux, por exemplo — distribuições como o Ubuntu oferecem uma interface semelhante à do Windows, tornando o "reaprendizado" uma questão de dias ou semanas. O macOS é imbatível, mas só roda no hardware fabricado pela própria Apple, o que encarece a mudança (embora ela valha cada centavo).

Uma alternativa que a própria Microsoft oferece, ainda que discretamente, consiste em adotar uma versão do Win10 Enterprise, como a LTSC 2021, que é baseada na versão 21H2 do Windows 10 e deve receber suporte até janeiro de 2027. A IoT Enterprise LTSC 2021, também baseada na versão 21H2, se parece e funciona como o clássico sistema para desktop, embora existam diferenças pontuais em relação às edições Home ou Professional — nas versões LTSC, o usuário permanece com a versão básica (21H2, build 19044), recebendo apenas patches de segurança e estabilidade. No entanto, como não haverá novas versões importantes após a 22H2, isso não chega a ser um grande inconveniente.

Chaves de produto do Windows 10 Home ou Professional não funcionam para ativar uma edição Enterprise LTSCA adoção deve ser feita mediante um contrato de licença por volume (VLAs) para menos 5 estações de trabalho, mas é possível negociar licenças individuais com alguns revendedores. Embora existam fontes não oficiais e ferramentas de ativação circulando na Internet, seu uso viola os termos de licenciamento da Microsoft.

Migrar para uma versão Enterprise LTSC significa abrir mão da Microsoft Store, da Cortana, do OneDrive e de aplicativos pré-instalados como Weather, Mail ou Contacts. Mas o Windows Defender, o navegador Edge e acessórios clássicos, como o Bloco de Notas e o WordPad, continuam presentes. O processo de instalação é semelhante ao convencional. O sistema tenta se conectar a uma conta corporativa, mas também oferece a opção de criar uma conta local tradicional. 

A versão IoT usa o inglês americano como idioma padrão, enquanto a Enterprise LTSC oferece mais opções linguísticas. Mas ambas são soluções legítimas para quem deseja manter o Windows 10 em seu hardware atual por até sete anos após 14 de outubro.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

SEM TPM

NÃO HÁ MAL EM MUDAR DE OPINIÃO, DESDE QUE SEJA PARA MELHOR.

 

Dentre as restrições que a Microsoft impôs à instalação do Windows 11 em máquinas antigas, o chip TPM 2.0 era um requisito "inegociável". Como 60% dos PCs mundo afora ainda rodam o Win 10  que deixará de ser suportado em outubro próximo —, a empresa incluiu em seu site informações detalhadas sobre como burlar essa exigência e fazer o upgrade, bem como o passo a passo para revertê-lo em caso de incompatibilidade. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Quando se ouve Lula e seus ministros falarem sobre o que se pretende fazer em Brasília para baixar o preço dos alimentos vem à mente o personagem Rolando Lero, que, quando não sabia a resposta à pergunta, enrolava o professor Raimundo com uma fieira de frases vazias. Está assim o governo desde que se deu conta do efeito nefasto da inflação no humor das pessoas. Nem se pode dizer que o Planalto dormiu no ponto, mas, ao dizer que "ainda é cedo" para a população fazer uma avaliação justa de sua (indi)gestão, Lula sugere apenas um leve despertar. A crise do Pix provocou uma perda expressiva de apoio no Nordeste, mas não foi suficiente para um alinhamento de posições. As autoridades dizem cada qual uma coisa diferente para "explicar" como vai se dar a solução e, ao final da explanação, ficamos na mesma sobre o rumo a ser seguido. O macróbio só foi assertivo ao se negar a adotar uma política mais austera nas contas a fim de assegurar a estabilidade econômica, dando de ombros para o risco inflacionário das escolhas equivocadas. Gilberto Kassab, que não é de desperdiçar palavras, foi ao ponto: "governo sem ministro da Fazenda forte é governo fraco; nas condições de hoje, Lula perderia a eleição — o que, dependendo de quem o derrotasse, seria um refrigério para o Brasil. Enfim, sonhar ainda é de graça.

 

Com o lançamento da atualização 24H2 do Win 11, a Gigante do Software suprimiu "sigilosamente" a ferramenta que criava a chave de Registro destinada a contornar a exigência do chip TMP 2.O, permitindo a instalação do sistema em máquinas mais antigas. Até então, quando o assistente de instalação exibia a tela de incompatibilidade com o Windows 11, podia-se abrir o prompt de comando com o atalho Shift + F10, digitar regedit.exe, localizar a chave  HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\Setup\MoSetup e criar uma DWORD com o nome AllowUpgradesWithUnsupportedTPMOrCPU, modificar o tipo para REG_DWORD e configurar o valor para 1.

 

Quem dormiu no ponto terá de recorrer a um método "não oficial" para instalar o Win 11 em PCs não compatíveis — ou seja, sem chip TPM 2.0 —, ou pagar US$ 30 por um ano adicional de atualizações de segurança para o Win 10 (lembrando que novos recursos, correções de bugs e suporte técnico não fazem parte do pacote), caso não possa (ou não queira) adquirir um computador novo, com a versão atual do sistema pré-instalada pelo fabricante. 
 
Vale lembrar que o Windows 12 (ou seja lá qual for o nome dele) já está no forna do empresa de Redmond, e também fará essa exigência (ou exigirá uma versão aprimorada do chip TPM).

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

FIM DO SUPORTE AO WINDOWS 10

A PIOR DECISÃO É A INDECISÃO.

O "ciclo de vida" dos softwares da Microsoft vai do lançamento oficial até o término do suporte, quando então o produto deixa de receber atualizações e correções. 

O Windows 10 foi lançado como serviço em julho de 2015 e terá o suporte encerrado em 14 de outubro do ano que vem. 

Embora seja possível tentar forçar a instalação do Win11 em máquinas sem TPM 2.0 ou que não atendam a outras exigências, a Microsoft recomenda comprar um computador novo, e vem criando empecilhos para a atualização em aparelhos com mais de 5 anos de estrada.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Com seu estilo rombudo de fazer política, Bolsonaro acabará transformando o bolsonarismo num aglomerado de amigos majoritariamente feito de inimigos. Silas Malafaia inaugurou uma fila de lamentações, chegando mesmo a indagar: "Que porcaria de líder é esse?" A direita nacional começa a se dar conta de que Bolsonaro já não é tão necessário. Bem orientado, Tarcísio de Freitas sabe que quem sai na chuva antes da hora candidata-se apenas a um resfriado. 
Boulos, por sua vez, prometeu para a última segunda-feira um pronunciamento com potencial para "mudar a eleição". A bomba revelou-se um traque. O apadrinhado de Lula reeditou em 2024 uma versão municipal da "Carta aos Brasileiros", que pavimentou a vitória do padrinho na sucessão presidencial de 2002. A diferença é que a "Carta ao Povo de São Paulo" foi tardia, artificial e improdutiva. 
O amadurecimento de Lula foi um processo de duas décadas. A carta de 2002 veio nas pegadas de três derrotas em eleições presidenciais. Além da guinada em relação a tudo o que dissera sobre questões econômicas, o petista aparou a barba, vestiu Armani e acomodou na vice o empresário José Alencar, e chegou ao Planalto como um ex-sapo barbudo. 
A carta de Boulos foi tardia porque chegou às manchetes a seis dias da eleição. Artificial porque o antigo líder do MTST deixou para formalizar na reta final uma moderação que deveria ter realçado desde a derrota que sofreu na eleição municipal de 2020. E improdutiva porque sua rejeição cavalar e o favoritismo estelar do adversário dão ao texto uma aparência extemporânea e um aroma oportunista. 
Mimetizando as antigas caravanas petistas, o psolista anunciou que dormirá nas casas de eleitores até o dia da eleição. Reeditou até o antigo slogan de Lula: "A esperança pode, sim, vencer o medo". O problema é que parte dos 70% de votos que rejeitaram a continuidade de Nunes no primeiro turno optam agora pela reeleição do prefeito, não por aprovar sua administração, mas por considerá-lo um mal menor. 
Nesse contexto, conversões de última hora, ainda que sinceras, tendem a ser recebidas com um mal maior.

Migrar para o Windows 11 é a solução natural, até porque continuar usando o Win10 sem receber novas atualizações e correções de falhas segurança é arriscado . Caso seu hardware não atenda aos requisitos mínimos exigidos pelo sistema, o Linux pode ser uma alternativa interessante: as distros são gratuitas, rodam em máquinas de configuração modesta e proporcionam maior segurança, personalização e estabilidade.

Linux Mint, Pop! OS e os vários "sabores" do Ubuntu são intuitivos e se tornam "palatáveis" após algumas semanas de adaptação. Os principais navegadores funcionam direitinho, e que quem não se der bem com o LibreOffice ou o OpenOffice sempre pode correr para o Google Docs ou para a versão web do Microsoft 365. Mas encontrar os drivers de hardware adequados é um calvário, e muitos programas que estamos acostumados a usar no Windows não rodam no Pinguim ou apresentam problemas de compatibilidade

Boa sorte.