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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

WINDOWS SANDBOX

ALGUMAS PESSOAS ESTÃO ERRADAS MESMO QUANDO FICAM CALADAS.

Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft em 1975 para desenvolver e comercializar interpretadores BASIC para o recém-lançado Altair 8800. Poucos anos depois, uma conjunção de fatores levou a empresa a adquirir os direitos do CP/M, adaptar o código ao hardware da IBM e licenciá-lo com o nome de MS-DOS. 

O Windows “nasceu” em 1985, inicialmente como uma interface gráfica que rodava sobre o DOS. A versão 3.0 foi a primeira a conquistar sucesso comercial, e a 95, a primeira a se apresentar como sistema operacional autônomo — ou quase, já que o DOS continuaria atuando nos bastidores até 2001, quando o XP finalmente cortou o cordão umbilical. O Win 98/SE, considerado a melhor das versões 9.x, foi sucedido pelo aziago ME — que tentou ser uma ponte entre as linhas domésticas e corporativas, mas acabou herdando problemas de ambas. As versões XP e 7 foram sucessos de público e de crítica, ao passo que Vista e 8/8.1 amargaram fiascos retumbantes.


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Um aspecto da junção do PP com o União Brasil, que resultou na federação denominada União Progressista, é o cinismo oposicionista. Serão 109 deputados e 14 senadores em via de serem 15, tornando-se a maior bancada do Congresso. Parlamentares em amplíssima maioria identificados com o Centrão. Na Câmara, ultrapassam o PL que, assim, perde o privilégio daquela condição. Além disso, juntos, PP e União terão em caixa R$ 1,151 bilhão dos fundos eleitoral e partidário, considerados os últimos repasses de dinheiro público. 

Perde muito mais o bolsonarismo que o petismo — este já tem como dada sua função meramente utilitária de meio de acesso ao aparelho estatal, mas aquele ainda guarda alguma cerimônia no trato do ex-presidente como guia genial da direita. 

Ainda é cedo para afirmar com certeza, mas já é possível aventar a hipótese de que se fortaleça nesse campo o descolamento da liderança e orientação de Bolsonaro nas articulações para a disputa presidencial de 2026. A manutenção da palavra do ex-presidente como determinante para decisões da direita já é considerada um estorvo em voz baixa. Reclamos que tendem a ganhar decibéis com a provável condenação e os atritos promovidos pela prole do capetão. 

O oposicionismo de resultados, expresso na presença de indicados dos novos federados na máquina pública, não deixa de ser um reforço à União Progressista. O comando de quatro ministérios, controle de diretorias da Caixa Econômica Federal e de boas cadeiras na Codevasf são ativos assaz interessantes para a formação de robustas bancadas na eleição parlamentar. Para isso, suas excelências precisam mais da condescendência pragmática do governante que de obediência às ordens do oponente.


A Microsoft projetou seu sistema para operar computadores domésticos isolados ou em pequenas redes corporativas. Quando a popularização da internet expôs milhões de máquinas a ameaças online, ela implantou diversos recursos de segurança no XP, mas manteve serviços desnecessários rodando por padrão — até mesmo com privilégios administrativos. Além disso, o controle de contas e senhas era precário e nove em cada dez usuários ignoravam as atualizações de segurança.

 

Ciente de que os downloads demoravam horas nas jurássicas conexões discadas da época, a empresa criou o Patch Tuesday — pacote de correções de segurança liberado via Windows Update na segunda terça-feira de cada mês. A estratégia funcionou, mas rendeu apelidos jocosos: a versão NT (New Technology) era chamada de “nice try” (boa tentativa), e as demais ficaram conhecidas como “peneira” (pela permeabilidade a invasões) e “colcha de retalhos” (uma alusão aos remendos constantes que mantinham o sistema funcionando). De todo modo, cada patch representava não apenas o reconhecimento de uma falha, mas também o compromisso crescente da Microsoft com a segurança dos usuários.

 

Observação: Todo software está sujeito a bugs. Até a década passada, considerava-se “normal” a ocorrência de um erro a cada 10 mil linhas de código. O Windows 7 tinha cerca de 40 milhões de linhas, o Office 2013, 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, quase 90 milhões. Basta fazer as contas para ter uma ideia do tamanho da encrenca.

 

Assim como a indústria automotiva aprimora seus protótipos até que fiquem bons o bastante para chegar ao consumidor, os desenvolvedores de software criam versões Alfa, Beta (fechada e aberta), Release Candidate e Gold. Na fase inicial (Alfa) são delineados objetivos, recursos e funções do programa — muitos dos quais não chegam sequer aos inscritos no programa Windows Insider, mas podem ser compartilhados com parceiros para testes de compatibilidade.

 

O ideal seria eliminar todos os problemas ainda no desenvolvimento, já que corrigi-los depois gera custos adicionais e compromete a imagem do fabricante. Mas, diferentemente das montadoras, que precisam convocar recalls, aos criadores de software basta lançar patches em seus sites — seja na forma de update (atualização), seja como upgrade (nova versão do produto).

 

Na fase Closed Beta, um grupo restrito de usuários testa o código e fornece feedback para eliminar boa parte dos bugs. Já a Open Beta amplia o público envolvido. A Release Candidate ainda não espelha o produto final, mas já apresenta a maioria dos recursos e da interface da versão Gold (ou comercial). Após o lançamento, cabe ao desenvolvedor fornecer patches e updates para corrigir falhas, mas a responsabilidade pela instalação é dos usuários. 

 

Com a popularização da banda larga e das redes Wi-Fi, o processo de atualização ficou mais ágil. A partir do XP, um recurso batizado de Atualizações Automáticas passou a buscar, baixar e instalar correções críticas automaticamente. Ainda assim, a quantidade de computadores rodando versões vulneráveis levou a Microsoft a rever sua política com o lançamento do Windows 10 como serviço (em julho de 2015).

 

A trajetória do Windows foi marcada por progressos notáveis: o Vista introduziu o Controle de Conta de Usuário (UAC), o Seven aprimorou a segurança geral, e versões posteriores integraram o Windows Defender e, mais recentemente, o sandboxing de aplicações (tema que será abordado na sequência). Mas a popularidade e a necessidade de manter compatibilidade com décadas de softwares tornam o sistema da empresa de Redmond menos seguro que o da Apple e as distribuições Linux.

 

Para piorar, problemas em upgrades (e até em atualizações menores) continuam levando usuários ao desespero. A atualização do segundo semestre de 2018 para o Windows 10, por exemplo, foi tão desastrosa que a Microsoft precisou suspendê-la por quase dois meses, tanto na página oficial quanto no próprio Windows Update.

 

Continua na próxima postagem.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

PROTEÇÃO CONTRA ROUBO NO ANDROID

ALGUNS ENVELHECEM, OUTROS AMADURECEM.


Oferecido inicialmente para smartphones Google Pixel e Samsung Galaxy, o bloqueio por detecção de roubo foi disponibilizado para aparelhos de qualquer marca com Android 10 ou posterior. A ferramenta utiliza sensores de movimento, localização e sistemas de conexão para detectar um arrebatamento súbito e bloquear automaticamente o aparelho. Para desbloqueá-lo, é preciso usar a senha, o PIN ou a impressão digital.


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Ao comparar os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro às articulações feitas por Eduardo Bolsonaro nos EUA, o ministro Alexandre de Moraes disse que "o golpismo é o mesmo", sinalizando que o filho do pai será preso se retornar ao Brasil. Xandão tratou o deputado licenciado (!?) como um criminoso fugitivo e Gilmar Mendes, como um lesa-pátria que seria preso preventivamente se retornasse ao Brasil. A diferença é que o pai do filho está mais próximo das grades do que o filho do pai.

As manifestações de domingo evidenciaram que a deficiência do bolsonarismo não está nas ruas, mas entre as orelhas de Eduardo Bolsonaro. Com sua astúcia, o filho do pai tirou o pai do filho do palanque, afugentou governadores, taxou o capital antes de Lula e levou água ao moinho da reeleição do petista. Já se suspeita de que Dudu Bananinha seja um comunista infiltrado, cuja missão é usar o imperialismo ianque para aniquilar a direita brasileira.

Mas o que esperar de políticos como os nossos — e dos desqualificados que os elegem? Quem observa o Congresso de longe fica com a impressão de que Câmara e Senado viraram hospícios, e quem vê de perto descobre que o manicômio é momentaneamente administrado pelos loucos. Entre os espasmos que marcaram a volta das férias — o "mito" em prisão domiciliar e o primogênito posando de herói da resistência democrática —, surge a maior das excentricidades: amotinada nos plenários das duas Casas, a facção bolsonarista exige a aprovação de um "pacote da paz" que, além da anistia, inclui o impeachment de Xandão e o fim do foro privilegiado, com a anulação do julgamento da trama golpista no Supremo e a transferência do caso para a estaca zero primeira instância do Judiciário. Tudo em nome da democracia. 

Hugo Motta só conseguiu voltar à mesa da presidência da Câmara na noite de ontem, após longa negociação com a oposição mediada por seu antecessor, Arthur Lira.


Para ativar o recurso, acesse as configurações do aparelho, role a tela até a seção Google, toque em Todos os serviços e, em Proteção contra roubo, ative a opção respectiva (ou ambas, caso queira contar também com o bloqueio de dispositivo off-line).


Essa seção oferece ainda outras opções de segurança:

 

Bloqueio de dispositivos off-line, que provê uma camada adicional de proteção ao bloquear automaticamente o aparelho caso ele não detecte nenhuma conexão;

 

Bloqueio remoto, que permite travar a tela do celular pela internet — basta acessar esta página, fazer login com sua conta Google, inserir o número do celular e ativar o bloqueio em caso de roubo.

 

Esquecer a senha de desbloqueio não é tão traumatizante quanto ter o aparelho furtado ou roubado, mas, após cinco tentativas frustradas de acesso, surge a opção "Esqueceu sua senha?". Se o Wi-Fi ou os dados móveis estiverem ativados, basta informar seu email do Gmail e a respectiva senha para desbloquear o dispositivo. Caso não se lembre dessa senha, tente o Smart Lock de senhas — acesse este link pelo computador e siga as instruções na tela.

 

O hard reset restaura o aparelho às configurações de fábrica e remove a senha de desbloqueio, o que pode ser útil em caso de esquecimento. Mas o Android conta com mecanismos de segurança projetados para impedir que pessoas mal-intencionadas se apoderem de um smartphone e o utilizem como se fosse delas.  Ao ser configurado pela primeira vez, o dispositivo é vinculado à conta Google do usuário, tanto em nível de software quanto de hardware. 


Se o aparelho for restaurado às configurações de fábrica por meio de um hard reset (geralmente acessado por uma combinação de botões físicos), o sistema exigirá as credenciais da última conta Google que estava logada antes da restauração. Sem o email e a senha corretos da conta vinculada, o bloqueio será mantido. Além disso, a maioria dos smartphones modernos utiliza criptografia para proteger os dados armazenados, tornando-os completamente ilegíveis sem o PIN, senha ou padrão corretos.

 

Convém ter em mente que restaurar as configurações de fábrica pode acarretar perda de dados se não houver um backup atualizado.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

SMARTPHONES: MEMÓRIA, ARMAZENAMENTO E APPS NA RÉDEA CURTA

PODE-SE APRESENTAR A CULTURA A UM IDIOTA, MAS NÃO SE PODE OBRIGÁ-LO A PENSAR.

Depois que Steve Jobs lançou o icônico iPhone (2007), os demais fabricantes de celulares se apressaram a transformar seus dumbphones em smartphones. Na sequência, os pequenos notáveis se tornaram microcomputadores ultraportáteis, comandados por um sistema operacional sofisticado (Android em 70,8% e iOS em 28,4% dos aparelhos em uso) e capazes de rodar os mais diversos aplicativos.

 

Diferentemente dos computadores de mesa e portáteis, os telefoninhos inteligentes não suportam upgrades de memória — seja da RAM (memória principal ou "física"), seja da ROM (armazenamento interno). O iOS gerencia melhor a RAM do que o Android, e os aparelhos da Samsung, Motorola, Xiaomi e outros com o robozinho verde vêm apinhados de crapware. Então, ainda que dispositivos com 4 GB de memória custem menos, recomenda-se dispor de pelo menos 6 GB (sugiro 8 GB, ou 12 GB, se o bolso permitir). 


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A Câmara aprovou a ampliação do número de deputados federais de 513 para 531 a partir de 2026 — uma expansão que, longe de corrigir distorções históricas, as agrava. Alega-se que o custo — R$ 64,4 milhões — será absorvido pelo orçamento da própria Casa, mas cada novo deputado disporá de uma cota de R$ 38 milhões em emendas orçamentárias. Assim, com 18 novas cadeiras, teremos mais R$ 684 milhões em emendas, totalizando uma despesa extra de R$ 748,6 milhões por ano. 

A distorção atual remonta à ditadura militar, que fixou um piso de 8 e um teto de 70 deputados por estado, independentemente do tamanho real das populações representadas. Se a distribuição de cadeiras fosse realmente proporcional, São Paulo teria 111 deputados, e Roraima, apenas seis. 

Se for aprovado pelo Senado, o projeto afastará ainda mais os eleitores de seus representantes e perpetuará práticas políticas ineficientes: o voto de um eleitor roraimense continuará valendo quase oito vezes o de um eleitor paulista. 

Num momento de urgência fiscal, o Parlamento opta por aumentar os gastos com seus próprios membros, consumindo recursos que poderiam ser investidos em modernização legislativa ou em políticas públicas como saúde, segurança e educação. Em suma, um Parlamento mais caro e menos proporcional é um Parlamento mais distante da democracia que queremos.


Quanto ao armazenamento, modelos premium oferecem 512 GB ou 1 TB. A má notícia é que eles não são para qualquer bolso; a boa é que 256 GB são suficientes para a maioria dos usuários. Vale frisar que comprar um celular Android de 64 GB e dobrar esse espaço com um cartão microSD se tornou uma alternativa interessante com o lançamento da versão Marshmallow (6.0), que já permitia instalar e rodar aplicativos diretamente do cartão (embora nem todos os fabricantes ativassem esse recurso). No entanto, devido às limitações impostas pelas versões mais recentes do Android e à dificuldade em proteger aparelhos com slot extra contra água e poeira, os fabricantes vêm reduzindo significativamente a oferta de modelos que suportem cartões.


ObservaçãoModelos com 24 GB de RAM têm preços estratosféricos, donde a maioria das versões premium oferecer de 12 GB a 16 GB. No entanto, com a corrida de hardware avançado por IA, as exigências devem aumentar. A plataforma Snapdragon 8 Elite 2 deve entregar 100 TOPS (100 trilhões de operações por segundo) de desempenho de inteligência artificial, e o Dimensity 9500 promete oferecer performance semelhante.  Consequentemente, Devido a isso, as cinco principais marcas de celulares se preparam para reintroduzir modelos premium com 24 GB de memória RAM e 1 TB de armazenamento interno. Como o preço é proporcional à configuração... enfim, prepare o bolso. 

 

Quanto ao crapware, a maioria dos inutilitários pré-instalados pelos fabricantes não pode ser removida sem root, mas as Configurações do desenvolvedor (toque em Configurações > Sobre o telefone > Informações de software e sete vezes seguidas em Número de compilação) permitem explorar o Android mais a fundo. Exibido o pop-up de confirmação, localize a entrada Serviços em execução (ou Processos, conforme a versão do sistema), selecione o app que você quer encerrar, toque em Parar e confirme em OK. Feito isso, o programinha será encerrado e todos os serviços associados a ele, interrompidos.

 

Para desinstalar apps com privilégios de administrador, acesse Configurações > Segurança > App do administrador do dispositivo, localize o aplicativo em questão, selecione Desativar o app do administrador de dispositivo e desinstale o dito-cujo da maneira convencional. Para remover apps pré-instalados de fábrica sem rootear o aparelho, siga as instruções deste artigo; para desinstalar um ou vários aplicativos pela Google Play Store, toque no ícone da loja e no seu avatar, selecione Gerenciar aplicativos e dispositivos, toque sobre a memória apresentada do seu dispositivo, marque o(s) aplicativo(s) que você quer excluir, toque no ícone da lixeira e confirme a ação em Desinstalar.

 

Uma maneira mais rápida e muito menos trabalhosa é ativar o Arquivamento Automático, que identifica apps que não são usados com frequência, mas permanecem rodando em segundo plano, e os coloca em "hibernação", liberando recursos do sistema para as tarefas que realmente importam. Para ativar a ferramenta, acesse o Google Play, toque no ícone do seu avatar (ou foto), abra as Configurações, toque em Geral, localize a função Arquivar apps automaticamente e arraste o botãozinho para a direita.

 

É possível liberar um bocado de espaço limpando o cache do celular Android. Para isso, acesse as Configurações, toque em Apps e notificações > Informações do app e, na lista de aplicativos, toque em Armazenamento e cache e em Limpar cache. Para limpar o cache do Chrome, abra o navegador, toque no ícone dos três pontinhos > Histórico > Excluir dados de navegação > Imagens e arquivos em cache > Excluir dados.

O iPhone não possui uma função específica para limpar o cache dos aplicativos porque prioriza a gestão automática de recursos, incluindo o armazenamento temporário. Mas você pode "zerar" os apps desinstalando-os e reinstalando-os em seguida. 

terça-feira, 13 de maio de 2025

DE VOLTA À OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA

SÓ AQUELES QUE SUPORTAM A LONGA NOITE VEEM O ALVORECER

Até não muito tempo atrás, as coisas eram feitas para durar. As pessoas "se casavam" com seus carros e usavam o mesmo fogão e a mesma geladeira por décadas a fio. Mas, como dizia o poeta, "não há nada como o tempo para passar". 

De uns tempos para cá, a obsolescência programada vem reduzindo significativamente a vida útil dos assim chamados "bens duráveis".


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A classe política é corporativista e fisiologista. Seus interesses vêm sempre antes dos interesses dos eleitores que eles deveriam representar. Assim, mesmo sendo repulsiva, a aprovação da aberração destinada a livrar Alexandre Ramagem do processo por tentativa de golpe de Estado não causa estranheza. Tampouco causa espécie o placar de 315 votos a 143 ter sido engrossado por deputados do Centrão — não para favorecer Bolsonaro, que tenta pegar carona no meio disso, mas de olho na impunidade que pode beneficiá-los no futuro. 

Num momento em que o STF trava uma batalha com o Congresso pela moralização das emendas parlamentares — e já avisou que será duro com quem for pego desviando recursos públicos por meio delas —, o recado foi claro: processos por roubalheira contra quem tem mandato não seguirão adiante.

Suas insolências até podem aprovar uma disposição inconstitucional, mas o Supremo pode — e deve — pôr ordem no galinheiro. Em conversas reservadas, os ministros afirmam que consideram o projeto inconstitucional, o que significa que dificilmente a iniciativa vai prosperar e travar a ação penal. 

Os inconformados poderão recorrer, mas, dá-se de barato que a 1ª Turma rejeitará o apelo por unanimidade: a Constituição assegura a deputados e senadores o direito de sustar processos penais contra seus pares, mas para crimes cometidos após a diplomação. Isso livraria Ramagem das acusações relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, mas não da tentativa de golpe, abolição violenta do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Bolsonaro continuará réu, mas verá turbinada a mentira de que é um injustiçado — o que pode soar bem em algum país governado pela extrema direita, para onde ele resolva fugir a fim de não ser preso ao final do processo.

 

Para manter o estímulo ao consumo, os fabricantes lançam novas versões de seus produtos em intervalos cada vez menores e recorrem ao marketing para convencer os consumidores de que as novidades — muitas vezes triviais ou manifestamente inúteis — justificam a troca pelo modelo mais recente, supostamente superior. As lâmpadas, por exemplo, tiveram sua vida útil reduzida de três mil para mil horas, e alguns aparelhos parecem sair da fábrica programados para "pifar" assim que a garantia expira — e o conserto pode custar quase tanto quanto um aparelho novo.
 
Em virtude da evolução da tecnologia, esse artifício usado pela indústria para induzir ao consumo repetido se manifesta de forma ainda mais incisiva nos eletroeletrônicos. No caso específico dos celulares, aparelhos com menos de 4 GB de RAM e 128 GB de espaço interno já são considerados ultrapassados. Muitos modelos são aposentados não por suas configurações, mas pela política de atualização de software dos fabricantes — que, em tese, deveriam garantir maior longevidade aos aparelhos mais antigos, e não o contrário.

 

Com mais de 2 bilhões de usuários no mundo — e quase 150 milhões só no Brasil —, o WhatsApp deixou de funcionar recentemente em smartphones Android com versões anteriores à Lollipop (5.0); nos iPhones, modelos como o iPhone 5s, 6 e 6 Plus, que estacionaram no iOS 12.5.7, já não são suportados pelo aplicativo. Segundo a Meta, essa restrição visa permitir a incorporação de recursos mais avançados, como funcionalidades baseadas em inteligência artificial, que exigem hardware mais moderno. Mas não deixa de ser obsolescência programada disfarçada, já que obriga os usuários a aposentar aparelhos em boas condições de uso.

 

O Google lança uma nova versão do Android anualmente, mas são os próprios fabricantes (Samsung, Motorola, Xiaomi etc.) que decidem por quanto tempo seus aparelhos receberão atualizações do sistema e patches de segurança. Dependendo da marca e do modelo, o smartphone pode ficar desatualizado antes mesmo de o infeliz consumidor pagar a última prestação. Mas, de novo, não há nada como o tempo para passar.


Recentemente, a Samsung, que é líder em vendas de smartphones no Basil, resolveu ampliar seu ciclo de atualizações da linha Galaxy para até sete versões em alguns modelos, e foi seguida pela vice-líder Motorola. O Google fez o mesmo com o Pixel 8 e o Pixel 8 Pro (que não são vendidos oficialmente no Brasil, mas podem ser comprados de importadores independentes). Já a Xiaomi argumenta que a maioria dos consumidores troca de aparelho a cada três anos, e não vê sentido em ampliar o tempo de suporte.

 

Pesquisas indicam que apenas 7% de todos os smartphones Android em uso no mundo rodam a versão mais recente do sistema (15). No entanto, de um tempo para cá as novas versões focam mais a estabilidade e eficiência do que a introdução de novos recursos, e principal novidade — a inteligência artificial — pode ser implementada sem alterar a versão do sistema. Assim, ter um aparelho com Android 14 ou 13 e estar em dia com os patches de segurança já está de bom tamanho.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

MODEM OU ROTEADOR?

NÃO SE EXALTE NEM FAÇA AMEAÇAS; ARGUMENTE COM AS PESSOAS.

Cabe ao modem receber o sinal do provedor de internet (ISP) e convertê-lo em dados utilizáveis pelos dispositivos conectados, e ao roteador, distribuir esse sinal para os dispositivos em seu raio de alcance, para que todos compartilhem uma única conexão com a Internet. 

Usados até a popularização da banda larga, os modems analógicos tinham velocidades de transferência limitadas e ocupavam a linha telefônica durante a conexão. Atualmente, as teles fornecem combos (modem digital + roteador) em comodato e oferecem planos com preços que variam conforme a velocidade (o de 1Gbps custa cerca de R$ 500 mensais).

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Segundo a Paraná Pesquisas, 42,6% de eleitores classificam a atual gestão de Lula como ruim ou péssima e outros 22,5% como regular; apenas 33,8% consideram-na ótima ou boa. Ante as evidências de que seu terceiro governo não vem correspondido às expectativas, o petista promoveu a ministro-chefe da Secom Sidônio Palmeira, que foi seu marqueteiro de campanha em 2022 e terá como missão construir um enredo capaz de evitar que a conversão da esperança em decepção comprometa a competitividade do macróbio em 2026. 

Os índices de aprovação e reprovação evidenciam que Lula 3 não conseguiu transmitir uma simbologia, uma marca. Além da picanha prometida em 2022, cobra-se uma solução para o combate ao crime organizado e a proteção social para trabalhadores sem CLT. Nos EUA, a volta de Trump mostrou à esquerda que já não basta defender a democracia; é preciso conectar o regime à geladeira. O PIB cresceu acima do esperado, gerando empregos formais e melhorando a renda. Mas a inflação, sobretudo a dos alimentos, atiça o fantasma da impopularidade. 

Nesse contexto, o problema do governo vai além da debilidade da comunicação. Resta a Lula encontrar algo novo para expor na vitrine ou se render às evidências e pendurar as chuteiras chulezentas. 


Para distribuir o sinal de maneira uniforme em todas as direções, o roteador deve ser posicionado preferencialmente num local central do imóvel e a uma altura média, de modo a evitar interferências causadas por obstáculos no chão. 

Para manter a rede a salvo de acessos não autorizados, é recomendável alterar tanto a senha WPA2 ou WPA3, usada para conectar novos dispositivos ao roteador, quanto a senha administrativa, usada para ajustar as configurações e instalar atualizações de firmware. Convém escolher uma combinação de pelo menos 12 caracteres alfanuméricos e evitar nomes, datas de nascimento ou palavras existentes nos dicionários. 

Atualizar o firmware (software incorporado ao hardware) otimizam aprimora o desempenho do aparelho, seja mediante a implementação de novos recursos, seja pela correção de bugs e problemas de segurança. Igualmente importante é reiniciar o modem e o roteador semanalmente, mesmo que o sinal não apresente problemas. Para isso, desligue os aparelhos da tomada, aguarde 30 segundos e torne a ligá-los. Em caso de falha na conexão, se a reinicialização não resolver, recorra ao suporte técnico da sua operadora.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

ANDROID X iOS (CONCLUSÃO)

QUANDO O DESTINO LHE DÁ UMA FACA, CABE A VOCÊ PEGÁ-LA PELO CABO OU PELA LÂMINA.

Windows está presente em 73,3% dos desktops e notebooks do planeta, e o macOS, em 15,5% (segundo o StatCounter GlobalStats). 

Android controla 80% dos smartphones e tablets, e o iOS, que só roda no hardware da Apple, cerca de 20%.

O fato de a Microsoft e o Google abocanharem uma fatia maior que a da Maçã, nesses segmentos do mercado, não significa que sejam melhores, mesmo porque "melhor" e "pior" são conceitos subjetivos. 

Apple é reconhecida pela excelência de seus produtos, mas a arquitetura fechada, o software proprietário e o preço estratosférico os tornam um sonho de consumo de muitos que poucos conseguem realizar. Já o código aberto do Android amplia as possibilidades de customização, mas, combinado com os mais de 3 bilhões de usuários, torna o sistema mais inseguro. Sem falar que, no iOS, os aplicativos rodam em sandboxes e só podem ser baixados da App Store

ObservaçãoA maioria dos incidentes de segurança envolvendo smartphones é causada por aplicativos mal-intencionados ou demasiadamente invasivos,  mas isso não significa que o macOS e o iOS sejam a fortaleza inexpugnável que os applemaníacos pensam que são. 

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Na pesquisa Quaest desta quarta-feira a vantagem de Nunes sobre Boulos, que era de 18% antes do apagão de Enel, caiu de 12 para 9 pontos percentuais. É fato que o prefeito vem perdendo espaço, mas fato é que seu adversário dificilmente conseguirá virar o jogo nos últimos dois dias. 
Boulos precisaria escalar um Everest em 72 horas para evitar a reeleição de Nunes no próximo domingo, e quem desafia a maior montanha do planeta enfrenta nevascas e avalanches. O apadrinhado de Lula vive a mesma síndrome que acometeu o ex-vice-presidente Marco Maciel quando um marqueteiro lhe disse que seu candidato estava em ascensão nas pesquisas e o adversário, em queda. Maciel indagou: "O senhor pode me dizer se a intersecção dessas duas retas ocorrerá antes ou depois da eleição?" Enfim, teremos uma ideia melhor quando saírem os resultados das últimas pesquisas QuaestFESPSPDatafolhaFutura/100% Cidades AtlasIntel 
O folhetim global "Mania de Você" costuma perder parte da audiência que herda do Jornal Nacional. Às 22h desta noite, Nunes irá aos estúdios da Globo com a missão de assegurar que seja declinante também a audiência da atração que sucede à novela. A Boulos, que passou a semana insinuando dispor de munição nova, só interessa a goleada. 
Num debate de quatro blocos, os mais delicados para o prefeito serão o primeiro e o terceiro — nos quais os candidatos debaterão temas livres. No segundo e no quarto blocos, mais engessados, os debatedores serão convidados a discorrer sobre políticas públicas definidas previamente pela emissora. Se seu plano funcionar, o tédio terá estimulado boa parte da audiência a trocar a TV pelo travesseiro muito antes das considerações finais.

Quem migra de um iPhone antigo para um novo se adapta mais facilmente do que quem troca um celular Motorola por um Samsung, por exemplo. No entanto, se o código proprietário do iOS torna as configurações gerais do dispositivo mais homogêneas e intuitivas, o código aberto do Android permitem que os fabricantes (e, em menor medida, os usuários finais) modifiquem componentes do sistema e promovam alterações na interface, nos aplicativos pré-instalados e por aí afora, mas, de novo, isso não quer dizer que um seja melhor que o outro; cada qual tem suas qualidades, defeitos, vantagens e desvantagens.

Dentre outras vantagens em relação ao iOS

1) No Android você pode modificar quase todos os aspectos da interface, desde widgets e ícones até launchers que mudam a aparência completa do sistema. No iPhone, a personalização é muito mais restrita, especialmente quanto à tela inicial e widgets.

2) O Android permite acesso direto ao sistema de arquivos, funcionando quase como um pendrive quando conectado a um computador. Você pode transferir arquivos entre o dispositivo e o PC com muito mais liberdade do que no iPhone, que depende do iTunes ou do iCloud para a maioria das operações de transferência.

3) O ecossistema do Google oferece uma gama muito maior de dispositivos, desde opções mais acessíveis até as de topo de linha. No iPhone as opções de modelo são mais limitadas, já que a Apple tende a se concentrar em dispositivos premium.

4) A maioria dos celulares Android "intermediários" e alguns modelos de entrada de linha permitem expandir o armazenamento com cartões MicroSD (opção que os iPhones não oferecem), o que permite economizar um bom dinheiro comprando um modelo com 128 GB e dobrar esse espaço com um cartãozinho que custa menos do que uma pizza.

5) No Android é possível definir qualquer aplicativo de terceiros como padrão para funções como navegador, mensagens e assistente virtual; no iPhone, versões anteriores ao iOS 14 não permitem alterar o navegador e o aplicativo de email padrão, por exemplo.

6) Smartphones Android utilizam o padrão USB-C, permitindo, dentre outras coisas, usar carregadores e cabos de várias marcas de aparelhos. O iPhone ainda usa o conector proprietário Lightning, que requer um cabinho específico (que custa os olhos da cara mesmo no mercado paralelo).

7) Dispositivos Android com telas maiores oferecem funcionalidades avançadas de multitarefa, como o modo de tela dividida, o Picture-in-Picture e janelas flutuantes. O iPhone tem multitarefa, mas é menos flexível nesse quesito. 

8) O Android permite a instalação de apps fora da Google Play Store, mas o usuário do iPhone fica limitado à App Store, a menos que faça um jailbreak (o que pode anular a garantia e causar problemas de segurança). Como dito linhas acima, essa limitação agrega segurança, mas restringe a oferta de aplicativos à lista que a loja oficial da Maçã oferece. 

9) No Android é possível modificar o visual do sistema com temas, pacotes de ícones e até mesmo "custom ROMs" que alteram a interface e a funcionalidade do dispositivo, ao passo que o iOS não permite esse nível de customização. Aliás, a Apple só introduziu widgets no iPhone a partir do iOS 14, mas os widgets no Android são mais interativos e personalizáveis.

10) Diversos celulares Android suportam carregamento rápido com potências superiores a 50W, e muitos modelos intermediários já oferecem carregamento sem fio. No iPhone, o carregamento rápido é limitado a 20W e o carregamento sem fio é mais lento.
 
11) O Android facilita o uso simultâneo de dois aplicativos com a "tela dividida" (clique aqui para mais detalhes), permite colocar senha no apps, criar atalhos que levam diretamente a seções específica dos aplicativos principais e navegar entre aplicativos e outros itens a partir de gestos rápidos (toque em Configurações > Sistema > Gestos > Navegação no sistema e ative a opção Navegação com gestos, lembrando que em celulares Samsung o caminho é Configurações > Visor > Barra de navegação > Gestos de deslizamento). 
 
12) Outro recurso digno de nota é o Modo Convidado, que protege contas, aplicativos e dados pessoais do donos do aparelho quando ele o compartilha com outra pessoa. Para ativar o recurso, acesse o campo Sistema nas configurações e toque em Vários usuários > Convidado e selecione Mudar para convidado).

A Samsung não inclui o Modo Convidado em seus aparelhos, mas a Pasta Segura, que é protegida por senha, ajuda a limitar o acesso de terceiros a aplicativos e arquivos. Para ativar o recurso, toque em Configurações > Biometria e Segurança > Pasta Segura e siga as instruções para configurar.  
Veremos numa próxima postagem alguns recursos do iPhone que não estão presentes em celulares Android.

Outra possibilidade é fixar um aplicativo na tela, de modo a impedir que pessoa saia dele sem inserir a senha. Para fazer isso, toque em Configurações > Segurança > Outras Configurações de Segurança > Fixar Janelas.