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sábado, 1 de novembro de 2025

AINDA SOBRE NOTEBOOKS (FINAL)

AS PAREDES TÊM RATOS, E RATOS TÊM OUVIDOS.

Num mundo ideal, todos trocaríamos regularmente nossos celulares e computadores por modelos compatíveis com as versões mais recentes de sistemas e programas. Num país de terceiro mundo, com salários de quinto e a maior carga tributária do planeta, é mais fácil falar do que fazer.

Os PCs perderam o protagonismo desde que os celulares se tornaram microcomputadores ultraportáteis, mas certas tarefas exigem telas maiores, teclado e mouse físicos e mais "poder de fogo" do que os smartphones medianos oferecem. Notebooks que vieram com o Windows 10 pré-instalado ou evoluíram a partir do Windows 7 ou 8.1, mas não atendem aos requisitos do Windows 11, podem ser considerados obsoletos (mais detalhes no capítulo anterior). 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Visto por aliados como a face moderada do clã Bolsonaro, Flávio ficou com um jeitão de Eduardo ao insinuar que o secretário da Guerra do governo Trump deveria bombardear embarcações na Baía de Guanabara. Um aliado da família no Centrão resumiu sua perplexidade em três frases:

1 - "Todos sabem que não se faz omelete sem quebrar os ovos, mas a família Bolsonaro quebra os ovos sem fazer omeletes. Ninguém entendeu o post do Flávio."

2 - "Ao se vincular aos torpedos de Trump contra as exportações brasileiras, Eduardo tirou a imagem do Lula do buraco, e com o devaneio dos bombardeios americanos na orla carioca, Flávio pareceu empenhado em consolidar o naufrágio da direita."

3 - "Lula anda dizendo que Eduardo é o principal craque do seu time. Aparentemente, Flávio decidiu disputar com o irmão a camisa 10 do time rival."

Os aliados achavam que Bolsonaro tinha enviado o primogênito aos Estados Unidos para colocar juízo na cabeça do irmão, mas voltou com um parafuso solto. Por outro lado, no momento em que o petismo se esbaldava na crítica a Flávio por ter sugerido ataques dos Estados Unidos contra barcos com drogas no Rio de Janeiro, Lula, a pretexto de condenar os bombardeios americanos contra embarcações venezuelanas, produziu a seguinte pérola: "Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também."

Expoentes da oposição correram à internet para grudar no presidente a pecha de protetor de bandidos. Diante da péssima repercussão, o Planalto pendurou um post nas redes. Nele, o molusco disse que sua frase foi "mal colocada" e que é claramente contra "os traficantes e o crime organizado."

Não é a primeira vez que a língua de Lula ganha vida própria num improviso. A diferença é que dessa vez ela se aventurou no ramo da magia e tirou um gambá da cartola. Ao tratar traficantes como vítimas de dependentes químicos, o macróbio soou como líder da oposição, entregando aos adversários um vídeo para ser usado na propaganda eleitoral de 2026.

Depois de alguns anos de uso, é comum a bateria do note descarregar rapidamente. Se houver peças de reposição no mercado, a troca é simples. Já se o componente for parte integrante da placa de sistema, o jeito é usar o portátil conectado à tomada ou comprar outro aparelho.

O desempenho do Windows tende a se degradar com o tempo e o uso normal da máquina. A manutenção preventiva em nível de software ajuda a postergar a reinstalação do sistema, e próprio Windows oferece ferramentas para limpeza de disco, correção de erros e desfragmentação de dados. Mas a Microsoft não inclui um utilitário para limpar ou compactar o Registro nem recomenda o uso de programas de terceiros com essa finalidade.

O uso constante de 100% da CPU e a falta de memória durante atividades exigentes — como edição de vídeo, modelagem 3D ou softwares de engenharia — podem ser atenuados com upgrades de hardware, mas os notebooks são menos amigáveis que os desktops nesse quesito. Na melhor das hipóteses, pode-se instalar módulos adicionais de memória RAM ou substituir os originais por outros de maior capacidade. Já upgrades de processador, placa de vídeo e placa-mãe são caros e, não raro, inviáveis.

O upgrade de HD ou SSD é possível em alguns modelos, mas alguns trazem o armazenamento soldado à placa-mãe, o que inviabiliza a troca. Isso sem falar que aparelhos mais antigos não oferecem suporte a SSDs NVMe — bem mais rápidos que os SSDs SATA ou os HDDs convencionais. Rodar o Windows 11 numa máquina com disco rígido eletromecânico é uma verdadeira provação (meu Dell Inspiron Intel Core i7/1TB/8GB só voltou a ser “usável” depois que substituí o HDD por um SSD).

Por serem levados de um lado para outro, os portáteis estão sujeitos a quedas, avarias estruturais, desgaste do teclado e arranhões na carcaça e na tela. Alguns reparos são simples, mas o preço das peças de reposição pode tornar o molho mais caro que o peixe. Teclado e mouse externos são uma opção interessante quando o note faz as vezes de PC de mesa — mas, nesse caso, a portabilidade vai para o vinagre. 

À luz do custo-benefício, comprar um modelo novo pode ser mais vantajoso do que seguir remendando o velho.

sábado, 25 de outubro de 2025

DO TELEFONE DE D. PEDRO AO CELULAR (5ª PARTE)

O HORROR VISÍVEL TEM MENOS PODER SOBRE A ALMA DO QUE O HORROR IMAGINADO.

Palavras  como"bom" e "ruim" e comparativos como "melhor" e "pior" traduzem conceitos subjetivos. O melhor produto — seja um carro, um eletrodoméstico ou um par de tênis — é aquele que atende às necessidades do usuário por um preço que ele pode pagar. 


No caso específico dos smartphones, os chineses têm design inovador, resistência elevada, carregamento ultrarrápido, ficha técnica robusta e preços acessíveis. Por outro lado, sua política de atualização de software deixa a desejar, o suporte técnico costuma ser restrito e a compra no mercado cinza limita a garantia e dificulta a assistência técnica.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Ao arquivar o pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro, o Conselho de Ética da Câmara comprovou o que já se sabia: ética na política é algo tão irreal quanto o Coelho da Páscoa, a Fada do Dente e o Bicho-Papão.

Visando defender a impunidade do pai golpista, o filho expatriado violou até mesmo a ética dos canhões, mas o tiro não acertou o alvo: seu progenitor foi condenado e está na bica de ser transferido da prisão domiciliar — que vem cumprindo desde agosto — para o Complexo Penitenciário da Papuda.

No final dos anos 40, o decoro precisava de calças: por se deixar fotografar de cuecas, o deputado Barreto Pinto foi cassado. Hoje para salvar um traidor da pátria, a facção legislativa do bolsonarismo e o Centrão exibem o pior tipo de nudez: a nudez que ninguém quer ver.

A Câmara precisa urgentemente de um Conselho de Falta de Ética.

 

Os produtos da Apple se destacam pela qualidade, mas têm hardware e software proprietários e custam os olhos da cara — não só, mas também em razão da carga tributária praticada no Brasil. Samsung e Motorola detêm, respectivamente, 36%, 19% do mercado brasileiro de smartphones e oferecem aparelhos de entrada por menos de R$ 1 mil e intermediários por R$ 2 mil a R$ 3 mil. 

 

As famílias Moto G e Edge contam com várias opções a preços mais "palatáveis" — lembrando que "caro" e "barato" também são conceitos subjetivos. O Edge 50 Pro 5G 12, com GB de RAM + 12 GB RAM Boost e 256 GB de armazenamento, oferece desempenho superior, a melhor câmera entre as da Motorola e proteção contra água e poeira IP68 por cerca de R$ 2 mil (preço cotado em julho). Mas minha sugestão é o G75, lançado em outubro do ano passado.


Esse modelo vem como chip Snapdragon 6 Gen 3, 256 GB de armazenamento (expansível via microSD até 1 TB) e 8 GB de RAM (mais 8 GB com o RAM Boost Inteligente, que utiliza parte do armazenamento interno como memória virtual) e suporte a duas linhas, desde que uma seja via eSIM.  Sua tela Full HD+ de 6,8" e 120 Hz proporciona uma experiência visual fluida, o Bluetooth 5.4 e o NFC dão conta do recado, o WiFi 6E é rápido e o 5G não decepciona (desde que a rede móvel da operadora cumpra sua parte). Não há conector P2 para fones de ouvido com fio, mas é possível conectá-los à porta USB-C usando um adaptador (vendido separadamente). 

 

Turbinada pela IA da Motorola, a bateria de 5.000 mA/h promete até 50 horas em stand-by ou 25 horas de uso moderado, e o carregador TurboPower de 33W, que acompanha o aparelho, reduz o tempo de recarga a 1 hora e 16 minutos —15 minutos na tomada fornecem aproximadamente um terço da carga; 30 minutos, cerca de 60%. 

 

Observação: Eu estava em dúvida entre o Moto G75 e um Samsung Galaxy de configuração e preço equivalentes, mas optei pelo aparelho da fabricante americana devido à certificação MIL-STD-810H — que garante o funcionamento em altitudes de até 4.570 m, sob temperaturas de -20°C a 55°C e 95% de umidade relativa do ar, resistência a vibrações intensas e quedas de até 1,5 m —, à proteção IP68 — que dá suporte a até 30 min de imersão e em água doce a até 1,5 m de profundidade e bloqueia a entrada de partículas com mais de 1 mm —, bem como pela garantia de atualizações até o Android 19 e seis anos de patches de segurança. 

 
O Gorilla Glass 5 que recobre o display é resistente, mas uma película de vidro temperado 3D/5D ajuda a proteger a tela contra arranhões e trincas (as de hidrogel e poliuretano protegem apenas dos riscos). Gabinetes nas cores azul e cinza vêm com acabamento em "couro vegano", mas o preto fosco é de plástico liso feito quiabo — daí ser essencial usar uma capinha de silicone para evitar que o telefone escorregue da mão.  

Como nos demais modelos da Motorola, a interface permite ampla personalização de cores, fontes e ícones. As notificações e atalhos aliam o estilo clássico a um design moderno, semelhante ao HyperOS da Xiaomi, com ícones minimalistas sem legendas. A Barra Lateral, acessível a partir de qualquer borda da tela, dá acesso rápido aos aplicativos mais usados. 


O sistema suporta até cinco aplicativos em janelas flutuantes redimensionáveis e oferece funcionalidades como o acionamento da lanterna por agitação e a abertura da câmera com a rotação do aparelho. É possível encerrar aplicativos com um duplo toque na parte traseira (embora a capinha de silicone atrapalhe um bocado), e o Smart Connect facilita o pareamento com tablets e PCs, além de permitir o espelhamento de tela em monitores ou TVs compatíveis com a tecnologia Miracast

 

Fica a sugestão.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

SOBRE O CRAPWARE NO ANDROID E NO iOS

NEM TUDO QUE RELUZ É OUTRO, NEM TUDO QUE BALANÇA CAI.

PCs Windows e smartphones Android vêm recheados de crapware porque cada aplicativo pré-instalado rende alguns centavos — e, em certos casos, até uma fatia da receita futura — aos fabricantes. 

Apple pode se dar ao luxo de dispensar essa empurroterapia, já que controla toda a cadeia, do hardware ao software — daí sua imagem de "experiência premium e limpa". Mas nem tudo é o que parece...


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Uma semana depois da condenação de Bolsonaro, cresce o acordão que a Câmara levou ao forno para favorecer os golpistas. Após conversar com o deputado Paulinho da Força, relator do conchavo, o ex-presidente Michel Temer chamou o momento de "histórico", declarou que a coisa será trançada "de comum acordo com o Supremo e com o Executivo", rebatizou o emaranhado de "pacto republicano" e a anistia de "dosimetria". Chamar merda de perfume não a torna cheirosa, nem transformar anistia em redução da dosimetria das penas perfuma uma conjuntura fedorenta. Para completar, meteu-se o STF nessa fossa séptica. 

Nossa suprema corte não é um órgão moderador e muito menos mediador, mas se tornou uma espécie de muro de arrimo dos Poderes devido a péssima qualidade dos parlamentares e dos políticos sêniores no entorno do presidente da República. Nada se resolve no âmbito do Legislativo, nenhuma tratativa com o Executivo leva à solução de dissensos e, no cenário de impasses, os ministros são chamados a negociar, quando sua função é julgar o que está dentro ou fora da lei.

O recurso deveria ser exceção, dada a prerrogativa do STF de decidir por último, mas tornou-se uma regra, e, pior: corriqueira: fala-se em ouvir informalmente os magistrados a fim de balizar decisões a serem tomadas, corrigir o que não se conseguiu ajustar na política e obter vitórias ou impor derrotas no tapetão judicial. Para piorar ainda mais, isso não só é visto com naturalidade como é posto na conta da sabedoria na construção de consensos. Agora mesmo, no caso da anistia que virou dosimetria, togados atuam como conselheiros na montagem do texto que será levado ao exame dos parlamentares.

O jogo combinado pode até garantir o resultado, mas dá margem a reclamações dos adversários. Tanto há a consciência de que o método não é recomendável que se tentou manter as tratativas em sigilo, logo quebrado pela evidência da escolha dos interlocutores devido a suas boas relações com magistrados.

Nada de errado em conversar, desde que se evitem acordos prévios com quem dará a palavra final sobre eles.


Os apps pré-instalados no dispositivos com Android são softwares de terceiros, que pagam para estar lá. No iOS, eles são desenvolvidos pela própria Apple, que lucra indiretamente pelo próprio ecossistema. É quase um "bloatware premium" visualmente limpo, mas que força os usuários a conviverem com soluções que ocupam recursos e quase sempre ficam aquém das alternativas de mercado. 

 

O app Bússola se tornou tão inútil quanto um guia de ruas impresso para um motorista de aplicativo; Bolsa só faria sentido para um investidor preocupado com a Grande Depressão de 1929; Forma Livre e Diário podem ser substituídos por alternativas mais completas; e Livros faz as vezes de “biblioteca digital”, mas só funciona bem no ecossistema da Apple, e é limitado frente a apps de terceiros. 


Dicas não oferece novidades para quem já conhece o iPhoneMapas perdeu protagonismo para Google Maps e Waze; e o Image Playground, para outras IAs que entregam resultados superiores. Além disso, o advento das plataformas de streaming tornaram o icônico iTunes tão anacrônico quanto comprar um CD.

 

Remover o crapware no Android exige privilégios de "superusuário". Como o root  pode causar efeitos colaterais indesejáveis, acesse Configurações, toque em Apps > Mostrar todos os apps, selecione o aplicativo que quer remover e toque em Desinstalar. Se a opção não estiver disponível (como acontece na maioria dos apps pré-instalados da Samsung, Motorola, Xiaomi, Pixel etc.), tocar em Interromper > Desativar não remove o software, mas impede que ele rode em segundo plano.

 

Apple também não entrega a chave do cofre: até 2016, os apps nativos do iOS eram intocáveis; mais adiante, a maçã permitiu a "ocultação" de Música, Podcasts e Bolsa, entre outros, mas Safari, Mensagens e Telefone, por exemplo, permanecem grudados como parentes que vieram passar o fim de semana e nunca mais foram embora. 


Para remover um app no iPhone, toque e segure seu ícone; se aparecer Apagar App, toque nela e o software será realmente removido. Já se surgir apenas Remover da Tela de Início, você poderá apenas "escondê-lo"Outra opção é ir em Configurações > Geral > Armazenamento do iPhone, selecionar o app e tocar em Descarregar App. Caso queira reinstalá-lo futuramente, basta acessar a App Store, onde ele aparecerá como um download normal.

 

Resumo da ópera: No Android, o root dá controle total, mas seu equivalente no iPhone (jailbreak) pode quebrar funcionalidades. No fim das contas, a Apple dificulta menos que alguns fabricantes concorrentes, mas controla com mão de ferro o que pode ou não sair. Em outras palavras, o discurso da "experiência premium e limpa" serve tanto para justificar a ausência de crapware quanto para blindar os apps nativos que a maçã não quer que o usuário desinstale.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

WINDOWS SANDBOX

ALGUMAS PESSOAS ESTÃO ERRADAS MESMO QUANDO FICAM CALADAS.

Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft em 1975 para desenvolver e comercializar interpretadores BASIC para o recém-lançado Altair 8800. Poucos anos depois, uma conjunção de fatores levou a empresa a adquirir os direitos do CP/M, adaptar o código ao hardware da IBM e licenciá-lo com o nome de MS-DOS. 

O Windows “nasceu” em 1985, inicialmente como uma interface gráfica que rodava sobre o DOS. A versão 3.0 foi a primeira a conquistar sucesso comercial, e a 95, a primeira a se apresentar como sistema operacional autônomo — ou quase, já que o DOS continuaria atuando nos bastidores até 2001, quando o XP finalmente cortou o cordão umbilical. O Win 98/SE, considerado a melhor das versões 9.x, foi sucedido pelo aziago ME — que tentou ser uma ponte entre as linhas domésticas e corporativas, mas acabou herdando problemas de ambas. As versões XP e 7 foram sucessos de público e de crítica, ao passo que Vista e 8/8.1 amargaram fiascos retumbantes.


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Um aspecto da junção do PP com o União Brasil, que resultou na federação denominada União Progressista, é o cinismo oposicionista. Serão 109 deputados e 14 senadores em via de serem 15, tornando-se a maior bancada do Congresso. Parlamentares em amplíssima maioria identificados com o Centrão. Na Câmara, ultrapassam o PL que, assim, perde o privilégio daquela condição. Além disso, juntos, PP e União terão em caixa R$ 1,151 bilhão dos fundos eleitoral e partidário, considerados os últimos repasses de dinheiro público. 

Perde muito mais o bolsonarismo que o petismo — este já tem como dada sua função meramente utilitária de meio de acesso ao aparelho estatal, mas aquele ainda guarda alguma cerimônia no trato do ex-presidente como guia genial da direita. 

Ainda é cedo para afirmar com certeza, mas já é possível aventar a hipótese de que se fortaleça nesse campo o descolamento da liderança e orientação de Bolsonaro nas articulações para a disputa presidencial de 2026. A manutenção da palavra do ex-presidente como determinante para decisões da direita já é considerada um estorvo em voz baixa. Reclamos que tendem a ganhar decibéis com a provável condenação e os atritos promovidos pela prole do capetão. 

O oposicionismo de resultados, expresso na presença de indicados dos novos federados na máquina pública, não deixa de ser um reforço à União Progressista. O comando de quatro ministérios, controle de diretorias da Caixa Econômica Federal e de boas cadeiras na Codevasf são ativos assaz interessantes para a formação de robustas bancadas na eleição parlamentar. Para isso, suas excelências precisam mais da condescendência pragmática do governante que de obediência às ordens do oponente.


A Microsoft projetou seu sistema para operar computadores domésticos isolados ou em pequenas redes corporativas. Quando a popularização da internet expôs milhões de máquinas a ameaças online, ela implantou diversos recursos de segurança no XP, mas manteve serviços desnecessários rodando por padrão — até mesmo com privilégios administrativos. Além disso, o controle de contas e senhas era precário e nove em cada dez usuários ignoravam as atualizações de segurança.

 

Ciente de que os downloads demoravam horas nas jurássicas conexões discadas da época, a empresa criou o Patch Tuesday — pacote de correções de segurança liberado via Windows Update na segunda terça-feira de cada mês. A estratégia funcionou, mas rendeu apelidos jocosos: a versão NT (New Technology) era chamada de “nice try” (boa tentativa), e as demais ficaram conhecidas como “peneira” (pela permeabilidade a invasões) e “colcha de retalhos” (uma alusão aos remendos constantes que mantinham o sistema funcionando). De todo modo, cada patch representava não apenas o reconhecimento de uma falha, mas também o compromisso crescente da Microsoft com a segurança dos usuários.

 

Observação: Todo software está sujeito a bugs. Até a década passada, considerava-se “normal” a ocorrência de um erro a cada 10 mil linhas de código. O Windows 7 tinha cerca de 40 milhões de linhas, o Office 2013, 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, quase 90 milhões. Basta fazer as contas para ter uma ideia do tamanho da encrenca.

 

Assim como a indústria automotiva aprimora seus protótipos até que fiquem bons o bastante para chegar ao consumidor, os desenvolvedores de software criam versões Alfa, Beta (fechada e aberta), Release Candidate e Gold. Na fase inicial (Alfa) são delineados objetivos, recursos e funções do programa — muitos dos quais não chegam sequer aos inscritos no programa Windows Insider, mas podem ser compartilhados com parceiros para testes de compatibilidade.

 

O ideal seria eliminar todos os problemas ainda no desenvolvimento, já que corrigi-los depois gera custos adicionais e compromete a imagem do fabricante. Mas, diferentemente das montadoras, que precisam convocar recalls, aos criadores de software basta lançar patches em seus sites — seja na forma de update (atualização), seja como upgrade (nova versão do produto).

 

Na fase Closed Beta, um grupo restrito de usuários testa o código e fornece feedback para eliminar boa parte dos bugs. Já a Open Beta amplia o público envolvido. A Release Candidate ainda não espelha o produto final, mas já apresenta a maioria dos recursos e da interface da versão Gold (ou comercial). Após o lançamento, cabe ao desenvolvedor fornecer patches e updates para corrigir falhas, mas a responsabilidade pela instalação é dos usuários. 

 

Com a popularização da banda larga e das redes Wi-Fi, o processo de atualização ficou mais ágil. A partir do XP, um recurso batizado de Atualizações Automáticas passou a buscar, baixar e instalar correções críticas automaticamente. Ainda assim, a quantidade de computadores rodando versões vulneráveis levou a Microsoft a rever sua política com o lançamento do Windows 10 como serviço (em julho de 2015).

 

A trajetória do Windows foi marcada por progressos notáveis: o Vista introduziu o Controle de Conta de Usuário (UAC), o Seven aprimorou a segurança geral, e versões posteriores integraram o Windows Defender e, mais recentemente, o sandboxing de aplicações (tema que será abordado na sequência). Mas a popularidade e a necessidade de manter compatibilidade com décadas de softwares tornam o sistema da empresa de Redmond menos seguro que o da Apple e as distribuições Linux.

 

Para piorar, problemas em upgrades (e até em atualizações menores) continuam levando usuários ao desespero. A atualização do segundo semestre de 2018 para o Windows 10, por exemplo, foi tão desastrosa que a Microsoft precisou suspendê-la por quase dois meses, tanto na página oficial quanto no próprio Windows Update.

 

Continua na próxima postagem.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

PROTEÇÃO CONTRA ROUBO NO ANDROID

ALGUNS ENVELHECEM, OUTROS AMADURECEM.


Oferecido inicialmente para smartphones Google Pixel e Samsung Galaxy, o bloqueio por detecção de roubo foi disponibilizado para aparelhos de qualquer marca com Android 10 ou posterior. A ferramenta utiliza sensores de movimento, localização e sistemas de conexão para detectar um arrebatamento súbito e bloquear automaticamente o aparelho. Para desbloqueá-lo, é preciso usar a senha, o PIN ou a impressão digital.


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Ao comparar os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro às articulações feitas por Eduardo Bolsonaro nos EUA, o ministro Alexandre de Moraes disse que "o golpismo é o mesmo", sinalizando que o filho do pai será preso se retornar ao Brasil. Xandão tratou o deputado licenciado (!?) como um criminoso fugitivo e Gilmar Mendes, como um lesa-pátria que seria preso preventivamente se retornasse ao Brasil. A diferença é que o pai do filho está mais próximo das grades do que o filho do pai.

As manifestações de domingo evidenciaram que a deficiência do bolsonarismo não está nas ruas, mas entre as orelhas de Eduardo Bolsonaro. Com sua astúcia, o filho do pai tirou o pai do filho do palanque, afugentou governadores, taxou o capital antes de Lula e levou água ao moinho da reeleição do petista. Já se suspeita de que Dudu Bananinha seja um comunista infiltrado, cuja missão é usar o imperialismo ianque para aniquilar a direita brasileira.

Mas o que esperar de políticos como os nossos — e dos desqualificados que os elegem? Quem observa o Congresso de longe fica com a impressão de que Câmara e Senado viraram hospícios, e quem vê de perto descobre que o manicômio é momentaneamente administrado pelos loucos. Entre os espasmos que marcaram a volta das férias — o "mito" em prisão domiciliar e o primogênito posando de herói da resistência democrática —, surge a maior das excentricidades: amotinada nos plenários das duas Casas, a facção bolsonarista exige a aprovação de um "pacote da paz" que, além da anistia, inclui o impeachment de Xandão e o fim do foro privilegiado, com a anulação do julgamento da trama golpista no Supremo e a transferência do caso para a estaca zero primeira instância do Judiciário. Tudo em nome da democracia. 

Hugo Motta só conseguiu voltar à mesa da presidência da Câmara na noite de ontem, após longa negociação com a oposição mediada por seu antecessor, Arthur Lira.


Para ativar o recurso, acesse as configurações do aparelho, role a tela até a seção Google, toque em Todos os serviços e, em Proteção contra roubo, ative a opção respectiva (ou ambas, caso queira contar também com o bloqueio de dispositivo off-line).


Essa seção oferece ainda outras opções de segurança:

 

Bloqueio de dispositivos off-line, que provê uma camada adicional de proteção ao bloquear automaticamente o aparelho caso ele não detecte nenhuma conexão;

 

Bloqueio remoto, que permite travar a tela do celular pela internet — basta acessar esta página, fazer login com sua conta Google, inserir o número do celular e ativar o bloqueio em caso de roubo.

 

Esquecer a senha de desbloqueio não é tão traumatizante quanto ter o aparelho furtado ou roubado, mas, após cinco tentativas frustradas de acesso, surge a opção "Esqueceu sua senha?". Se o Wi-Fi ou os dados móveis estiverem ativados, basta informar seu email do Gmail e a respectiva senha para desbloquear o dispositivo. Caso não se lembre dessa senha, tente o Smart Lock de senhas — acesse este link pelo computador e siga as instruções na tela.

 

O hard reset restaura o aparelho às configurações de fábrica e remove a senha de desbloqueio, o que pode ser útil em caso de esquecimento. Mas o Android conta com mecanismos de segurança projetados para impedir que pessoas mal-intencionadas se apoderem de um smartphone e o utilizem como se fosse delas.  Ao ser configurado pela primeira vez, o dispositivo é vinculado à conta Google do usuário, tanto em nível de software quanto de hardware. 


Se o aparelho for restaurado às configurações de fábrica por meio de um hard reset (geralmente acessado por uma combinação de botões físicos), o sistema exigirá as credenciais da última conta Google que estava logada antes da restauração. Sem o email e a senha corretos da conta vinculada, o bloqueio será mantido. Além disso, a maioria dos smartphones modernos utiliza criptografia para proteger os dados armazenados, tornando-os completamente ilegíveis sem o PIN, senha ou padrão corretos.

 

Convém ter em mente que restaurar as configurações de fábrica pode acarretar perda de dados se não houver um backup atualizado.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

SMARTPHONES: MEMÓRIA, ARMAZENAMENTO E APPS NA RÉDEA CURTA

PODE-SE APRESENTAR A CULTURA A UM IDIOTA, MAS NÃO SE PODE OBRIGÁ-LO A PENSAR.

Depois que Steve Jobs lançou o icônico iPhone (2007), os demais fabricantes de celulares se apressaram a transformar seus dumbphones em smartphones. Na sequência, os pequenos notáveis se tornaram microcomputadores ultraportáteis, comandados por um sistema operacional sofisticado (Android em 70,8% e iOS em 28,4% dos aparelhos em uso) e capazes de rodar os mais diversos aplicativos.

 

Diferentemente dos computadores de mesa e portáteis, os telefoninhos inteligentes não suportam upgrades de memória — seja da RAM (memória principal ou "física"), seja da ROM (armazenamento interno). O iOS gerencia melhor a RAM do que o Android, e os aparelhos da Samsung, Motorola, Xiaomi e outros com o robozinho verde vêm apinhados de crapware. Então, ainda que dispositivos com 4 GB de memória custem menos, recomenda-se dispor de pelo menos 6 GB (sugiro 8 GB, ou 12 GB, se o bolso permitir). 


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


A Câmara aprovou a ampliação do número de deputados federais de 513 para 531 a partir de 2026 — uma expansão que, longe de corrigir distorções históricas, as agrava. Alega-se que o custo — R$ 64,4 milhões — será absorvido pelo orçamento da própria Casa, mas cada novo deputado disporá de uma cota de R$ 38 milhões em emendas orçamentárias. Assim, com 18 novas cadeiras, teremos mais R$ 684 milhões em emendas, totalizando uma despesa extra de R$ 748,6 milhões por ano. 

A distorção atual remonta à ditadura militar, que fixou um piso de 8 e um teto de 70 deputados por estado, independentemente do tamanho real das populações representadas. Se a distribuição de cadeiras fosse realmente proporcional, São Paulo teria 111 deputados, e Roraima, apenas seis. 

Se for aprovado pelo Senado, o projeto afastará ainda mais os eleitores de seus representantes e perpetuará práticas políticas ineficientes: o voto de um eleitor roraimense continuará valendo quase oito vezes o de um eleitor paulista. 

Num momento de urgência fiscal, o Parlamento opta por aumentar os gastos com seus próprios membros, consumindo recursos que poderiam ser investidos em modernização legislativa ou em políticas públicas como saúde, segurança e educação. Em suma, um Parlamento mais caro e menos proporcional é um Parlamento mais distante da democracia que queremos.


Quanto ao armazenamento, modelos premium oferecem 512 GB ou 1 TB. A má notícia é que eles não são para qualquer bolso; a boa é que 256 GB são suficientes para a maioria dos usuários. Vale frisar que comprar um celular Android de 64 GB e dobrar esse espaço com um cartão microSD se tornou uma alternativa interessante com o lançamento da versão Marshmallow (6.0), que já permitia instalar e rodar aplicativos diretamente do cartão (embora nem todos os fabricantes ativassem esse recurso). No entanto, devido às limitações impostas pelas versões mais recentes do Android e à dificuldade em proteger aparelhos com slot extra contra água e poeira, os fabricantes vêm reduzindo significativamente a oferta de modelos que suportem cartões.


ObservaçãoModelos com 24 GB de RAM têm preços estratosféricos, donde a maioria das versões premium oferecer de 12 GB a 16 GB. No entanto, com a corrida de hardware avançado por IA, as exigências devem aumentar. A plataforma Snapdragon 8 Elite 2 deve entregar 100 TOPS (100 trilhões de operações por segundo) de desempenho de inteligência artificial, e o Dimensity 9500 promete oferecer performance semelhante.  Consequentemente, Devido a isso, as cinco principais marcas de celulares se preparam para reintroduzir modelos premium com 24 GB de memória RAM e 1 TB de armazenamento interno. Como o preço é proporcional à configuração... enfim, prepare o bolso. 

 

Quanto ao crapware, a maioria dos inutilitários pré-instalados pelos fabricantes não pode ser removida sem root, mas as Configurações do desenvolvedor (toque em Configurações > Sobre o telefone > Informações de software e sete vezes seguidas em Número de compilação) permitem explorar o Android mais a fundo. Exibido o pop-up de confirmação, localize a entrada Serviços em execução (ou Processos, conforme a versão do sistema), selecione o app que você quer encerrar, toque em Parar e confirme em OK. Feito isso, o programinha será encerrado e todos os serviços associados a ele, interrompidos.

 

Para desinstalar apps com privilégios de administrador, acesse Configurações > Segurança > App do administrador do dispositivo, localize o aplicativo em questão, selecione Desativar o app do administrador de dispositivo e desinstale o dito-cujo da maneira convencional. Para remover apps pré-instalados de fábrica sem rootear o aparelho, siga as instruções deste artigo; para desinstalar um ou vários aplicativos pela Google Play Store, toque no ícone da loja e no seu avatar, selecione Gerenciar aplicativos e dispositivos, toque sobre a memória apresentada do seu dispositivo, marque o(s) aplicativo(s) que você quer excluir, toque no ícone da lixeira e confirme a ação em Desinstalar.

 

Uma maneira mais rápida e muito menos trabalhosa é ativar o Arquivamento Automático, que identifica apps que não são usados com frequência, mas permanecem rodando em segundo plano, e os coloca em "hibernação", liberando recursos do sistema para as tarefas que realmente importam. Para ativar a ferramenta, acesse o Google Play, toque no ícone do seu avatar (ou foto), abra as Configurações, toque em Geral, localize a função Arquivar apps automaticamente e arraste o botãozinho para a direita.

 

É possível liberar um bocado de espaço limpando o cache do celular Android. Para isso, acesse as Configurações, toque em Apps e notificações > Informações do app e, na lista de aplicativos, toque em Armazenamento e cache e em Limpar cache. Para limpar o cache do Chrome, abra o navegador, toque no ícone dos três pontinhos > Histórico > Excluir dados de navegação > Imagens e arquivos em cache > Excluir dados.

O iPhone não possui uma função específica para limpar o cache dos aplicativos porque prioriza a gestão automática de recursos, incluindo o armazenamento temporário. Mas você pode "zerar" os apps desinstalando-os e reinstalando-os em seguida.