sexta-feira, 11 de outubro de 2024

ELEIÇÕES LÁ E CÁ



O segundo turno das eleições municipais está marcado para domingo 27, e a eleição presidencial norte-americana, para primeira terça-feira do mês que vem. Disputam a prefeitura de Sampa Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, e a Casa Branca, Donald Trump e Kamala Harris — que está 3 pontos percentuais à frente da calopsita alaranjada, segundo pesquisa do jornal The New York Times. 

Cá em Pindorama, prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores, governadores de Estados e presidentes da República são eleitos por maioria absoluta (50% dos votos válidos + 1 voto). Quando nenhum candidato alcança esse quórum no primeiro turno, os eleitores voltam às urnas, três semanas depois, para escolher entre o primeiro e o segundo colocados, e vence aquele que obtiver mais votos. 
 
Lá na terra do Tio Sam o sistema eleitoral não é bipartidário. Existem dezenas de partidos políticos além do Democrata (liberal) e do Republicano (conservador), mas a maioria não figura nas cédulas da maioria dos estados, e alguns estados têm inclinação partidária definida — como o republicano Texas e o democrata Washington (não confundir com a capital federal). Candidatos "independentes" surgem de tempos em tempos — como o magnata texano Ross Perot em 1992 e o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg, em 2020 —, mas isso é outra conversa.
 
Esse modelo foi criado no XVIII, quando ainda não havia eleições presidenciais diretas em nenhuma parte do mundo, visando garantir a união das ex-colônias britânicas, e é mantido até hoje para evitar que estados menos populosos sejam ofuscados numa eleição decidida pelo voto popular nos grandes centros urbanos. 
Na prática, porém, a disputa fica concentrada nos "swing states" — como Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin —, que "oscilam" entre os candidatos democrata e republicano. 

Lá, existe a possibilidade de um candidato ser eleito com menos votos populares do que o adversário. Foi o que aconteceu em 2016, quando Donald Trump derrotou Hillary Clinton, em 2000, quando George W. Bush venceu Al Gore, e em 1888, 1876 e 1824. Isso porque o não é eleito pelo voto direto da população, mas por um Colégio Eleitoral formado por delegados eleitos pelos cidadãos de cada estado, que podem votar de modo independente, embora a maioria respeite a vontade popular e as diretrizes do partido. 

O candidato que obtém mais votos em um estado fica com todos os delegados daquele estado ("the winner takes all", como na canção imortalizada pelo ABBA), mas precisa de pelo menos 270 votos dos 538 possíveis (total que corresponde à quantidade de delegados estabelecida em 1964). Se esse quociente não for alcançado (ou se houver empate), o presidente é eleito pela Câmara dos Representantes, e o vice-presidente, pelo Senado, o vice-presidente.
 
Em nossas eleições municipais, os nobres vereadores e os insignes deputados estaduais, federais e distritais são eleitos com base num "sistema proporcional", que nada deve em obscuridade ao sistema norte-americano. A distribuição das vagas
 começa pelo quociente eleitoral — que é obtido mediante a divisão do número total de votos válidos pelo número de vagas em disputa (somente os partidos que alcançam esse índice mínimo têm direito a vagas) — e segue pelo quociente partidário — resultado da divisão do total de votos válidos que o partido recebeu pelo quociente eleitoral —, que determina a quantidade de vagas a que cada partido tem direito. 

Mais de 430 mil candidatos disputaram 58,4 mil cadeiras nas assembleias legislativas dos 5.569 municípios no último domingo, e haverá segundo turno para prefeito, no próximo dia 27, em 98 cidades com mais de 200 mil eleitores cadastrados. 

O sempre mui esclarecido eleitor paulistano (que já elegeu Celso PittaLuíza Erundina e Fernando Haddad, entre outras aberrações) escalou para o embate final o emedebista Ricardo Nunes e o psolista Guilherme Boulos, que obtiveram, respectivamente, 29,48% (1,8 milhão) e 29,07% (1,78 milhão) dos votos válidos no pleito mais acirrado desde a redemocratização. Pablo Marçal (PRTB) ficou em 3° lugar, 28,4% (1,72 milhão), a menos de 1 ponto percentual de ir para o segundo turno e menos de 60 mil votos atrás de Boulos. Seu crescimento assustador nas pesquisas só foi refreado pela propaganda eleitoral no rádio e na TV (Nunes era dono 65% do horário). 

Tábata Amaral (PSB) ficou com 9,91% (605,6 mil votos) e declarou apoio a NunesJosé Luiz Datena (PSDB), que já abandonou outras cinco candidaturas, teve 1,84% (112,3 mil votos, perdendo até para o vereador mais votado) e liquidou de vez o já moribundo partido dos tucanos. Brancos e nulos somaram 14,5% (quase 1 milhão de votos), e 2,5 milhões de eleitores (26,88%) não se deram ao trabalho de comparecer às urnas. 

Marçal, que tumultuou a corrida eleitoral com ataques e factoides — culminando com a publicação de um prontuário médico falso que pregava em Boulos a pecha de cocainômano — disse que ficou feliz com o resultado, que agora vai apoiar Nunes e que ainda não decidiu se disputar o Palácio do Bandeirantes ou a Presidência (que Deus nos livre de mais essa desgraça).

Nunes se elegeu vereador em 2012 e 2016, perdeu duas eleições para deputado federal (em 2014 e 2018), elegeu-se vice-prefeito em 2020 na chapa de Bruno Covas e ostenta no currículo uma investigação sobre a "máfia das creches", um B.O. de violência doméstica e um tiro disparado na década de 1980. O apoio do governador Tarcisio é seu maior trunfo, mas o incomível imbrochável insuportável — que continua livre, leve, solto e posando de cabo eleitoral de luxo — promete participar mais ativamente de sua campanha neste segundo turno.

Nunes precisa melhorar seu desempenho nos próximos debates e sabatinas se quiser abiscoitar as viúvas de Marçal e os 84,2 mil eleitores que votaram em Marina Helena (NOVO). Segundo o Datafolha, ele está 22 pontos à frente de Boulos e é menos rejeitado pelos paulistanos (21% a 58%). Cerca de 5% dos 1.200 entrevistados disseram que votarão em branco ou anularão o voto, e 3,4% não sabem ou não responderam.

Boulos é uma versão "despiorada" e escolarizada de seu padrinho político. Antes de virar coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), ele cursou filosofia na USP, especializou-se em psicologia clínica pela PUC e fez mestrado em psiquiatria (também pela USP). Na política, disputou (e perdeu) a Presidência em 2018 e a prefeitura de Sampa em 2020, mas foi o deputado federal mais votado em 2022, apesar de colecionar polêmicas, processos judiciais e três detenções — o que não chega a surpreender, considerando que os paulistas concederam quatro mandatos consecutivos de deputado federal ao palhaço Tiririca.

Siamo fregatti! 

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

COMO PROTEGER SUA CONTA DO GOOGLE/GMAIL

SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

As senhas são mais antigas do que costumamos imaginar: o
 Antigo Testamento, escrito por volta de 1200 a.C., registra que a palavra "xibolete" (do hebraico שבולת, que significa "espiga") funcionava como "senha linguística" para identificar um grupo de indivíduos. 

No âmbito da TI, as senhas começaram a ser usadas na década de '60, quando MIT criou o Compatible Time-Sharing System (CTSS) para evitar que meia dúzia de nerds monopolizassem seu computador central. Mais ou menos na mesma época, a ArpaNet — precursora da Internet — adotou o uso de logins com nome de usuário e senha de acesso, Mas é inegável que a popularização da Internet tenha sido a grande responsável pela popularização da senhas. 

A necessidade de autenticação segura cresceu com o advento do webmail, das redes sociais, do e-commerce e do netbanking, mas muitos usuários dão de ombros para a importância de criar passwords "fortes", uma para cada finalidade, e não compartilhá-las com ninguém (afinal, amizades são desfeitas, namoros terminam, noivados são rompidos, casamentos acabam em divórcio e "segredo entre três, só matando dois").

 
Até pouco tempo atrás, uma senha de 4 algarismos bastava; hoje, mesmo senhas complexas como S#i2to&6Da*&%# não oferecem proteção responsável se não forem combinadas com tokens, SMS, biometria etc. Chaves de segurança físicas ou digitais, FIDO2Blockchain e outras soluções mais avançadas se tornarão padrão em breve — e darão lugar, mais adiante, à autenticação via dados comportamentais, como o jeito de digitar, mover o mouse, ou interagir com os dispositivos, que tornarão o processo de login praticamente "invisível". Enquanto isso não acontecer, continuaremos à mercê dos gerenciadores de senha, até porque é
 virtualmente impossível memorizar dúzias de senhas complexas, e escrevê-las num post-it e grudar o papelucho na moldura do monitor não é uma boa ideia. 


Google embutiu um gerenciador de senhas no Chrome e unificou diversas plataformas (como GmailDriveYouTube, etc.), permitindo o acesso a vários serviços com a mesma conta. Por outro lado, essa facilidade abre uma brecha preocupante: se alguém descobrir os dados de acesso à conta do Google, esse alguém poderá acessar as demais plataformas ligadas ao perfil da vítima. Então, para não dar sopa ao azar:

 

1 - Abra o Chrome, faça login na sua conta, clique na foto do seu perfil e no botão Gerenciar sua conta Google

 

2 - No menu à esquerda da tela, toque em Segurança, ative a Verificação em duas etapas e escolha entre "cadastrar uma chave de segurança para acessos de emergência", "cadastrar um celular para autorizar o login remoto", "habilitar um aplicativo autenticador", "cadastrar um número de celular para o recebimento de códigos via SMS" e "disponibilização de códigos aleatórios". 
 
3 - Volte à aba 
Segurança e cadastre um número de celular e um endereço de email que você possa acessar facilmente em caso de necessidade, lembrando que eles devem ser diferentes dos dados eventualmente cadastrados anteriormente.

 

Boa sorte.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

NOITE ESTRELADA X TURBULÊNCIA DE KOLMOGOROV

THERE ARE MORE THINGS IN HEAVEN AND EARTH, HORATIO, THAN ARE DREAMT OF IN YOUR PHILOSOPHY.

 

Em Noite EstreladaVincent van Gogh retrata um céu revolto, onde estrelas parecem brilhar em meio a um movimento fluido e dinâmico. 

Curiosamente, um artigo publicado na revista Physics of Fluids aponta semelhanças notáveis entre a pintura e a turbulência de KolmogorovMas o mais curioso é que Noite Estrelada foi pintada em 1889, um ano antes da morte do artista e meio século antes da publicação do estudo do matemático russo (1941).

Observação: A teoria de Kolmogorov prevê um comportamento universal na turbulência  em que leis matemáticas descrevem como as energias se dissipam em diferentes escalas. Curiosamente, Noite Estrelada parece capturar essa ideia com precisão artística, mostrando vórtices que se fragmentam em menores, exatamente como a teoria prediz.
 
Acredita-se que as cores vibrantes e o movimento turbulento do céu na tela refletem o estado emocional de Van Gogh, que estava internado em um hospital psiquiátrico quando terminou de pintar o quadro. Mas o que mais impressiona são a forte sensação de movimento produzida pela espirais e as nuances de azul e amarelo que dominam o cenário, que parecem antecipar a descrição científica da turbulência como um fenômeno complexo, 
presente em sistemas que vão da meteorologia à astrofísica. 

Van Gogh se suicidou aos 37 anos, após travar uma longa batalha contra depressão severa. Mas o conceito fluido representado no céu turbulento de Noite Estrelada desafia os cientistas há séculos. Mesmo Leonardo da Vinci já havia tentado compreender o fenômeno — que hoje é estudado através das equações de Navier-Stokes, mas continua sendo um dos maiores enigmas da física.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

O embate de 2022 entre Lula e Bolsonaro não se repetiu neste domingo, mas houve semelhanças notáveis, começando pelos menos de 2% de votos que impediram a reeleição do capetão e o triz de pouco menos de 1% que colocou Boulos, e não Marçal, no segundo turno, e seguindo pelos tiros de Roberto Jefferson em policiais e a corrida de Carla Zambelli, de arma em punho, atrás de um desafeto, e o falso atestado de internação de Boulos por consumo de cocaína. 
Jefferson e Zambelli imaginaram-se inimputáveis, protegidos por um impulsionador da onda de loucura coletiva que culminou no 8 de janeiro, e Marçal acreditou no abrigo da lacração na internet, onde grassa a mitificação e a manipulação não tem respostas nem consequências à altura. Em ambos os casos, a aludida rebelião quase deu certo. 
A institucionalidade vence porque (ainda) tem a maioria. E é importante que isso seja mantido, não necessariamente para deixar as coisas como estão, mas para compreender que é possível fazer valer as demandas por mudanças na política sem pretender destruí-la. 
Bolsonaro está inelegível e pode ter a prisão decretada a qualquer momento (hello, Xandão!). Marçal obteve projeção, mas não ganhou consistência. Seu partido não elegeu um mísero vereador, e ele está enrolado com as Justiças Criminal e Eleitoral. O depósito de R$ 28 milhões feito pelo Xwitter na CEF, que deveria ter sido feito na conta da União no Banco do Brasil, deu ao ministro Alexandre a oportunidade de cobrar o então candidato por ter usado a plataforma bloqueada para divulgar o laudo médico fajuto prega em Boulos a pecha de cocainômano. 
Em seu despacho, Xandão citou a cassação do deputado bolsonarista Fernando Francischini, condenado por disseminar mentiras sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, e foi ao ponto: "a conduta de Pablo Henrique Costa Marçal, em tese, caracteriza abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação {...} podendo acarretar a cassação do registro ou do diploma e inelegibilidade, conforme decidido pelo TSE". 
A cassação do registro da candidatura perderam o sentido, já que as pretensões eleitorais do elemento em assunto naufragaram no último domingo. Mas ele tem planos de disputar o governo de SP ou a Presidência em 2026, e a derrota urnas não o livra de amargar um jejum eleitoral até 2032.

Essa conexão fascinante entre arte e ciência levanta questões sobre o olhar excepcional de Van Gogh. Mesmo sem o conhecimento técnico da física moderna, o artista parece ter captado a essência de um fenômeno natural que continua desafiando estudiosos até hoje. Será que sua sensibilidade artística lhe permitiu “vislumbrar” algo que a ciência só viria a compreender mais tarde?
 
Como diria Shakespeare, "há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que pode imaginar a tua vã filosofia". Essa citação de Hamlet, no Ato I, Cena V, quando o príncipe fala com seu amigo após ter se encontrado com o fantasma do pai, nos lembra que há mistérios no mundo que transcendem a compreensão lógica e científica — um pensamento que Van Gogh parece ter compartilhado em sua arte.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

ANDROID X iOS

A VIDA É UMA PARTIDA DE XADREZ QUE CONTINUA APÓS O XEQUE-MATE.

 

Lançado pelo Google em 2008, o Android se tornou o sistema móvel mais usado em todo o planeta. Tamanha popularidade se deve, pelo menos em parte, ao código aberto, que dá maior liberdade para personalizar o celular. Ao contrário do iOS, que é um sistema proprietário, o sistema do robozinho verde permite a instalação de aplicativos de diversas fontes (APKs), bem como personalizar a aparência e as funções do dispositivo.

No Brasil, o Android marca presença em nove de cada dez smartphones de diferentes marcas e modelos, com recursos e preços adequados às necessidades e possibilidades de cada usuário. Mas nem tudo são flores nesse jardim: a diversidade de dispositivos e versões pode dificultar a atualização dos aplicativos, e a enorme quantidade de apps disponíveis torna o sistema mais vulnerável a infecções e ataques. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Na pré-história dos anos 1980, quando o Brasil começou a retomar eleições diretas nos estados (1982), nas capitais (1985) e à Presidência da República (1989), a medição da vontade do eleitor era fruto do trabalho da imprensa, com repórteres à caça do "clima" país afora. Mais adiante, as pesquisas de intenção de voto tomaram conta da cena, e agora o que conta são números, tabelas, gráficos e recortes minuciosamente destrinchados a cada rodada, com rapidez e graus de certeza (mas não de acerto) impressionantes. 
Quando as pesquisas destoam da voz das urnas, chovem críticas, mas na eleição seguinte voltamos a nos guiar por elas, mesmo que o inesperado faça uma supresa
Em 2018, Em 2018, todas as pesquisas davam como certas a vitória de Haddad e a eleição de Dilma para o Senado. Bolsonaro foi eleito e a mulher sapiens amargou um vexaminoso quarto lugar. Eu havia cantado essa bola logo após o primeiro turno, não por ser clarividente, mas porque o capetão obteve quase o dobro dos votos do bonifrate de Lula, e todos os candidatos à Presidência que chegaram ao segundo turno na dianteira, até então, acabaram eleitos. 
Para supresa de ninguém, Tábata Amaral ficou em quarto lugar, com pouco menos de 10% dos votos válidos — e já declarou apoio a Boulos. Mas Datena obter apenas 1,84% dos votos dos votos válidos (menos que o vereador mais votado na cidade) foi tão surpreendente quanto Marçal ter ficado focinho a focinho com os dois primeiros colocados. 
A mim causou espécie a sobrevida que o "esclarecidíssimo" eleitorado paulistano concedeu ao "psicocandidatopata" que, no apagar das luzes da campanha, levou às redes um laudo mentiroso, supostamente assinado por um médico comprovadamente morto, para tentar pregar em Boulos a pecha de cocainômano. 
Numa única tacada, o despirocado se acorrentou a pelo menos quatro crimes: divulgação de fatos inverídicos, difamação eleitoral, falsificação de documento, uso de documento falsificado, e corre o risco de ir para o xilindró antes de Bolsonaro
Mas mais preocupante (embora nem um pouco surpreendente) foi o atestado de insanidade do eleitorado paulistano que as urnas emitiram neste domingo.  

Google oferece o Play Protect, que verifica os apps antes da instalação e garante que eles estejam livres de malware. Para checar seu aparelho, toque no ícone da Play Store, em sua foto de perfil, em Play Protect, no ícone da engrenagem, e então ative as opções Verificar apps com o Play Protect e Melhorar a detenção de apps nocivos.

A maioria dos malwares não vem da plataforma oficial do Google, mas de programas instalados por sites aleatórios. Se você fizer seus downloads somente da Play Store e da loja oficial do fabricante do aparelhos, as chances de ser pego no contrapé serão menores, sobretudo se você contar com a proteção de uma suíte de segurança responsável. 
 
As configurações do Android variam conforme a versão do sistema e o fabricante do celular. Assim, a interface de um aparelho da marca Samsung é um pouco diferente da interface de um Motorola ou um Huawei, por exemplo, já que cada fabricante obtém a base do sistema do Google e faz a personalização a seu talante. 

Resumo da ópera: 


O Android oferece mais liberdade para personalizar a interface e instalar aplicativos de diversas fontes e a gama de programas é imensa, mas a diversidade de dispositivos e versões pode dificultar a atualização e a compatibilidade de aplicativos, o risco de infecções por malware é maior e a qualidade dos dispositivos varia bastante entre os fabricantes. 


No iOS a otimização entre hardware e software enseja um desempenho mais fluido e eficiente, as atualizações de segurança são mais rápidas e abrangentes e o código proprietário deixa o sistema menos vulnerável a infeções e invasões, mas as opções de personalização são mais limitadas e os aparelhos custam mais caro. 


Em última análise, a escolha depende do perfil e das possibilidades de cada usuário. Se você gosta de personalizar o celular e quer ter acesso a uma grande variedade de aplicativos, o Android pode ser a melhor opção; se prefere um sistema mais simples, intuitivo e seguro — e seu orçamento permitir —, o iOS pode ser a melhor opção.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

SOBRE O PLANETA X

A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO, EMBORA HAJA TANTO DESENCONTRO PELA VIDA.

Quase duas décadas depois que Plutão foi rebaixado a planeta anão, ondas cósmicas misteriosas sugerem a existência de um novo nono planeta (que vem sendo chamado popularmente de Planeta X).
 
Cada estrela, planeta, asteroide etc. causa uma força gravitacional no Universo, e descobertas recentes de uma força gravitacional misteriosa nos confins do Sistema Solar pode ser causada por um gigante gasoso semelhante a Netuno
Os sinais são fracos até mesmo para os telescópios mais poderosos, mas os astrônomos estimam que o Planeta X esteja 20 vezes mais distante do Sol do que Netuno.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

No Rio, a reeleição de Eduardo Paes para um inédito quarto mandato é a mais eloquente derrota do padrinho de Alexandre Ramagem (falo daquele indivíduo que Lula chama de "o coisa"). Em Sampa, deu a lógica, mas foi por pouco. 
O difícil é explicar — sem culpar a imbecilidade inata do eleitorado — a quase ida para o segundo turno de um "psicocandidatopata" ultrapassou todos os limites ao postar em suas redes um laudo mentiroso de internação fictícia para tentar pregar em Boulos a pecha de cocainômano. 
Além de intimar a Judiciário a provar sua utilidade, a desmoralização do processo eleitoral pendura na conjuntura uma interrogação incômoda: até onde o eleitor de São Paulo permitirá que o melado escorra? 

Nos anos 1930, a descoberta de Plutão alterou a configuração do Sistema Solar, que passou a incluir os corpos celestes transnetunianos, alguns dos quais exibem um alinhamento orbital incomum e uma inclinação diferente das previstas pelos principais modelos teóricos. 

Um dos primeiros indícios da existência do Planeta X surgiu em 2014, quando o astrônomo Scott Sheppard e sua equipe concluíram que a órbita excêntrica do objeto transnetuniano conhecido como Sedna decorria da atração gravitacional de um corpo massivo ainda mais distante do Sol. 

Em 2016, a análise das órbitas peculiares de outros seis objetos transnetunianos reforçou a ideia de que a única explicação plausível seria a presença de um planeta 10 vezes maior que a Terra localizado a cerca 90 bilhões de quilômetros do centro do Sol. 

ObservaçãoO objeto transnetuniano mais distante descoberto até agora — a estrela anã 2018 VG18 — fica a cerca de 120 unidades astronômicas do Sol (uma UA equivale à distância média entre a Terra e o Sol, que é de aproximadamente 149,6 milhões de quilômetros).

Se o Planeta X realmente existir, ele leva 15 mil anos para dar uma volta completa em torno do Sol (translação), daí a dificuldade de detectá-lo ser comparável à enxergar uma formiga a olho nu a mil quilômetros de distância. 

Se for confirmada, a existência do novo vizinho ajudará a compreender os mecanismos que levaram à formação da Terra, dos demais planetas e dos objetos transnetunianos, e como diferentes influências gravitacionais influenciam estrutura do Sistema Solar.

A conferir.

domingo, 6 de outubro de 2024

MACARRÃO AO MOLHO ALFREDO

QUEM SE APAIXONA POR SI MESMO NÃO TEM RIVAL

Macarronada ao sugo, pomodoro e bolonhesa levam tomate. Já vimos como minimizar a acidez desses molhos, mas o "Molho Alfredo" é uma excelente opção escolha quem não aprecia tomate ou simplesmente gosta de variar. 

Criado em 1908 pelo restaurateur Alfredo Di Lelio, em Roma, essa delícia combina com massa fresca ou seca, longa ou curta (detalhes no próximo domingo), e não leva mais de 15 minutos para preparar se você usar uma panela para a massa e outra para o molho. 

1 - Encha uma das panelas com água (1 litro para cada 100g de massa) e leve ao fogo alto. 

2 - Quando a água ferver, adicione sal (5g por litro), coloque o macarrão (1 pacote de 500g serve 4 pessoas) e mexa com uma colher de pau até a massa ficar "al dente". 

Observação: Se for cozinhar espaguete, jamais parta os fios ao meio para fazê-los caber na panela. Esse formato foi criado para ser enrolado no garfo e degustado em seu comprimento original. Se a panela for pequena, coloque o espaguete em pé. O calor o amolecerá, e ele se acomodará naturalmente na panela. Aí é só mexer para garantir que todos os fios fiquem soltos e esperar dar o ponto. 


O tempo de cozimento varia conforme o tipo da massa (fresca ou seca) e o formato (longo ou curto). De modo geral, 7 ou 8 minutos bastam, mas convém seguir as instruções impressas na embalagem. 


Para o molho:

 

1 - Coloque 1 ½ xícara (chá) de creme de leite fresco, 4 colheres (sopa) de manteiga, 1 ½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado e uma concha da água do cozimento na outra panela e leve ao fogo médio (o amido que se desprendeu da massa durante a cocção vai deixar o molho mais cremoso) 


2 - Quando o molho começar a ferver, baixe o fogo e deixe cozinhar por mais 2 minutos. 


3 - Prove um pedacinho do macarrão; se ele estiver cozido, mas ainda firme ao morder, transfira-o para um escorredor e passe sob água corrente, para evitar que que a massa continue cozinhando no calor residual. Mas não exagere, pois água fria em excesso vai deixar sua macarronada empapada.


4 - Transfira a massa escorrida para a panela do molho, tempere com pimenta-do-reino e noz-moscada moídas na hora, misture delicadamente com uma colher de pau (ou de silicone), coloque numa travessa, polvilhe com parmesão ralado, enfeite com folhas de salsa ou manjericão picadas grosseiramente e sirva em seguida.

 

Buon appetito — e, se não for pedir demais, VOTE COM RESPONSABILIDADE.