quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

NOVO CELULAR COM BATERIA GIGANTE

REALIZAR METADE DOS DESEJOS É TER AFLIÇÕES EM DOBRO.

 

Ao contrário dos dumbphones de antigamente, que passavam dias longe da tomada, os smartphones, mesmo configurados para otimizar consumo de energia, podem precisar de um "pit stop" entre as recargas completas, daí a capacidade da bateria ser importante na escolha do aparelho.
 
A "autonomia" de um aparelho é o tempo durante o qual ele funciona sem precisar de recarga e varia conforme a amperagem (expressa em miliampere/hora), o consumo energético e o perfil do usuário. 

Um mAh equivale a 3,6 C (o coulomb expressa a quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um milésimo de ampère ao longo de uma hora). Quando maior a amperagem, maior a autonomia — não confundir com a "potência" da bateria, que é expressa em watts (W) ou joules por segundo (J/s); uma bateria que opera a 12V e fornece 2A tem potência instantânea é de 24W (ou J/s).

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De um lado, o imbrochável, incomível, imorrível, inelegível e incorrigível não admite um plano B para 2026 porque não lhe convém perder relevância no cenário político justamente num momento em que em que está enxergando grades no horizonte. De outro, o sujeito que elegemos para evitar mais quatro anos sob o aspirante a golpista procrastina a reforma ministerial que havia programado para depois das eleições municipais, adiado para antes do Natal, prorrogado para este mês, após a escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado e... noves fora a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secom e a carbonização de Nísia Trindade na Saúde, nada aconteceu. Às vésperas do Carnaval, "nada" vai se convertendo numa palavra que ultrapassa tudo. 
Aos pouquinhos, consolida-se o vaticínio feito pelo ex-imperador da Câmara antes de deixar o trono. Padrinho do presidente da CEF e candidato a ministro, Arthur Lira declarou que "uma base de apoio para governar é diferente de uma base de apoio eleitoral". Soou como se enxergasse Lula como candidato a náufrago: "Ninguém embarca em um navio se sabe que ele vai naufragar." 
É impossível dizer como terminará a propalada reforma, mas pode-se afirmar que a coisa deu errado antes mesmo de começar. Não há sobre o balcão nada que se pareça com mérito. As pretendidas mudanças relacionam-se com o tamanho do cofre de cada pasta, não com um projeto de país. 
A fragmentação da direita mantém o macróbio no páreo de 2026, mas o Centrão trata o governo como uma espécie de Titanic. Não fosse pelo orçamento, cujas liberações ainda não se tornaram 100% compulsórias, talvez o ainda presidente não recebesse dos aliados um mísero "bom dia".

A maioria dos fabricantes não informa a potência do carregador, mas basta multiplicar a voltagem (ou tensão) pela amperagem (ou corrente) para descobri-la. Na maioria dos casos, ela varia entre 12 e 15 watts, podendo ser até 20 vezes maior nos carregadores rápidos — como o de 240W da Realme, que promete carga total em menos de 10 minutos. Note, porém, que isso é um compromisso conjunto do carregador, da bateria e do próprio smartphone, que precisa de um circuito específico para gerenciar a entrada de energia de forma eficiente e segura. 
 
Os celulares da marca Honor, que acabam de chegar ao Brasil, utilizam baterias de silício-carbono de alta eficiência, que prometem até 3 dias de autonomia e capacidade máxima de carga mesmo após três anos de uso — as baterias de íon/polímero de lítio começam a perder eficiência após um ou dois anos de uso, obrigando os usuários a substituírem o componente ou mesmo o próprio aparelho depois desse prazo. 
 
Enquanto celulares comuns desligam rapidamente ao atingir 5% ou menos de carga, os modelos da Honor conseguem extrair ainda mais energia, oferecendo tempo extra de uso antes de desligar completamente. Para se ter uma ideia, o Honor Magic 7 Lite traz uma bateria de 6.600 mAh e, mesmo com apenas 2% de carga, ainda pode oferecer até 1 hora de chamadas telefônicas, ou 20 minutos de streaming de vídeo, ou 30 minutos de navegação em redes sociais.
 
Além da Honor, outras fabricantes já começaram a investir na nova bateria. Empresas como Xiaomi, OnePlus (Oppo), e Huawei estão desenvolvendo seus próprios modelos com bateria de silício-carbono, o que deve ampliar a gama de opções de smartphones com maior autonomia e eficiência energética, permitindo que os usuários que passem menos tempo preocupados com carregadores e desfrutem de seus dispositivos por mais tempo.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 5ª PARTE

A CIÊNCIA SOA FALSA QUANDO SE TEM A MENTE TOMADA PELA PAIXÃO
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Consideramos o tempo como o pano de fundo de uma sucessão de eventos onde o ontem impõe restrições ao hoje e o hoje determina como será o amanhã. Mas talvez não seja bem assim.

 

O físico teórico Carlo Rovelli sustenta que as leis fundamentais da física não incluem um tempo como o concebemos, e o físico de partículas Guido Tonelli explora uma realidade onde as leis da física clássica não se aplicam. Mas a ideia do tempo como mera construção mental não é nova. 

Em meados do século XVII, as Leis de Newton descreviam um mundo onde pessoas andavam para trás, relógios retrocediam da tarde para a manhã e frutas subiam do chão para os galhos das árvores. Em 1908, no artigo The Unreality of Time, o matemático britânico J.M.E. McTaggart usou um baralho e o pensamento lógico para comprovar que o tempo não passa de uma ilusão e o que percebemos como passado e futuro é apenas uma questão de perspectiva

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Tudo indica que a ação penal resultante da denúncia contra Bolsonaro por liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado será julgada pela 1ª turma do STF, não com a intenção de prejudicar o "mito" (lembrando que os dois ministros nomeados por ele integram a 2ª turma e, portanto, não participarão do julgamento), mas porque, visando reduzir o numero e ações penais julgadas pelo plenário, o Supremo decidiu há alguns anos que esses processos devem ficar a cargo das turmas. 
Uma vez que o Regimento Interno da corte prevê que um caso criminal tenha seu julgamento afetado para o plenário se o relator entender relevante a questão jurídica discutida ou houver divergência nos posicionamentos das turmas ou de alguma delas em relação ao próprio plenário, a defesa deve pedir que o ex-presidente seja julgado pelos 11 ministros — argumentando, inclusive, que ele era presidente à época dos fatos descritos pela acusação. Mas uma improvável mudança dificilmente evitaria a condenação, ainda que pudesse resultar num placar de 9 votos a 2 (na 1ª turma, a condenação por unanimidade são favas contadas).
Dada a dificuldade em defender o indefensável, os advogados do capetão cogitam de pedir a anulação da delação de Mauro Cid. Todavia, mesmo sem o depoimento do ajudante de ordens, há fartura de provas e abundância de indícios de crimes. Uma vez aceita a denúncia, Bolsonaro e seus 33 asseclas serão promovidos a réus, e o processo, instruído e julgado. Em caso de condenação, o encerramento só se dará depois do julgamento dos indefectíveis embargos infringentes e/ou embargos de declaração (espera-se que isso ocorra antes do final do ano, para evitar a "contaminação" do ano eleitoral de 2026).

A noção de que passado, presente e futuro são ilusões é ciência pura. Segundo o físico Julian Barbour, o Big Bang deu origem também a um antiuniverso onde tudo acontece ao contrário de como acontece no nosso Universo. O próprio Einstein — criador do conceito do espaço-tempo — achava que a distinção entre passado, presente e futuro era apenas uma ilusão teimosamente persistente

O que chamamos de passado e futuro são duas direções diferentes que emergem de um ponto central. Do nosso lado, a entropia aumenta e estruturas complexas se formam; do lado espelho, estrelas se desagradam, galáxias se dissipam, matéria se desorganiza e o tempo retrocede (do nosso ponto de vista, já que para os hipotéticos habitantes desse universo espelho o tempo avança normalmente).

Ao tratar o tempo como uma dimensão que se soma ao espaço tridimensional e não transcorre de forma uniforme para todos os observadores, Einstein equacionou um universo eternalista. Para que cada indivíduo tenha seu próprio tempo, todos os pontos do tempo precisam coexistir para o que chamamos de passado e de futuro serem lugares diferentes ocupados por diferentes observadores, e o que chamamos de presente ocupar a posição temporal na qual cada relógio em particular se encontra.
 
Mesmo que o tempo não existisse, que os dias, horas e minutos fossem apenas convenções criadas para organizar nossas atividades, ainda restaria a causalidade — princípio segundo a qual toda ação gera uma reação de igual intensidade e em sentido contrário —, e seria ela, não o tempo, a característica essencial de um universo que a ciência vê como um imenso quadro onde perguntas geram respostas e novos enigmas surgem à medida que os anteriores são solucionados.

Isso não significa que memórias e eventos sejam apagados e pessoas "desnasçam"; a ideia é que ambos os lados funcionam com as mesmas regras físicas, mas espelhados em termos de direção do tempo e entropia. Ainda que esteja no campo da especulação, essa teoria ilustra como a física moderna pode oferecer explicações para a assimetria do tempo sem precisar assumir que ele é uma entidade fundamental do cosmos.

Continua...

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

BASTA DE FRAUDES!

NÃO HÁ ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS NO BRASIL; O BRASIL É UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. 

O Brasil registra mais de 4.600 tentativas de golpes financeiros por hora, seja por meio de aplicativos de mensagens, seja através de ligações telefônicas.

A ferramenta Origem Verificada promete minimizar o problema exibindo na tela do celular o nome, o número, a logomarca da empresa, o motivo do contato e um selo de autenticidade atestando que os dados são realmente daquela empresa e que não foram adulterados. 

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Lula torrou bilhões nos dois primeiros anos do terceiro mandato, mas não satisfez nem seus próprios eleitores. Isentar do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil mensais significa abrir mão de R$ 50 bilhões de receita sem garantia de contrapartida, e já se fala em crédito consignado facilitado, distribuição gratuita de gás para 22 milhões de famílias e a volta do Pé-de-Meia — que o TCU bloqueou por estar fora do teto orçamentário. O problema é que são medidas que pressionam a inflação — que Lula diz querer combater para reduzir o preço dos alimentos e reverter sua queda de popularidade — e resultam em novos aumentos da Selic. O único argumento que lhe resta é o que ele usou para se eleger em 2022: "Somos melhores que os outros para governar este país". Se são, é porque nada poderia ser pior do que mais quatro anos de Bolsonaro. A questão que se coloca é se um octogenário que confunde amnésia com consciência limpa terá condições de disputar a reeleição. Lula não aprendeu nada com os erros que cometeu no passado, mas, felizmente, uma parte do eleitorado não esqueceu.
Às vésperas de ser denunciado pela PGR, Bolsonaro prefere focar a anistia ao golpismo e ver Lula sangrar até 2026. O "Impeachment Já" resultaria na ascensão de Alckmin e no fim da polarização da qual ele ele e Lula se retroalimentam. O risco cada vez mais real de ele acabar na cadeia deveria levar a direita a se endireitar, mas dá-se exatamente o oposto: primeiro da fila do conservadorismo, o governador paulista mantém a mão no caixão do padrinho — mas nem toda essa devoção o fará pular na cova junto com ele. 
Mudando de um imprestável para outro, a depender de quando for expedida a ordem de prisão de Collor, o Brasil chegará a 2026 com dois ex-presidentes presos e metade dos que foram eleitos desde a redemocratização com uma passagem pelo sistema prisional abrilhantando o currículo. 
Lula cumpriu 580 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas foi solto depois que uma epifania serôdia que revelou ao ministro Fachin que a 13ª Vara Federal de Curitiba era incompetente para julgá-lo. Temer foi preso preventivamente por lavagem de dinheiro e corrupção, mas ficou míseros dez dias atrás das grades e acabou sendo absolvido pela Justiça Federal do DF. 
Entre os que escaparam da prisão, Sarney foi denunciado pelo suposto recebimento de R$ 16,25 milhões em propina da Transpetro, mas a própria PGR pediu o arquivamento da denúncia. Itamar foi citado na delação de Delcídio Amaral por participar de um esquema de corrupção na Petrobras, mas morreu em 2011. FHC também foi citado em delações, mas não houve repercussões penais. Dilma foi impichada e acusada de integrar o "quadrilhão do PT", mas o processo foi arquivado. 
Resumo da ópera: No Brasil, para escapar da prisão não é preciso ter ficha limpa, e sim amigos poderosos e a conveniência política do momento.

O serviço é gratuito e começou a ser disponibilizado pelas operadoras no final do ano passado, mas exige que o aparelho seja compatível com a tecnologia e que os fabricantes liberem atualizações para suportá-la (Samsung e Apple já estão trabalhando nessas atualizações). 

Além disso, o dispositivo precisa estar conectado a redes 4G/5G e com a funcionalidade VoLTE ativada, mas somente a TIM e a Vivo oferecem essa funcionalidade a todos os clientes; na Claro, ela é restrita aos usuários de planos pós-pagos.

domingo, 23 de fevereiro de 2025

PICANHA AO FORNO NA MANTEIGA DE ALHO

SE VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM PELO QUE EU FALO, IMAGINE SE SOUBESSE O QUE EU PENSO...

 

Temperada com manteiga de alho e assada no forno sobre uma cama de cebolas, a picanha fica tão suculenta e saborosa quanto se preparada na churrasqueira. Você vai precisar de:
 

1) Uma picanha de aproximadamente 1kg;

 

2) 4 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente

 

3) Sal grosso;

 

4) 5 dentes de alho;
 
5) 2 cebolas médias cortadas em rodelas;

 

6) Sal grosso (1 colher de chá para 1kg de carne), pimenta do reino moída na hora e azeite extravirgem o quanto bastar.


ObservaçãoPode-se obter o mesmo resultado com miolo de alcatra, maminha, contrafilé ou filé-mignon.

Descasque e amasse o alho, misture-o com a manteiga, besunte a carne com essa mistura, polvilhe a pimenta do reino, salpique o sal grosso, embrulhe a peça em papel celofane e deixe descansar por 15~20 minutos. Nesse entretempo, aqueça o forno a 180˜200º C, unte uma forma ou travessa refratária com azeite e forre-a com as rodelas de cebola. 

 

Acomode a picanha sobre a "cama" de cebolas, leve ao forno, deixe assar por cerca de 40 minutos, retire o papel celofane, aumente a temperatura para 230°C, recoloque a picanha no forno (desta vez com a gordura virada para cima) e espere dourar.


Deixe a carne descansar por pelo menos 10 minutos antes de fatiar e servir, para que a temperatura interna se iguale à externa e a mioglobina* se redistribua. 

 

(*) Embora costumemos nos referir à carne malpassada do churrasco como "sangrando", o que escorre não é sangue, apesar de conter uma pequena parte dele. Trata-se de um líquido formado por uma proteína chamada mioglobina (responsável pela cor avermelhada), água e outros nutrientes, incluindo a hemoglobina (também chamada de "proteína do sangue").


Para a farofa, você vai precisar de 100g de bacon, 1 cenoura, 1 cebola, 2 dentes de alho, 1 gomo de linguiça calabresa, 2 colheres (sopa) de manteiga, ½ pimentão vermelho, 1 ½ xícara de chá de farina de mandioca, sal, pimenta-do-reino e cheiro verde a gosto. 

 

1) Pique a linguiça, o bacon, a cebola, e o pimentão em cubinhos, pique o cheiro verde e o alho e rale a cenoura. 

 

2) Aqueça uma panela em fogo médio, frite o bacon na própria gordura, acrescente a calabresa, mexa até refogar, junte a cebola e o pimentão, refogue por mais 2 minutos, adicione a cenoura e o alho e refogue por mais um minuto. 

 

3) Derreta a manteiga e, sem parar de mexer, acrescente a farinha de mandioca aos poucos, tempere com o sal e a pimenta, misture bem e finalize com cheiro verde.


Bom proveito.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

BOLSONARO LÁ!

DO MAL NÃO PODE NASCER O BEM, ASSIM COMO UM FIGO NÃO NASCE DE UMA OLIVEIRA.

O cronograma do golpe evidenciou que a conduta criminosa dos indiciados começou ainda em 2021, em tom de ruptura com a democracia. Bolsonaro e outros 33 aspirantes a golpistas foram denunciados na última terça-feira, e tud
o indica que a condenação dessa malta já não é mais uma questão de "se", mas de "quando". 

Mesmo assim, o ex-presidente se disse "estarrecido" com a denúncia (mais adiante, declarou "caguei para a prisão", o que, vindo de quem veio, não é de causar estranheza), e seus advogados, que ficaram "indignados" (pausa para as gargalhadas).

Num ambiente altamente polarizado, é compreensível que a denúncia seja rechaçada pelos apoiadores do "mito", festejada pela petralhada e seja vista com cautela por aqueles que não têm bandido de estimação, independentemente de preferências políticas, ideológicas ou partidárias. 
O problema é que a minoria que busca analisar os acontecimentos com isenção acaba no meio do fogo-cruzado, já que a maioria parece não compreender que é possível ser antipetista sem ser bolsonarista, e vice-versa. Talvez por isso cada vez menos jornalistas produzam análises racionais, equilibradas e desapaixonadas.

Nos vídeos da delação de Mauro Cid, a única tortura exposta é o suplício imposto à plateia, submetida à nudez de uma Presidência obscena que ninguém pediu nem queria ver. Um capitão expurgado do Exército por indisciplina atraiu generais que prometiam morrer pela pátria para um plano de assassinar a democracia. Dos 34 denunciados pela Procuradoria ao Supremo, 24 são militares. Ou seja: o golpe era 70% fardado.

A transcrição dos depoimentos de Cid já deixava evidente que, sob Bolsonaro, o Brasil viveu uma de suas épocas mais despidas, mas os recortes em vídeo, expostos em telejornais e multiplicados na internet, tornaram o strip-tease explícito. Na suprema grelha em que arde o golpismo, a minuta exposta por Bolsonaro aos comandantes militares é o miolo da picanha. 

Delatada por Cid à PF, a reunião em que se debateu o documento foi confirmada pelos comandantes do Exército e da Aeronáutica, que se recusaram a avalizar a virada de mesa. Na denúncia, o episódio foi usado pelo procurador-geral como antídoto para a ficção segundo a qual o golpe não seria crime porque a temeridade não ultrapassou a fronteira dos atos preparatórios.

Ironicamente, a chave da cadeia reservada a Bolsonaro é fornecida por três legítimos representantes daquilo que o futuro presidiário chamava de "minhas Forças Armadas": um tenente-coronel delator e dois oficiais estrelados que preferiram dar meia-volta à beira do abismo. Moraes deu prazo de 15 dias (conforme previsto em lei) para que os 34 denunciados apresentem suas defesas. Como era esperado, os advogados de Bolsonaro, a quem interessa atrasar o relógio, pediram que o prazo fosse estendido para 83 dias, mas o ministro negou. 

Estima-se que a 1ª Turma do STF comece a julgar o caso entre o final de março e o começo de abril, embora não se descarte a possibilidade de o julgamento ocorrer no plenário — segundo alguns ministros, se os réus do 8 de janeiro foram julgados pelo colegiado completo, o caso de Bolsonaro não pode ser tratado de maneira diferente, até porque a apreciação pelo plenário daria maior legitimidade à decisão final do STF. 

Observação: Comenta-se nos supremos bastidores que a intenção de Moraes é evitar debates e divergências que naturalmente surgiriam no colegiado, onde a condenação dificilmente seria evitada, mas tampouco seria unânime, expondo o relator a divergências públicas.

Por último, mas não menos importante: Davi Alcolumbre, atual presidente do Senado e do Congresso, afirmou que a anistia aos golpista não está em discussão, e que o assunto não interessa aos brasileiros. 

A conferir.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 4ª PARTE

A TRAGÉDIA DA VIDA É QUE FICAMOS VELHOS CEDO DEMAIS E SÁBIOS TARDE DEMAIS
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O termo entropia remete à desordem em um sistema físico. Um vaso sobre a mesa é um exemplo de baixa entropia. No entanto, quando ele cai e se espatifa, a entropia aumenta de maneira irreversível, já que os cacos não se rejuntam espontaneamente. 

Em tese, o aumento irreversível da entropia faz com que a seta do tempo aponte unicamente para o futuro, mas é importante destacar que os princípios da termodinâmica  estabelecidos no século XIX com base em máquinas a vapor — não se aplicam ao Universo infinito, onde o que define a passagem do tempo não é a expansão do cosmos em todas as direções.

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A condenação de Bolsonaro já não é uma questão de "se", mas de "quando". O capetão e seus advogados recorrem ao jus sperniandi. É função dos causídicos defender seus clientes, mas daí a insultar a inteligência alheia vai uma longa distância. Diante do calhamaço de provas coletadas pela PF, alegar que o indiciamento e a denúncia se basearam unicamente na delação de Mauro Cid é pura ficção. 
O argumento segundo o qual o golpe não passou dos atos preparatórios não faz sentido. Como bem anotou Paulo Gonet, "quando um presidente reúne a cúpula das Forças Armadas para expor planejamento minuciosamente concebido para romper com a ordem constitucional, tem-se ato de insurreição em curso". Mais próximo da cadeia que da urna e sem perspectivas no Judiciário, Bolsonaro se agarra à proposta da anistia — que subiu no telhado com a denúncia — como um náufrago que abraça um jacaré imaginando tratar-se de um tronco.
A capacidade de se iludir tornou-se vital para o ex-presidente, que, mimetizando o comportamento adotado por Trump e Lula na época em que fizeram suas excursões pelos nove círculos do inferno, alega ser vítima de perseguição política. A um passo do banco dos réus, age como se estivesse prestes a repetir seu ídolo retomando o trono, mas a legislação americana permitiria que Trump governasse de dentro da cadeia, ao passo que a inelegibilidade proibiria o "mito" de pedir votos mesmo que ainda estivesse solto em 2026. Para não ser trocado por um Plano B da direita, ele tenciona repetir tudo o que condenou no arquirrival petista em 2018 — Lula só autorizou o PT a substituir seu nome pelo de Haddad quando o TSE finalmente negou o registro de sua candidatura, e o capetão, marchando rumo à prisão, diz que levará sua candidatura ao TSE em 2026. Se colocassem a cara na vitrine, as alternativas do conservadorismo inibiriam a manobra. Ficando na encolha, os devotos atribuem ao "mito" a mística de um messias, abençoando com suas orações a futura ascensão à cabeça de chapa de um vice extraído do bolso do colete ou da árvore genealógica da Famíglia Bolsonaro.
O sigilo da delação de Muro Cid foi levantado na quarta-feira, comprovando que a higidez da denúncia contra o alto-comando do golpe não se escora somente no suor de um dedo, mas também em testemunhos de ex-comandantes militares, áudios, vídeos, mensagens, documentos e o diabo a quatro. Cid pediu perdão judicial em troca da delação e a extensão dos benefícios ao pai, à mulher e à filha. O tamanho do prêmio, que será definido no final do julgamento, depende do peso que os ministros da 1ª Turma do STF atribuírem à colaboração. 
A PF já indiciou Cid nos inquéritos da falsificação de cartões de vacinas, do roubo das joias e da tentativa de golpe. Conforme o avanço das apurações, os investigadores se deram conta de que ele revelava mais do que gostaria e muito menos do que sabia. A PF chegou a pedir a revogação do acordo, mas a PGR o avalizou, e o colaborador virou fornecedor de material para a construção de questões processuais da defesa do ex-chefe. Mas já está entendido que ele se tornou um delator menos premiado do que ele próprio gostaria.

O conceito de seta do tempo surgiu da diferença de entropia entre o passado e o futuro, mas não se sabe exatamente como ela emerge das interações entre partículas. Na escala microscópica, onde tudo é muito "fluido", o tempo pode ser um conceito relativo — diversos experimentos já demonstraram a reversão do fluxo temporal —, mas na escala humana uma pedra jogada no lago pula não pula de volta para a mão de quem a jogou.

A tendência do Universo para a entropia sugere que o tempo flui do passado para o futuro, mas nem as leis da física embasam essa interpretação, nem as equações de Einstein definem um sentido único para a seta do tempo, nem se sabe onde fica a fronteira entre um tempo que não tem preferência de rumo e um tempo que nunca flui para o passado. A manipulação do fluxo temporal e a compreensão dos buracos de minhoca e outras estruturas cósmicas tornam plausíveis as tão sonhadas viagens no tempo e levam água ao moinha de teorias como as do multiverso e dos múltiplos mundos, onde realidades alternativas podem coexistir

À luz da relatividade, voltar ao passado é matematicamente possível (anda que em circunstâncias muito específicas), e a teoria dos universos paralelos oferece uma solução plausível para os paradoxos temporaisMas a pergunta que se coloca é: será que o tempo existe realmente ou não passa de uma convenção criada para facilitar a compreensão da realidade?  

Continua...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

COMO ENVIAR ARQUIVOS DO WHATSAPP PARA O TELEGRAM E VICE-VERSA

TOME CONSELHO NO VINHO, MAS DECIDA DEPOIS, COM ÁGUA.

 

No WhatsApp, as mensagens são encriptadas de ponta a ponta e salvas no próprio telefone; no Telegram, elas trafegam abertas e são armazenadas nos servidores online que a empresa mantém espalhados pelo mundo. 

É possível usar os dois mensageiros, mas não há interoperabilidade entre eles. Ainda assim, você pode enviar mensagem do WhatsApp para o Telegram ou encaminhar conteúdos deste para aquele por meio de recursos de compartilhamento nativos ou usando os comandos "copiar e colar".

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O fiasco de Lula 3 — que amarga 41% de rejeição e 24% de aprovação, com 62% dos entrevistados achando que o macróbio não deve concorrer à reeleição — levou parte da direita a convocar uma manifestação para 16 de março, que terá o mote “Fora Lula 2026, anistia já”. Como interessa a Bolsonaro manter o rival no cargo, sangrando até a eleição, pois o impeachment abriria caminho para o velho sonho de Geraldo Alckmin, ele decidiu esnobar o ato na Avenida Paulista e participar de outro, na Praia de Copacabana, com foco nas manifestações na anistia dos presos do 8 de Janeiro.
Cada um luta com as armas que tem, mas até os aliados suprimiram a partícula "se"de seu vocabulário. O envio do futuro réu para a cadeia já não é tratado como mera hipótese; o que se discute é quando a sentença será proferida, e a conjuntura como que intima o Supremo a afastar a trama golpista do calendário eleitoral de 2026. A defesa tentará atrasar o relógio, enquanto a Primeira Turma, que se reúne a cada 15 dias, equipa-se para realizar sessões semanais. 
O grosso das provas materiais e testemunhais empilhadas nas 272 páginas contra Bolsonaro e os 33 cúmplices denunciados já estavam expostas. Gonet e sua equipe apenas arrumaram as peças na vitrine, organizando o enredo da trama — que começou em 2021 e desaguou no 8 de janeiro de 2023 — e introduzindo um antídoto contra o lero-lero segundo o qual Bolsonaro não passou dos atos preparatórios. Nas palavras do procurador-geral, "quando um presidente reúne a cúpula das Forças Armadas para expor planejamento minuciosamente concebido para romper com a ordem constitucional, tem-se ato de insurreição em curso". Pela lei, o simples planejamento de uma insurreição contra a democracia é crime.
Em seu patético jus sperniandi, o "mico" nega as acusações (com a eficiência de quem tenta explicar manchas de batom na cueca). Ao dizer que "eleição sem ele nega a democracia", mantém a indefinição sobre um nome forte da direita — como Tarcísio de Freitas, cuja candidatura depende do aval do capetão-golpista —, espelhando-se em Lula, que estava preso e inelegível em 2018, mas empurrou a própria candidatura até o último minuto (o que, de certa forma, contribuiu para a derrota de seu patético bonifrate).
Em vez de pensar em um sucessor, o xamã do PT tenta melhorar sua avaliação com medidas e falas contraproducentes. Seu maior problema é a insatisfação do povo com o descontrole da inflação, é seu único alívio é a iminência da conversão do grotesco em réu por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Cada povo tem o governo que merece, mas até esta banânia merece coisa melhor.

No Android, o envio de fotos, vídeos e áudios entre as plataformas é feito com o recurso Compartilhar, mas o encaminhamento de texto exige copiar e colar, ao passo que no iPhone os redirecionamentos são feitos através dos recursos de compartilhamento dos mensageiros. 
 
Para enviar arquivos de mídia do WhatsApp para o Telegram num celular Android, abra o primeiro, acesse a conversa desejada, toque e mantenha o dedo sobre a foto, vídeo ou áudio para selecionar o arquivo, toque no menu dos três pontinhos, escolha Compartilhar” e selecione o ícone do segundo. No caso de mensagens de texto, é preciso copiá-las do WhatsApp, colá-las no chat do Telegram e tocar no ícone de envio.
 
Também é possível migrar um histórico de conversas — o que é útil quando os dois participantes do chat decidem migrar do WhatsApp para o Telegram sem perder nenhum registro. Para isso, basta abrir o WhatsApp, acessar o chat desejado e selecionar Exportar conversa.