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terça-feira, 15 de junho de 2021

USE MELHOR SEU SMARTPHONE

UMA COISA É QUERER APRENDER, OUTRA COISA É QUERER GARANTIAS DE QUE NÃO VAI ERRAR.

Diferentemente do que muitos imaginam, a telefonia móvel precedeu a Internet, o primeiro celular capaz de conectar a Rede Mundial de Computadores não foi o iPhone e a interface gráfica não foi inventada pela Microsoft ou pela Apple. E quem “nasceu” primeiro foi o ovo, não a galinha

Mas o iPhone foi um divisor de águas, pois transformou em computador pessoal ultraportátil o que até então era basicamente um telefone sem fio de longo alcance.

Num primeiro momento, os fabricantes investiram pesado na miniaturização do hardware, já que, ate o lançamento do iPhone, em 2007, a demanda dos usuários era por aparelhos cada vez menores. 

Os primeiros celulares vendidos no Brasil (no final dos anos 1980) eram “tijolões” pesados e desajeitados. Já o Motorola StarTAC (vide imagem), lançado em 1996, media apenas 94 x 55 x 19 milímetros (com a tampa fechada) e pesava míseras 88g (a título de comparação, uma caixa de fósforos comum mede 54 x 35 x 15 milímetros).

O iPhone obrigou a concorrência a se adequar à nova tendência de mercado, e assim os dumbphones de até então deram lugar aos smartphones, que mais adiante se tornariam (como de fato se tornaram) computadores pessoais ultraportáteis capazes também de fazer receber ligações telefônicas.

O aumento exponencial de funcionalidades tornou o smartphone indispensável para a maioria das pessoas — segundo o Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV, entre os 440 milhões de dispositivos computacionais em uso no Brasil, 53% são telefones celulares —, mas também contribuiu para interromper o processo de miniaturização e prejudicou a portabilidade (no sentido de acompanhar o usuário a toda parte), que é justamente o diferencial do smartphone em relação aos desktops e notebooks.

Grandes poderes implicam grandes responsabilidades”, disse tio Ben a Peter Parker. Por grandes responsabilidades, no caso, entenda-se uma tela de tamanho compatível com as novas funções, sobretudo depois que a tecnologia touchscreen e o teclado virtual se tornaram padrão de mercado.

Andar para cima e para baixo com um dispositivo do tamanho de uma tábua de carne é complicado. Levá-lo na mão é desconfortável — e perigoso: além do risco de queda, essa exposição chama a atenção dos amigos do alheio (smartphones top de linha chegam a custar mais de R$ 10 mil). 

Pendurar o aparelho no cinto ou no cós da calça era moda nos tempos de antanho, mas nem o hardware nem as capinhas dos modelos atuais integram a indispensável presilha. Na bolsa... bem, cada vez menos mulheres usam esse acessório no dia a dia. Ainda que assim não fosse, as notificações sonoras ficam inaudíveis e olhar a tela para conferir se chegou mensagem pelo WhatsApp torna-se mais complicado.  

Moçoilas (de todas as idades) andam com seus celulares emergindo do bolso traseiro da calça, como se isso não facilitasse a ação da bandidagem. Aliás, muitas “tanajuras” usam calças justíssimas para valorizar o derriére, o que não só chama ainda mais a atenção da bandidagem como submete o aparelho a uma pressão que ele não foi projetado para suportar. Afora a possibilidade de trincar a tela quando a dona do buzanfã se aboleta no assento do carro, no sofá de casa ou seja onde for sem tirar o aparelho do bolso. E colocá-lo no sutiã não é a solução, pois potencializa os riscos de câncer de mama.

Para os varões o cenário não é muito melhor. Levar o celular no bolso lateral implica o risco de a radiação eletromagnética inibir a produção de espermatozoides. Nas calças tipo “cargo”, o bolso próximo à coxa seria a solução ideal, não fosse o fato de manter o aparelho junto à coxa ou ao quadril pode enfraquecer os ossos, especialmente se essa prática se prolongar por anos a fio.   

Puérperas e baby-sitters jamais devem colocar o telefone no carrinho do bebê — segundo pesquisadores, a criança pode apresentar problemas comportamentais, como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Igualmente desaconselhável é dormir com ele sob o travesseiro. O fato de a tela se iluminar a cada mensagem recebida interfere na produção de melanina (hormônio que induz o sono), podendo, inclusive, causar tonturas e/ou dores de cabeça.

Recomenda-se falar ao celular com o aparelho afastado do rosto de 0,5 cm a 1,5 cm. Além de evitar a contaminação por bactérias, esse cuidado reduz a quantidade de radiação eletromagnética absorvida pela pele.

Por último, mas não menos importante: deixar a bateria na carga a noite não só reduz sua vida útil como pode provocar superaquecimento (e até explosão) caso o carregador não interrompa a passagem de corrente quando a carga estiver completa. 

Por falar nisso, se você precisar substituir o carregador original, opte por um modelo homologado pelo fabricante (jamais se deixe seduzir pelo preço convidativo dos dispositivos comercializados por ambulantes, camelôs e assemelhados).

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

LEMBRA DELE? (FINAL)

A EFICIÊNCIA É MAIS IMPORTANTE QUE O ESTILO.

Recapitulando: a telefonia celular remonta a meados de século passado, mas o iPhone foi o divisor de águas entre os dumbphones de até então e os smartphones de a partir de então, ainda que não tenha sido o primeiro celular a oferecer acesso à Internet.

Em 1996, o 9000 Communicator, da Nokia, já oferecia essa funcionalidade. mas somente na Finlândia. Já primeiros pagers e handhelds da RIM — como o Inter@ctive Pager 850, que você vê na ilustração ao lado — , lançados mais ou menos na mesma época, enviavam emails e acessavam serviços via conexão WAP. Mas não eram smartphones.

Noves fora executivos e profissionais liberais da velha-guarda, que ainda guardam (se me perdoam o trocadilho) boas lembranças dos gadgets de alta produtividade fabricados pela RIM, pouca gente se lembra que essa empresa canadense era referência em telefonia móvel muito antes do lançamento do iPhone, do iOS, do Android e do malsinado Windows Phone.

Observação: A companhia só trocou o nome RIM pelo que vinha usando para batizar seus gadgets em 2013, conforme anúncio feito por seu CEO durante o lançamento do smartphone BlackBerry 10.

Os primeiros pagers mensageiros da canadense tinham formato de flip e de concha. A partir da terceira geração, eles incorporaram o icônico teclado QWERTY, e foi devido à semelhança das teclas físicas com a casca de uma amora silvestre (blackberry, em inglês) que eles ganharam o nome da frutinha. O status de telefone foi conquistado com o lançamento do BlackBerry 5810, que reunia num único dispositivo as funções de telefone celular e de agenda eletrônica, além de ter conectividade GSM, internet móvel 2G e plataforma baseada em Java. Curiosamente, ele não dispunha de microfone e autofalante embutidos, razão pela qual era preciso usar fones de ouvido para ouvir e falar.

BlackBerry 957 foi lançado em 2000 com design mais vertical, para ser usado com uma só mão. A série iniciada no ano seguinte — pelo BlackBerry 7210, um dos modelos mais icônicos da marca — já exibia imagens em cores no display. O Pearl 8100, que integrava trackball no topo do teclado (para facilitar a navegação) e contava com câmera digital e funções multimídia, foi o primeiro modelo a reproduzir entre usuários domésticos o sucesso alcançado no uso corporativo.

A empresa chegou a cravar 80 milhões de usuários — em sua maioria empresários, executivos e assemelhados, que surfavam no “status de pessoa ocupada” emprestada pelos aparelhinhos da marca —, mas aí a Apple lançou o iPhone e o Google, o Android. A RIM contra-atacou com o BlackBerry 8800 — que dispunha de GPS, 64 MB de memória interna e tela de 2,5” — e o Storm 9500 — primeiro modelo da marca com tela sensível ao toque. No entanto, a oferta pífia de apps (comparada à fartura da Apple Store e do Google Play), problemas com o touchscreen e uma pane geral no sistema da empresa (que ficou fora de operação durante dias) abalou a confiança dos usuários.

A canadense tentou reverter o quadro com o Blackberry Passport e o tablet PlayBook, mas se o visual do smartphone encantou os consumidores, seu preço estratosférico os afugentou, e o tablet foi um fiasco monumental, tanto de público quanto de crítica.

Em 2016, a BlackBerry anunciou que abandonaria o segmento de smartphones, mas ressurgiu das cinzas meses depois, quando a chinesa TCL Corporation licenciou a marca para usar em novos celulares. Agora, no mesmo mês em que essa parceria foi encerrada foi encerrada, veio o anúncio de que a marca voltará a disputar o mercado corporativo de smartphones no ano que vem, com modelos 5G produzidos em parceria com a empresa texana OnwardMobility (os aparelhos serão fabricados pela chinesa FIH Mobile). Ainda não há detalhes sobre quais e quantos modelos serão lançados, mas espera-se que tenham forte esquema de proteção e pelo menos um deles traga o clássico teclado físico QWERTY.

Smartphones (e tablets) são microcomputadores ultraportáteis extremamente versáteis, mas precisam "comer muito feijão" para aposentar notebooks e desktops — aplicações exigentes requererem mais poder de processamento e fartura de memória que os pequenos notáveis não são capazes de oferecer (pelo menos por enquanto), e telas de pequenas dimensões e teclados virtuais acanhados não combinam com a digitação de textos longos.

OnwardMobility  está apostando suas fichas no grande número de pessoas que a pandemia da Covid-19 colocou home office — e na possível “perpetuação” do home office no “novo normal”, mesmo depois que tivermos vacinas e, quiçá, medicamentos comprovadamente eficazes contra o Sars-CoV-2. E um celular cuja marca é sinônimo é segurança pode ter alta demanda. 

Apesar do iPhone e inúmeros modelos com sistema Android serem onipresentes nos ambientes empresariais, o teclado físico poderia facilitar sobremaneira a digitação de emails mais longos, por exemplo, coisa que é um teste de paciência em teclados virtuais e telas de vidro. 

A conferir.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

ESTA VAI PARA OS APPLEMANÍACOS

QUEM TOMA CONTA DA CARTEIRA TEM O PODER.


O dia 9 de janeiro passado marcou o 15º aniversário do iPhone — considerando como data natalícia aquela em que o visionário Steve Jobs subiu no palco para apresentar o produto mais revolucionário da história da Apple —, que foi projetado para ser um computador em miniatura que o usuário poderia levar no bolso e acessar a qualquer momento.


O iPhone é fruto da metamorfose que transformou um telefone sem fio de longo alcance em microcomputador ultraportátil, mas não foi o primeiro aparelho celular com capacidade de acessar a Internet — como a interface gráfica não foi inventada pela Microsoft nem pela Apple —, mas obrigou concorrência a se adequar a uma nova tendência de mercado e os dumbphones de até então a ceder o lugar aos smartphones de a partir de então.


Observação: Onze anos antes do pequeno notável da Apple nascer, o Nokia 9000 Communicator já oferecia conexão com a Internet — ainda que a limitasse aos habitantes da Finlândia. Na mesma época, a RIM (Research In Motion) lançou o Inter@ctive Pager 850, que permitia enviar emails e acessar serviços por meio da conexão WAP.


O crescimento exponencial de recursos e funções tornou os diligentes telefoninhos indispensáveis para a maioria das pessoas, mas também contribuiu para interromper o processo de miniaturização do hardware, prejudicando, por tabela, a portabilidade dos celulares, que é justamente seu maior diferencial em relação aos notebooks e tablets. 


Vale lembrar que, num primeiro momento, os fabricantes buscaram minimizar o hardware — quando os dumbphones reinavam absolutos, a demanda dos usuários era por modelos cada vez menores. Se os primeiros celulares que desembarcaram no Brasil, lá pelo final dos anos 1980, eram “tijolões” pesados e desajeitados, o Motorola StarTAC, lançado em 1996, já era quase tão pequeno quanto uma caixa de fósforos e pesava apenas 88g. Mas os smartphones atuais precisam de telas compatíveis com a pluralidade de funções, sobretudo depois que a tecnologia touchscreen e o teclado virtual se tornaram padrão de mercado.


Andar para cima e para baixo com um dispositivo quase do tamanho de uma tábua de carne pode ser complicado. Carregá-lo na mão é desconfortável — e perigoso; além do risco de queda, essa exposição chama a atenção dos amigos do alheio. As capinhas vendidas atualmente já não dispõem do clipe que, nas de antigamente, permitia levar o telefone preso ao cinto ou ao cós da calça, e andar com ele no bolso nem sempre é a melhor solução, principalmente para as moçoilas que vestem calças justíssimas, que sujeitam o aparelho a um esforço que ele não foi projetado para suportar.


Steve Jobs não estava exagerando quando disse que, com o iPhone, a Apple estava “reinventando” o celular. Na prática, foi exatamente isso o que aconteceu. Em 2007, o mercado mobile era dominado por empresas como Nokia e BlackBerry, e ainda que o hardware fosse excelente (para a época), o software era difícil de usar. Com o iPhone, tudo isso mudou. 


A tela de 3,5 polegadas do primeiro modelo pode parecer minúscula atualmente, mas para os padrões de 2007 ele era “realmente grande”, como Jobs salientou na apresentação. E não só grande, mas também “multitoque”, pois fazer o movimento de pinça com os dedos aproximava as imagens, o que era realmente inovador. 


Mesmo assim, houve quem criticasse o iPhone por não ter conexão 3G (apenas EDGE, que muitos chamavam de “2.75G”, devido à capacidade de banda ser limitada a 236 Kbps). Mas a opinião ácida dos críticos não desestimulou os consumidores, que logo se apaixonaram pela novidade, levando os fabricantes concorrentes a adequar seus produtos às novas exigências do mercado. 


Em 2021, a Apple ficou em primeiro lugar no ranking das marcas mais valiosas do mundo e em janeiro deste ano ela se tornou a primeira empresa de capital aberto a atingir um valor de mercado de US$ 3 trilhões. Mesmo assim, a líder de vendas global entre as fabricantes de smartphones é a coreana SamsungApple e Xiaomi disputam a segunda colocação.


Continua...

quinta-feira, 7 de abril de 2022

WINDOWS 11 — VALE A PENA MIGRAR? (PARTE 7)

ALGUMAS PESSOAS NUNCA DIZEM UMA MENTIRA QUANDO SABEM QUE A VERDADE PODE MAGOAR MAIS.


O “pulo do gato” da Microsoft foi transformar em sistema operacional (quase) autônomo a interface gráfica baseada no MS-DOS, que vinha sendo aprimorada desde 1985.

Lançado comercialmente em 1995 (com pompa e circunstância dignas da coroação de um rei), o Win95 fez um sucesso estrondoso  que se repetiu com a edição OSR2 (lançada um ano depois) e os Win98 (junho/98) e 98/SE (maio/99). Mas não há mal que sempre dure nem bem que nunca termine.

Lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da virada do milênio, o desditoso WinME (de Millennium Edition) tornou-se o patinho feio da família — sem direito a final feliz como cisne real. E o fiasco foi reeditado pelas versões Vista (2207) e 8/8.1 (2012/13).

JFK disse certa vez que não conhecia a fórmula do sucesso, mas a do fracasso era tentar agradar a todos ao mesmo tempo. Insensível ao ensinamento do ex-presidente norte-americano, a Microsoft incumbiu o malsinado Win8 de servir a dois senhores.

Para além da (péssima) ideia de criar um sistema único para operar tanto PCs quanto smartphones, a empresa suprimiu o Iniciar (que acompanhava o Windows desde 1995) e implementou uma interface gráfica mais adequada a telas sensíveis ao toque (touchscreen). Diante da chiadeira ensurdecedora, o jeito foi lançar uma atualização “meia-boca” (falo do Win8.1) para “recriar” o Iniciar. Mas aí a porca já havia torcido o rabo.

Também contribuíram para o fracasso das versões 8/8.1 a Metro UI, formada por grandes blocos coloridos, que era mas útil em dispositivos touch. Aliás, o Windows Phone foi outro grande fiasco, não por ser um sistema ruim, mas porque a Microsoft demorou a se dar conta de que o mundo digital estava se tornando móvel e que essa mobilidade ia além dos notebooks. Para piorar, o Windows Mobile foi lançado quando o Android, que era uma plataforma de código aberto, já estava no mercado havia três anos.

Observação: Em 2013, a Microsoft concluiu que empurrar seu sistema móvel para fabricantes de smartphones que já usavam o Android era malhar em ferro frio, mas, em vez de jogar a toalha, resolveu comprar a finlandesa Nokia (em 2013) e criar ela própria os aplicativos que os desenvolvedores parceiros não tinham interesse em fornecer (e smartphone sem apps vira peso de papel). Resultado: o Windows Mobile morreu e não deixou saudades. 

Voltando ao Win8/8.1, a exigência de uma “conta Microsoft” (como nas plataformas Android e iOS) não agradou aos usuários, que também reclamaram do SkyDrive (antigo nome do OneDrive), que não podia ser desabilitado nem desinstalado. Mas o maior responsável pelo fracasso do Win8 talvez tenha sido seu lançamento ter ocorrido num momento em que os consumidores preferiam o tablet ao notebook, embora a incompatibilidade do Windows RT (capaz de rodar em dispositivos com configuração de hardware mais espartana e tablets com arquitetura ARM) com aplicativos desenvolvidos para versão desktop do sistema também tenha contribuído.

Diferentemente do eleitorado tupiniquim, a Microsoft não cultiva o péssimo hábito de insistir no erro achando que a “perseverança” será recompensada com um acerto. É nítido que o Win11 busca aliciar usuários de smartphones com sua interface atraente. E que o sistema passa a sensação de ser fácil de operar por quem ingressou no maravilhoso mundo da computação pessoal à bordo do apetrecho que a genialidade de Steve Jobs promoveu de “telefone sem fio de longo alcance” a microcomputador ultraportátil (ainda que o iPhone não tenha sido o primeiro celular capaz de acessar a Internet).

A possibilidade de executar apps Android no PC é um atrativo a mais, e a integração com a Microsoft Store deve ser concluída em breve (a função ainda está em fase de testes e o download, restrito à Amazon Store), quando então será possível baixar qualquer aplicativo Android no Win11.

Vale lembrar que para executar esses apps é preciso habilitar a máquina virtual (VM) na seção de recursos opcionais e contar com pelo menos 8GB de RAM, armazenamento em memória Flash (SSD) e processador Core i3 8ª geração, Ryzen 3000, Snapdragon 8c ou superior (visite a página de suporte da Microsoft para mais informações sobre os requisitos mínimos).

Para quem não se importa de ser reconhecido pela flecha espetada no peito, mais informações sobre como baixar e instalar jogos mobile da Play Store podem ser obtidas a partir deste link. Recomendo apreciar com moderação.

Observação: Serviços do Google ainda não estão disponíveis para uso no Win11, razão pela qual muita coisa que estamos habituados a ver no Android pode não funcionar ou funcionar de maneira diferente em desktops e notebooks.

Uma nova atualização para a versão beta do Win11, lançada em meados do mês passado, trouxe mudanças no sistema de notificações e corrigiu diversos bugs. Aliás, se novos recursos vêm a conta-gotas, correções de bugs vêm a mancheias.

A demora na inicialização do sistema em dispositivos habilitados para 5G foi um dos problemas resolvidos. Também foram corrigidos erros que causavam a desativação da inicialização automática dos apps UWP após a atualização do PC, a incompatibilidade entre os nomes de domínio NetBios e DNS do Active Directory ao criar um cluster, que impediam a caixa de diálogo Controle de Conta de Usuário (UAC) de mostrar corretamente o app solicitando privilégios elevados, bem como problemas relacionados a arquivos do OneDrive e à página Configurações.

Continua...

sábado, 6 de julho de 2024

JÁ IMAGINOU CARREGAR A BATERIA DO CELULAR EM APENAS 1 MINUTO?

O CACHORRO DEIXA NA CALÇADA O QUE DONO TEM NA CABEÇA.

 

A telefonia móvel despontou nos anos 1940, mas só se tornou viável em meados de 1970. No Brasil, os celulares começaram a se popularizar na década de 1990, a despeito de os primeiros modelos serem volumosos, o sinal, instável, o alcance, medíocre, e o serviço, precário e caro. 

iPhone não foi o primeiro celular capaz de acessar a Internet, mas seu lançamento (em 2007) estabeleceu um marco entre os dumbphones de até então e os smartphones de a partir de então. Providos de sistema operacional e capazes de rodar aplicativos, os novos aparelhos se tornaram computadores ultraportáteis (as chamadas de voz passaram a ser apenas um detalhe). 

As jurássicas baterias de níquel-cádmio alimentavam os "tijolões" por vários dias, já que eles eram basicamente telefones sem fio de longo alcance e serviam basicamente para gerar e receber ligações e mensagens de texto (SMS). De lá para cá, os aparelhos e as baterias evoluíram, mas de forma desigual. Mesmo um modelo de 6.000 mAh não livra os heavy users de um pit stop entre as recargas completas. A boa notícia é que as baterias de íon ou polímero de lítio não estão sujeitas ao famigerado "efeito memória", de modo que modo que o usuário pode colocar o telefone na carga a qualquer momento. Além disso, tempo de espera diminui com o "carregamento rápido" o espaço entre as recargas aumenta com o uso softwares que otimizam o consumo energético (mais detalhes na sequência de postagem iniciada aqui). 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Lula chamou de "cretino" quem ousou apontar sua influência na desvalorização do real. Disse que aprendeu com a mãe que não pode gastar mais do que se ganha e que que o déficit público é "um troco" se comparado ao dos EUA e do Japão. Nas últimas duas semanas, três falas dele fizeram a cotação do dólar disparar, o Ibovespa despencar e o real se tornar a moeda que mais desvalorizou, em 2024, entre os 23 países emergentes.
Burros velhos não aprendem truques novos, mas podem ser estimulados pelo estalo do chicote, mas o presidente trocou momentaneamente os estímulos ao nervosismo da especulação financeira por paliativos e sedativos. Indagado sobre o dólar a caminho do ato de lançamento do Plano Safra, falou de "arroz e feijão"; ao discursar, renovou o compromisso com a responsabilidade fiscal. Para prolongar os efeitos da sedação, autorizou Haddad a passar na faca R$ 25,9 bilhões do Orçamento de 2025. Não resolve o problema, mas até poucos dias atrás nosso morubixaba dizia não saber se era mesmo necessário cortar. Agora, ele parece ter compreendido que sua popularidade em 2026 depende prosperidade que Haddad for capaz de entregar, mas está atrelado ao compromisso da moderação por grilhões de barbante.
Folheando pesquisas mais recentes, Lula notou que o pescoço do chefe do BC continua sendo um ótimo degrau para chegar ao coração da maioria endividada. Campos Neto volta das férias no final do mês, às vésperas da próxima reunião do Copom, e a língua do petista já coça.

A potência de um carregador convencional é de 5 a 10 watts, mas a dos carregadores rápidos chega a ser 8 vezes superior. Para descobrir a potência de um carregador, basta multiplicar a voltagem pela amperagem. Assim, um carregador de 9V e 1,67 mAh tem potencia nominal de 15 Wh. 

Observação: O miliampere/hora é um submúltiplo do ampere/hora, e corresponde à quantidade de carga elétrica transferida por uma corrente estável de um milésimo de ampere durante uma hora. Note que não se trata da "potência" da bateria, que é expressa em Wh, mas de sua capacidade de fornecer energia e, por extensão, da autonomia do aparelho.
 
Aumentar a capacidade das baterias é tecnicamente possível, mas fazê-lo sem impactar o tamanho do componente e o custo de fabricação é que são elas. O Tesla Model 3 é alimentado por uma bateria de respeitáveis 62.000 Wh, mas ela pesa meia tonelada 
— para efeito de comparação a bateria do iPhone 11 Pro Max fornece míseros 15 Wh, mas pesa míseras 150 gramas. 
 
Conectar o celular à tomada e recarregar a bateria em apenas 1 minuto parece coisa de filme de ficção científica, mas pode se tornar realidade em breve graças aos "supercapacitores", que utilizam um processo dinâmico para acelerar o movimento dos íons e fornecer uma recarga muito mais rápida. 
Por enquanto, o Motorola Edge 50 Ultra fica em primeiro lugar em tempo de recarga: apenas 18 minutos com o carregador de de 125W que o fabricante envia com o aparelho.

sábado, 16 de novembro de 2024

VOCÊ SABIA?

A DISTINÇÃO ENTRE PASSADO, PRESENTE E FUTURO NÃO PASSA DE UMA ILUSÃO TEIMOSAMENTE PERSISTENTE.

A tetravó do celular nasceu na década de 1930, quando a Alemanha Alemanha começou a testar em trens a telefonia móvel que seu exército usaria na Segunda Guerra Mundial, mas a iniciativa de levar o telefone para o carro partiu de uma parceria entre a empresas norte-americanas Motorola e a Bell

Em 1948, esse sistema já atendia 4 mil usuários em 60 cidades, mas o hardware, caro e volumoso, e o preço, proibitivo, afugentava os interessados. Em abril de 1973, um engenheiro da Motorola ligou para um colega da AT&T usando um protótipo do DynaTAC (foto). O trambolho pesava cerca de 1kg, media 25cm x 7cm, tinha autonomia de 20 minutos e demorava 10 horas para recarregar a bateria... mas funcionava. E o resto é história recente.

O celular desembarcou no Brasil nos anos 1980 e se popularizou depois que FHC privatizou as TELES, e o que era bom ficou ainda melhor quando Steve Jobs revolucionou o mercado com o iPhone (2007). E menor, já que, com a transformação dos dumbphones em microcomputadores ultraportáteis, a miniaturização deixou de fazer sentido.

ObservaçãoVale registrar que o primeiro celular capaz de acessar a Internet não foi o iPhone, mas o Nokia 9000 Communicator, lançado em 1996.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

As cabeças de direita carecem de miolos. A esquerda sofre da mesma carência, mas só tem uma cabeça (quase careca e remendada com 5 pontos). A lufada conservadora nas eleições municipais já havia acomodado o PT no divã, mas a vitória de Trump fez da autocrítica um fator de sobrevivência do grupo.
O fascismo verde-oliva sobreviveu às passeatas pacíficas e triturou a resistência armada. Lula, então crítico ferrenho do "milagre" militar, mudou a agenda da esquerda e deu aulas de pragmatismo jogando o jogo de um capitalismo que ideólogos pequeno-burgueses desprezavam, e a  proeminência sindical lhe rendeu a ascendência política — ele chegou a ensaiar uma parceria com FHC, mas um foi fundar o PT e o outro, o PSDB. 
No alvorecer da redemocratização, a derrota para Collor desenvolveu no petista um complexo social — o rico derrotou o representante da maioria pobre —, e as duas derrotas para FHC plantaram em sua alma de operário um complexo intelectual — a USP prevaleceu sobre o chão de fábrica da VW e da GM. 
Nos dois mandatos de FHC, partidos herdeiros da Arena se consolidaram como legendas de adesão e trocaram governabilidade por cargos e verbas. Lula farejou a fadiga de material do tucanato, recuperou o pragmatismo e, vestindo Armani e suavizando o discurso numa Carta aos Brasileiros, ganhou a classe média. Em seus dois primeiros mandatos, o matrimônio com o centrão evoluiu para o patrimônio. Deu em Mensalão, em Petrolão, no impeachment de Dilma, em Bolsonaro e no orçamento secreto, que manteve o grotesco no Planalto por quatro anos e transformou a palavra "governabilidade" em outro nome para corrupção. 
O retorno de Lula se deveu à formação de uma falaciosa frente ampla em defesa da democracia. Do palanque, o ex-presidiário "descondenado" prometeu um governo "para além do PT", mas o quebra-quebra do 8 de janeiro foi um aperitivo do que estava por vir: pela primeira vez na história, um presidente assumiu o Planalto com um pedaço da população pedindo intervenção militar na porta dos quartéis. 
A conspiração sobreviveu às urnas, mas a ideologia de Lula é a saudade: hoje, o petista lamenta que a realidade seja tão reacionária e pergunta a seus botões por que pregoeiros ultradireitistas do evangelho da prosperidade encantam a periferia com ilusões vendidas no templo das redes sociais. Vivo, Freud lhe recomendaria investigar seus motivos inconscientes.

O Google lança novas versões do Android anualmente, mas as novidades nem sempre saltam aos olhos. Muitos usuários desconhecem a divisão de tela, por exemplo, que foi inaugurada no Android 9. Para utilizá-la, abra os programas desejados, toque no botão que exibe os apps recentes (na barra inferior da tela), no ícone de um deles (na parte superior da janelinha) e em Abrir na opção em tela dividida.
 
Outro recurso pouco conhecido, mas útil quando você empresta seu celular a alguém, é o perfil de convidado. Tocando em Configurações > Usuários > DispositivosConvidado, você ativa um perfil que limita a acesso desse alguém a seus aplicativos e arquivos pessoais (lembrando que isso não funciona todas as marcas/modelos de smartphones Android).
 
Para definir quais aplicativos podem enviar alertas, toque em Configurações > Aplicativos > Gerenciar Permissões > Notificações e faça os ajustes desejados. 

Para não ser interrompido por mensagens, ligações etc., ative o Modo Foco  toque em Configurações > Modos e rotinas > Trabalho e estipule o tempo durante o qual somente funções como Telefone e Relógio ficarão  acessíveis (aproveite o embalo para conhecer outros "modos" que você pode ativar, como Sono, Cinema, Direção, Exercício, etc.)
 
Na maioria dos smartphones, pressionar os botões liga/desliga e diminuir volume ao mesmo tempo "printa" a tela, mas você pode escolher outras maneiras tocando em Configurações > Recursos Avançados > Tecla lateral

Em alguns aparelhos, a opção "printar a tela" do painel rápido também funciona, mas a Seleção Inteligente permite fazer capturas retangulares ou ovais da janela ativa ou de qualquer porção dela. Para habilitá-la, toque em Configurações > Visor e ligue a chavinha ao lado de Painéis Edge. 
 
O celular se tornou um microcomputador ultraportátil, mas continua servindo para fazer e receber ligações telefônicas. Se você digitar #31# antes do número a ser chamado, o número da sua linha não será exibido, mesmo que esteja na agenda de contatos do destinatário da ligação. Mas vale lembrar que muita gente não atende chamadas de "número desconhecido" ou "número não identificado". 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

ALÔ? HELLO? PRONTO? ESTÁ LÁ?

SE TODO MUNDO FALASSE SOMENTE DO QUE REALMENTE ENTENDE, O SILÊNCIO SERIA INSUPORTÁVEL.

Sabe-se que índios usavam tambores e sinais de fumaça para se comunicar, que Alexander Graham Bell registrou a primeira patente de um aparelho telefônico em 14 de março de 1876, e que D. Pedro II ficou tão encantado com a novidade que o Brasil se tornou o segundo país do mundo a ter telefone.

 

O que muitos não sabem (ou não se lembram) é que até o final dos anos 1990, quando FHC sepultou o abominável Sistema Telebras (criado pelos militares em 1972), as linhas telefônicas custavam os olhos da cara e demoravam anos para ser instaladas. No município paraense de Cachoeira do Arari, a espera era tamanha (15 anos) que alguns aderentes do famigerado "Plano de Expansão" da Telepará morreram antes de terem o gostinho de dar um telefonema


Até o final dos anos 1970, quando o DDD e o DDI foram implantados nacionalmente, fazer uma chamada interurbanas ou internacional exigia passar pela telefonista e esperar horas até a ligação ser completada, sem falar que as tarifas eram caríssimas. Mas não há nada como o tempo para passar. 

 

A telefonia móvel celular começou a ser testada experimentalmente no início do século passado, e os primeiros aparelhos para automóveis surgiram nos anos 1940. O Mobilie Telephony A, lançado pela sueca Ericsson na década seguinte, pesava 40 kg e era tão grande que precisava ser acomodado no porta-malas. Em 1973, a americana Motorola lançou o DynaTAC 8000X, que media 25 cm x 7 cm e pesava cerca de 1 kg. A "nova" tecnologia entrou em operação no Japão e na Suécia em 1979, mas o tamanho avantajado do hardware, a autonomia medíocre da bateria e o longo tempo de recarga desestimularam as vendas.

 

O primeiro celular vendido no Brasil foi Motorola PT-550 (um "tijolão" de 800 g). Os demais modelos dos anos 1990 eram igualmente grandes, desajeitados e caros. Habilitar uma linha era trabalhoso e custava os olhos da cara. A insuficiência de células (antenas) restringia o sinal às capitais e grandes centros urbanos, e a profusão de "áreas de sombra" limitava ainda mais o uso dos aparelhos. O preço das ligações era proibitivo e, para piorar o que já era ruim, pagava-se tanto pelas chamadas efetuadas quanto pelas recebidas. Mas, de novo, não há nada como o tempo para passar.

 

A privatização das Teles estimulou a concorrência entre as operadoras, que passaram a oferecer aparelhos subsidiados e planos com chamadas ilimitadas para qualquer parte do país e franquias de dados (nem sempre generosas) para acessar a Internet através de suas redes móveis. Assim, com mais celulares do que habitantes no Brasil, os "orelhões" desapareceram das esquinas e os usuários de linhas fixas minguaram. 

 

Até 2007, os aparelhos encolhiam e a gama de funções crescia a cada lançamento. Com o lançamento do iPhone, a Apple levou a concorrência a lançar seus smartphones, e com isso o que já era bom ficou melhor, só que maior: a a partir do momento em que os telefones móveis se tornaram computadores pessoais ultraportáteis, a miniaturização deixou de fazer sentido. 


Observação: Vale destacar que o primeiro telefone móvel capaz de acessar a Internet não foi o iPhone, mas o Nokia 9000 Communicator — lançado em 1996 —, mas a conexão só era possível na Finlândia.

 

Embora não haja nada como o tempo para passar, o espaço-tempo é uma espécie de pano de fundo para todos os fenômenos do Universo, onde o trânsito pelas três dimensões espaciais se dá por "vias de mão dupla". Até não muito tempo atrás, achava-se que a quarta dimensão — a do tempo — fosse uma via de mão única, mas, de novo, não há nada como o tempo para passar. 


Carlo RovelliGuido Tonelli e outros astrofísicos respeitados internacionalmente teorizam que a "seta do tempo" não precisa necessariamente apontar para o futuro. O que entendemos por tempo é na verdade um fluxo de eventos sucessivos; esse fluxo ocorrer numa direção preferencial, o ontem impõe restrições ao hoje, e o amanhã, que transforma o hoje em ontem, novos limites ao "novo presente" (aquele que chamamos de "futuro"). 


Deixando a física e a mecânica quântica de lado, parece que o tempo retrocedeu para a Nokia, que vem promovendo há alguns anos a volta dos "dumbphones" (dumb = burro), como ficaram conhecidos os aparelhos celulares de era "pré-iPhone" com o advento do "smartphone" (smart = inteligente). Sem sistema operacional que lhes capacitasse a rodar aplicativos, os primeiros celulares se limitavam a fazer e receber chamadas e SMS (mensagens de texto curtas). 


É fato que os dumbphones ganharam novos recursos ao longo do tempo (como relógio, despertador, calculadora, calendário, agenda e alguns joguinhos elementares), mas fato é que eles nunca chegaram ao pés de sues irmãos inteligentes. Por outro lado, uma gama de funções tão espartana prolongava significativamente a autonomia da bateria. Meu saudoso Motorola RAZR V3 (cuja imagem ilustra este post) passava quase uma semana longe da tomada. Mas não há nada como o tempo para passar.


A genialidade de Steve Jobs converteu um jegue num puro-sangue árabe, ou seja, um telefone móvel de longo alcance num dispositivo com 1001 utilidades que também serve para fazer e receber chamadas telefônicas. E o excesso de informação, decorrente do uso massivo do smartphone, ensejou a ressureição do dumbphoneAndar com um celular burro em pleno século 21 cheira a saudosismo, mas está de bom tamanho para quem precisa de um telefone móvel, não de um computador de bolso, ou que se "desintoxicar" das redes sociais. 


Os modelos da Nokia, cujo slogan é "dumb phone, smart choice" (telefone burro, escolha inteligente), dispõem de tela colorida, mas de baixa resolução, e teclado numérico analógico. E custam bem menos que seus irmãos espertos (cerca de R$ 300). Quem nunca teve um aparelho com teclado analógico vai estranhar o uso das teclas numéricas para escrever texto, mas, noves fora a tecla 1, cuja função secundária é ligar para o "correio de voz", as demais servem para escrever textos. Se você pressionar a tecla 2 uma vez num campo de texto, você obterá o número 2; pressionado-a duas vezes, a letra "a"; três vezes, a letra "b"; quatro vezes, a letra "c". As demais teclas inserem as demais letras do alfabeto e sinais gráficos que não estão impressos no teclado, como caracteres acentuados, cedilha e pontuação, bem como alternam letras maiúsculas e minúsculas. Caso você precise digitar duas letras iguais em sequência, faça um intervalo de 1 ou 2 segundos entre os toques.

 

A exemplo dos dumbphones antigos, os novos limitam a diversão fica a joguinhos simples  como o "jogo da cobrinha", cujo objetivo é coletar objetos na tela para ir crescendo sem esbarrar nas laterais. Enviar uma foto para um contato, só via Bluetooth. Mas o preço (baixo) e a autonomia (invejável) da bateria faz deles a solução ideal para quem quer ter um celular de backup ou usar viagens para falar o essencial com familiares e amigos. 


Quando compuseram NADA SERÁ COMO ANTES, em 1971, Milton Nascimento e Ronaldo não tinham como prever o advento dos celulares nem (muito menos) o renascimento das cinzas da Phoenix da telefonia móvel. Mas eu jamais trocaria meus Galaxy M23 e Moto g60 por um Nokia 105 NK093 Dual Chip com rádio FM, lanterna e joguinhos pré-instalados (R$ 142,80 na Amazon). Com a devida venia de quem pensa diferente, acho que quem vive de passado é museu. 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

O NATAL ESTÁ AÍ, E O IPHONE X DA APPLE JÁ CHEGOU. VAI ENCARAR?

CHI NASCE ASINO NON PUÒ MORIRE CAVALLO

Crianças de todas as idades, bem-comportadas ou não, pediram ao Papai Noel um smartphone novo de presente se Natal.

Muitas citaram nominalmente o iPhone X, enquanto outras, menos exigentes, se mostraram dispostas a aceitar o que vier. Desde que não seja um daqueles celulares dos “tempos e antanho”, naturalmente. Afinal, conexão com a internet e suporte a redes sociais são requisitos indispensáveis, hoje em dia, como também um processador veloz e fartura de espaço na memória interna. O problema é que isso restringe o leque de opções vendidas por menos de R$ 1 mil, embora esse valor deixe de assuntar quando consideramos que o iPhone X ― que começou a ser vendido no Brasil há poucos dias ― custa, na configuração top, quase R$ 8 mil. A pergunta é: será que ele vale tudo isso?


É difícil dizer. Até porque a relação custo x benefício deve ser sempre analisada à luz do perfil do usuário ― e de quem vai bancar a compra do aparelho. Mas investir pesado num modelo de topo de linha e subutilizar a maioria dos seus recursos é burrice. Claro que, se dinheiro não é problema, nada melhor que ter o melhor.

O iPhone X “comemora” os 10 anos do lançamento do primeiro iPhone, e é diferente de todas as outras versões que a Apple já lançou. Além de ser muito bonito, o aparelho de 174 g e apenas 7,7 mm de espessura é resistente à água. Sua moldura em aço inoxidável mantém os mesmos componentes das versões anteriores, mas com listras mais finas para as antenas e um botão lateral maior, que serve para bloquear/desbloquear o celular ou chamar a Siri ― detalhe: para desligar essa belezinha, é preciso pressionar o botão em questão em conjunto com o botão de volume (+). Enfim, com o processador Neural de 6 núcleos, o iPhone X é considerado um dos celulares mais rápidos da atualidade, mas é no iOS 11 que o aparelho se destaca.

A supressão do tradicional botão Início não fará muita diferença depois que você se habituar com o novo modelo, já que operá-lo somente com gestos é muito fácil. Para sair de um app, por exemplo, é preciso deslizar de baixo para cima; para ver todos os apps, deslizar de qualquer um dos cantos inferiores para o centro da tela e então soltar, para que a lista seja carregada. A troca de aplicativos ficou muito mais prática: se você estiver usando o WhatsApp e quiser checar um endereço no Maps, por exemplo, deslizar o dedo na parte inferior da tela fará com que os aplicativos se sobreponham. A reprodução de áudio em estéreo oferece 25% mais de volume ― em comparação com o iPhone ― e o som é limpo e com batidas fortes. Pena que o aparelho não ofereça entrada para fones de ouvido.

Outro aspecto que chama a atenção é o “notch”, que faz uma divisão um tanto estranha da tela do iPhone X. É ali que ficam a saída de som e os novos sensores da Apple, que dão vida a um novo recurso chamado Face ID ― cuja proposta é a mesma do Touch ID, mas que precisa de um projetor de (mais de) 30 mil pontos para mapear o rosto do usuário, um emissor de luz infravermelho (para operar também no escuro) e de uma câmera infravermelha para analisar os dados (conjunto que a Apple batizou de TrueDepth).

A nova tela tem resolução de 2436 x 1125 pontos e usa o layout Diamond Pixel PenTile, onde cada pixel compartilha subpixels nas cores vermelha, verde e azul com os pixels ao redor, tornando a visualização mais nítida, vibrante e extremamente confortável, mesmo quando o aparelho é utilizado por longos períodos. Pena que a execução de aplicativos que ainda não são totalmente compatíveis com a nova interface resulte na exibição de faixas pretas ― ao contrário do Samsung Galaxy S8, o modelo da Apple não “estica” os apps.
Para despertar a tela, basta tocar nela ou levantar o aparelho; as notificações aparecerão lá, mas o conteúdo só será exibido se o usuário olhar para a tela, o que é muito mais seguro e discreto. Quando detecta que o usuário está olhando para a tela, a câmera TrueDepth reduz o volume das notificações e alertas, bem como silencia o celular quando uma chamada é atendida. A maneira de encerrar os aplicativos também mudou ― agora, é preciso segurar neles na multitarefa e depois tocar no botão vermelho, o que pode não ser lá muito prático, mas foi uma mudança necessária por conta de todos os novos gestos compreendidos pelo sistema.

No geral, o desempenho do iPhone X é muito bom. Games exigentes, como o Street Fighter, rodam perfeitamente bem ― e ficarão melhores depois que os desenvolvedores os atualizarem para aproveitar toda a tela do aparelho. A autonomia da bateria também merece elogios, já que desobriga a maioria dos usuários de levar o carregador a tiracolo por toda parte. E o tempo que a bateria leva para ser totalmente recarregada é de pouco mais de 2 horas (embora aumente consideravelmente na recarga sem fio).

Haveria muito mais a dizer e muitos elogios mais a fazer (só as câmeras já mereceriam uma postagem à parte), mas vou encerrar por aqui, lembrando que não me cabe fazer juízo de valor em relação ao preço e a contrapartida que o aparelho entrega, pois isso depende das possibilidades e necessidades de cada um. No entanto, se Papai Noel lhe der o brinquedinho de presente, o preço não fará a menor diferença, não é mesmo?

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