sexta-feira, 7 de outubro de 2016

AINDA SOBRE SISTEMAS OPERACIONAIS (parte 2)

SE EUCLIDES DA CUNHA FOSSE VIVO, TERIA PREFERIDO O FLAMENGO A CANUDOS PARA CONTAR A HISTÓRIA DO POVO BRASILEIRO.

O estrondoso sucesso do Windows 3.1 levou a IBM e a Microsoft a tomar caminhos distintos, mas ambas continuaram buscando maneiras de romper as limitações do DOS. A estrela de Mr. Gates brilhou mais forte, a arquitetura aberta se tornou padrão de mercado e o Windows se tornou sistema operacional para PCs mais usado em todo o mundo.

Observação: Como eu disse no capítulo anterior, até o lançamento do Win95 (que já suportava a multitarefa real) o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e o Windows, uma interface gráfica carregada a partir de um prompt. Nas versões 3.x, quem aparecia na tela quando ligávamos o PC não era a área de trabalho, mas o prompt do MS-DOS; para carregar o Windows, a gente digitava win e pressionava a tecla Enter.

O prompt é o “ponto de entrada” para comandos do DOS e outros comandos internos do computador, sendo representado pela letra (que corresponde à partição do sistema) seguida de dois pontos (:), barra invertida (\) e sinal de “maior que” (>). Note que outros elementos vão sendo adicionados à medida que navegamos por diretórios, pastas e arquivos, e que os comandos precisam ser inseridos cuidadosamente, pois basta um espaço a mais ou a menos, ou um caractere faltando ou sobrando, para que o sistema exiba uma mensagem de erro.

O grande problema do MS-DOS – além da dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos ― era ser monotarefa. Ainda que alguns artifícios permitissem burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, a gente abrir a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo impresso. Depois de seis versões e outras tantas atualizações, o sistema deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, mas continuou existindo nos bastidores do Windows 9.x/ME, embora fosse cada vez menos utilizado, até porque o mesmo resultado podia ser obtido bem mais facilmente através dos ícones, botões, menus e caixas de diálogo da interface gráfica.

Atualmente, muita gente vê o MS-DOS como “coisa do passado”, mas ele ainda é emulado para auxiliar na execução de tarefas que não podem ser convocadas via interface gráfica, ou que demandam o uso diferenciado de recursos do computador ― como diagnósticos de rede, manutenções avançadas do sistema e por aí vai. Alguns desses procedimentos podem ser disparados também pelo menu Executar, mas isso já é outra história e fica para outra vez.

Existe uma vasta gama de sistemas operacionais ― e não apenas para microcomputadores ―, mas todos são compostos invariavelmente por programas que inicializam o hardware, fornecem as rotinas básicas para controle de dispositivos e gerenciam os demais softwares e sua interação com o usuário ― ou usuários, conforme o caso e a aplicação. Nos tempos de antanho, quando os PCs não dispunham de disco rígido, o sistema e os programas eram armazenados em mídia removível (fitas magnéticas, disquetes, etc.) e carregados na memória (RAM) conforme a necessidade.

Para não prolongar demais este texto, vou deixar o resto para a próxima postagem. Abraços e até lá.

Passemos agora ao nosso minuto da política, lembrando sempre que você pode acompanhar minhas postagens diárias em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

LULA NÃO É MAIS AQUELE...

Visando livrar Lula das garras da Lava-Jato, seus advogados recorreram (mais uma vez) ao Supremo. Não para contestar as acusações do Ministério Público Federal ― talvez porque seja difícil defender o indefensável ―, mas para questionar a imparcialidade de Sérgio Moro e dos procuradores que ofereceram a denúncia

E o resultado não fugiu ao esperado: na última terça-feira, por 4 votos a 0, a 2ª Turma do STF ratificou a decisão do ministro Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato, que manteve três inquéritos contra o petralha na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob a batuta do magistrado que povoa seus piores pesadelos. Aliás, pesadelo é pouco. De uns tempos a esta parte, a autodeclarada “alma viva mais honesta do Brasil” vive um inferno astral de proporções épicas, e, em meio a esse torvelinho, tenta convencer o Brasil e o mundo de que é um herói. Se não, vejamos.

Lula se tornou réu sob a acusação de ter praticado crimes de corrupção e lavagem de dinheiro; os dois ministros da Fazenda que teve em seus oito anos de mandato foram presos (também por suspeitas de assaltar o Erário); está na cadeia (há mais de um ano) o maior empreiteiro de obras públicas do Brasil ― com quem o petralha mantinha relações íntimas; foram ou estão presos três ex-tesoureiros do seu partido, o amigo pessoal que tinha acesso irrestrito ao gabinete presidencial e altos executivos da Petrobras com que despachava diretamente; sua mulher tornou-se ré junto com ele, seus filhos estão sob investigação criminal, sua própria liberdade depende de um juiz de direito do Estado do Paraná e ― cereja do bolo ― a meteórica ascensão patrimonial de um sobrinho torto (*) vem jogar ainda mais bosta na Gení.

Como dizia o poeta, não há nada como o tempo para passar. Hoje, o cara que um dia foi chamado de “O CARA” por Barack Obama amarga uma queda de popularidade quase tão acentuada quanto a de Dilma em seus piores momentos, e vê sua tão propalada influência ser pulverizada derrota após derrota ― como no impeachment de sua sucessora, quando Lula não conseguiu reunir proxenetas do parlamento suficientes para reverter o cenário propício à condenação, ou, para citar exemplos mais recentes, quando não conseguiu reeleger vereador o filho torto Marcos Cláudio Lula da Silva em São Bernardo do Campo (SP), berço político do molusco abjeto e um dos municípios tidos como reduto do lulopetismo (mais detalhes nesta postagem). Isso sem mencionar o parecer do ministro TCU José Mucio Monteiro ― que Lula dizia ser “seu amigão” ―, recomendando ao Senado a rejeição das contas do governo Dilma em 2015.

(*) Com base em evidências de propina de R$ 20 milhões mascarada em contratos firmados entre a Odebrecht e a Exergia ― empresa de Taiguara Rodrigues, o tal sobrinho torto de Lula ― a PF indiciou (mais uma vez) o “titio” por corrupção (para mais detalhes, siga este link). No papel, Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula e irmão de sua primeira mulher, já falecida, mas o nepotismo se deu por afinidade, e a Odebrecht cimentou a relação.

Como bem disse o jornalista J.R. Guzzo, “Lula vem com a moral antes de contar a fábula”. A moral que ele apresenta é algo mais ou menos assim: No Brasil, um homem que quer governar para os pobres acaba sendo processado pela Justiça. E a fábula que levaria a essa moral, ele não conta, mas nem precisa, porque todos a conhecemos, qual seja a teoria abilolada segundo a qual os ricos brasileiros detestam os pobres por alguma tara patológica; não toleram, sequer, que eles viagem de avião. Como Lula governa só fazendo o bem para os pobres, a começar pelas viagens de avião, os ricos precisam destruir sua carreira política. Primeiro derrubara sua sucessora na presidência, para que ele ficasse desmoralizado, e agora querem que ele seja condenado e preso, para que não possa disputar e ganhar as eleições em 2018 ― ainda que, como vimos linhas atrás, não conseguiu nem mesmo reeleger seu vereador seu filho torto em SBC, que é berço do PT. Faz sentido para você?  

Em tempo: Lula não está na Flórida, mas não faltam nuvens ameaçadores sobre sua cabeça. Além do que eu já mencionei linhas atrás, os bens que o petralha guarda num cofre do Banco do Brasil serão examinados, por determinação de Moro, para que seja determinada a origem do butim ― ou seja, se existem itens que pertencem ao acervo da Presidência da República. Demais disso, o magistrado concedeu à defesa do petralha 5 dias para apresentar a defesa no caso do tríplex do Guarujá (os advogados queriam 55 dias, conforme eu comentei em outra postagem). Veja o excerto do despacho:

"Não há nenhuma base legal para essa pretensão e o prazo do Ministério Público Federal para oferecer a denúncia, de quinze dias, após a conclusão do inquérito, não tem qualquer relação com o prazo para a resposta preliminar, peça bem menos complexa e que não se presta ao esgotamento das alegações das partes. Indefiro o pedido de prazo adicional formulado pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia Lula da Silva. Como o prazo vence na presente data (5 de outubro), concedo, por liberalidade e já que pende a citação de outros acusados, mais cinco dias, contados da presente data”.

E mais: O STF decidiu, por 6 votos a 5, pelo cumprimento da pena depois do julgamento em segunda instância, estreitando o horizonte de Lula e distinta companhia. Para o blogueiro Josias de Souza, do portal UOL, submetido aos rigores jurisdicionais de Moro, o ex-presidente será recolhido a um presídio se eventual sentença condenatória prolatada pela 13ª Vara Federal de Curitiba for confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Nessa hipótese, mesmo que recorra aos tribunais de Brasília, o molusco terá de aguardar atrás das grades o desfecho da apelação. O julgamento foi apertado e a presidente do STF, Cármen Lúcia, foi responsável pelo voto decisivo. Votaram a favor da execução antecipada da pena os ministros Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Luiz Fux, Gilmar Mendes e a presidente Corte; votaram contra (e foram vencidos) os ministros Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Pois é...

E como hoje é sexta-feira:




Bom f.s.d.

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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

SOBRE SISTEMAS OPERACIONAIS

AS PESSOAS QUE SÃO LOUCAS O SUFICIENTE PARA ACHAR QUE PODEM MUDAR O MUNDO SÃO AQUELAS QUE O MUDAM.

A despeito de ser o “software-mãe” do PC (ou do tablet, ou do smartphone, que, como já vimos, nada mais são do que computadores “ultra portáteis”), o sistema operacional é um programa de computador como outro qualquer. Ou quase isso, como veremos no decorrer desta matéria.

Um computador é composto por dois segmentos distintos, mas interdependentes e complementares: o hardware e o software. O primeiro corresponde aos componentes "físicos" ― gabinete e seus componentes internos, teclado, mouse, monitor de vídeo, etc. ― e o segundo, ao sistema operacional e demais aplicativos e utilitários (*). Numa definição “engraçadinha”, hardware é aquilo que a gente chuta, e software, o que a gente xinga.  

No âmbito da informática, o termo “programa” designa conjuntos de instruções em linguagem de máquina que nos permitem operar o computador. O sistema operacional se encaixa nessa definição, mas por ser responsável pelo gerenciamento do hardware, pelo suporte aos aplicativos e pela execução de uma vasta gama de tarefas essenciais ao funcionamento da máquina como um todo, sua importância é diferenciada. Em última análise, podemos dizer que, sem um SO, um computador não passa de “um corpo sem alma”, um conjunto de peças sem qualquer utilidade prática.

Observação: Os aplicativos são softwares que se destacam pela interface amigável, por serem capazes de gerar arquivos que podem ser salvos e por auxiliarem o usuário a executar tarefas específicas no computador. Por exemplo, para escrever um texto, usamos um processador de textos (como o famoso MS Word), para trabalhar com fotos e figuras, recorremos a um editor de imagens (como o festejado Photoshop), para navegar na Web, utilizamos um browser (como o popular Google Chrome), e assim por diante. Já os utilitários são ferramentas, digamos assim, que usarmos para realizar outras tarefas, como a compactação de arquivos e rotinas de manutenção. No mais das vezes, eles fazem parte de outros programas ou são componentes nativos do próprio sistema (caso das ferramentas administrativas do Windows, por exemplo).  

O Windows foi criado pela Microsoft no início da década de 80 e vem sendo aprimorado ao longo de suas várias edições. Ele não foi o primeiro e tampouco é o único sistema para computadores pessoais, mas é, sem dúvida alguma, o mais bem-sucedido (as versões XP e posteriores, somadas, dominam quase 80% do mercado, quando o festejado Mac OS, da Apple, mal chega a 10%). Até o lançamento da edição 95, o Windows era apenas uma interface que rodava no MS-DOS ― esse, sim, o primeiro SO criado pela Microsoft. Ou quase, porque quando a IBM resolveu lançar sua versão de computador pessoal e encomendou o sistema à Microsoft ― que até então jamais tinha desenvolvido um software dessa magnitude ―, Bill Gates comprou o QDOS de Tim Paterson por US$50 mil, adaptou-o ao hardware da IBM e mudou o nome para MS-DOS.

O acrônimo DOS (de Disk Operating Disk) integra o nome de diversos sistemas operacionais ― como o Free DOS, o PTS-DOS, o DR-DOS, etc. ―, mas o mais emblemático foi mesmo o MS-DOS. Esse sucesso foi fundamental para o desenvolvimento da Microsoft e crescimento da fortuna pessoal de Gates, que hoje, segundo a Forbes, é de quase US$ 90 bilhões. Mas isso já é outra história.

Amanhã a gente complementa.

CHEGA DE PRAZOS!

Uma postagem publicada anteontem no site O Antagonista, sob o título CHEGA DE PRAZOS, relembra que, em agosto, Edson Fachin concedeu mais prazo para a defesa de Renan Calheiros se manifestar sobre denúncia apresentada pela PGR (na oportunidade, disse também o ministro que já nem sabe quem é o advogado do senador, que, ao longo do inquérito, trocou de representante nada menos que 17 vezes). Sobre esse assunto, em documento enviado ao STF, Rodrigo Janot escreveu o seguinte: “A conclusão lógica, portanto, é de que a presente causa está pronta para deliberação, pelo Pleno dessa Corte, acerca da admissibilidade da acusação formulada pelo Ministério Público. Por tais razões, vale destacar que não é necessária a reabertura de novo prazo para defesa se manifestar, uma vez que esta já teve oportunidade de apresentar todos os seus argumentos de que dispunha”.

Observação: Eu já havia concluído a composição deste texto quando soube pelo JN que Fachin liberou para o julgamento em plenário a denúncia contra Renan Calheiros. Ainda não há data marcada para o julgamento e é pouco provável que ele ocorra em outubro, porque a ministra Cármen Lúcia já definiu a pauta do mês. Todavia, se o plenário acolher a denúncia, o que é a hipótese mais provável, o presidente do Senado será promovido a réu ― vale lembrar que ele responde a outros dez inquéritos no STF, sendo sete na Lava-Jato ― e poderá ser excluído da linha sucessória da Presidência da República (na ausência do presidente da República, assume o vice e, na sequência, os presidentes da Câmara, do Senado e o do STF, nessa ordem). A Rede questionou a validade da linha sucessória para autoridades que respondem a ação penal, mas a questão ainda não foi julgada pelo tribunal.

Na mesma linha eminentemente protelatória, a defesa do ex-presidente petralha e digníssima senhora pediram ao juiz Sergio Moro a dilação do prazo para sua defesa prévia (prazo esse que termina na próxima sexta-feira, 7), argumentando que os procuradores do MPF tiveram 55 dias para analisar as mais de 16 mil páginas de documentos anexados à denúncia, e que, portanto, postulando isonomia de tratamento.

Observação: Vale relembrar que o Ministério Público Federal denunciou Lula, Marisa e outras seis pessoas, e que, de acordo com o procurador Deltan Dallagnol, as provas apresentadas não deixam dúvidas de que o ex-presidente era “o comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava Jato”.

O pedido dos advogados do molusco abjeto não rebate em nenhum momento as acusações do MPF ― aliás, seus defensores insistem em dizer que não reconhecem a imparcialidade do juiz Sérgio Moro e dos procuradores que ofereceram a denúncia. Resta agora aguardar a decisão do magistrado.

Nesse entretempo, a despeito da pressão dos aliados para que assuma o comando do PT e seja alçado à presidência nacional do partido, Lula defende “uma cara nova” para o lugar de Rui Falcão e sugere o nome de Jaques Wagner ― até porque, de acordo com a Folha, o petralha está mais preocupado com sua defesa na Lava-Jato e em elaborar “um novo projeto para a esquerda do país”. Tempo não lhe faltará quando estiver “gozando longas férias” no Complexo Penal de Pinhais, em Curitiba. E viva o juiz Sérgio Moro!

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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

NOTEBOOKS ― SUPERAQUECIMENTO

DUAS COISAS SÃO INFINITAS: O UNIVERSO E A ESTUPIDEZ HUMANA. MAS, NO QUE RESPEITA AO UNIVERSO, AINDA NÃO ADQUIRI A CERTEZA ABSOLUTA.


Notebooks (ou laptops) já foram o sonho de consumo de muitos usuários de PCs ― entre os quais se inclui este que vos escreve ―, até porque se livrar do jugo da macarronada de cabos e fios e poder usar o computador em casa, no escritório e em trânsito (no táxi, no avião, no hotel) não tinha preço. Ou tinha, e era alto: meu primeiro note custou R$ 4 mil em meados de 2003 ― valor que, corrigido pelo IGP-M, corresponde a quase R$ 10 mil.

Devido à popularização dos tablets e smartphones ― que estão cada vez mais “smart” e são portáteis “de verdade” ―, os notes perderam um pouco do seu “encanto”. Mas ainda representam uma alternativa interessante ao tradicional desktop, já que oferecem o melhor de das duas plataformas ― ou seja, podemos comprar um modelo bastante aceitável pelo preço de um desktop ou all-in-one e eventualmente levá-lo conosco numa viagem de final de semana, por exemplo, bastando para tanto desplugar o cabo de energia da tomada e um abraço.

Enfim, se você usa seu note no colo ― aliás, o “lap” de laptop significa “colo” ― no sofá da sala, na varanda, no banheiro, e se sente incomodado com o calor que provém da base do aparelho, saiba que isso não é um defeito, mas uma característica do produto. Até porque um portátil integra os mesmos componentes dos PC de mesa (placa-mãe, processador, memórias, drives de HD e de mídia óptica, etc.), ainda que em versões de tamanho menor, mas seu gabinete mais exíguo dificulta a dissipação do calor.

Convém ter em mente que aquecimento é uma coisa, e superaquecimento é outra. Via de regra, o que acarreta uma elevação anormal da temperatura no interior do note é a obstrução das aletas de refrigeração (que ficam nas laterais e, em muitos casos, na face inferior do aparelho). Por isso, é importante você as manter livres de poeira e outros detritos, bem como evitar usar o aparelho sobre almofadas, travesseiros, mantas e afins. E em situações extrema, como quando você joga games pesados, trabalha com apps de editoração gráfica ou assiste a vídeos em DVD, por exemplo, convém providenciar um suporte com cooler acoplado (como o da figura que ilustra esta matéria).

Altas temperaturas são inimigas figadais dos computadores desde as mais priscas eras ― como comprovam as salas climatizadas (e enregelantes) que abrigavam os grandes mainframes, no século passado, onde os operadores usavam agasalhos mesmo durante o verão. E as consequências do superaquecimento podem ir de um simples travamento à fritura (literalmente) do processador ― se bem que de uns tempos a esta parte os chips passaram a se desligar automaticamente se e quando a temperatura alcança um patamar pré-definido pelos fabricantes.

Caso a tela do seu note escureça “do nada”, se o aparelho trava quando você tenta abrir arquivos ou inicializar aplicativos, ou então reinicializa sem mais aquela, fique esperto, pois esses sintomas, isolados ou em conjunto, quase sempre indicam problemas com a temperatura.

Como dito, nem sempre é fácil diferenciar um aquecimento normal do superaquecimento, mas o ruído do cooler na velocidade máxima pode ser um indicativo, da mesma forma que a sensação de “queimação” quando se trabalha com o portátil no colo. Entretanto, os sinais mais gritantes são congelamentos, travamentos, telas azuis e/ou reboots aleatórios.

Considerando que é sempre melhor prevenir do que remediar, sugiro que você instale um monitor dedicado (e que o consulte regularmente), como o excelente Speccy ― disponibilizado gratuitamente (freeware) pela Piriform, que é a desenvolvedora do festejado CCleaner. Com ele, basta um clique do mouse para visualizar de maneira simples e rápida diversas informações sobre o hardware, dentre elas a temperatura da CPU, da placa-mãe, do HD, e até mesmo da placa gráfica.

Seja como for, evite sobrecarregar o processador e demais subsistemas da máquina executando e mantendo abertos muitos aplicativos ao mesmo tempo (mesmo que o sistema seja multitarefa, você não é, sem falar que notebooks ― com a possível exceção de alguns modelos de preço bem salgados ― não são a melhor opção para você jogar games radicais ou rodar aplicativos muito pesados (como os de editoração gráfica, por exemplo). Demais disso, mantenha as ranhuras de ventilação da carcaça desobstruídas e evite usar o computador sob o sol (na praia, por exemplo) durante longos períodos. Aliás, estacionar o carro num local descoberto e deixar o aparelho cozinhando sob sol a pino é outra prática que ser evitada a todo custo.

Resumo da ópera: Ainda que tenham se tornado bem mais acessíveis ao longo dos últimos anos, notebooks são aparelhos caros. E delicados. E mais difíceis de manter do que os tradicionais desktops ― o que, por extensão, vale para os procedimentos de limpeza: se, nos PCs de mesa, qualquer usuário minimamente experiente é capaz de abrir o gabinete e fazer uma faxina em regra (para saber mais, clique aqui e aqui), nos notes a história é bem outra (confira nesta postagem).

Mudando de pato para ganso:

Eu já comentei isso aqui, mas achei por bem relembrar que, tão logo foi notificada pelo Senado da sua deposição, a grande-chefa-toura-sentada-impichada mexeu os pauzinhos para apressar sua aposentadoria e assim embolsar mais R$ 5.189,82 mensais do INSS ― embora ela nos vá custar mais de R$ 1 milhão por ano em salários de ex-presidente e verba para bancar os 8 assessores a que tem direito, além de dois carros oficiais com combustível e manutenção pagos pelos contribuintes. Doria, por seu turno (sem trocadilho), promete doar o salário de prefeito (que é de consideráveis R$ 24.117,62 mensais) para instituições de caridade. Como se vê, há pessoas e pessoas, políticos e políticos, e por aí vai.

O Planalto somou todos os prefeitos eleitos pelos partidos que apoiam Temer e chegou a 4.930 das 5.570 prefeituras do país. Já o PT perdeu mais da metade das prefeituras que tinha em 2012, e caiu da 3ª posição (com 630) para a 10ª no ranking (com 256). Nas capitais, o partido de Lula só conseguiu emplacar um assecla em Rio Branco (AC) e levar outro ao segundo turno no Recife (PE) ― estado natal dos dois ex-presidentes petralhas ―, ao passo que o PSDB  elegeu 2 prefeitos (São Paulo e Teresina) e levou 8 para o segundo turno.

Na visão de Michel Temer, a abstenção significativa e os votos brancos e nulos foram um recado que as urnas mandaram à classe política, para que reformule eventuais costumes inadequados. Essa foi a primeira mensagem — frisou o residente, que acrescentou: "Todos os partidos receberam o recado. Acho que foi um recado dado pelas urnas, primeiro para a classe política".

E já que falamos no deus pai da petralhada, o filho do dito-cujo, Marcos Cláudio Lula da Silva, não conseguiu se reeleger vereador em São Bernardo do Campo (SP), berço político do ex-presidente petralha e um dos municípios tidos como reduto do petismo. O pimpolho teve menos da metade dos votos com que se elegeu em 2012. Ah, mas ele não é filho biológico de Lula, é do primeiro casamento de Marisa Letícia, dirão os defensores incondicionais da petralhada. E daí? Isso não muda os fatos: com apenas 1.504 votos, Marcos Cláudio amargou a 58ª colocação ― o vereador mais votado na cidade foi o tucano Pery Cartola, com 7.540 votos. Vale ressaltar também que, além de não eleger o "menino de Lula", o PT ficou de fora do segundo turno para a prefeitura de São Bernardo, comandada atualmente pelo petista Luiz Marinho. O candidato do partido, Tarcísio Secoli, ficou em 3º lugar nas eleições, com 22,57% dos votos válidos ― Orlando Morando (PSDB), que obteve 45,07%, e Alex Manente (PPS), com 28,41%, irão disputar o segundo turno na cidade.

Por último, mas não menos importante: De acordo com o Estadão, ex-parlamentares e seus pensionistas recebem, em média, R$ 14,1 mil por mês, enquanto no INSS esse número é de R$ 1.862. A União gasta todo ano R$ 164 milhões para pagar 1.170 aposentadorias e pensões a ex-deputados federais, ex-senadores e dependentes de ex-congressistas, valor equivalente ao que é despendido para bancar a aposentadoria de 6.780 pessoas com o benefício médio do INSS. Todo reajuste dos salários de deputados e senadores é repassado para as aposentadorias, e com a morte do parlamentar, a viúva ou os filhos (até 21 anos) passam a receber a pensão. Enquanto o teto do INSS é de R$ 5.189,82, o do plano de seguridade dos congressistas é de R$ 33.763,00.

Responsável pela condução da proposta da reforma da Previdência, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, aposentado pela Câmara, recebe R$ 19.389,60 por mês, além do salário de R$ 30.934,70 de ministro. Padilha se aposentou com 53 anos, em 1999, depois do seu primeiro mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Já o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que terá a missão de angariar votos entre os parlamentares para garantir o quórum para as mudanças na Previdência, aposentou-se após cinco mandatos na Câmara, em 2011, quando tinha 51 anos, e recebe R$ 20.354,25, além do salário de ministro. Atualmente, no INSS são necessários 15 anos de contribuição e 60/65 anos (mulheres/homens) para se aposentar por idade ou 30/35 anos de contribuição para se aposentar por tempo de serviço. Já os parlamentares que contribuíram para o Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) ― extinto em 1997 após registrar rombo de R$ 520 milhões ― podiam se aposentar a partir de 8 anos de contribuição e com 50 anos de idade. Somente deputados e senadores que assumiram a partir de 1999 foram obrigados a cumprir as regras do atual Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), que exige 35 anos de contribuição e um mínimo de 60 anos de idade para fazer jus à aposentadoria integral. Não só, mas também por isso é que, dizem, o Brasil é o país dos contrastes.

Por hoje é só, pessoal. Abraços e até mais ler.

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

DICAS PARA USAR SEU IPHONE7

A MORTE É A MAIS FIEL DAS COMPANHEIRAS, POIS PERMANECE AO NOSSO LADO A VIDA TODA E NOS LEVA QUANDO TEM DE LEVAR.

Ainda sobre o iPhone7 ― que, vale lembrar, não chegou oficialmente ao Brasil e tampouco teve seu preço definido pela Apple ―, é grande o número de fãs da marca da Maçã que já compraram a novidade no exterior ou via e-commerce em sites de vendas internacionais, ou que aproveitaram a redução do preço da modelo anterior para realizar seu tão acalentado sonho de consumo. Em sendo o seu caso, tenha em mente que, antes de começar a se divertir com o “brinquedinho novo”, é recomendável adotar algumas medidas importantes.

Antes de prosseguir, cumpre mencionar que o iPhone7 mantém o mesmo design de seu predecessor, mas é oferecido também numa nova cor ― Jet Black, que só contempla as opções mais caras ― e traz sua face traseira mais “clean”, agora que as “antennas brand” foram reposicionadas na parte superior da carcaça. O botão “home” não foi modificado esteticamente, mas passou a dar acesso a uma série de funcionalidades “force touch”. Além disso, o aparelho se tornou mais resistente a umidade e poeira, podendo ser usado debaixo de chuva e até mesmo saindo ileso de um banho acidental ― quando cai na bacia do sanitário, por exemplo. Embora não seja recomendável entrar com ele no mar ou na piscina, houve quem o mergulhasse ― sem maiores problemas ― em Coca-Cola gelada e em água fervente (para conferir esses testes, clique aqui e aqui). Os sensores ópticos da câmera mantiveram a resolução máxima de 12 MP, mas o processador 60% mais veloz e 30% mais eficiente permite capturar imagens em 25 milissegundos. A estabilização óptica passou a contemplar também os modelos de entrada, embora sejam as mais caras que reúnem as grandes novidades ― como sistema de lentes duplas, zoom óptico e suporte à criação de efeitos de profundidade de campo. A exibição de cores também foi aprimorada, e o brilho oferece 25% mais de luminosidade. Os conectores para fones de ouvido foram suprimidos, mas quem não quiser comprar os caros fones wireless pode se valer do conector “lightning”, que permite utilizar fones convencionais mediante um adaptador incluso no kit do aparelho. Novos processadores com quatro núcleos ― sendo dois de alto desempenho e dois designados às funções de alta eficiência — proporcionam mais eficiência com menor consumo de energia ― segundo a Apple, os chips têm poder de processamento central e gráfico maior (40% e 50%, respectivamente, em comparação com os da geração anterior) e aumentam em 20% a autonomia da bateria. Por último, mas não menos importante, as versões de 16 GB foram descontinuadas; agora, as opções são de 32/64/128 GB, e 256 GB na versão de topo de linha.

Dito isso, vejamos algumas configurações sugeridas pelo pessoal da Aissesoft

Para ligar e desligar o iPhone7, basta deslizar o dedo na tela em direção à direita e seguir as instruções, mas é recomendável configurar o Touch ID ― mediante o qual o aparelho reconhece a impressão digital do dono e permite criar um código para proteger tanto os dados pessoais como o serviço Apple Pay.

Se você dispõe de um ID da Apple, basta introduzi-lo junto com sua senha (se você esqueceu a senha ou está migrando para o iPhone a partir de um celular baseado no sistema Android, recorra ao link que é exibido na tela, logo abaixo dos campos de acesso).

Para transferir seus arquivos do iPhone antigo para o novo, basta usar o backup do iCloud ― para isso, você deve fazer o login com o ID da Apple nas configurações iniciais, selecionar o backup do qual deseja recuperar os arquivos e manter a conexão Wi-Fi ativa até que o processo seja concluído. Não obstante, devido ao limite de 5 GB para as contas gratuitas do iCloud, a Aissesoft sugere usar o FoneTrans, que transfere contatos, fotos e outros tipos de arquivos. Note que, para evitar a perda de dados no novo iPhone e poder contar sempre com o backup do iCloud, é importante configurá-lo desde o primeiro momento ― para isso, no menu Ajustes, selecione a opção iCloud e, em seguida, Backup.

Observação: No caso de o aparelho antigo ser baseado no sistema Android, o melhor é recorrer ao FoneCopy, que permite transferir os arquivos (fotos, vídeos, notas de voz, playlists, etc.) de forma simples, rápida e prática (mesmo que o aparelho antigo esteja danificado). Embora a Apple ofereça um app para esse fim, seu funcionamento é precário ― tanto é que a maioria dos usuários o avalia com apenas uma estrela no Google Play.

Sem prejuízo do que já foi falado aqui no Blog sobre a importância de apagar definitivamente arquivos confidenciais/pessoais antes de vender ou doar um Smartphone usado, fica aqui a sugestão de recorrer ao FoneEraser, que destrói os dados de forma simples e rápida, torando-os irrecuperáveis até mesmo pelos bisbilhoteiros mais obstinados.

AINDA SOBRE AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS


Conforme eu adiantei no post anterior, Sampa se livrou da “ameaça vermelha” e do incomodativo horário eleitoral obrigatório ― que, no segundo turno, reserva ainda mais tempo para os candidatos torrarem a paciência dos eleitores com suas promessas vazias e trocas de acusações que... enfim, ninguém merece.

A vitória do tucano à prefeitura de São Paulo ainda no primeiro turno pegou todo mundo de surpresa. Primeiro, porque o franco favorito, até poucos dias atrás, era o dublê de deputado e apresentador de TV Celso Russomanno. Segundo, porque este município nunca elegeu um prefeito no primeiro turno ― vale lembrar que as eleições majoritárias em dois turnos foram implementadas em 1992. Terceiro, porque, o “cavalo paraguaio” (bom de largada, mas sem pique para manter a liderança no decorrer da prova) acabou ficando atrás até mesmo do campeão em rejeição ―, que conseguiu 16,7% dos votos válidos, contra 13,6% de Russomanno (as ex-petistas convertidas Marta e Erundina receberam pouco mais de 10% e 3% dos votos válidos, respectivamente). Quarto, porque, com exceção de Doria, nenhum de seus adversários conseguiu superar o índice de abstenções, votos brancos e nulos, que somaram 34,7% o maior desde 2000.

Como eu comentei anteriormente, a eleição do tucano foi uma bofetada nos petistas, já que capitalizou politicamente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que agora é visto como candidato virtual à presidência em 2018. Demais disso, o partido de Lula perdeu mais da metade das prefeituras que tinha em 2012, caindo da 3ª posição (com 630) para a 10ª no ranking (com 256). Nas capitais, a fação criminosa só conseguiu eleger um assecla em Rio Branco (AC) e levar outro ao segundo turno no Recife (PE) ― estado natal de certo ex-presidente petralha ―, ao passo que o PSDB se elegeu 2 prefeitos (São Paulo e Teresina) e levou 8 para o segundo turno.

Observação: Nos 645 municípios paulistas, o PT conseguiu eleger candidatos a prefeito em apenas 8 ― contra 72 na eleição passada. Nas 14 cidades que terão segundo turno, apenas duas, Santo André e Mauá, terão candidatos da legenda na disputa.

Essa derrocada vermelha se deve em grande parte ao desgaste que o partido da estrela vermelha sofreu por conta das investigações da Lava-Jato e do impeachment de Dilma. Aliás, falando na mulher sapiens, vale relembrar que, tão logo foi notificada pelo Senado da sua deposição, ela mexeu os pauzinhos para apressar sua aposentadoria e assim embolsar mais R$ 5.189,82 mensais do INSS ― embora vá nos custar mais de R$ 1 milhão por ano em salários de ex-presidente e verba para bancar os 8 assessores a que tem direito, além de dois carros oficiais com combustível e manutenção pagos pelos contribuintes. Doria, por seu turno (sem trocadilho), promete doar o salário de prefeito (que é de consideráveis R$ 24 mil mensais) para instituições de caridade. Como se vê, há pessoas e pessoas, políticos e políticos, e por aí vai.

Resumo da ópera: Fomos poupados de um segundo turno tão virulento quanto o das eleições presidenciais de 2014. Quando Vila Olímpia e Vila Madalena se preparavam para um confronto apocalíptico, a periferia decidiu a questão, rejeitando o alcaide petralha e optando pelo empresário tucano. Para alguns, o segundo turno seria desejável (?!), pois permitiria aprofundar a discussão dos problemas da cidade pelos candidatos remanescentes. Eu, particularmente, fiquei feliz com o resultado. A uma, porque o egum vermelho foi exorcizado de vez; a duas, porque já não aguentava mais a propagando política, com as indefectíveis trocas de acusações e as absurdas propostas de soluções mágicas nas quais, convenhamos, só mesmo sendo trouxa para acreditar.

A população paulistana quer um governo que funcione, que entregue os serviços que cobra antecipadamente através dos escorchantes impostos e que jogue uma pá de cal sobre o ranço petista que demoniza a iniciativa privada e o mercado. Haddad talvez tivesse se dado melhor se se desligasse do PT, mas não quis, embora tenha tido oportunidade de fazê-lo. Na câmara municipal, surgiu uma luz no fim do túnel: o PN, sem fazer coligações e usar o fundo partidário na campanha, elegeu Janaína Lima, uma das líderes do VEM PRA RUA. Parece pouco, quase nada, mas já é o primeiro passo.

Resta agora esperar os tradicionais primeiros 100 dias da gestão do novo prefeito, que se diz não político, mas administrador ― ou gestor, para usar o termo que parece mais agradar ao tucano ― para conferir o resultado. O recado foi dado, como também o voto de confiança; a resposta, em caso de fracasso, será impiedosa.

Por hoje é só, pessoal. Abraços e até mais ler. 

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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O IPHONE É SEU SONHO DE CONSUMO? ENTÃO VEJA ISTO

O CASAMENTO É O MÁXIMO DA SOLIDÃO COM O MÍNIMO DE PRIVACIDADE.

 Os produtos da Apple sempre se destacaram pela fabricação esmerada, design caprichado, manejo intuitivo e preço astronômico ― principalmente aqui pelas nossas bandas, onde tudo que é importado (e muito do que é fabricado localmente) custa bem mais caro do que nos EUA e na Europa. Assim é com a linha de computadores de mesa e portáteis da marca da Maçã, com o festejado iPad e, como não poderia deixar de ser, com o ambicionado iPhone, cuja mais recente versão (7) foi apresentada semanas atrás, durante um evento especial em San Francisco.

Nos EUA, o preço sugerido para o modelo básico é de US$649 ― pouco mais de R$2 mil pelo câmbio oficial ― sem considerar os inevitáveis impostos, taxas e outros acréscimos cobrados em solo tupiniquim. Há também uma versão mais poderosa (Plus), ainda mais cara, cujo principal diferencial, além da maior capacidade de armazenamento, é a câmera dupla, mas isso é assunto para uma próxima postagem.

Observação: A título de curiosidade, o portal português NOTICIASAOMINUTO dá conta de que o site de tecnologia TEARDOWN.COM calculou o preço do iPhone7 a partir do valor individual de seus componentes, que somaram 261 no modelo mais barato (de 32 GB), embora ele seja vendido por 779 nas lojas da Apple em Portugal.

Enfim, o iPhone7 já se encontra à venda nos EUA e em dezenas de outros países, mas ainda não se sabe quando chegará ao Brasil e nem quanto irá custar. A boa notícia é que, como sempre acontece em situações afins, a novidade barateará o iPhone6 e as versões anteriores que ainda são encontradas no mercado, tornando seu preço um pouco menos absurdo, embora ainda muito alto para o bolso dos brasileiros. A má notícia é que as primeiras unidades do iPhone7 já começaram a apresentar defeitos, que incluem um barulho irritante quando o aparelho está desempenhando tarefas mais pesadas, fones de ouvido e adaptadores que param de funcionar do nada, além de queda de sinal e baixa qualidade nas chamadas de voz.

Volto a falar desse sonho de consumo numa próxima postagem. Abraços e um ótimo dia a todos.

EM TEMPO:

Contrariando todas as pesquisas, projeções e expectativas, Doria foi eleito com 53,29% dos votos válidos ― é a primeira vez desde 1992, quando as eleições majoritárias passaram a ter duas etapas, que a situação de Sampa se define logo na primeira.

A vitória do candidato tucano (de lavada, considerando que o segundo colocado conseguiu apenas 16,7% dos votos válidos) não só capitalizou politicamente o governador Geraldo Alckmin ― “padrinho” de Doria ―, mas também pavimentou o caminho que eventualmente o levará à presidência em 2018.

Em contrapartida, o PT de Lula perdeu mais da metade das prefeituras que tinha em 2012 (são 374 municípios a menos que na última eleição). Desta feita, entre as capitais, a agremiação criminosa travestida de partido político só conseguiu eleger um assecla em Rio Branco (AC) e garantir uma vaga no segundo turno em Recife (PE) ― capital do estado natal de certo ex-presidente petralha.

Volto com mais detalhes oportunamente.

Aproveitando o embalo:


A MORTE DO “SOMBRA” E A HISTÓRIA MAL EXPLICADA DO ASSASSINATO DE CELSO DANIEL

Em mais um artigo memorável, Augusto Nunes relembra o texto que publicou há seis meses, com o título SEIS GRAVAÇÕES ESCANCARAM A CONSPIRAÇÃO FORJADA PELO PT PARA IMPEDIR QUE FOSSE ESCLARECIDO O ASSASSINATO DE CELSO DANIEL. Confira o excerto a seguir:

No começo de abril, uma reportagem de capa de VEJA expôs o estreito parentesco que vincula o Petrolão, o Mensalão, o assassinato de Celso Daniel e a conspiração forjada para impedir o esclarecimento da execução do prefeito de Santo André ― escândalos que pertencem à mesma linhagem político-policial, foram praticados pelo mesmo clã e, somados, demonstram que a transformação do PT em organização fora da lei, decidida a submeter a máquina federal aos seus desígnios e eternizar-se no poder, começou a definir-se em janeiro de 2002.

O acervo de provas é tamanho que milhões de brasileiros ignoram, ou mantêm adormecidas em remotas gavetas da memória, sórdidas preciosidades descobertas no início do século, como o lote de áudios que registram conversas de altíssimo teor explosivo gravadas por investigadores da PF.

Observação: Siga este link para ler a integra do artigo e ouvir as vozes dos assassinos de fatos combinando o que fazer para impedir o esclarecimento do crime hediondo.

Se fosse só prefeito, Daniel já teria brilho suficiente para figurar na constelação das estrelas nacionais do PT. Uma das maiores cidades do país, Santo André é a primeira letra do ABC, berço político de Lula e do partido. Mas Em janeiro de 2002, o então prefeito de Santo André já cruzara as fronteiras da administração municipal para coordenar a montagem do programa de governo de Lula, novamente candidato à Presidência. Quando foi sequestrado numa esquina de São Paulo, Celso Daniel ocupava o mesmo cargo que transformaria Antônio Palocci em ministro da Fazenda.

Foi um crime político, berraram em coro os Altos Companheiros assim que o corpo foi encontrado numa estrada de terra perto da capital. A comissão de frente escalada pelo PT para o cortejo fúnebre, liderada por José Dirceu, Aloízio Mercadante e Luiz Eduardo Greenhalgh, caprichou no visual. O olhar colérico, o figurino de quem não tivera tempo nem cabeça para combinar o paletó com a gravata, o choro dos órfãos de pai e mãe, os cabelos cuidadosamente desalinhados ― os sinais de sofrimento se acotovelavam da cabeça aos sapatos.

Até então, a única versão na praça se amparava no que tinha contado o empresário Sérgio Gomes da Silva, vulgo “Sombra”, ex-assessor de Celso Daniel. Segundo o relato, os dois voltavam do jantar num restaurante em São Paulo quando o carro blindado foi interceptado numa esquina por bandidos que, estranhamente, levaram só o prefeito e nem tocaram na testemunha. O depoimento de Sombra pareceu tão verossímil quanto uma nevasca no Nordeste, mas a comissão de frente monitorada por 

Lula não tinha tempo a perder com possíveis contradições no samba-enredo.
Embora mal-ajambrada, a letra não destoava do refrão que, naquele momento, interessava ao PT: o assassinato fora cometido por motivos políticos. Dirceu e Mercadante lembraram que panfletos atribuídos a uma misteriosa organização ultradireitista haviam prometido a execução de dirigentes do partido. Toninho do PT, prefeito de Campinas, fora abatido a tiros em setembro de 2001. Daniel era a segunda vítima. Grávido de ira com a reprise da tragédia, Greenhalgh acusou FHC de ter ignorado os apelos para que adotasse meia dúzia de medidas preventivas.

Em pouco tempo, a polícia paulista deu o caso por encerrado. Paradoxalmente, o PT endossou sem ressalvas a tese do crime comum. A família do morto discordou do desfecho conveniente, o Ministério Público achou a conclusão apressada e seguiu investigando a história muito mal contada, e logo emergiram evidências de que o crime tivera motivações políticas, sim. Só que os bandidos eram ligados ao PT.

Ainda no início do último mandato de Daniel, empresários da área de transportes e pelo menos um secretário municipal haviam concebido, com a concordância do prefeito, o embrião do que o Brasil contemplaria, em escala extraordinariamente ampliada, com a descoberta do Mensalão. Praticando extorsões ou desviando dinheiro público, a quadrilha infiltrada na administração de Santo André supria campanhas do PT. Em 2001, ao constatar que os quadrilheiros estavam embolsando boa parte do dinheiro, Daniel avisou que denunciaria a irregularidade ao comando do partido. Foi para tratar desse assunto que Sombra, um dos pecadores, convidou o prefeito para um jantar em São Paulo.

Entre o fim de janeiro e meados de março de 2002, investigadores da PF encarregados de esclarecer o assassinato gravaram muitas horas de conversas telefônicas entre cinco protagonistas da história de horror: Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, Ivone Santana, namorada da vítima (que já se havia separado de Miriam Belchior), Klinger Luiz de Oliveira, secretário de Serviços Municipais, Gilberto Carvalho, secretário de Governo de Santo André, e Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado do PT para causas especialmente cabeludas. As 42 fitas resultantes da escuta foram encaminhadas ao juiz João Carlos da Rocha Mattos.

Em março de 2003, pouco depois do início do primeiro mandato de Lula, o magistrado alegou que as gravações haviam sido feitas sem autorização judicial e ordenou que fossem destruídas. A queima de arquivo malogrou: incontáveis cópias dos áudios garantiram a eternidade dos registros telefônicos. Em outubro de 2005, quando cumpria pena de prisão por venda de sentenças, Rocha Mattos revelou a VEJA que os diálogos mais comprometedores envolviam Gilberto Carvalho, secretário-particular de Lula de janeiro de 2003 a dezembro de 2010 e chefe da Secretaria Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma.

Ele comandava todas as conversas”, disse o juiz de araque. “Dava orientações de como as pessoas deviam proceder e mostrava preocupação com as buscas da polícia no apartamento de Celso Daniel”. Em abril de 2011, já em liberdade, o magistrado reiterou a acusação. “A apuração do caso do Celso começou no fim do governo FHC”, afirmou. “A pedido do PT, a PF entrou no caso. Mas, quando o Lula assumiu, a PF virou, obviamente. Daí ela, a PF, adulterou as fitas, eu não sei quem fez isso lá. A PF apagou as fitas, tem trechos com conversas não transcritas. O que eles fizeram foi abafar o caso, porque era muito desgastante, mais que o Mensalão. O que aconteceu foi que o dinheiro das companhias de ônibus, arrecadados para o PT, não estava chegando integralmente a Celso Daniel. Quando ele descobriu isso, a situação dele ficou muito difícil. Agentes da PF manipularam as fitas de Celso Daniel. A PF fez um filtro nas fitas para tirar o que talvez fosse mais grave envolvendo Gilberto Carvalho”.

As seis gravações escancaram a sórdida conjura dos grampeados dispostos a tudo para enterrar na vala dos crimes comuns um homicídio repleto de digitais do PT. A história do prefeito sequestrado, torturado e morto é um caso de polícia e uma coisa da política. As conversas também revelam a alma repulsiva do bando. Celso Daniel aparece nas gravações como um entulho a remover. Não merece uma única lágrima, um mísero lamento. Os comparsas se dedicam em tempo integral à missão de livrar Sombra da cadeia e acalmar o parceiro que ameaça afundar atirando.

Passados mais de 14 anos, a reaparição do fantasma avisa que a tramoia fracassou. Enquanto não for exumada toda a verdade sobre esse capítulo da história universal da infâmia, todos os meliantes sobreviventes serão assombrados pelo prefeito proibido de descansar em paz.

Com a queima das provas sonoras, Rocha Mattos virou sócio do clube de magistrados para os quais uma irregularidade processual é muito mais grave que qualquer delito. Nessa escola de doutores, aprende-se que quem arromba a porta do vizinho que está matando a mãe e evita a consumação do crime deve ser preso por invasão de domicílio. Como as gravações das conversas entre Lula e seus devotos foram autorizadas pelo juiz Sérgio Moro, o ministro Teori Zavascki anda à caça de outro pretexto semelhante para declarar inexistente o palavrório que estarreceu o país, e se seguir o exemplo do juiz ladrão, não tardará a constatar que errou feio ─ e errou para nada: milhares, milhões de cópias em circulação nas redes sociais informam que a verdade já não pode ser destruída. Graças à escuta promovida pela Lava-Jato, foi abortada uma conspiração contra o Estado de Direito comandada por Lula e apoiada por Dilma

O resto é firula bacharelesca, conversa fiada. O essencial é que há culpados a punir, e o que importa é que o castigo virá.

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domingo, 2 de outubro de 2016

A ALMA VIVA MAIS HONESTA DO BRASIL POSA DE VÍTIMA, MAS NADA EXPLICA SOBRE ACUSAÇÕES

Após ter sido apontado pelo MPF como chefe do megaesquema de corrupção, Lula tagarelou por mais de uma hora para a imprensa, mas não emitiu uma explicação sequer para as graves denúncias que pesam contra ele. Como fez no auge do mensalão, repetiu no petrolão e vem fazendo sistematicamente ao longo dos últimos anos, o petralha usou sua (invejável) retórica para distorcer os fatos, posar de vítima e defender a autodeclarada imagem de alma viva mais honesta do Brasil.

Apesar de afirmar que não falava como político, mas como cidadão indignado, o petralha atacou o MP e a imprensa, reafirmou sua intenção de concorrer à presidência em 2018 e, desviando-se da obviedade dos fatos que pavimentaram a acusação, ressaltou os feitos do PT, reforçou o discurso que classifica de golpe o impeachment da ex-grande-chefa-toura-sentada e incitou a militância: “Tenho profundo orgulho de ter criado o mais importante partido de esquerda da América Latina (...) Cada petista do país tem que começar a andar de camisa vermelha; quem não gostar, coloque de outra cor, esse partido tem que ter orgulho”.

Em suma, Lula foi Lula: chorou, contou histórias, atacou adversários e, numa tentativa de defesa que mais parece ter sido emprestada do dilmês, saiu-se com a seguinte pérola: “As pessoas achincalham muito a política, mas a profissão mais honesta é a do político, porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua e pedir voto”. Mas nenhuma frase expôs tanto sua “humildade” quanto esta: “Eu tô falando como cidadão indignado, como pai, como avô, como bisavô, eu tenho uma história pública conhecida. Acho que só ganha de mim aqui no Brasil Jesus Cristo. Pense num cabra conhecido e marcado neste país”.
Acusado de ter comandado não apenas o petrolão, mas também o mensalão, Lula afirmou que o PT é tido como o partido que tem que ser extirpado da história política brasileira, mas não fez menção ao fato de ambos os escândalos terem resultado na prisão de próceres petistas como José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, de asseclas como João Vaccari, Guido Mantega e Antonio Palocci, nem de o partido de tanto se orgulha de ter fundado ser o único que tem três ex-tesoureiros atrás das grades.

Vale destacar que, diferentemente do discurso proferido em março, depois de ter sido conduzido coercitivamente para depor, em que usou a metáfora da jararaca, o petralha baixou o tom, dando a impressão de que a cobra virou minhoca. Ainda assim, Lula escarneceu dos procuradores do Ministério Público e dos investigadores da Lava-Jato e vociferou ofensas e desafios. Mas Lula sabe que o cerco está apertando e que pode, sim, acabar na cadeia (veja mais detalhes neste vídeo) ― aliás, na visão “acurada” de sua cria e sucessora, tudo se resume em inviabilizar a candidatura do “chefe”, e que prendê-lo irá “transformá-lo em herói” (acho que ela quis dizer “mártir”, mas enfim...). “O golpe só se completa com isso”, disse a nefelibata da mandioca, em entrevista à TVE da Bahia.

Observação: Quando deferiu o pedido para que Lula fosse ouvido coercitivamente em vez de preso, o juiz Moro foi mais brando do que a lei lhe permitia ― a mesma medida fora tomada em relação a outros investigados, e para alívio de muitos deles, pois é melhor passar algumas horas depondo do que cinco dias no xilindró. Alguns procuradores acreditam que Moro deveria ter optado pela prisão temporária, e só não o fez devido ao ambiente tenso e polarizado do país.     

A coletiva de imprensa da Lava-Jato deu margem para que prosperasse rapidamente nas redes sociais uma frase falsamente atribuída aos procuradores: “Não temos provas, temos convicções”. Nem Dallagnol nem os demais procuradores proferiram tal disparate, mas sites petistas espalharam a frase como prova de que não havia evidências contra Lula e puxaram o coro de “golpe continuado” contra o PT. O próprio Lula, no dia seguinte à denúncia, usou a frase como se fosse verdadeira, buscando convencer quem não precisava ser convencido ― ou seja, a militância fanática e radical, que acredita piamente na fantasiosa “conspiração liderada pelos Meninos de Curitiba” e em qualquer outra coisa que saia da boca de seu amado chefe.  Todavia, está em curso uma intensa produção de provas contra Lula.

Parafraseando Abraham Lincoln; “pode-se enganar uma pessoa por muito tempo, alguns por algum tempo, mas nunca todos por todo o tempo”. 

A história do operário pobre e trabalhador que se elegeu presidente para combater a corrupção e defender o trato da coisa pública ― e que dizia que “ser honesto é mais do que apenas não roubar, é não deixar roubar” ― já não convence ninguém, com a possível exceção da militância fanática e divorciada da realidade que ainda o defende. 

Mas não há nada como o tempo para passar, e hoje se sabe que o discurso com que o petista defendia seu projeto de governo não passava de um espúrio projeto de poder que visava sequestrar o Brasil e mantê-lo sob o jugo do partido por pelo menos 20 anos. Durou 13 anos ― ironicamente, o número do PT. Treze anos, quatro meses e doze dias transcorreram da posse de Lula, em 2003, até o afastamento de Dilma, em maio deste ano, convertido em deposição 111 dias depois, embora o julgamento tenha sido maculado por uma maracutaia ― que contou com o apoio do presidente do Senado e o aval do então presidente do Supremo ― para evitar a inabilitação da imprestável ao exercício de funções públicas, em flagrante desrespeito à Constituição.

Lula e o PT nunca tiveram um plano de governo, mas sim plano de poder que se valeu de práticas espúrias para enriquecer o petralha e abastecer a conta do partido, visando a sua perpetuação no comando do país. A desfaçatez de seu governo veio à tona com o escândalo do mensalão ― do qual Lula afirmou que nada sabia, que fora traído, e cuja existência teve a desfaçatez de negar mais adiante, afirmando que “o mensalão nunca existiu, que tudo não passou de uma tentativa de golpe”. 

Mas a canalhice não só existiu, como também deu origem a outra ― que ficou conhecida como escândalo do petrolão ―, na qual empreiteiras que possuíam contrato com a Petrobras eram cooptadas por um esquema criminoso a repassar dinheiro de corrupção para os partidos da base aliada. Ao puxar o “fio do novelo”, a PF e o Ministério Público demonstraram que o ex-presidente era, na definição do procurador Deltan Dallagnol, o “maestro da grande orquestra da Propinocracia”, sob cuja batuta os desvios de recursos públicos não serviram apenas para abastecer o PT e partidos da base aliada do governo, mas também para enriquecer o Clã Lula da Silva.

Assim, o maior expoente da política brasileira, que até pouco tempo atrás era ovacionado por onde passava, agora é vaiado em público, embora continue teimosamente negando ser o dono do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, a despeito da clareza meridiana dos fatos que o colocam no centro de um esquema de corrupção nunca antes visto na história deste país. Visando impedir as investigações, o petralha chegou mesmo a ser nomeado ministro por Dilma, mas teve as asas podadas pelo STF, por conta do desvio de finalidade do ato administrativo que resultou em sua nomeação. 

Até o momento, Lula é réu em dois inquéritos e investigado em pelo menos mais três. Seu nome aflora alegremente nas delações de Delcídio do Amaral, Pedro Corrêa, Nestor Cerveró, Fernando Baiano, José Carlos Bumlai e Leo Pinheiro, apenas para citar as mais significativas, bem como em diversas ramificações da Lava-Jato que nem vou enumerar, já que tratei desse assunto em diversas postagens.

Por essas e outras, fica difícil entender como ainda tem gente que defende o petralha e a corja de malfeitores que o apoiaram em seu intento. Uma das razões talvez seja o fato de o salafrário ainda ser bom de palanque. Mas a questão é seu destino não será definido pelas urnas, mas pelos Tribunais. E não há João Santana que ludibrie os “meninos de Curitiba”, o juiz Sergio Moro e as demais instâncias do Judiciário ― que trabalham com fatos, e não com política, como parece crer o ex-presidente. E os fatos depõem fortemente contra ele. 

sábado, 1 de outubro de 2016

DE VOLTA AO CIRCO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS


Mesmo quem não se interessa por política ― ou não sabe diferenciar conversa de palanque do que realmente pode ser feito pela cidade ― desconfia do verborrágico blábláblá entoado pela seleta confraria de candidatos à prefeitura da maior metrópole latino-americana. A julgar pelas promessas vazias e eminentemente eleitoreiras que a gente ouve no lamentável horário obrigatório e nas demais inserções ao longo da programação das emissoras de rádio e TV, essa cáfila parece ter uma varinha de condão que lhe permitirá resolver tudo da noite para o dia, como num passe de mágica, mas, depois que consegue se eleger, sua carruagem vira abóbora, e o resultado é o de sempre: continuam as inundações, o trânsito caótico, as filas nas creches e postos de saúde, o desperdício de dinheiro público em obras inúteis ou faraônicas, e por aí vai.

Mas nem só do alcaide vive o município, e amanhã os 8.886.324 eleitores cadastrados em Sampa deverão escolher também os 55 vereadores que os representarão pelos próximos quatro anos. Seria uma excelente oportunidade de defenestrar os maus políticos e preencher as vagas com gente proba, competente e bem-intencionada, mas, lamentavelmente, o nível dos 1273 candidatos que disputam uma cadeira na Câmara parece ser ainda pior que o dos que postulam a prefeitura.

Num contexto onde 11 de cada 10 brasileiros minimamente esclarecidos repudiam a classe política como um todo e vêm demonstrando cada vez menos interesse em se filiar a partidos, a proporção entre o número de candidatos chegaria a surpreender, não fosse o fato de a mamata ser pra lá de boa: além do salário de 15 mil reais, cada vereador paulistano tem direito a mais 165 mil reais para bancar funcionários e demais custos do gabinete, além de carro oficial com motorista e combustível pago pelos contribuinte e outras mordomias.  

Observação: Uma desconexão generalizada entre políticos e cidadãos leva um número cada vez menor de pessoas a se filiar a partidos e a votar sem qualquer entusiasmo ― se vão às urnas, é apenas porque no Brasil ainda existe o anacronismo do voto obrigatório, do contrário, a maioria nem se daria a esse trabalho.

O fato é que os candidatos, salvo raríssimas exceções, estão mais focados na própria independência financeira do que em resolver os problemas da cidade ― que são muitos e de difícil solução. Para piorar, segundo matéria publicada na Vejinha da semana passada, mais da metade dos candidatos não tem nível superior, e entre os que têm, há apenas 7 economistas e 1 sociólogo. E para piorar ainda mais, 42% não concluíram nem mesmo o ensino médio, e 24 declararam só saber ler e escrever.    

Ainda segundo o levantamento feito pela reportagem, 3 dos 10 candidatos mais ricos (segundo dados do TRE) são vereadores que disputam a reeleição. Na outra ponta, 505 declararam não possuir bens ou revelaram quantias irrisórias, como a “Bia Taxista”, que sustenta ter juntado apenas 1 centavo em seus 31 anos de vida. Além dessas excrescências, há também a indefectível “bancada dos famosos”, como o ex-goleiro da Seleção Waldir Peres, o socialite Chiquinho Scarpa, o ex-craque Marcelinho Carioca, o ex-cantor da Jovem Guarda Ed Carlos e o filho da contara Gretchen (a rainha do bumbum) Thammy Miranda.  

Na atual campanha, da qual participam nada menos que 39 partidos, dos 55 vereadores que atualmente compõem a Câmara, apenas 6 não tentam a reeleição (2 por disputar a prefeitura, 1 por ter optado pelo cargo de secretário estadual do Turismo e 3 que simplesmente pularam fora, sem dar maiores explicações). Os outros 49 estão novamente nas ruas distribuindo santinhos e pedindo voto para emplacar mais quatro anos de mamata.

As funções de um vereador consistem em criar, discutir e votar projetos de lei, fiscalizar o executivo, acompanhar as atividades das secretarias, propor a convocação de audiências públicas para discutir projetos de grande relevância e analisar as contas do município para aprová-las (ou reprová-las), mas, entre 2013 e 2016, os edis paulistanos dedicaram seu valioso tempo (e desperdiçaram o ainda mais valioso dinheiro público) em projetos prosaicos, como alterar o nome de ruas e incluir no calendário datas como o “Dia do Farmacêutico”. Dos 10 821 projetos apresentados nos últimos 4 anos, 3 939 foram de votos de júbilo, 513 de pesar, 255 de outorga de títulos a cidadãos, 243 de inclusão de datas no calendário oficial, 159 de alteração de nomes de ruas, 115 de concessão de salva de prata e 105 de medalha Anchieta.

Enquanto isso, a cidade definha em abandono, com ruas esburacadas e mal iluminadas, bandos de drogados, sem-teto e outros indigentes acampados sob viadutos e achacando transeuntes, carência de leitos e médicos nos postos de saúde e hospitais públicos e de vagas em creches e escolas de primeiro grau (onde grassam professores mal remunerados, desestimulados e indiferentes ao aproveitamento dos alunos). Vez por outra, surge uma denúncia como a que envolve o vereador Marquito ― aquele do programa do Ratinho ―, que é acusado de embolsar parte do salário dos funcionários do seu gabinete. Ou um escândalo como o da compra de 22 aparelhos de TV por R$50 mil, às vésperas da Copa de 2015, ou o da criação de 660 novos cargos para os gabinetes oficiais. Isso sem mencionar tumultos como o promovido pelo MTST durante a discussão do Plano Diretor do município, ou o dos taxistas em protesto contra a concorrência do UBER.

Para encerrar, deixo no ar uma pergunta que não quer calar: dá gosto sair de casa, enfrentar trânsito, chafurdar em santinhos e ser obrigado a estacionar a quadras de distância do local de votação para votar nesse tipo de gente? Tô fora!

Voltando rapidamente à disputa pela prefeitura de Sampa: no debate realizado nos estúdios da TV Globo na noite da última quinta-feira, Marta, de olho em uma vaga no segundo-turno, evitou bater de frente com Doria, líder em intenções de voto. 
Segundo o IBOPE, o candidato tucano tem 28%;  Russomanno aparece em segundo lugar, com 22%, e a ex-petista e ora peemedebista disputa com Haddad a terceira colocação (ela com 16% e ele com 13%, o que o instituto de pesquisa entende como empate técnico). 
Por não ter estômago para suportar aquele deplorável folhetim que a Globo exibe depois do Jornal Nacional ― e que deve terminar hoje ―, eu mudei de canal para ver um filme, acabei cochilando e só acordei quando o troço já havia acabado. No entanto, a julgar pelas sinopses que vi na Web, acho que não perdi grande coisa. Só lamento que não existam perspectivas de tudo se resolver amanhã, o que nos obrigará a aturar mais uma dose de propaganda eleitoral na segunda quinzena do mês. 
A propósito: nas simulações de segundo turno, Doria venceria Russomanno por 42% a 37%, e ganharia de Marta por 45% a 36%. A conferir.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

PARA HACKEAR UMA BMW, BASTA UMA CONEXÃO COM A INTERNET E UM NAVEGADOR

A DÚVIDA É AUTORA DAS INSÔNIAS MAIS CRUÉIS. 

Segundo foi publicado no site de tecnologia TECMUNDO, devido a uma vulnerabilidade no portal ConnectedDrive, basta dispor de um browser e uma conexão com a Internet para acessar remotamente as configurações de alguns modelos da festejada montadora alemã BMW.

Benjamin Kunz Mejri, pesquisador de segurança do Vulnerability Lab, encontrou duas falhas sérias no portal, uma das quais permite que pessoas não autorizadas acessem o Número de Identificação do Veículo (VIN, na sigla em inglês), o que cria a possibilidade de o carro associado ao número de chassi específico ser travado ou destravado, além de dar acesso à conta de email do dono e outras informações do sistema de entretenimento do veículo. 

Já a outra falha possibilita ao cracker acessar a programação do portal e implantar algum tipo de software malicioso. Para entrar, basta explorar um bug de script na parte de redefinição de senha. Os dois documentos com todos os detalhes técnicos (em inglês) e logs podem ser conferidos aqui e aqui.
Ainda segundo o Tecmundo, a empresa não se pronunciou a respeito, mas há indícios de que ela esteja trabalhando na solução dos problemas. Enquanto isso, parece que o jeito é andar de bicicleta e fugir dos ladrões.

Falando em ladrões, em mais um artigo memorável, o jornalista Augusto Nunes relembra texto que publicou há seis meses em sua coluna, com o título  SEIS GRAVAÇÕES ESCANCARAM A CONSPIRAÇÃO FORJADA PELO PT PARA IMPEDIR QUE FOSSE ESCLARECIDO O ASSASSINATO DE CELSO DANIEL.

No começo de abril, uma reportagem de capa de VEJA expôs o estreito parentesco que vincula o Petrolão, o Mensalão, o assassinato de Celso Daniel e a conspiração forjada para impedir o esclarecimento da execução do prefeito de Santo André. Os quatro escândalos pertencem à mesma linhagem político-policial. Foram praticados pelo mesmo clã. Somados, demonstram que a transformação do PT em organização fora da lei, decidida a submeter a máquina federal aos seus desígnios e eternizar-se no poder, começou a definir-se em janeiro de 2002, e o acervo de provas e tamanho que milhões de brasileiros ignoram, ou mantêm adormecidas em remotas gavetas da memória, sórdidas preciosidades descobertas no início do século, uma das quais é o lote de áudios que registram conversas de altíssimo teor explosivo gravadas por investigadores da PF ― grampo que o jornalista classifica de avô do que mostra as safadezas tramadas por Lula e seus devotos, divulgado no início do ano pelo juiz Sérgio Moro.

Se fosse só prefeito, Daniel já teria brilho suficiente para figurar na constelação das estrelas nacionais do PT. Uma das maiores cidades do país, Santo André é a primeira letra do ABC, berço político de Lula e do partido. Mas em janeiro de 2002 ele já cruzara as fronteiras da administração municipal para coordenar a montagem do programa de governo de Lula, novamente candidato à Presidência. Quando foi sequestrado numa esquina de São Paulo, Celso Daniel ocupava o mesmo cargo que transformaria Antônio Palocci em ministro da Fazenda.

Foi um crime político, berraram em coro os Altos Companheiros assim que o corpo foi encontrado numa estrada de terra perto da capital. A comissão de frente escalada pelo PT para o cortejo fúnebre, liderada por DirceuMercadante e Greenhalgh, caprichou no visual. O olhar colérico, o figurino de quem não tivera tempo nem cabeça para combinar o paletó com a gravata, o choro dos órfãos de pai e mãe, os cabelos cuidadosamente desalinhados ― os sinais de sofrimento se acotovelavam da cabeça aos sapatos.

Até então, a única versão na praça se amparava no que tinha contado o empresário Sérgio Gomes da Silva, vulgo “Sombra”, ex-assessor de Celso Daniel. Segundo o relato, os dois voltavam do jantar num restaurante em São Paulo quando o carro blindado foi interceptado numa esquina por bandidos que, estranhamente, levaram só o prefeito e nem tocaram na testemunha. O depoimento de Sombra pareceu tão verossímil quanto uma nevasca no Nordeste, mas a comissão de frente monitorada por Lula não tinha tempo a perder com possíveis contradições no samba-enredo.

Embora mal-ajambrada, a letra não destoava do refrão que, naquele momento, interessava ao PT: o assassinato fora cometido por motivos políticos. Dirceu e Mercadante lembraram que panfletos atribuídos a uma misteriosa organização ultradireitista haviam prometido a execução de dirigentes do partido. Toninho do PT, prefeito de Campinas, fora abatido a tiros em setembro de 2001. Daniel era a segunda vítima. Grávido de ira com a reprise da tragédia, Greenhalgh acusou FHC de ter ignorado os apelos para que adotasse meia dúzia de medidas preventivas.
Em pouco tempo, a polícia paulista deu o caso por encerrado. Paradoxalmente, o PT endossou sem ressalvas a tese do crime comum. A família do morto discordou do desfecho conveniente, o Ministério Público achou a conclusão apressada e seguiu investigando a história muito mal contada, e logo emergiram evidências de que o crime tivera motivações políticas, sim. Só que os bandidos eram ligados ao PT.

Ainda no início do último mandato de Daniel, empresários da área de transportes e pelo menos um secretário municipal haviam concebido, com a concordância do prefeito, o embrião do que o Brasil contemplaria, em escala extraordinariamente ampliada, com a descoberta do Mensalão. Praticando extorsões ou desviando dinheiro público, a quadrilha infiltrada na administração de Santo André supria campanhas do PT. Em 2001, ao constatar que os quadrilheiros estavam embolsando boa parte do dinheiro, Daniel avisou que denunciaria a irregularidade ao comando do partido. Foi para tratar desse assunto que Sombra, um dos pecadores, convidou o prefeito para um jantar em São Paulo.
Entre o fim de janeiro e meados de março de 2002, investigadores da PF encarregados de esclarecer o assassinato gravaram muitas horas de conversas telefônicas entre cinco protagonistas da história de horror: Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, Ivone Santana, namorada da vítima (que já se havia separado de Miriam Belchior), Klinger Luiz de Oliveira, secretário de Serviços Municipais, Gilberto Carvalho, secretário de Governo de Santo André, e Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado do PT para causas especialmente cabeludas. As 42 fitas resultantes da escuta foram encaminhadas ao juiz João Carlos da Rocha Mattos.

Em março de 2003, pouco depois do início do primeiro mandato de Lula, o magistrado alegou que as gravações haviam sido feitas sem autorização judicial e ordenou que fossem destruídas. A queima de arquivo malogrou: incontáveis cópias dos áudios garantiram a eternidade dos registros telefônicos. Em outubro de 2005, quando cumpria pena de prisão por venda de sentenças, Rocha Mattos revelou a VEJA que os diálogos mais comprometedores envolviam Gilberto Carvalho, secretário-particular de Lula de janeiro de 2003 a dezembro de 2010 e chefe da Secretaria Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma. “Ele comandava todas as conversas”, disse o juiz de araque. “Dava orientações de como as pessoas deviam proceder e mostrava preocupação com as buscas da polícia no apartamento de Celso Daniel”. Em abril de 2011, já em liberdade, o magistrado reiterou a acusação. “A apuração do caso do Celso começou no fim do governo FHC”, afirmou. “A pedido do PT, a PF entrou no caso. Mas, quando o Lula assumiu, a PF virou, obviamente. Daí ela, a PF, adulterou as fitas, eu não sei quem fez isso lá. A PF apagou as fitas, tem trechos com conversas não transcritas. O que eles fizeram foi abafar o caso, porque era muito desgastante, mais que o Mensalão. O que aconteceu foi que o dinheiro das companhias de ônibus, arrecadados para o PT, não estava chegando integralmente a Celso Daniel. Quando ele descobriu isso, a situação dele ficou muito difícil. Agentes da PF manipularam as fitas de Celso Daniel. A PF fez um filtro nas fitas para tirar o que talvez fosse mais grave envolvendo Gilberto Carvalho”.

As seis gravações escancaram a sórdida conjura dos grampeados dispostos a tudo para enterrar na vala dos crimes comuns um homicídio repleto de digitais do PT. A história do prefeito sequestrado, torturado e morto é um caso de polícia e uma coisa da política. As conversas também revelam a alma repulsiva do bando. Celso Daniel aparece nas gravações como um entulho a remover. Não merece uma única lágrima, um mísero lamento. Os comparsas se dedicam em tempo integral à missão de livrar Sombra da cadeia e acalmar o parceiro que ameaça afundar atirando.

Observação: Siga este link para ouvir as vozes dos assassinos de fatos combinando o que fazer para impedir o esclarecimento do crime hediondo. Passados mais de 14 anos, a reaparição do fantasma avisa que a tramoia fracassou. Enquanto não for exumada toda a verdade sobre esse capítulo da história universal da infâmia, todos os meliantes sobreviventes serão assombrados pelo prefeito proibido de descansar em paz.

Com a queima das provas sonoras, Rocha Mattos virou sócio do clube de magistrados para os quais uma irregularidade processual é muito mais grave que qualquer delito. Nessa escola de doutores, aprende-se que quem arromba a porta do vizinho que está matando a mãe e evita a consumação do crime deve ser preso por invasão de domicílio. Como as gravações das conversas entre Lula e seus devotos foram autorizadas pelo juiz Sérgio Moro, o ministro Teori Zavascki anda à caça de outro pretexto semelhante para declarar inexistente o palavrório que estarreceu o país. Se seguir o exemplo do juiz ladrão, Teori não tardará a constatar que errou feio ─ e errou para nada: milhares, milhões de cópias em circulação nas redes sociais informam que a verdade já não pode ser destruída. Graças à escuta promovida pela Lava-Jato, foi abortada uma conspiração contra o Estado de Direito comandada por Lula e apoiada por Dilma. O resto é firula bacharelesca, conversa fiada. O essencial é que há culpados a punir, e o que importa é que o castigo virá.

Pensem nisso na hora de votar.

E como hoje é sexta-feira:


Bom final de semana a todos.

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