Depois de algumas idas e vindas, o ex-ministro petista da
Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci
resolveu negociar um acordo de colaboração com Justiça ― e já comunicou sua
decisão a José Roberto Batochio,
que o vinha defendendo desde sua prisão e que desaprova acordos de delação
(talvez porque não seja ele quem está preso).
O “pentito” ―
termo que originalmente designa delatores da Máfia ― está detido na
carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi
deflagrada a Omertà ― 35ª fase da
Operação Lava-Jato. As negociações serão conduzidas pelo Escritório Bretas Advogados, que Palocci havia contratado no final de abril e dispensado uma semana
depois, supostamente motivado pela soltura de Dirceu pelo trio calafrio
do Supremo.
Batochio ― que
também integra a estrelada equipe de defensores de Lula ― protocolou na tarde de ontem (sexta, 12) a renúncia à defesa
de Palocci. Na petição
encaminhada ao juiz Moro, a alegação
é de que sua equipe deixa o patrocínio da causa devido à mudança de orientação da defesa técnica por parte do
constituinte.
Em seu depoimento na 13ª Vara Federal de Curitiba, Palocci disse a Moro que tem informações sobre datas, nomes, números de contas e
que tais que dariam pelo menos mais um ano de trabalho para os procuradores do
MPF. Sua delação deixa a situação capo di
tutti i capi ainda mais nebulosa (para não dizer desesperadora).
Enfim, Lula disse
que já estava mesmo disposto a se mudar para Curitiba...
Os dias eram assim: José Carlos Bumlai, o laranja da revolução, o amigo
fiel do chefe da gangue progressista e solidária que arrancou as calças do
povo, é solto pelo STF. José Dirceu foi o próximo da lista da
alforria, identificado como maestro do mensalão e do petrolão, ou seja, um
guerreiro do povo brasileiro pelo direito sagrado de garfar os cofres públicos
sem perder a ternura.
O ideal é que a
Justiça dê liberdade logo a todos esses heróis da história recente, para que
eles possam começar tudo outra vez. Caminhando e cantando e seguindo o cifrão. Vamos
parar de perseguir esses revolucionários estoicos. Ligue a TV e veja como eles
eram lindos. E românticos. O fato de terem chegado ao poder e acabado todos em
cana por ladroagem é um detalhe. Ninguém quer ficar lembrando notícia ruim. Se
Hollywood pode cultivar Hugo Chávez como salvador do Terceiro Mundo (a
Venezuela sangrenta e arrasada não coube no roteiro), por que não podemos
continuar envernizando os anos de chumbo? A revolução de Jim Jones
também foi linda. Por que ficar lembrando aquele incidente no final, com a
morte de uns 900 seguidores por suicídio e assassinato? Mania de botar defeito
em tudo.
A libertação de Bumlai e Dirceu é um episódio emocionante, se
você imaginar quanto os amigos deles lutaram por liberdade nos anos 1960. Quem
disse que utopia não vira realidade? Valeu a pena sonhar: depois da ditadura
vem a abertura (da porteira). Eles até já se compararam a Nelson Mandela
― ou seja, estão com a maquiagem em dia. Basta dar uma retocada quando o
carcereiro chegar e correr para os braços do povo como ex-presos políticos. O
Brasil adora esse tipo de herói. A cama de Lula está feita.
Intervalo comercial: a Advocacia-Geral da União está cobrando o ressarcimento
de R$ 40 bilhões dos condenados na Lava Jato. Observando o sistema montado
pelos governos Lula e Dilma para desfalcar o Erário, e notando a
exuberância das cifras em cada uma das incontáveis transações reveladas, você
já tinha feito suas contas: nossos doces guerreiros do povo estão bilionários.
E deve ter dinheiro escondido até em casinha de cachorro.
Voltando à narrativa da gloriosa revolução socialista contra a direita malvada,
a conta fecha de forma comovente. Faça a estimativa do custo de todos os
advogados contratados a peso de ouro por nosso batalhão de heróis enrolados com
a polícia por anos a fio e conclua sem medo de errar: estão podres de ricos.
E é com esses advogados, com essa fortuna e com a boa vontade que esse charme
todo suscita nos bons amigos do Judiciário que eles estão articulando a
abertura (das celas).
Talvez você se lembre que Dirceu, em pleno julgamento como réu do mensalão,
continuava faturando com o petrolão ― conforme constatou a Lava-Jato. Talvez
você tenha registrado que já em 2014, com a força-tarefa de Curitiba a todo
vapor desvendando o escândalo, as engrenagens do esquema continuavam em marcha,
como se sabe agora, inclusive para abastecer a reeleição de Dilma, a
presidenta mulher revolucionária do bem. Parece incrível, mas os dias eram
assim.
Diante de uma quadrilha virtuosa como essa, que parece ter como característica
especial a desinibição, é providencial que o STF comece a soltar os seus
principais integrantes. Afinal, os fatos mostram que eles não vão fazer nada de
mais, fora girar sua fortuna, reciclar os laços de amizade e voltar a irrigar
seus negócios – que tiveram 13 anos de esplendor e ultimamente deram uma caída,
prejudicados por fascistas invejosos.
Contratar pesquisas de opinião mostrando que Lula já é o próximo
presidente e manifestos de intelectuais à la carte está pouco. É preciso que a
Justiça tire os revolucionários do xadrez, para que Lula não tenha mais
de ficar zanzando por aí de jatinho sem saber direito onde pode pousar. Chega
de constrangimento.
Que a perseguição a esses homens de bem termine de vez e Lula possa
chegar cheio de moral diante de Sergio Moro para dizer que não é nada
dele. E depois comemorar com um churrasco no tríplex de Guarujá, que ninguém é
de ferro.
A CORRUPÇÃO
POLÍTICA É APENAS UMA CONSEQUÊNCIA DAS ESCOLHAS DO POVO.
Graças a uma
monstruosa coleção de imagens capturadas por satélite, o Google Earth permite visitar virtualmente qualquer lugar do planeta
e, com o concurso do Street View
(recurso que permite andar por ruas) e do Google
Maps, rever a casa onde você nasceu, a pracinha onde beijou sua primeira
namorada e por aí afora (algumas imagens têm mais de dez anos, mas até aí
morreu Neves).
Até
recentemente, “viajar” pelo mundo com o Google
Earth exigia a instalação do respectivo aplicativo, mas isso deixou de ser
necessário, ao menos para quem utiliza um browser compatível com a tecnologia WebGL (requisito que, por enquanto, só
é atendido pelo GoogleChrome).
Sendo esse o seu
caso ― o que é bem provável, já que o navegador do Google é utilizado por quase 82% dos internautas tupiniquins ―
acesse earth.google.com/web
a partir do Chrome e repare que, no
menu do canto superior esquerdo da página do Google Earth, você pode acessar a busca, usar o modo Voyager, ver os seus locais salvos,
mudar o estilo do mapa e mais.
Com o Voyager, veja sugestões de locais e
pontos turísticos para explorar. Logo abaixo, escolha um tipo de local que você
quer visitar ― natureza, cultura, viagens ou monumentos históricos, por exemplo
― ou use a opção Estou com sorte para
visitar um local aleatório. Para salvar um local, clique sobre dele no mapa. As
informações serão carregadas em um card, na lateral direita da tela. Nele,
basta clicar sobre o ícone do marcador. Em Meus
lugares, você pode ver a lista de localidades salvas, bem como visualizá-los
ou apagar da sua biblioteca.
No canto
inferior direito, estão as opções de visualização. Você pode acessar a sua
posição, entrar no modo Street View,
alternar entre modo 3D e 2D, redefinir a posição do mapa e ajustar o zoom. Para
compartilhar um local, basta clicar sobre o último ícone do painel lateral e
escolher em seguida se deseja copiar o link, enviar no Facebook, Twitter ou G+.
O BRASIL NÃO SUPORTA MAIS TANTA CORRUPÇÃO ― NEM TANTA
MENTIRA!
Confesso a vocês que
já estou “por aqui” de ouvir o depoimento de Lula, e mais ainda de ver a
patuleia comemorando o “desempenho” de seu ídolo ― e defendendo caninamente sua
candidatura a um terceiro mandato. Pior mesmo é ver “Janete” discursar
de improviso, especialmente quando ela arrisca um pavoroso francês de puteiro
nordestino do século passado. Mas o que é de “Iolanda” ― um nome
tão bonito para uma criatura tão desprezível (*) ― está guardado. Agora,
com a retirada do sigilo das delações de João Santana e Mônica Moura,
a petralha não perde por esperar.
(*) Um dos endereços de email usados para vazar
dados sigilosos sobre a Lava-Jato ao casal de marqueteiros era iolanda2606@gmail.com, que teria sido criado na biblioteca do
Palácio da Alvorada. Leia trecho do relato de Dona
Xepa, publicado em O GLOBO e reproduzido no site O ANTAGONISTA:
Mônica Moura combinou com Dilma Rousseff um
meio seguro de ser avisada sobre o andamento da Operação Lava Jato, em especial
no que se referia a ela e João Santana. Mônica Moura, então, criou ali mesmo,
no computador da presidente (notebook), na biblioteca do Palácio da Alvorada,
um e-mail do Google (Gmail), com nome e dados fictícios, cuja senha era de
conhecimento de Mônica Moura, da presidente Dilma e de seu assessor Giles
Azevedo, que acompanhou essa parte da conversa (criação do e-mail).
Voltando a Lula,
sua candidatura ao ambicionado terceiro mandato deve ir esgoto abaixo
juntamente com o que resta de sua reputação ― coisa que a
militância cega e de sinapses estreitas parece ser incapaz perceber. Mesmo que sejam ouvidas mais testemunhas no processo que trata do tríplex (3 pela acusação e mais
uma porção pela defesa), espera-se que Moro dê a sentença até o final do
mês que vem. Em advindo a esperada condenação, o recurso do petista ao TRF-4
deve ser apreciado até junho do ano que vem, a julgar pelo tempo médio que aquela
corte tem levado para julgar os apelos impetrados contradecisões em ações
no âmbito da Lava-Jato. Pelo andar da carruagem e à luz da lei da ficha-limpa, Lula
pode não conseguir se candidatar ao pleito de 2018, já que o prazo para os
partidos indicarem oficialmente seus candidatos se inicia daqui a 14 meses.
Lula é réu em cinco
ações penais ― três pela Lava-Jato, uma pela OperaçãoJanus
e outra pela Zelotes ―, além de investigado em diversos inquéritos em
andamento. Além do processo que tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba ― no
qual o petista prestou depoimento na última quarta-feira ―, a
ação que versa sobre obstrução da Justiça e corre na 10ª Vara Federal do DF
também pode ser decidida há qualquer momento, já que os autos estão conclusos
para sentença desde março passado.
Vale
lembrar também que, conforme entendimento do STF, réus em ações penais devem ser afastados da linha sucessória
presidencial. Em dezembro do ano passado, o ministro Marco Aurélio concedeu liminar para
afastar Renan Calheiros da
presidência do Senado ― terceiro posto na sucessão presidencial e segundo no
contexto atual, já que estamos sem vice-presidente da República. Para minimizar
a crise entre os Poderes, o Supremo pariu uma jabuticaba que criou a figura do “meio-senador”, ao preservar o mandato do cangaceiro das
Alagoas e mantê-lo na presidência do Senado e do Congresso Nacional.
Antes disso, em maio de 2016, o ministro Teori Zavascki determinou o afastamento
de Eduardo Cunha do mandato de
deputado federal e, consequentemente, da presidência da Casa ― decisão mantida
pelo plenário da corte. Em seu despacho, o magistrado afirmou que “além de representar risco para as
investigações penais sediadas neste Supremo
Tribunal Federal, [a permanência de Cunha]
é um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da instituição por ele
liderada”, e que o deputado não tinha “condições
pessoais mínimas” para ser presidente da Câmara, pois “não se qualifica” para eventualmente substituir o presidente da
República. Se tal entendimento for mantido e a isonomia aplicada, Lula não poderá oficializar sua
candidatura, pois será difícil o Supremo
definir que réu não pode estar na linha sucessória da presidência, mas pode ser
presidente da República.
Por outro lado, estamos no Brasil, e ministros que
mantiveram a prisão preventiva de réus condenados somente em primeira instância
― ou seja, sem a confirmação da sentença pela instância superior, que, pela
lei, determina o início do cumprimento da pena ― votaram recentemente a favor
da soltura de Dirceu, Bumlai e companhia. Então...
Como hoje é sexta-feira, enquanto aguarda o desenrolar dos acontecimentos (e a próxima
postagem), não deixe de assistir a este vídeo. (Qualquer semelhança é mera coincidência!).
BASTA UM COMPUTADOR E UMA CONEXÃO COM A INTERNET PARA SE TER ACESSO AO CONHECIMENTO DA
HUMANIDADE.
Neologismo que poderia ser traduzido por “falta de educação”,
o termo PHUBBING combina o “ph” de phone (telefone) com “ubbing” de snubbing (esnobar), e remete a um comportamento cada vez mais comum nos nossos dias: o
sujeito (ou a sujeita) dedicando sua total atenção ao que se passa na telinha
de seu smartphone e ignorando solenemente quem está e o que acontece no seu
entorno ― esteja ele(a) à mesa do restaurante com a(o) namorada(o), assistindo
à cerimônia religiosa do casamento de um amigo, acompanhando o funeral de um
parente, enfim...
Observação: O termo foi criado pela Macquarie
Dictionary para descrever o ato de ignorar alguém usando como desculpa um
telefonema ou mensagem recebido através de um smartphone.
Diante desse comportamento, digamos, pouco apropriado, o
australiano Alex Haigh alerta para
um futuro próximo em que os casais se sentarão em silêncio, as relações serão
baseadas em atualizações de status nas redes sociais e a habilidade para falar
ou se comunicar face-to-face será completamente erradicada.
Assim, anote o novo verbete no seu caderninho, mas procure
evitar participar desse círculo vicioso. Adquirir hobbies e praticar atividades
que façam sentido e tragam prazer a você, ou achar um momento individual que
não precise ser compartilhado com mais ninguém, seriam, provavelmente, boas
opções.
O depoimento de Lula
ao juiz Moro, na tarde de ontem, durou quase cinco horas e foi recheado
de evasivas, mentiras e imputação de responsabilidades a terceiros, com
destaque para a ex-primeira dama, que faleceu há poucos meses e, portanto, não
pode ser chamada para uma acareação (a não que se convocasse uma sessão
espírita, mas aí já é outra história).
Lula
reafirmou sua falácia de perseguição pela Lava-Jato e pelo Ministério Público
(diferentemente do que vem fazendo fora da sala de audiências, ele tomou o
cuidado de não mencionar expressamente o magistrado) e defendeu sua trajetória
com o ramerrão de sempre, mesmo depois de Moro lhe pedir que não usasse
o depoimento para fazer um apanhado do seu governo. Aliás, rebateu
enfaticamente que está sendo julgado pelo que fez na presidência, pela
construção de um power point
mentiroso ― feito por quem não entende de política e se baseia numa tese preconcebida
de que o PT é uma organização
criminosa e ele, o chefe ― e que as acusações contra ele não passam de pura
ilação.
Sobre o tríplex no
Guarujá, o petralha negou todas as acusações. Segundo ele, foi sua finada quem
decidiu a compra do terreno do Instituto
Lula, quem comandou as obras no tríplex, quem queria o apartamento etc. Ela
comandava tudo, ele não sabia de nada. E mais: disse o molusco que dona Marisa “nem
mesmo gostava de praia” ― o que foi prontamente desmentido por uma enxurrada de
fotos publicadas nas redes sociais, nas quais o ex-primeiro-casal aparece em
cenas descontraídas à beira-mar.
Quando Moro
perguntou sobre a rasura no documento de compra da unidade no prédio (o número
144, da unidade pela qual o casal Lula
pagou, aparece escrito sobre o número 174, o do tríplex), disse não saber quem seria o responsável pela
rasura, mas que também gostaria de
saber.
Ao dizer que prefere ser julgado pelo povo, não pela
Justiça, Lula deixou implícito seu
propósito de se reeleger presidente pelo voto dos apedeutas desinformados que
(espantosamente) ainda o apoiam, para não
ser julgado ― nem pelo povo, nem (muito menos) pela Justiça. Leda
pretensão.
Como bem destacou o jornalista Augusto Nunes, um trecho particularmente relevante do depoimento de
sua insolência parece ter escapado aos redatores de manchete da imprensa
brasileira: Ao mentir sobre o pequeno apartamento de três andares no Guarujá, o
petralha confessou que é o dono do sítio em Atibaia. Aos 13 minutos do vídeo sete do depoimento, Lula admite que Léo Pinheiro e Paulo
Gordilho, os dois bambambãs da OAS,
estiveram no seu apartamento em São Bernardo do Campo, mas nega que tenham
conversado sobre o tríplex.
― E o que eles
discutiram com o senhor nessa oportunidade? ― quis saber o representante do
Ministério Público.
― Eu acho que eles
tinham ido discutir a questão da cozinha
lá do sítio de Atibaia, que também não é assunto para discutir agora.
Tarde demais. Ao tentar esconder a ossada de um crime, Lula tirou do armário o cadáver de
outro.
Em suma: seu depoimento foi provavelmente a maior sequência de mentiras
desfiadas por um réu culpado desde a criação do primeiro tribunal. Para tanto,
basta a reprodução de três frases ditas pelo chefão do bando de corruptos do
petrolão: Você acha que quando seu filho
tira nota baixa na escola ele chega pulando de alegria para contar? Se puder,
ele vai esconder até o senhor saber. Você acha que alguém que começou a roubar
vai contar para alguém que ele está roubando?
Alguém aí achava que Lula
chegaria à sala de Sérgio Moro feliz
e ansioso por revelar tudo que fez? Um criminoso que se preze morre jurando que
é a alma viva mais pura do mundo.
Mesmo que morra na cadeia.
A PRESSA PASSA, MAS A MERDA QUE VOCÊ FEZ COM PRESSA FICA.
Quem
acompanha minhas postagens sabe que uma frase da qual eu gosto muito é: “os pioneiros são reconhecidos pela flecha
espetada no peito”. Afinal, vagar é pressa, como dizia meu avô. E quem tem
pressa come cru, como dizia o avô de alguém.
Então, caro
leitor, não se apresse a atualizar seu Windows 10 com o Creators
Update. Aliás, essa advertência ― que eu fiz em diversas oportunidades, inclusive no post anterior ―
vem sendo feita agora pela própria mãe da criança. Veja detalhes nesta
postagem.
Isto posto,
o melhor é esperar até que a dona Microsoft
disponibilize a evolução através do seu Windows
Update ― talvez isso não garanta isenção absoluta de bugs e outros probleminhas,
mas é meio caminho andado. Voltaremos ao
assunto oportunamente.
EM TEMPO: Recebi a atualização em questão (update para a versão 1703) agora à tarde. Além da demora na instalação, nenhuma diferença me chamou a atenção, a não ser no Edge, que eu uso muito pouco. Volto a esse assunto daqui a alguns dias, quando estiver familiarizado com os novos recursos.
MORO X LULA
Já que a frase do dia fala em merda (confira no caput da postagem), vamos continuar no assunto: O depoimento de Lula,
marcado inicialmente para o último dia 3, mas adiado para hoje a pedido da
Polícia Federal e da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, causou o
cancelamento dos prazos processuais e atendimento público na sede da Justiça
Federal do Paraná.
O molusco é acusado de crimes como corrupção (17 vezes), lavagem
de dinheiro (211 vezes), tráfico de
influência (4 vezes), organização
criminosa (3 vezes) e obstrução da
Justiça (1 vez); se condenado por todos eles, poderá pegar até 118 anos de
prisão, mas processo sub-judice na 13ª Vara Federal de Curitiba envolve o recebimento de propina da empreiteira OAS mediante a reserva e reforma de um
tríplex no edifício Solaris (no
Guarujá, litoral de São Paulo), em 2009, e o custeio do armazenamento de bens pessoais
do ex-presidente, entre 2011 e 2016.
Segundo a matéria
de capa da revista Época desta semana, as provas contra o petralha sacripanta apontam pagamentos em dinheiro, depósitos
bancários e imóveis ― para o capo di tutti i capi e sua família ― que chegam a R$ 80
milhões.
Tanto a sede Cabral quanto a sede Centro permanecerão
fechadas durante todo o dia, impossibilitando o acesso de magistrados,
servidores, estagiários e terceirizados. Só será permitida a entrada de pessoas
diretamente envolvidas com a realização e apoio da audiência e desde que
devidamente autorizadas pela Direção do Foro.
Por conta da expectativa de
protestos ― a favor e contra o petralha ―, foram instalados arames farpados nas
grades que cercam o prédio. O juiz Sérgio
Moro determinou que as manifestações serão permitidas, “desde que
pacíficas”, mas pediu ao povo que as evitasse. Em caso de episódios de violência, as responsabilidades deverão
ser “controladas e apuradas, inclusive a de eventuais incitadores”, concluiu o magistrado.
Como se vê, Lula continua dando prejuízo ao Brasil. E isso tendo apenas 9 dedos. Já pensou se ele tivesse todos os 10?
ATUALIZAÇÃO 18h00:
Depoimento de Lula começou às 14h18; portanto, já dura quase 4 horas!
ATUALIZAÇÃO 14h04min:
O Ministro Felix Fisher, do STJ, negou agora há pouco o
último dos 3 recursos de Lula para
tentar adiar depoimento. Nesse apelo, a defesa do petralha alegava falta de
imparcialidade do juiz Sérgio Moro. A audiência deve ter início a qualquer momento. Enquanto isso, assista a este vídeo.
ATUALIZAÇÃO08h30min
O CIRCO DA FÓRMULA LULA
Na tarde de ontem, o TRF-4 negou o pedido adiamento da audiência
em que Lula deve depor ao juiz Sérgio Moro. Irresignada, a defesa do
petralha ingressou no STJ com mais três pedidos de habeas corpus, visando
ao afastamento do juiz Sérgio Moro (por
suspeição), adiamento do depoimento e permissão de gravar a audiência de
maneira independente.
Vale lembrar que os 5.000 arquivos fornecidos pela Petrobras ― cuja análise demandaria pelo menos 90 dias, segundo os advogados do
molusco ― foram juntados aos autos a
pedido da defesa, o que deixa claro o propósito de pavimentar uma futura
alegação de cerceamento de defesa. O Tribunal ainda não se manifestou (mas
espera-se que o faça a qualquer momento, pois o início da audiência está
marcado para as 14 horas).
Em meio ao “circo da fórmula Lula” que está sendo armado por manifestantes favoráveis
e contrários ao petralha, dezenas de ônibus chegaram a Curitiba, trazendo apoiadores
do próprio Paraná e de outros estados. Já foram disparados rojões contra acampamentos
da CUT e MST (vale frisar que, dentre outras medidas de segurança, as
autoridades proibiram os manifestantes de acampar nas proximidades do edifício
da Justiça Federal).
Volto a qualquer momento com outras informações sobre esse
imbróglio despropositado (afinal, trata-se de uma audiência para oitiva de um
réu penal, não do nascimento de um príncipe ou fuzilamento de um Papa).
O juiz federal convocado Nivaldo
Brunoni, que substitui o relator da Operação Lava-Jato no TRF4, indeferiu,
horas atrás, o pedido
liminar da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para
suspender uma das ações penais a que ele responde na Justiça Federal do Paraná
e, assim, adiar o depoimento do petista ao juiz Sergio Moro, marcado para as 14h de amanhã.
A defesa havia embasado o pedido de adiamento na falta de tempo hábil para
analisar os documentos que a Petrobras anexou aos autos ― estima-se que o
arquivo tenha 100.000 páginas. No despacho, disse o magistrado: “Em juízo de
cognição sumária, comum das providências cautelares processuais, não vejo
ofensa à ampla defesa. Ao contrário disso, é válida a juntada de documentação
em meio digital, apesar de a parte interessada insistir em recebê-la ou
acessá-la de forma diversa. Em se tratando de prova requerida pela defesa ― e esta
compreensão é fundamental ― nada mais adequado do que a sua juntada ao
processo, sobretudo porque a própria estatal é parte interessada no processo,
não sendo razoável a pretensão defensiva de comparecimento na sede da
Petrobras”.
Aqui entre nós, seria muita ingenuidade acreditar que os advogados
de Lula fossem requerer a juntada de
documentos cujo teor desconhecessem, sob pena de produzir prova contra o
próprio cliente.
O circo deve chegar a Curitiba amanhã. A função começa às 14 horas. Vamos ver que bicho vai.
O patch que
instala no Windows 10 o (tão
ansiado) Creators Update não saiu
como a Microsoft gostaria.
Devido a uma
série de problemas que apoquentaram os mais apressadinhos, a própria mãe da
criança resolveu recomendar aos usuários que aguardem a liberação da
atualização através do Windows Update.
O motivo, segundo a empresa, é a necessidade de solucionar problemas
para configurações específicas de hardware antes de disponibilizar o upgrade
pelo Windows Update.
Portanto,
não tente fazer a evolução por conta própria ― através de conhecidos
“jeitinhos”, como o Media Creation Tool
e o Windows Update Assistant.
Lembre-se:
OS PIONEIROS SÃO RECONHECIDOS PELA FLECHA
ESPETADA NO PEITO.
A LEI NO PAÍS DO FUTEBOL
No assim chamado"país do futebol", existem milhões de "especialistas" no esporte bretão, sempre dispostos a sugerir a melhor escalação para o escrete canarinho. E talvez fosse o caso de ouvi-los,
já que nossa conquista detítulos mundiais empacou nopenta ― como todos ainda se lembram, o sonhodohexa virou pesadelo na Copa de 2014, com a vitória daAlemanha por vergonhosos 7 a 1 ― isso depois que o governo torrou bilhões em reformas e construções de estádios para
sediar o evento pela segunda vez na história (a primeira foi em 1950, quando a
seleção brasileira perdeu para a do Uruguai). Enfim, como prêmio de
consolação, de "pátria de chuteiras" passamosa "país da
corrupção", notadamente depois que as entranhas fétidas da política tupiniquim
começaram a ser revolvidas pela Lava-Jato ― e com isso os
técnicos de futebol das horas vagas tornaram-se também analistas políticos e experts em legislação penal,
embora a maioria não saiba distinguir prisão temporária de prisão preventiva.
Outra consequência (bem mais relevante) da
Lava-Jato tem a ver com o Congresso
Nacional, onde a ordem do dia passou a ser"estancar a sangriapromovida
pelaRepública de Curitiba". Agora, além de salvar o mandato
parlamentar, deputados e senadores vem fazendo das tripas coração para escapar
da cadeia, e, lamentavelmente, contam com um apoio cada
vez mais explícito do Executivo
e do próprio Judiciário: como se viu
nas últimas semanas, a pretexto de travar uma cruzadacontra prisões
excessivamente alongadas de réus cujas sentenças ainda não foram confirmadas em
segunda instância, ministros da nossa mais alta corte de justiça soltaram uma leva criminosos que rapinaram o Erário ― dentre os quais José Dirceu, ex-ministro de Lula e
arquiteto do Mensalão,José Carlos,
ex-consiglieri do Clã Lula da Silva,
e Eike Batista ― ex-bilionário e ídolo
dos caciques petralhas Lula e Dilma, que acabou preso por assessorar
o ex-governador fluminense Sergio Cabral
em práticas milionárias bem pouco republicanas.
Aqui cabe abrir um parêntese: em 2009,
o STF firmou jurisprudência no
sentido de que réus condenados poderiam esgotar em liberdade a vasta gama de
recursos em Direito admitidos ― ou, em outras palavras, decidiu que a prisão
só seria definitiva após o chamado “trânsito em julgado” da decisão
condenatória, com base no princípio da presunção de inocência. Antes disso, não
havia uma posição firmada e unânime sobre o assunto, o que dava margem a
ementas de acórdãos diametralmente opostas. Em fevereiro de 2016, por 7 votos
a 4, o Supremo decidiu que bastaria
a confirmação da sentença de primeira instância por um tribunal de justiça
estadual (TJ) ou um tribunal
regional federal (TRF) para a
execução da pena, e em outubro daquele ano, por ocasião do julgamento de ações impetradas
pela OAB e pelo PEN, o entendimento foi mantido por 6 votos a 5.
Ressalte-se que isso não impede o apenado de recorrer, mas apenas deaguardar em liberdade o resultado dos apelos, evitando
que eventual prescrição da pena resulteem impunidade
― por “prescrição”,
entenda-se a perda da pretensão punitiva estatal em
razão do decurso do lapso temporal previsto em lei. Fecho o parêntese.
A soltura de Genu, Bumlai, Eike e Dirceu deu margem à proliferação de suspeitas e especulações de
toda ordem. Conforme destacou o procurador Deltan
Dallagnol, causa espécie que o mesmo grupo de ministros ― GilmarMendes, RicardoLewandowski e DiasToffoli ― que
devolveu às ruas essa escumalha ter decidido anteriormente manter na cadeia delinquentes
em situação análoga. E o mais curioso é que os mesmos juristas que não viram qualquer
motivação política na soltura desses saqueadores notórios enxergaram, 24 horas
depois, “viés curitibano” na decisão do ministro Edson Fachin de remeter ao plenário o julgamento do habeas corpus de Antonio Palocci.
A postura desses magistrados compromete a imagem do Judiciário,
que até recentemente era visto como a única esperança do povo num cenário em que o Executivo carece de
apoio popular e o Legislativo, de
confiabilidade (para dizer o mínimo). Embora a solução para a crise política
exija credibilidade do Judiciário, alguns ministros parecem mais empenhados
em chafurdar a imagem da Corte no pântano das suspeitas, das
chicanas e dos acordões.
É impossível não associar esse surto de habeas corpus à postura de Gilmar Mendes, que, em versão
repaginada e travestida de “paladino dos
perseguidos”, tem atacado a Lava-Jato
e os procuradores do MPF com
palavras arrogantes, duras e desrespeitosas. E isso a poucos dias da
emblemática audiência em que Lula ― que se julga o
único e absoluto dono da verdade ― ficará frente a frente com aquele que ele vê como seu algoz, e acusa de perseguir impiedosamente "opobre retirante nordestino que se tornou o maior
presidente que este país já teve".
Para concluir, segue um resumo das diferenças entre prisãotemporária e prisão preventiva ― cultura inútil, dirão alguns, mas saber não ocupa lugar:
- A prisão temporária, que é geralmente utilizada durante uma investigação, costuma ser
decretada para assegurar o sucesso de uma determinada diligência, sendo cabível
quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; quando o
indiciado não tem residência fixa ou não fornece elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade; quando há fundadas razões, de acordo com
qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado em crimes de homicídio, sequestro, roubo, estupro, tráfico de drogas
e contra o sistema financeiro, dentre outros. A duração da prisão temporária é
de 5 dias (prorrogáveis por mais 5) ou, em caso de crime hediondo, de 30 dias
(prorrogáveis por mais 30).
- Já a prisão preventiva
pode ser decretada tanto durante as investigações quanto no decorrer da ação
penal, devendo, em ambos os casos, satisfazer os requisitos legais para sua
decretação, quais sejam a garantia da
ordem pública e da ordem econômica (impedir que o réu continue praticando
crimes); a conveniência da instrução
criminal (evitar que o réu atrapalhe o andamento do processo, ameaçando
testemunhas ou destruindo provas); a garantia
da aplicação da lei penal (impossibilitar a fuga do réu, assegurando que a
pena imposta pela sentença seja cumprida). Ao contrário da prisão temporária, a
preventiva não tem prazo determinado. Confira minhas atualizações diárias sobre
política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/
Se o assunto da semana passada foi o acolhimento dos habeas corpus de criminosos condenados
na Lava-Jato pela 2ª Turma do STF, o foco desta semana é a
audiência de quarta-feira, em Curitiba, quando Lula
prestará depoimento ao juiz Moro
numa das cinco ações penais em que é réu.
O molusco abjeto é acusado de crimes como corrupção (17 vezes), lavagem
de dinheiro (211 vezes), tráfico de
influência (4 vezes), organização
criminosa (3 vezes) e obstrução da
Justiça (1 vez); se condenado por todos eles, poderá pegar até 118 anos de
prisão, mas esse processo envolve o recebimento de propina da empreiteira OAS mediante a reserva e reforma de um
tríplex no edifício Solaris (no
Guarujá, litoral de São Paulo), em 2009, e o custeio do armazenamento de bens pessoais
do ex-presidente, entre 2011 e 2016.
No que concerne aos ministros Gilmar Mendes, Ricardo
Lewandowski e Dias Toffoli,
muito haveria a dizer além do que eu já disse nos últimos dias, mas esse assunto
já me cansou. Vale acrescentar apenas que a soltura de José Dirceu ― o guerrilheiro de araque que, mesmo preso, continuou
recebendo propina e escrevendo manifestos políticos contra o juizMoro, o Ministério Público
e a Lava-Jato, e que compara seus
delatores a “cães da ditadura” ― foi
um desserviço à Justiça e à população brasileira. A propósito, disse o general
da reserva Augusto Heleno Ribeiro
Pereira, uma das vozes mais conceituadas nas Forças Armadas: Será que os doutos ministros do STF avaliam
o mal que têm causado ao país, ou será que o Olimpo em que vivem os afasta
totalmente da consciência nacional?
Observação: Os ministros Toffoli e Lewandowski não só foram indicados por Lula, mas também emergiram das fileiras
do PT. Detalhe: dentre outras
exigências para integrar nossa mais alta Corte, o candidato deve ter reputação
ilibada e notável saber jurídico. Toffoli
não fez doutorado nem mestrado, foi reprovado duas vezes em concursos para juiz
de primeira instância, mas passou de advogado do PT ministro do Supremo. Lewandowski,
amigo de Lula e dos Demarchi, ingressou na vida pública
quando Walter Demarchi, então
vice-prefeito de São Bernardo do Campo,
convidou-o a ocupar a Secretaria de Assuntos Jurídicos daquele município. A
família Demarchi se orgulha de ter
sugerido seu nome quando surgiu uma vaga no STF, com o que Lula
concordou prontamente. Já o falante Gilmar
Mendes, lembrado pelo jornalista J.R.
Guzzo como uma “fotografia ambulante
do subdesenvolvimento brasileiro, mais um na multidão de altas autoridades que
constroem todos os dias o fracasso do país”, é casado com dona Guiomar Mendes, que trabalha no
escritório de advocacia Sergio Bermudes,
no Rio de Janeiro, que tem como cliente... Eike
Batista. E por mais uma dessas formidáveis coincidências da vida, foi
justamente Mendes que mandou para casa,
no dia 30 do mês passado, o ex-bilionário e empresário mais admirado por Lula e Dilma. Precisa dizer mais alguma coisa?
Quanto ao depoimento de Lula, o
que se tem de certo até agora é o dia, o horário e o local. Ou nem isso, melhor
dizendo, já que a defesa do
ex-presidente ingressou no TRF-4 com um pedido de suspensão do processo, na
tarde desta segunda-feira, alegando não dispor de tempo suficiente para
analisar os 5,42 gigabytes de documentos que a Petrobras anexou aos autos ―
estima-se que o arquivo tenha cerca 100.000 páginas (o Tribunal ainda não se
pronunciou acerca do recurso, mas deve fazê-lo em caráter de urgência). Sabe-se
também que o PT está mobilizando
militantes de todo o país para criar tumultos no entorno do edifício sede da
Justiça Federal em Curitiba, visando armar um circo em cujo picadeiro se dará
não a simples oitiva de um réu, mas um embate ideológico de proporções épicas. Observação: Depois que José Roberto Batochio,
Juarez Cirino Santos e Nilo Batista abandonaram a defesa do
molusco, ele vem sendo representado pelo advogado Roberto Teixeira, seu genro Cristiano
Zanin Martins, e suas filhas Valeska
e Larissa. Amigo de longa data e
corréu de Lula na ação que trata da
compra do terreno para a nova sede do Instituto
Lula e do duplex em São Bernardo, Teixeira
foi tutor e benfeitor do petista, a quem, em mais de 4 décadas de compadrio,
forneceu moradia gratuita, carro com motorista e outros “mimos pouco
republicanos”. A estratégia da banca de compadres é negar as acusações ― em vez
de contestar os fatos, já que não é fácil defender o indefensável ―, atacar a
Justiça ― notadamente o juiz Moro ―
e adotar toda sorte de medidas protelatórias, a exemplo do pedido de adiamento
que eu mencionei linhas atrás. De quem arrolou nada menos que 80 testemunhas,
com propósitos eminentemente procrastinatórias, não se poderia esperar coisa
muita diferente.