O MEU GRAU DE IRONIA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À GRANDEZA DO ABSURDO
QUE FUI OBRIGADO A OUVIR. E O MESMO VALE PARA A MAGNITUDE DO ESPORRO.
“A democracia é a pior forma de governo imaginável,
à exceção de todas as outras que foram experimentadas”, disse Sir Winston Churchill. Traçando um
paralelo com a segurança digital, cito John
McAfee, criador de um dos primeiros antivírus comerciais e fundador
da McAfeeAssociates, segundo o qual “usar antivírus não faz a menor diferença”. O que esse doido
de pedra não disse é que ainda não surgiu uma alternativa melhor, e considerando
que os telefones celulares, além de
desbancarem as linhas fixas, vêm tomando o lugar do PC convencional para
navegação na Web, gerenciamento de emails e acesso redes sociais, protegê-los
contra ameaças é fundamental.
Há uma vasta gama de apps de segurança para o sistema móvel Android, tanto pagos quanto “gratuitos”
— entre aspas, pois quando você não paga por um produto, é porque você é o produto — prova disso são os bilhões
de dólares que Facebook, Google, Uber e outras gigantes faturam com os dados
dos usuários.
Observação: Conforme eu também já mencionei em outras
postagens, o iOS não é imune a
ataques digitais. A questão que sua participação no segmento de smartphones é
de 13%, enquanto o Android abocanha respeitáveis
45%. Isso torna o sistema móvel da Google
mais atraente aos olhos da bandidagem digital, da mesma forma que, na
plataforma PC, o Windows é mais visado que o OS Xe as distribuições Linux.
Sem prejuízo das sugestões apresentadas anteriormente, relaciono
a seguir algumas das ferramentas que mais se destacaram nos testes realizados
pela AV-Comparatives e pela AV-Test em 2018, começando
pelo Kaspersky Internet Security for
Android (disponível
para download no Google Play), que é uma solução de antivírus gratuita
para sistema Android (smartphones e
tablets) que oferece proteção contra malwares e outros perigos on-line, integra
o AppLock — para bloquear
aplicativos e proteger o usuário dos curiosos de plantão —, rastreia o aparelho
em caso de perda ou roubo, bloqueia chamadas telefônicas e mensagens de texto indesejáveis,
filtra links e sites potencialmente perigosos, e por aí vai.
Outra opção interessante é o freeware AVG
Antivírus, que conta com rastreamento antirroubo por meio do Google Maps, proteção contra
malware, bloqueador de aplicativos e chamadas, verificador de Wi-Fi e cofre de
imagens para proteger a privacidade do usuário. O programinha também apaga
arquivos desnecessários, liberando espaço para armazenamento de dados, bem como
integra outros recursos interessantes (mais detalhes na resenha que é exibida
na página de download). Mas não deixe de considerar o Avast
Mobile Security, que promete localizar o dispositivo móvel
perdido ou furtado, filtrar ligações e mensagens, bem como proteger o sistema
contra as mais de 2,800 novas ameaças que a empresa identifica a cada dia. O
app é “gratuito” e conta ainda com o “Identity
Safeguard”, que checa se os endereços de email em sua lista de contatos
estão envolvidos em quaisquer violações importantes de dados.
Mesmo não sendo muito conhecido no Brasil, o AhnLab
V3 Mobile Security foi considerado pela AV-Test como um dos melhores antivírus para smartphone — que eu uso e recomendo, conforme
já mencionei em outras postagens, nas quais fiz uma avaliação mais detalhada
desse programinha.
A oportunidade de escolher um candidato “mais ao centro
do espectro político-partidário” se perdeu no último dia 7. Agora não adianta
chorar. Resta-nos o Capitão Caverna ou o fantoche do
presidiário de Curitiba — o pior dos cenários, sem dúvida, mas previsível à luz da crescente polarização do eleitorado.
Não sei
o que esperar de Bolsonaro na
presidência, mas sei como foi ter o PT no poder. No mais das vezes, é melhor ficarmos com o diabo que conhecemos, mas toda regra tem
exceção, e a eleição do próximo dia 28 me parece ser uma situação excepcional.
A pouco mais de uma semana do segundo turno, todas as
pesquisas indicam a vitória de Bolsonaro
por uma vantagem considerável, embora ele seja o candidato dos sonhos somente para os bolsomínions — mais ou menos como Lula em relação aos sectários do
lulopetismo. Isso significa que seu favoritismo se deve a um repúdio maciço ao PT, ou por
outra, ao medo de o demiurgo de Garanhuns voltar ao poder, ainda que
encarnado no fantoche que se empenha mais a cada dia em desconstruir sua própria
imagem para se travestir no mestre e conquistar a simpatia da patuleia.
A pesquisa mais recente do Ibope
não só reafirmou o favoritismo do capitão como também o declínio de sua rejeição, que às vésperas do primeiro turno era
de 43% e agora caiu para 35%. Já o repúdio a Haddad
cresceu de 36% para 47%, superando o do adversário pela primeira vez desde o
início da campanha.
Sondados pelo staff petista,Joaquim
Barbosa e Fernando
Henrique não demonstraram grande entusiasmo em apoiar Luladdad.
Jaques Wagner — que era o primeiro
da lista no “plano B” do PT, mas preferiu (sabiamente) disputar uma vaga no
Senado — chegou mesmo a reconhecer que o partido deveria ter desistido da candidatura
própria e apoiado Ciro Gomes. Aliás,
Lula atuou nos bastidores para minar
as chances de Ciro chegar ao segundo
turno, e agora está colhendo o que plantou: o cangaceiro de araque (Ciro é paulista de Pindamonhangaba)
viajou para a Europa e seu irmão Cid,
durante um ato de campanha petista no Ceará,
disse à patuleia que o PT deveria ter pedido desculpas pelas “besteiras que
fizeram”, por “aparelharem as repartições públicas” e por “acharem que eram os
donos de um país que não aceita ter dono”. O circo pegou fogo, como se pode conferir no
vídeo que eu inseri na postagem anterior (são cerca de 4
minutos, mas que valem cada segundo).
Observação: Para não perder a liderança da esquerda, o
presidiário de Curitiba barrou de todas as maneiras a aliança com o PDT, inclusive
ameaçando o PSB de lançar candidato em Pernambuco se o partido apoiasse Ciro. Agora, quando tudo indica que Inês é morta, surgem dentro do próprio PT sugestões de lançar a candidatura de Ciro em 2022.
A pouco mais de uma semana do segundo turno,
combater Bolsonaro com um discurso
genérico sobre valores e democracia, direcionado a um eleitorado eminentemente
antipetista, me parece perda de tempo. Mesmo que atraísse para si todos os votos
brancos e nulos, o fantoche de Lula não
conseguiria vencer o adversário, e roubar seus eleitores é uma missão quase
impossível, pois quem vota no capitão não vota no PT. Além disso, a ideia de
formar uma aliança pluripartidária “a favor da democracia” não só não deu
certo como foi desmentida (ou talvez por não ter dado certo é que foi
desmentida) pelo próprio Jaques Wagner.
Bolsonaro tenta se mostrar menos radical e vem evitando os debates (que decididamente não
são a sua praia). Pode ser uma boa estratégia: com ou sem debates, os que votaram nele não mudarão seu seu votos, assim como os seguidores da seita do
inferno também não o farão. Se o candidato do PSL conseguir controlar seus verdadeiros adversários — que são ele próprio, seu vice e seu
staff, que nem sempre cantam em coro e não raro cometem erros primários em seus
pronunciamentos —, sua vitória está praticamente assegurada.
Observação: Bolsonaro deve passar por nova avaliação médica nesta
quinta-feira, 18, quando será liberado (ou não) para participar de debates
televisivos. Desde que teve alta, ele gravou transmissões ao vivo quase que
diárias nas redes sociais, deu entrevistas a rádios e emissoras de TV e
participou de alguns atos públicos, mas não dos debates programados pela Band, Gazeta e Rede TV. E o
mesmo deve ocorrer no do SBT, que
estava previsto para esta quarta-feira. E ainda que seja liberado pelos médicos, ele pode não participar dos debates da Record
e da Globo, programados
respectivamente para os próximos dias 21 e 26. Segundo o UOL, o capitão só irá aos debates
“se achar que deve; se achar que não, não vai participar”. A Band remarcou seu para a próxima
sexta-feira, “a depender da decisão que os médicos tomarão na quinta e que o
próprio Bolsonaro tomará na
sequência”, segundo o jornalista Ricardo Boechat,
escalado para mediar o debate.
Os próximos anos não serão fáceis, independentemente de quem for o presidente da vez, pois sua popularidade irá evaporar tanto se ele se empenhar nas reformas necessárias ao combate do desequilíbrio fiscal quanto se não
as levar adiante. Todavia, considerando os presidenciáveis que disputarão o segundo
turno, o Brasil sairá do pleito mais dividido do que nunca.
Com bem
salientou Mario Vitor Rodrigues na
Gazeta do Povo, “se somarmos à inabilidade política do grupo que tende a
assumir o poder o seu voluntarismo para ferir estruturas básicas no senso
comum e o fato de que não há função mais talhada para a esquerda do que jogar
pedra na vidraça, talvez o bolsonarismo encontre a sua verdadeira vocação em
poucos anos, qual seja reavivar uma esquerda que tinha tudo para passar um bom tempo
no ostracismo, não fosse ela convidada para uma festa em que sempre soube muito
bem como se comportar”.
Para relembrar, veja como age o candidato que se diz pronto para debater com quem for e em qualquer lugar:
E para encerrar, uma foto que traduz com rara sensibilidade como a maioria de nós se sente em relação ao cenário político:
PESQUISA (DE INTENÇÕES DE VOTO) É COMO BIQUÍNI: REVELA TUDO, MENOS O ESSENCIAL.
Concluída a breve apresentação sobre o webmail mais popular
do planeta (postagem anterior), passo agora a discorrer sobre algumas novidades introduzidas pelo Google nas recentes reformulações da plataforma:
— O “novo” Gmail
permite ocultar o painel à esquerda da tela (que contém todos os marcadores e
categorias) mediante um clique no ícone do menu de três linhas, no canto
superior esquerdo da tela. Isso deixa o visual da página mais “clean”, já que
apenas uma lista restrita de ícones permanece visível. Mas basta pousar o
ponteiro do mouse sobre essa lista para você encontrar tudo de que precisa.
— Também é possível conferir o conteúdo dos anexos diretamente
da caixa de entrada, ou seja, sem precisar abrir as mensagens. Por padrão, o "novo" Gmail exibe, logo abaixo da
linha de assunto, blocos para cada arquivo associado a um e-mail. Clique em um bloco para abrir ou visualizar o conteúdo do arquivo e acessar
diretamente as informações.
Observação: Essa configuração faz com que os emails com
anexos pareçam maiores em sua caixa de entrada. Se não gostar do resultado, abra as configurações (clicando no ícone da engrenagem, no canto
superior direito),
selecione Exibir densidade e mude a
visualização de Padrão para Confortável. Você
perderá o acesso ao conteúdo dos anexos com apenas um clique, mas nada é
perfeito.
— Você pode a aparência do webmail clicando no ícone da engrenagem
(Configurações), no canto superior direito da janela, e em Temas. São diversas opções coloridas para incrementar sua caixa de
entrada, além de outras, mais suaves, como o sombreado simples, o alto
contraste e o cinza suave.
—Pouse o mouse
sobre uma mensagem na sua caixa de entrada e confira as opções de acesso
rápido, no canto
direito da linha. Entre outras coisas, você pode deletar o email, arquivá-lo, marcá-lo
como não lido, adiá-lo, e assim por diante. Aliás, sempre que houver uma
mensagem aberta, basta localizar o ícone do envelope — à direita da lixeira, na
linha horizontal de ícones acima da mensagem em destaque — para, mediante um
clique, marcar a mensagem como não lido (isso também era possível anteriormente, mas
dava mais trabalho). Mais fácil ainda é marcar a mensagem como não lida se ela estiver
fechada: basta pousar o mouse sobre ela e clicar no ícone correspondente (“Marcar
como não lido”).
— Para evitar acúmulos de emails em sua caixa de entrada, use a função Soneca (Snoozing).
Depois de ativar o recurso, se quiser responder a algo em menos de um minuto,
faça-o; se a mensagem não exigir qualquer ação, arquive-a; se houver algo a
fazer, mas você não puder ou não quiser fazê-lo de pronto, adie para uma data e
horário à sua escolha (uma vez adiada, a mensagem desaparece da caixa de
entrada e volta a ser exibida na data e hora que você definiu).
Observação: É possível adiar qualquer ação pousando o
mouse sobre uma mensagem e clicando no ícone em forma de relógio — para suspender
um email aberto, por exemplo, clique no ícone Soneca, à direita do ícone do envelope. Também é possível suspender
várias mensagens ao mesmo tempo, marcando, na caixa de entrada, as caixinhas de
verificação à esquerda dos emails. Note ainda que você encontrará os emails
suspensos na seção Snoozed no painel
à esquerda, sob a linha da caixa de entrada. Pouse o mouse sobre qualquer
mensagem e clique no ícone de relógio para desativar ou alterar as configurações
da soneca.
— O modo offline automático permite gerenciar as
mensagens mesmo sem uma conexão ativa com a internet (desde que você esteja navegando com o Chrome e conectado à
conta do Google num computador onde
anteriormente havia uma conexão), o que é uma evolução significativa em relação
ao sistema antigo, que exigia uma extensão separada e oferecia uma interface
mais despojada. As mensagens que você escreve quando está off-line serão enviadas
automaticamente quando houver uma conexão com a Internet (saiba mais sobre
o Gmail Off-line).
— O Google incluiu também alguns atalhos de teclado bastante úteis: pressionar a tecla “B” quando estiver vendo uma
mensagem ou a tiver selecionado na sua caixa de entrada permitirá adiá-la;
manter pressionada a tecla Shift e
pressionar “T” abrirá o painel Tasks e adicionará a mensagem aberta ou
selecionada como um novo item; pressionar “G”
seguido de “K” abrirá o painel Tasks, independentemente do que você
estiver fazendo (note que, para isso, é preciso primeiro ativar a opção de
atalhos de teclado na seção “Geral” das configurações do Gmail)
— Responda e-mails rapidamente usando as opções de resposta
exibidas ao final da mensagem (para mais detalhes, clique aqui) e recorra ao recurso Escrita inteligente, que usa a tecnologia de aprendizado de máquina para exibir sugestões à medida que
você digita as mensagens. Para aceitar uma sugestão, basta pressionar a tecla “Tab”.
Feito esse breve resumo (há outras novidades que
não foram contempladas nesta sequência), passemos à “cereja do bolo”, que é o modo confidencial. Use-o para trocar mensagens com mais segurança, seja definindo um “prazo de
validade” para os emails, uma senha para o destinatário ter acesso ao conteúdo
das mensagens, ou mesmo para impedir que ele faça cópias ou reencaminhe seu email (claro que isso não é impedimento para o velho Print Screen, mas aí já é outra conversa). Vajamos em detalhes:
Quando você envia um email no modo confidencial, o destinatário recebe com a mensagem uma
notificação sobre os limites que você estabeleceu. Para se valer desse recurso, acesse o Gmail e logue-se na
sua conta, clique em “Escrever” para
criar uma nova mensagem e, no canto inferior da janela, clique no ícone que
representa um cadeado com um relógio.
Isso ativará o modo confidencial. Defina, então, uma data de
validade para a mensagem e clique em “Salvar”. Se você escolher “Sem
senha porSMS”, os destinatários
que usam o Gmail poderão abrir a mensagem diretamente, e os que
não usam receberão a senha por e-mail. Se você escolher “Senha por SMS”, os destinatários receberão a senha por mensagem
de texto (você deverá informar o número de telefone do destinatário, e não o
seu).
Observação: A funcionalidade está disponível também nas versões do Gmail para Android e no iOS.
Quem acompanha minhas despretensiosas postagens sabe o que
eu penso sobre as pesquisas de intenção de voto. Aliás, estatísticas devem ser tratadas
com muito cuidado — basta lembrar a história dos cientistas que colocaram um
sujeito com a cabeça no freezer e os pés no forno e não entendiam por que ele
berrava tanto, já que, na média, deveria se sentir confortável.
Acho difícil acreditar que a opinião de 2.000 entrevistados
em cento e poucos municípios traduz o que pensam mais de 140 milhões de
eleitores em quase 5.600 cidades brasileiras. A propósito, basta relembrar a
eleição de Doria no primeiro turno do pleito de 2016 e do retumbante fiasco de
Dilma no da semana passada — embora fosse tida e havida como favorita por todos
os institutos de pesquisa, a anta vermelha não chegou nem perto de se eleger.
A pesquisa
FSB/BTG Pactual, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira,
diz que o candidato do PSL está 18 pontos percentuais à frente do petista nas intenções de voto, e que sua
rejeição é de 38%, enquanto a do adversário chega a 53%. Já os números
publicados pelo Instituto Paraná
Pesquisas — também nesta segunda-feira — dão conta de que Bolsonaro tem 59,1% das intenções de
voto, contra 25,5% de Haddad (mais
detalhes na figura abaixo).
Por essas e outras — mais um gripe que ninguém merece —, vou
ficando por aqui, não sem antes relembrar que não concordo 100% com tudo que Bolsonaro diz, mas sou 1.000% contrário à volta do PT ao poder.
Falando no diabo, digo, nos petistas, vale a pena assistir ao vídeo abaixo até o final. São cerca de quatro minutos, mas que valem cada segundo:
O serviço de webmail do Google
foi lançado no dia 1º de abril de 2004.
Seu principal atrativo — 1 GB de
espaço para armazenamento de mensagens, que era um latifúndio em comparação com
os miseráveis 5 MB oferecidos pelo Hotmail e Yahoo! Mail —, combinado com a data do lançamento, levou muita
gente a imaginar que se tratava de uma “pegadinha de primeiro de abril” do Google. Só que não.
Por questões de infraestrutura, o acesso ao Gmail foi inicialmente limitado a 1000 felizardos
— selecionados entre pessoas ligadas ao mundo da tecnologia e da imprensa —, mas
um sistema de convites foi criado em seguida, permitindo que cada usuário inscrito
convidasse outras 100 pessoas, cada uma das quais com direito a convidar outras
100, e assim sucessivamente. Com isso, o número de inscritos cresceu em
progressão geométrica — atingindo a casa do bilhão em fevereiro de 2016 (atualmente,
são mais de 1,5 bilhão) — e o Google
passou a usar plataforma como “laboratório” para criar e testar novos produtos
(como Google Drive, YouTube, Google+etc.).
O espaço para armazenamento também cresceu — a empresa
chegou a falar que ele seria “ilimitado”, mas acabou fixando-o em 15 GB (compartilhados com o Google Drive e o Google Fotos), espaço é suficiente para armazenar até 7,5 milhões
de emails (sem anexos) ou 3 milhões de fotos. Caso essa galáxia não seja
suficiente para você, há planos pagos que vão de 100 GB (R$ 6,99 mensais) a 30
TB (R$ 1.049,99 mensais) e incluem acesso a especialistas, adição da
família e outros benefícios de assinante. Para saber a quantas anda seu consumo
de espaço, acesse https://one.google.com/storage.
Interessa dizer que o Gmail
foi repaginado em abril deste ano e ganhou uma porção de recursos inovadores. As
mudanças no layout foram sutis, mas quem gerencia as mensagens pelo webmail deve
ter reparado em algumas das novidades. Já quem não abre mão do Email (do Windows 10), do Outlook (do Office), do Mozilla Thunderbird ou outro app
cliente qualquer esta abrindo mão de uma porção de funcionalidades interessantes, tais como mensagens que expiram, funções que previnem cópia ou reencaminhamento de
mensagens, botão “soneca”, aba com integração de agenda e tarefas e alertas de
segurança mais incisivos. Mas isso já é assunto para a próxima postagem.
Há cerca de seis meses, The New York Times e The
Guardian revelarem que dados de dezenas de milhões de usuários do Facebookforam repassados e usados pela Cambridge
Analytica (empresa de análise de dados que trabalhou na campanha de Donald Trump em 2016 e, na Europa, para
o grupo que promovia o Brexit). Dois
dias após a publicação, o valor da maior rede social do planta encolheu
em US$
50 bilhões.
Na semana passada, a empresa criada e comandada por Mark Zuckerberg divulgou a informação
de que um novo ataque — descoberto no mês passado — capturou dados de quase 30
milhões de usuários. Num primeiro momento, não se sabia o Brasil estava entre
os países afetados e o engenheiros do Face
afirmavam que não havia necessidade de os usuários alterarem suas senhas. Agora,
porém, a recomendação é que todos que verifiquem se suas contas foram
invadidas — valendo-se da Central de Ajuda no Facebook — embora mensagens customizadas serão enviadas a cada usuário afetados. Nessa mensagem será detalhado o que os invasores podem ter acessado, bem como as medidas
que o usuário deverá tomar para se proteger. Ainda de acordo com o Face, o ataque não
incluiu as redes do Messenger, Messenger Kids, Instagram, Oculus, Workplace, páginas, pagamentos,
aplicativos de terceiros ou contas de desenvolvedores ou anunciantes.
A falha explorou uma brecha no código relacionada ao recurso
Ver como, que mostra ao usuário como
seu perfil é exibido para outras pessoas. Não vem ao caso detalhar o processo, mas
apenas salientar que os invasores tiveram acesso a nomes e detalhes de contatos,
incluindo números de telefone, e-mails ou as duas coisas, dependendo do que havia
no perfil. Em cerca de 14 milhões de contas, o acesso se estendeu a outras
informações, como gênero, localidade/idioma, status de relacionamento,
religião, cidade natal, data de nascimento, dispositivos usados para acessar
o Face, educação, trabalho e os
últimos 10 locais onde a vítima esteve ou em que foi marcada.
Para verificar se você foi um dos “felizardos”, faça logon na
sua conta, siga este link (quando
eu fiz a checagem a página estava em inglês, mas versão em português deve ser
liberada em breve), role a tela para baixo até encontrar o quadro azul com a
informação sobre a situação específica de sua conta. Se você não foi uma das vítimas,
a mensagem lhe informará que as investigações estão em andamento, mas até o
presente momento os invasores não tiveram acesso a dados associados à sua conta
no Facebook.
Para quem foi “sorteado”, a mensagem será de que “Baseado no
que conseguimos descobrir até agora em nossas investigações, os invasores
acessaram as seguintes informações da sua conta no Facebook: nome, endereço de e-mail, número de telefone”. Para os
que tiveram um volume maior de dados roubados, o quadro exibido será como o da
figura que ilustra esta postagem.
Aparentemente, não é necessário mudar a senha ou apagar
dados de cartão de crédito, pois não há provas de que dados como esses foram
roubados. No entanto, fique atento, pois os crackers podem se valer de suas
informações em seus golpes via email, WhatsApp
ou telefone, sem falar no famoso phishing
(envio de mensagens aparentemente legítimas, mas que solicitam informações
pessoais, confidenciais e bancárias das vítimas).
Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Uma vitória de Haddad no segundo turno seria mudar em
15 dias tudo o que o eleitorado brasileiro fez no primeiro, ao varrer medalhões
da política e alguns próceres petistas. Não por acaso a imagem do presidiário
de Curitiba desapareceu da campanha de seu fantoche e a cor vermelha,
tradicional do PT, foi substituída pelo verde e amarelo.
Observação: Curiosamente, nas manifestações populares que eclodiram em
2013 e apoiaram o impeachment da anta vermelha, quem vestia camisa verde e
amarela, sobretudo da Seleção, era ridiculamente acusado de “coxinha” pela
turma da mortadela. Agora são os cartazes do PT que exibem militontos
ostentando as cores da pátria, com a mão no peito e o olhar perdido no
horizonte. Uma pantomima digna do socialismo dos tempos de Stalin.
Lula continua
sendo “o grande líder” do PT e de seus satélites, mas sua rejeição cresceu a tal
ponto que, na opinião do diretor do Ibope, o petralha teria sido derrotado se disputasse pessoalmente o pleito, como queriam ele e seu partido — daí sua abjeta figura e a cor vermelha terem saído de cena na propaganda de Haddad.
Décadas se passarão até que o eleitorado tupiniquim aprender
a votar. Mesmo assim, contrariando as expectativas, as urnas foram inclementes
com clãs da velha política e candidatos envolvidos em corrupção. O hoje senador
e presidente do Congresso não se reelegeu — e já disse que vai se retirar da
vida pública. Como nada é perfeito, seu antecessor conquistou mais um mandato,
e seu rebento, Renan
Filho, foi reeleito governador (vale lembrar que Alagoas é o reduto de Collor, e que o ex-presidente, mesmo
depois de impichado e privado dos direitos políticos, voltou ao cenário, tão
logo a suspensão terminou, como o senador mais votado pelos alagoanos). Desta
vez, porém, o folclórico caçador de marajás ameaçou disputar a presidência, mudou
o foco para o governo do Estado e acabou se resignando a continuar no Senado até
2022 (vale lembrar que o mandato de senador é de 8 anos, e a cada 4 anos são renovados
1/3 ou 2/3 da composição da Casa).
Os pimpolhos do imortal José
Sarney também foram penalizados: nem Zequinha
se reelegeu deputado, nem Roseana —
que governou o Maranhão por quatro legislaturas desde 1995 — conseguiu
desbancar o pecedebista Flavio Dino, que foi reeleito governador com 59,29% dos votos válidos.
Observação: Para quem não se lembra, Sarney, o velho, ingressou na política
em 1954, sobreviveu à ditadura como político da ARENA (que ele chegou a presidir durante os anos de chumbo, já que
sempre foi puxa saco dos poderosos da vez). Mais adiante, o partido passou a se
chamar PDS, depois PFL e finalmente DEM. Em algum momento dessa sopa de letras, articulações políticas
lideradas por Tancredo Neves e Ulysses Guimarães resultaram na
formação da Aliança Democrática, que
uniu a Frente Liberal com o PMDB e elegeu Tancredo o primeiro presidente civil desde o golpe de 1964. O resto
é história recente. Sarney, que era
vice na chapa do político mineiro, ascendeu à presidência com a morte do
titular, e a despeito de ter feito um governo de merda, conseguiu se abancar no
Senado — primeiro por seu estado natal, depois pelo Amapá — e de lá não
desgrudou até 2013, quando deixou a vida pública a pretexto de se dedicar
integralmente à literatura. Conta-se que certa vez um dilúvio assolou o
Maranhão, e Sarney, ao ser informado
pela filha Roseana — então
governadora — que metade do estado estava debaixo d’água, perguntou: — A sua
metade ou a minha?
Nas alas do PT, LindberghFarias, Jorge Viana, Eduardo Suplicy
e Gleisi Hoffmann ficarão de fora
Senado na próxima legislatura. “Coxa”, que é presidente nacional do PT mas não
é trouxa, baixou o facho, mirou na Câmara Federal e conseguiu uma cadeira,
junto com — pasmem! — Zeca Dirceu. Mas a cereja do bolo foi o fiasco de Dilma, cuja eleição para o Senado era tida e havida como certa em todas as pesquisas. No computo geral, dos 513 deputados federais eleitos no último dia 7, 102 vão
assumir um mandato na Câmara pela primeira vez. Se isso é um bom sinal, ou não,
só o tempo dirá.
A duas semanas do segundo turno, o acirramento da política
em meio à disputa eleitoral tem desembocado em episódios de violência física e
até em assassinato. Nos últimos dias foram registrados no país diversos casos
de agressão por motivação política. Entrementes, Bolsonaro resolveu não participar de debates na TV, menos por questões de saúde e mais por estratégia.
Mas segue dando entrevistas para emissoras de rádio e TV — Haddad chiou, mas o TSE não
viu irregularidades nas entrevistas. Aliás, para os petistas, vale tudo na busca por apoio: além de tentar conquistar os católicos — depois que os
evangélicos “fecharam” com o capitão —, o fantoche de Lula está namorando o ex-candidato a candidato e ministro
aposentado do STF Joaquim Barbosa,
que era presidente da Corte à época do julgamento do Mensalão. Como se vê, na guerra e no amor vale tudo.
Sob a coordenação de Jaques
Wagner — que declinou do convite para ser o bobo da corte de Lula e disputar a presidência em seu lugar,
caso a candidatura do molusco fosse rejeitada —, o PT arma mais uma tramoia contra
o povo brasileiro, tentando vender a imagem de “bastião da democracia” ante o avanço
da candidatura de Bolsonaro. Ninguém ameaçou mais a democracia do que o PT,
como relembra, em editorial, o Estadão. Quando Lula
ocupava a Presidência e desfrutava de expressivo apoio popular, a
legenda optou por subverter a democracia representativa com o mensalão, e
jamais pediu desculpas à população por ter desrespeitado o princípio
constitucional de que todo o poder emana do povo — sob o jugo do PT, o poder emanava do dinheiro
periodicamente pago aos parlamentares.
Como se não bastasse, a quadrilha vermelha
gestou e pariu o petrolão, visando à apropriação de todo o aparato do Estado em
prol de sua causa político-partidária. Mais recentemente, instituiu
uma verdadeira cruzada contra o Judiciário, já que várias instâncias da Justiça
entenderam que a lei vale também para seu eterno presidente de honra. Na visão
dessa corja, todo o Estado Democrático de Direito deveria se curvar ao grande
líder — como nos regimes admirados pelos petistas, onde o Judiciário não tem “a
audácia” de condenar líderes populares por corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula e seus seguidores fizeram de tudo para desrespeitar as
regras eleitorais, pregando que, se o presidiário não pudesse se
candidatar, a eleição seria uma fraude. “Eleição sem Lula é golpe”, repetiram por todo o País. Sem nenhum apreço pelo
princípio da igualdade de todos perante a lei, a fantasiosa argumentação era um
descarado pedido de privilégio para o sumo sacerdote da Petelândia, a quem a
Lei da Ficha-Limpa não se aplicava. E para que não pairassem dúvidas, o
programa de governo de Luladdad foi
talhado à imagem e semelhança do modelo bolivariano, com vistas a subverter a democracia
representativa.
Além de instalar conselhos populares, o PT quer “expandir para
o presidente da República e para a iniciativa popular a prerrogativa de propor
a convocação de plebiscitos e referendos”, fala abertamente em “instituir
medidas para estimular a participação e o controle social em todos os Poderes
da União e no Ministério Público”, e para coroar suas pretensões autoritárias menciona a necessidade de um “novo marco regulatório da comunicação social
eletrônica”.
Quando o PT pede votos em seu “campeão da defesa democrática do
País”, falta-lhe credibilidade, já que passado e presente o desmentem. Depois dessa, só mesmo acendendo velas, muitas velas, para a Padroeira do Brasil.
Nunca antes na história deste país um candidato a presidente
recebeu tantos votos no primeiro turno quanto Jair Messias Bolsonaro — foram mais de 49 milhões, superando os
recordes precedentes de Lula, em
2006, e de seu ignóbil poste, em 2010.
Pelo andar da carruagem, o mesmo deve ocorrer no próximo dia
28, não porque o deputado-capitão é o candidato ideal, mas por ser a única
alternativa à mescla de alter ego e mico amestrado do presidiário de Curitiba —
a menos que a eleição do último dia 7 seja anulada, como deseja o manequim de camisa-de-força que ficou em sexto
lugar.
Essa aberração — que, como Pelé, fala de si na terceira pessoa — afirma que “Deus assegurou ao Cabo Daciolo a vitória no
primeiro turno” e, portanto, quer que o TSE anule o pleito e convoque novas eleições. Não sei onde ele tem
seus momentos de epifania, mas imagino que a flora local seja bem sortida de...
enfim, o fato é que esse lunático ter sido mais votado que HenriqueMeirelles, Marina Silva ou Álvaro Dias é no mínimo preocupante.
Na opinião de William
Waak, a “onda” do fim de semana passado sugere desdobramentos de alcance
maior do que a capacidade de se construir maiorias para votações no Legislativo
e desenha uma oportunidade que pode ser ampliada com o “capital político” —
como gostam de dizer os economistas — que Bolsonaro
está acumulando. Se isso é motivo de comemoração, só o tempo dirá.
O “fenômeno político Bolsonaro”
atraiu enorme atenção fora do Brasil — e dificuldades de interpretação idem. O
mínimo denominador comum encontrado entre publicações normalmente divergentes
entre si (como The Guardian ou TheEconomist)
foi o de ressaltar perigos severos à democracia. A palavra “fascista” aparece
em publicações como Der Spiegel, e mesmo o Financial Times,
que provavelmente tem a melhor cobertura do Brasil na grande imprensa
internacional, vê na figura do candidato o prenúncio de tempos duros — a
inversão de uma tendência, segundo o FT, que o Brasil também simbolizara ao
sair do regime militar há mais de 30 anos.
Para comediantes da telinha americana, a eleição brasileira
virou piada pronta, com a exibição das aberrações de propaganda eleitoral
produzida por candidatos a deputado, passando por Lula na cadeia (lá fora se acha mesmo piada que um presidiário
surgisse como favorito nas pesquisas eleitorais) e chegando até algumas das
frases mais contundentes do deputado-capitão. Tanto lá como cá, porém, suas
declarações polêmicas costumam ser criticadas fora do contexto. Além disso, Bolsonaro pode não ser exatamente um
bibliófilo, mas vale lembrar que um semianalfabeto — que se orgulhava de jamais
ter lido um livro na vida — comandou esta Nau dos Insensatos por mais de 13
anos, aí incluído o período em que seu “poste” exerceu o papel de gerentona de
araque.
Eu teria mais uma porção de considerações a respeito, mas tecê-las num
final de semana prolongado seria gastar boa vela com mau defunto — não só porque
os índices de audiência caem a patamares abissais, mas também porque boa parte
dos leitores já não suporta mais ouvir falar de política (como eu já não
aguento mais escrever sobre o tema). Portanto, reproduzo a seguir um texto
magistral do jornalista J.R. Guzzo,
que resume perfeitamente o que eu penso sobre o assunto:
Está finalmente explicado o motivo pelo qual o
deputado Jair Bolsonaro venceu o
primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Não é nada do que você
pensa. A população nativa, na sua ignorância de sempre, estava achando que Bolsonaro ganhou porque teve 18 milhões
de votos a mais que o segundo colocado. Imagine. Acreditar numa bobagem como
essa só acontece mesmo com brasileiro, esse infeliz que vive longe dos bons
centros do pensamento civilizado, progressista e moderno da humanidade, na
Europa e nos Estados Unidos. Obviamente, não temos o nível mental necessário
para entender o que entendem os jornalistas, cientistas políticos, sociólogos,
filósofos e outros cérebros que habitam o bioma superior de Nova York, ou
Paris, e dão a si próprios a incumbência de explicar o mundo às mentes menos
desenvolvidas. Tome-se, por exemplo, a televisão francesa. Ali eles sabem
exatamente o que aconteceu no dia 7 de outubro no Brasil: Bolsonaro ficou em primeiro lugar na eleição por causa do racismo
brasileiro.
Racismo? Como assim ─ que diabo uma coisa tem a ver
com a outra? Os peritos da TV francesa explicam. A esquerda e o PT, nos
governos do ex-presidente Lula e de Dilma Rousseff, favoreceram a “inclusão
dos negros” no Brasil, e isso provocou a ascensão do ódio racial. Revoltados
contra os “progressos” que o PT deu para os negros, os racistas brasileiros
foram para o lado de Bolsonaro ─ e
com isso aumentaram tanto os seus votos que ele acabou ficando em primeiro.
Além disso, o “oficial do Exército” (coisa que o candidato deixou de ser há 30
anos) recebeu o apoio da elite rica. Aí fechou o esquema, resumem os
comunicadores franceses: somando brancos, racistas e milionários, Bolsonaro acabou com aquela votação
toda.
Nada disso faz o menor sentido, mas nenhum mesmo —
a começar pelo fato de que nem uma investigação do FBI seria capaz de descobrir
o que, na prática, Lula e Dilma teriam feito de bom, algum dia,
para algum negro de carne e osso. Como seria possível, num país onde apenas 40%
da população se declara branca, a matemática eleitoral favorecer quem não gosta
de preto? Seria a maioria de pardos e negros, então, que estaria promovendo a
ascensão do ódio racional contra si própria? Também é um mistério de onde
saíram 50 milhões de racistas para votar em Bolsonaro — ou porque o candidato Hélio Lopes, conhecido como “Hélio
Negão” e deputado federal mais votado do Rio de Janeiro com 350 mil votos,
foi um dos seus maiores aliados na campanha eleitoral. Para piorar, além de
negro retinto “Helio Negão” é subtenente
do Exército, pobre e da Baixada fluminense. Elite branca?
O Brasil seria um fenômeno mundial se houvesse por
aqui uma quantidade de ricos e milionários tão grande que conseguisse definir o
resultado de uma eleição presidencial. Não dá para entender, igualmente, porque
raios o candidato das elites faria a sua campanha de carro e a pé, enquanto o
candidato das massas populares, Fernando
Haddad, anda de cima para baixo num jatinho Citation Sovereign — um dos
mais luxuosos do mundo, pertencente ao dono bilionário das Casas Bahia através de sua empresa de táxi aéreo. (Se Haddad paga pelo aluguel já é ruim — de
onde está saindo a fortuna necessária para isso? Se não paga é pior ainda.)
Não dá para entender por que Bolsonaro não teve um tostão para a sua campanha e o “reformador
social” Haddad, homem dos pobres,
das massas miseráveis, dos sem-terra e sem-teto, das “comunidades” e das
minorias, da resistência ao capitalismo, passou a eleição inteira nadando em
dinheiro. Não dá para entender como seria possível existir no Brasil dezenas de
milhões de “fascistas”, e “nazistas”, e exploradores do “trabalho escravo”, sem
que ninguém tivesse conseguido perceber isso até hoje. Não, não dá para
entender nada. Mas não esquente sua cabeça; não é mesmo para você pensar em
coisa complicada. A imprensa internacional, que tudo vê e tudo sabe, está aí
justamente para explicar.
Na primeira pesquisa do Datafolha
sobre as intenções de voto no segundo turno do pleito presidencial, Bolsonaro superou o fantoche lulista por 16 pontos percentuais (58%
a 42% dos votos válidos). Claro que faltam duas semanas para o escrutínio, que no
Brasil até o passado é imprevisível, que a abominável propaganda política
obrigatória recomeça hoje e que os institutos de pesquisa são como biquínis: mostram
tudo, menos o que realmente interessa. E às vezes erram escandalosamente: na
noite de sexta-feira, 6, o UOL publicou:
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) mantém
a liderança na disputa para o Senado em Minas Gerais com a maior
porcentagem de intenção de votos válidos, apontam as pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas neste sábado (6)...
Observação: A eleição da anta vermelha era prioridade para o PT, que investiu mais de R$ 4 milhões em sua campanha. Mesmo
assim, a ex-grande-chefa-toura-sentada-penabundada amargou um inexpressivo
quarto lugar, com cerca de 15% dos votos válidos. A título de comparação, a
advogada Janaína Pascoal, uma das
signatárias do pedido de impeachment que defenestrou a calamidade do Planalto,
elegeu-se deputada estadual com mais de 2 milhões de votos, embora sua campanha
tenha custado módicos R$ 44 mil.
O próximo debate entre os presidenciáveis na TV, que seria realizado
pela Rede Bandeirantes nesta sexta-feira, foi adiado sine die porque, além de não liberarem
a participação de Bolsonaro, os
médicos do Hospital Albert Einstein desaconselharam-no a realizar qualquer ato de campanha na rua até o próximo
dia 18, quando seu estado de saúde será reavaliado. Assim, armar o circo unicamente para o títere do presidiário de
Curitiba não caracterizaria um debate, mas uma entrevista individual, o que foge aos propósitos do programa e contraria o disposto pela legislação eleitoral.
O Capitão Caverna não é o primeiro candidato a presidente a faltar em debates televisivos — em 1989, Collor não foi
a nenhum dos seis que foram realizado no primeiro turno —, mas é o único, pelo menos até agora, a faltar também
no segundo turno.
Observação: Em 1994, FHC faltou a dois dos três debates, mas ganhou no primeiro turno. Em 1998, ele foi reeleito, também no primeiro turno sem
participar de nenhum debate na TV. Na Era PT, o molusco abjeto participou de todos os
debates em 2002, mas em 2006 só debateu com Alckmin no segundo turno. Dilma faltou a dois debates no primeiro turno em 2010, mas compareceu a todos em 2014.
Falando no PT, a campanha do poste ora travestido de “socialdemocrata” abandonou o vermelho e a
imagem do presidiário de Curitiba, desistiu (ou disse que desistiu) de reescrever a
Constituição e desmentiu que José Dirceu — que está solto devido a mais uma decisão estapafúrdia da ala
garantista do STF — teria espaço no seu governo (nem é preciso dizer que o objetivo dessa palhaçada é
ganhar a simpatia de um eleitorado mais ao centro, que tenciona votar em branco,
anular o voto ou se abster de ir às urnas no próximo dia 28).
Mesmo não sendo o candidato dos nossos sonhos, Bolsonaro é a única alternativa ao retrocesso representado pela volta da
antiga matriz populista, responsável por mazelas como desemprego, inflação e
total desajuste das contas públicas. Ainda que eu não concorde 100% com o que
ele diz, sou 1000% contrário a volta do PT. Quando mais não seja porque me lembro perfeitamente de Dilma, que durante a campanha à reeleição, em 2014, ludibriou boa parte do eleitorado mediante o maior estelionato eleitoral da história deste país. E o resultado foi
catastrófico.
O ex-governador baiano Jaques
Wagner, que não aceitou o convite para substituir o demiurgo de Garanhuns na disputa presidencial (ele era primeiro plano B do PT, mas preferiu concorrer a uma cadeira
no Senado a se sujeitar ao papel de marionete), passa agora a integrar a coordenação
do comitê de Luladdad. Segundo o político baiano,
o slogan “Haddad é Lula” já deu o
que tinha que dar. “…Agora as pessoas querem saber mais da personalidade do
próprio candidato. Então, é essa tarefa que a gente tem agora.”
Para que a “frente democrática” do PT tivesse alguma chance de vingar, o partido teria de fazer um mea-culpa pelo mensalão e o petrolão, mas o que tem feito é dizer que a recessão e o desemprego não advieram da funesta gestão da
gerentona de araque, e sim de sabotagens dos tucanos, que se uniram a Eduardo Cunha para implodir a gestão da
estocadora de vento. Na condição de vassalo, esbirro ou bobo-da-corte, o títere lulista se nega a ver seu mentor como um corrupto condenado
em segunda instância, preferindo classificá-lo como um inocente perseguido pela Procuradoria e pelo
Judiciário. A essa altura, pondera Josias de Souza
em seu Blog, Bolsonaro já deve
ter acendido uma vela pelo sucesso do plano do PT de trocar o “nós contra eles” pelo “todos contra ele”.
Para encerrar: O autodeclarado preposto do
Criador na disputa presidencial tupiniquim, que afirma ter sido informado pelo Todo-poderoso em pessoa que seria eleito presidente no
primeiro turno, ficou em sexto lugar (por incrível que pareça, Daciolo teve
mais votos que Meirelles e Marina), e agora não só o resultado como reivindica o cancelamento das eleições eexige cédulas
de papel, pois Deus escreve certo por linhas tortas. Tomara que os ministros do TSE concluam que a urna eletrônica é um
porta-voz mais confiável de Deus do que o manequim de camisa-de-força que atende por Cabo
Daciolo.
Bom dia de Nossa Senhora Aparecida a todos e um ótimo
feriadão.
Conforme eu disse na postagem anterior, nos próximos dias os
holofotes estarão focados nas negociações de apoio dos partidos cujos
candidatos a presidente foram expurgados no último domingo. Assim, a matéria que eu pretendo publicar sobre nossa “Constituição Cidadã” vai ficar para outra hora. Adianto apenas
que convocar uma constituinte no
ano que vem, sob Bolsonaro ou (deus
nos livre) Luladdad, com esse
Congresso que temos seria um desastre. Felizmente, ambos os candidatos parecem ter abandonado essa ideia.
Voltando à vaca fria: a temporada de caça ao apoio foi
aberta logo após o encerramento do primeiro turno. Resta saber para que lado as legendas derrotadas vão correr. O PTB declarou
apoio a Bolsonaro, a exemplo de João Dória e do PSDB de São Paulo (no resto do país, porém, será cada um por si).
Em nota assinada por Ciro Nogueira, o PP declarou neutralidade, mas reiterou que a segurança pública precisa ser elevada ao topo das prioridades do país. A
sigla é uma das mais fortes do Centrão: elegeu 37 deputados, mais que o PSDB
(29) e cinco senadores. A senadora Ana Amélia,
que foi vice na chapa de Alckmin,
decidiu dar apoio pessoal a Bolsonaro.
Quarto colocado nas pesquisas, o Cabo Daciolo ainda não se manifestou — deve ter subido o morro para
orar —, mas o presidente do Patriota, Adilson
Barroso, adiantou que o apoio da legenda deve ir para Bolsonaro (não por afinidade de ideias e projetos, mas por simples
exclusão). A executiva do PSC seguiu
pelo mesmo caminho, menos em prol da vitória do Capitão Gancho e mais porque apoiá-lo deve refletir positivamente nas campanhas de Wilson Witzel e Wilson Lima, que disputam o governo no Rio e no Amazonas,
respectivamente.
Guilherme Boulos,
que obteve 0,58% do total de votos válidos, foi o primeiro a declarar apoio a Luladdad — o que não chega a
surpreender, em se tratando do líder dos sem-teto. Pelo Twitter, ele disse que o PSOL
estará nas ruas para derrotar o fascismo e eleger quem representa a democracia
no segundo turno. O cangaceiro de araque também deve apoiar o fantoche de Lula, embora com reservas — Carlos
Lupi, presidente nacional do PDT, afirmou que será um “apoio crítico”, e
que Ciro fará oposição ao próximo
governo, independentemente de quem se eleger presidente. O PSTU, da estapafúrdia
Vera Lúcia — que obteve 0,05% dos
votos válidos —, também declarou apoio ao petista,
a exemplo do que fizeram o PPL, o Pros, o PSB e, claro, o PCdoB.
O partido Novo, de João
Amoedo, informou que não deve apoiar nenhum dos dois presidenciáveis, mas
destacou que é absolutamente contrário ao PT
— alguns nomes do partido já se manifestaram individualmente, como Romeu ZemaNeto, que chegou ao segundo turno em Minas Gerais e está com Bolsonaro. Marina Silva, da Rede, disse não se identificar nem com Haddad nem com Bolsonaro, e que deixa nas mãos do partido a definição, mas fará oposição ao novo governo, independentemente de quem for eleito.
Henrique Meirelles, que injetou R$ 20
milhões do próprio bolso na campanha e ficou em sexto lugar, também não deve
apoiar ninguém, embora o MDB ainda não tenha se definido. Já Álvaro Dias,
do Podemos, disse que vai se licenciar do Senado e que, no seu caso, o silêncio
é a melhor alternativa para esse momento — a um interlocutor, ele afirmou ainda
que o voto nulo é uma opção aceitável, pois “não deseja se responsabilizar pelo
desastre”. O PPS não deve apoiar nem Haddad nem Bolsonaro. O presidente do DEM, ACM Neto, vai se reunir com lideranças do partido para definir. O PR
liberou seus integrantes, segundo o líder do partido na Câmara, José Rocha.
Por último, mas não menos importante: Uma declaração de Bolsonaro sobre a reforma da
Previdência — segundo o candidato, é preciso fazer uma reforma, mas não nos
moldes da que foi proposta pelo atual governo — desagradou o mercado financeiro.
Resultado: o índice Bovespa despencou mais de 2 pontos e o dólar voltou a subir.
Isso é apenas uma prévia de como serão os próximos 17 dias. Ah, a propaganda eleitoral obrigatória recomeça no feriado desta sexta-feira. Que Deus nos ajude
a todos.
SE FOR PARA CONFIAR EM ALGUÉM, CONFIE EM SI MESMO.
Conforme eu adiantei no último dia 5, a Microsoft ficou de liberar, no Patch Tuesday deste mês, a "atualização de outubro" do Windows 10.
Observação: Se você migrou
para o Ten valendo-se da promoção oferecida aos usuários
do Seven e do 8.1 entre julho de 2015 e julho
de 2016, já deve ter instalado os quatro patches
abrangentes (mais detalhes nesta
postagem) e estar usando o build 1803 (para confirmar, clique em Iniciar > Configurações > Sistema e, na coluna à
esquerda, clique em Sobre e
localize no painel direito o número do build).
Devido a relatos de usuários em fóruns e redes sociais, dando conta de que a atualização apagava arquivos armazenadas em pastas como Documentos e Imagens,a empresa decidiu suspender o envio da atualização (build 1809), tanto para a atualização automática, que começaria a ser distribuída na última terça-feira, quanto para o link que permite a instalação manual do
pacote (como eu sempre digo, “os
pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito”). Se você já fez o download, mas ainda não instalou o update, não o faça até que e novas orientações sejam publicadas.
Um detalhe apontado pelo Ars Technica que chama atenção é que,
aparentemente, o bug em questão foi relatado pelos participantes do programa Windows 10 Insider antes de a
atualização ter sido liberada publicamente. Assim, ou a Microsoft ignorou os relatos ou simplesmente tratou o problema como
pontual.
Enfim, o problema está sendo investigado, e a MS ainda não liberou nenhuma ferramenta ou procedimento específico para
a recuperação dos arquivos desaparecidos nem deu um prazo para a atualização ser
liberada novamente. Se você foi um dos infelizes usuários afetados pelo problema, minha sugestão é que tente restaurar
o sistema para um ponto anterior ao update ou garimpe a pasta Windows.old, que fica armazenada na unidade
C, em busca dos arquivos desaparecidos.
Em última instância, softwares de recuperação de arquivos,
como o Restoration ou o Recoverit,
também podem ajudar, mas desde que os dados dos arquivos “sumidos” ainda não
tenham sido sobrescritos (daí ser importante você se apressar).
Seja como for, não há nada melhor em casos assim do que contar com um backup atualizado dos
arquivos pessoais de difícil recuperação, seja em mídia externa (pendrive ou HD USB), seja na nuvem (OneDrive,
Google Drive, etc.). Afinal, seguro
morreu de velho.