Muita gente talvez nem se lembre dos velhos PCs 286/386, cuja freqüência de operação da CPU ficava na casa das dezenas de megahertz, e os HDs ofereciam menos espaço do que um simples CD. Aliás, alguns nem imaginam que, nos primórdios da computação pessoal, os computadores não tinham disco rígido, e tanto o sistema quanto os programas e os arquivos eram carregados e manipulados através de prosaicos disquetes – algumas máquinas dispunham de até cinco Floppy Disk Drives (unidades de disquete).
Vale lembrar que o disquete foi concebido há quase três décadas, e foi durante um bom tempo a opção primária para instalação de softwares, realização de backups e transporte de dados, mas o “inchaço” dos sistemas e programas, a popularização dos gravadores de CD/DVD e o surgimento dos “chaveirinhos de memória” acabaram tornando essa solução totalmente inviável. Hoje, se a maioria dos desktops ainda conta um drive de disquete, isso se dá mais por uma questão protocolar do que por real necessidade.
Observação: Até meados da década passada, os softwares vinham em disquetes (o próprio Windows 95 chegou a ser disponibilizado dessa maneira), mas bastava um único disco embolorar ou desmagnetizar para comprometer todo o conjunto. Além disso, imagine quantos disquinhos seriam necessários para fazer um backup completo de um HD moderno, ou para armazenar os arquivos de instalação de um sistema do porte do Windows Vista, já que cada unidade comporta módicos 1.44MB – espaço que mal dá para gravar um minuto e meio de música em MP3.
O lado bom da história é que os pendrives - chips de memória flash (um tipo de RAM não volátil) que são plugado numa entrada USB do PC e reconhecidos automaticamente pelo sistema como unidades externas de armazenamento) evoluíram barbaramente nos últimos tempos, resultando no lançamento de modelos cada vez maiores (em termos de capacidade, não de tamanho) e mais baratos. Quando a gente publicou uma matéria sobre mídias removíveis no saudoso Curso Dinâmico de Hardware, lá pelo início de 2004, um modelo de 32MB custava mais de R$100; hoje, é possível encontrar pendrives de 1GB por 1/5 desse valor.
Existem diversas marcas e inúmeros modelos (até integrados a canivetes suíços, relógios de pulso, e por aí vai), com capacidades entre 1 e 64GB (1GB equivale a quase 700 disquetes, espaço mais do que suficiente para armazenar documentos de texto, planilhas, arquivos PDFs e apresentações). Entretanto, se você deseja (ou precisa) transportar grandes quantidades de músicas, fotos ou vídeos, é melhor optar por um dispositivo de 4 ou 8 GB – a partir daí, o preço já fica bem mais salgado (um pendrive de 16GB custa em torno de R$250).
Ao comprar seu chaveirinho de memória, escolha uma marca conhecida (Corsair, Kingston, Samsung e SanDisk, por exemplo) e assegure-se de que ele seja suportado pelo sistema operacional que você utiliza (alguns funcionam em Windows, Mac e Linux, mas nem sempre são compatíveis com todas as versões desses sistemas). Com a plataforma U3, fica mais fácil rodar programas a partir do dispositivo em qualquer computador, um recurso altamente interessante para quem acessa a Web em lan houses ou prefere utilizar um navegador alternativo.
Observação: A imagem que ilustra esta postagem é do MegaWatch, um dublê de relógio de pulso e pendrive da Gotec - empresa do grupo Leadership - que a gente apresentou na matéria sobre mídias removíveis publicada na edição #9 do CDH. Bons tempos...