Estamos às portas da primavera, e o verão não demora a chegar. Por conta disso, não custa lembrar que aparelhos eletroeletrônicos dissipam calor e, na condição de inimigos figadais de altas temperaturas, os computadores exigem refrigeração constante - que nos primórdios da computação pessoal ficava a cargo do exaustor da fonte, mas a partir dos 486, sem um cooler dedicado, o processador “fritaria” em questão de segundos.
Observação: Nos coolers convencionais, o calor gerado pela CPU é transferido para um dissipador metálico (geralmente de alumínio ou cobre) que é resfriado por um microventilador. Tanto a AMD quanto a Intel dispõem de coolers projetados para seus processadores, inclusive modelos “inteligentes”, equipados com sensores que aumentam ou diminuem a rotação das hélices conforme a necessidade, mas máquinas de altíssimas performances costumam utilizar sistemas de refrigeração mais sofisticados, que trabalham com água ou com nitrogênio líquido.
Devido ao aumento brutal da freqüência de operação de processadores, chipsets, placas gráficas, memórias e outros componentes, coolers e ventoinhas frontais e laterais passaram a ser posicionados estrategicamente, visando coibir a elevação da temperatura interna do gabinete e manter os componentes em condições operacionais. Em climas quentes como o nosso, todavia, essa “brigada do frio” pode não dar conta do recado se você não instalar sua máquina num local ventilado, mantiver as ranhuras do gabinete desobstruídas e os espaços vagos das placas de expansão devidamente fechados (no caso de montagens caseiras ou feitas por integradores independentes, vale conferir também se os cabos flat dos drives foram organizados e presos por cintas plásticas).
Em dias de muito calor, o ar-condicionado pode ser um aliado valioso, mas, na falta dele, um ventilador doméstico direcionado para as entradas de ar do gabinete também pode ajudar. Para aferir a temperatura da CPU (e do interior do case, se a placa-mãe permitir), você pode recorrer ao HWMonitor, por exemplo, que é gratuito e compatível com os sensores da maioria das placas atuais.
Nos portáteis, o espaço exíguo complica ainda mais o quadro, de modo que convém evitar operá-los no colo, sobre mantas, cobertores, toalhas plásticas ou o que quer que possa obstruir as ranhuras de ventilação (que geralmente ficam na base do aparelho). Se você usa seu note como substituto do PC de mesa, considere a aquisição de um suporte como o que ilustra esta postagem – existem várias opções no mercado, com ou sem microventiladores integrados.
A questão dos ruídos fica para amanhã; abraços a todos e até lá.